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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O Que Einstein Disse a Seu Cozinheiro

Vasto tema da física na culinária, tratado de maneira pretensamente simples se revela um divertido passeio no reino da cozinha.

Estreamos com os essenciais açúcar, sal e gorduras, cheios de revelações e curiosidades, além de algumas utilidades.

Características do mascavo, mitos do sal, esclarecimentos sobre os ácidos graxos, constantemente enciclopédico, o livro consegue se fazer leve e agradável.

Passamos para a química (ou químicos) na produção de alimentos, estigmas contemporâneos constantes desnudados com clareza e precisão.

Resta a dúvida da acessibilidade dos assuntos aos não tão atentos às aulas de ciência básica da escola, mas Wolke não deixa de esmiúça-los na tentativa de proporcionar linhas mais palatáveis.

Com objetos de investigação mais centrais, básicos, cotidianos, este primeiro volume parece mais prazeroso e fácil do que seu segundo.

Aguardemos para ver como se sai até o final..."

Cheguei à página 110
Avaliação : 4

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Livro de Sonetos

Vinícius em sonetos, certamente das mais prazerosas versões do poeta, ainda que a totalidade destes textos não seja seu melhor.

Seja como for, encontrar dentre eles os exemplares mais célebres do gênero já produz satisfação incomparável.

Deleite para os olhos e pensamentos, seus ritmos, suas melodias, encantam do começo ao fim, provocam a inconstância das próximas páginas por vir.

Aliás, provar não somente maravilhas denota o quão humano o escritor se mostra, qualidade a enriquecer suas linhas e versos.

Passeio prazeroso de poucas horas, suas construções desnudam boa parte de sua alma, de sua época, de sua vida.

Terminei
Avaliação : 3

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Para viver um grande amor

Em prosa ou verso, Ler Vinícius soa como ouvir suas letras cantadas por vozes velhas conhecidas, harmonia fluída em texto grafado.

O livro agrega considerável universo de seus textos, descortina inúmeras arestas da alma do poeta.

Poeta que é, versa sobre tudo, dos céus ao cotidiano, afiadas versões de suas visões, deleite de leitura prazerosa.

Encanto para um dia, mal começamos já encontramos o final, não por exíguo conteúdo, antes por completo envolvimento.

Se desejar uma pequena amostra deste artista das ideias, certamente as páginas percorridas proporcionarão simpática visita, com despedidas para outros retornos.

Impossível não se deixar levar...

Terminei
Avaliação : 4

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O Natimorto

Fluído, ágil e criativo, o texto de Mutarelli nos transporta para uma viagem de ideias e cenários instigante, captura nosso fôlego sem pedir licença.

Situação nonsense, psicologias exacerbadas, talvez a realidade seja mais próximo do apresentado do que gostaríamos de admitir.

Associar as imagens de advertência dos maços de cigarro às cartas do Tarô, mote impagável e atraente, cobertura do bolo com sabor sensacional, fio condutor de surpreendente engenhosidade.

De construção meticulosa, suas linhas se expressam até mesmo na grafia, nos grafismos, mais poesia em sua prosa teatral, deleite para olhos mancomunados com o encéfalo alerta.

Em vórtice de insanidade cotidiana, sem nomes, apenas funções, as personagens estampam anseios e destemperos da alma humana, um toque meio kafkaniano.

Num crescente de emoções, chegamos ao final com uma surpreendente conclusão, carregada de sarcasmo e impasse, ótima para alçar a imaginação para voos ainda mais altos.

Diversão do começo ao fim, daquelas impossíveis de deixar para depois, a absorção em poucas horas de suas linhas nos provoca o desejo por mais exemplares desse tipo de devaneio fantástico.

Terminei
Avaliação : 5

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Adulthood Rites - p.304

Mais aprendizado e exploração na experiência de Akin fora do planeta, outra ocasião para sentir o incômodo de partilhar dois mundos.

Maturidade próxima, metamorfose em curso, as novas acepções do personagem parecem um tanto artificiais, implantadas.

Soa artificial também seu retorno, sua volta à Terra com ares messiânicos, mesmo considerando o tempo decorrido, demasiadamente bem acertado.

Marte como novo horizonte não brilha, na ficção outro qualquer se justificaria, dispensaria a semelhança com o planeta-água.

Em retrospecto, o enredo avançou bastante desde as primeiras páginas, desde o primeiro volume, porém continua sem o entusiasmo, sem o despertar de recompensa, mesmo considerando sua boa execução técnica.

Vejamos como a saga se encerrará no próximo volume, mas não imediatamente, afinal ainda não mereceu urgência ou prioridade.

Terminei
Avaliação : 3

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Adulthood Rites - p.229

A vida durante o sequestro se mostrou rica em novas experiências, em aprendizado, pelo menos do ponto de vista da personagem, pois para o leitor pouco parece agregar.

De maneira geral, quase sem novidades, no estilo ou na trama, apenas assistimos o leve amadurecimento de Akin, rumo à ocasião de sua metamorfose.

Bem construído, ainda que excessivamente técnico, quadrado, este volume contribui com alguma dúvida quanto aos possíveis mistérios existentes, às verdadeiras intenções...

Dúvida constante: encontraremos surpresas revolucionantes ou as expectativas excedem as possibilidades?

Reconduzido aos seus pares, o jovem humano-oankali precisa conciliar suas coletas, suas sensações, seu conhecimento acumulado, para seguir ao desfecho de sua jornada.

Vejamos aonde chega...

Cheguei à página 229
Avaliação : 3

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Adulthood Rites - p.172

Akin sequestrado, andanças pela nova Terra, exploração dos novos horizontes, novas vidas, novos costumes, uma pintura meio pós-apocalíptica, apesar da ajuda dos Oankalis.

Cotidiano hostil e rude, clima de razoável selvageria, chegaríamos a tamanha regressão, atingiríamos situação tão dramática em um eventual futuro com tais condições?

Reflexões à parte, o ritmo da trama permanece morno, descrições longas, eventos sobre eventos sem grande influência no desenrolar da história, falta aquele algo a mais...

Estilo contemplativo em demasia, apreciação contínua de cenários sem grande drama, ou talvez com um drama meio antigo, ultrapassado, passa longe de provocar curiosidade, anseio por descobertas ou emoções.

Continuamos a jornada, atentos apenas a boa construção e o interesse pelos desfechos arquitetados pela autora, mas certa e simplesmente propensos a apontar o próximo volume.

Cheguei à página 172
Avaliação : 3

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Adulthood Rites

De volta ao planeta, após algum tempo de adaptação, mais conflitos, mais perigos e menos definição, sentença definitiva de inviabilidade da espécie humana.

Cruzamentos alienígenas, seres construídos, geneticamente manipulados, novo ambiente a se descortinar neste futuro de recomeço, primeiros passos da nova era.

Ritmo inalterado em comparação ao volume anterior da trilogia, certas descrições e reflexões se alongam demasiadamente, com pouca contribuição para o enredo.

Lilith assume segundo plano, concede mais destaque para seu rebento Akin, sem deixar de marcar sua presença nos rumos da história e suas guinadas.

Apesar de todas as revelações, há ainda algo mal explicado, intencionalmente ou não, sobre as motivações e interesses reais dos Oankalis, quem sabe uma boa surpresa posterior, ou frustração inevitável para o leitor...

Cheguei à página 69
Avaliação : 3

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Os Haicais do Menino Maluquinho

Haicai de corpo e alma, inclusive na composição da obra como livro.

Uma rápida delícia para descontrair o dia!

Se esquecer o divertido tom do célebre Maluquinho..."

Comecei e terminei
Avaliação : 5

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Uma Aprendizagem Ou O Livro Dos Prazeres

Emoções intensas do começo ao fim, sem permitir fôlego ou hesitação, tremendo abalo em nossa calmaria cotidiana vindo das páginas encontradas.

Com estilo deslumbrante, turbilhões de ideias e filosofias, os parágrafos derramam cenas sem pedir permissão, arrastam-nos para viver junto com as personagens.

Universo complexo e particular de Lóri, talvez represente boa parte da psique feminina, ou boa parte de um extrato dela, irradiante em beleza, ternura e ansiedade incontida.

Nem pensar em determinar os tempos dos acontecimentos, as vivências extremamente pessoais da protagonista tem seu andar próprio, percebido em particular por ela.

Jornada de descobrimento e construção, a mulher das muitas elucubrações galga montanhas a cada página, em contínua evolução, desenvolvimento, realização.

Aventura do aprender a ser, topamos com a expressão máxima do desafio humano, da libertação, entendimento e aceitação do eu, simplesmente nomeado assim, "eu".

Ícone de nossa literatura, chego a me perguntar porque demorei tanto para conhecê-la, apesar agradecer o excelente momento, mais maduro, mais perceptivo, mais vívido.

Texto para olhos e almas atentas, dispostas a se deliciar com ritmos de ideias e frases caprichosamente elaboradas, prosa poética de pouquíssimos capazes.

Não conseguir deixar de terminar em uma levada só, único risco a se correr, além de essenciais, necessárias e inevitáveis novas visitas ou revisitas.

Comecei e terminei
Avaliação : 5

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Dawn - p.248

Conflitos e eventos até mortais, provas da dificuldade humana em colaborar, coexistir, cooperar, ou quem sabe talvez não...

O aumento populacional, as preparações finais para a descida, um sem número de acontecimentos um tanto estanques, meio parados, quase enfadonhos.

Apesar da evolução bem planejada do enredo, este primeiro volume sofre do mal das trilogias, um caminho percorrido apenas para apresentação, sem grandes trunfos, sem muito brio.

Resta apenas o gancho para a próxima parte, sem rebuscamento ou grande motivação, agora com esperança menor de destinos mais grandiosos ou instigantes.

Nem o levantamento de questões referentes à manipulação e interferência resgata algum brilho, carece de mais profundidade, menos obviedade.

Valeram a experiência e o contato com a obra da autora, mas fica a dúvida de insistir nos outros volumes...

Terminei
Avaliação : 3

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dawn - p.173

Primeiro encontro com o primeiro homo sapiens, desfecho frustrante, talvez boa justificativa ao fato de precisarmos ser protegidos e preservados por indivíduos além de nossa existência.

Hora de começar sua tarefa, a reunião, ambientação e recrutamento de pessoas exigirão capacidades adicionais da protagonista, possivelmente novas aptidões.

Cativos ou salvos, inevitável questionar a interferência em nossa evolução, em nosso destino, premiados ou cobaias com novos dotes pouco naturais.

Em meio ao enredo o ritmo se tornou mais monótono, amarrado no cotidiano de aumentar o grupo, disseminar informação, apascentar ânimos e resolver conflitos.

Mais do que pretensão da trama, o freio soa comum às trilogias, sugere falta de fôlego ou indevido espichar das páginas.

Interesse mantido, continuamos a jornada esperançosos pelos rumos deste primeiro volume, determinante para nos aventurarmos nas futuras etapas de outros tomos da série.

Cheguei à página 173
Avaliação : 4

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dawn

Acordar em local estranho, semiconsciente, cheio de dúvidas e amnésias, peso considerável para o início de jornada de nossa protagonista.

O contato com os estranhos, bem no começo da trama, já descortina um cenário angustiante e repleto de questões, adição de mais alguma ansiedade na vida de Lilith.

Primeiras conversas, acordos acertados, certa adaptação, uma avalanche de emoções e ideias atravessa a mente desta simples humana, perdida e impotente, a mercê de seres poderosos, ainda que a princípio bem intencionados.

Após uma boa dose de reciclagem e aprendizagem, finalmente o encontro com um indivíduo familiar, alguém praticamente nas mesmas condições, apesar de muitas nuvens ainda pairarem em seu caminho.

Os desenrolares promissores roubam parte de nosso fôlego, instigam a curiosidade por descobrir e entender as intenções destes personagens apresentados, além de provocar enorme torcida pelo sucesso da sobrevivente.

As próximas páginas prometem bastante...

Cheguei à página 86
Avaliação : 5

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Masters of Deception - p.240

Métodos, medidas e contra-medidas, artifícios para obtenção de dados, procedimentos descritos em todos os aspectos a ilustrar o cotidiano das aventuras hackers.

Aumento do espectro, demandas mais desafiadoras, forças importantes nos rumos de uma aventura transformada em contravenção, corrupção dos assim pensados nobres ideais iniciais.

Impressiona descobrir motivações tão juvenis em eventos e fenômenos tão impactantes quanto os relatados, transformadores de nossa história.

Impossível não relacionar a intrínseca associação às centrais telefônicas com o enredo do filme Matrix, possivelmente muito inspirado pelo enredo dos relatos do livro.

Mesmo a queda, o desmantelamento do grupo consegue ser narrada com tons envolventes, legítima adição de drama às linhas de algo corriqueiro e monótono.

Documento histórico, as páginas percorridas formam leitura indispensável pelos aficionados da tecnologia digital, com grandes chances de provocar simpatia aos maus-feitos, ainda que tais travessuras não compensem.

Terminei
Avaliação : 5

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Masters of Deception - p.170

Crescimento do grupo, notoriedade, desavenças em consequência, conflitos demais para jovens administrarem, principalmente quando opiniões começam a divergir.

Os agentes do governo se aprimoram, repreensões acontecem, a atenção intensificada faz surgir novas preocupações e alertas, o fim da inocência.

Narrados com competência, os fatos e tempos aceleram em frente aos nossos olhos, sempre bem ilustrados com nomes e tecnologias envolvidas, associadas a práticas e acessíveis explicações.

Interessante conhecer os desdobrares que permitiram parte do grupo se voltar para o hacking do bem, talvez uma inspiração nos ideais juvenis do princípio.

O ambiente se complicou, os ramos e nós avultam, assim como preocupam pela dimensão e potencial adquiridos, mudam a história da segurança em TI definitivamente.

Difícil palpitar até onde viajaremos, mas não restam dúvidas sobre a diversão de acompanhar essa aventura com considerável emoção, cheia de pioneirismo e contexto histórico.

Cheguei à página 170
Avaliação : 5

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Masters of Deception

Garotos curiosos, com tempo e aptidão disponíveis, ávidos por descobrir novos mundos e adquirir conhecimento, ingredientes vitais para o surgimento do grupo hacker.

Policiais especializadíssimos, desconfiados até o último fio de cabelo, atentos aos notáveis movimentos dos desconhecidos malfeitores, contraponto excelente para acelerar o enredo.

Narrado com cenas magistralmente encaixadas, os autores desenham paulatinamente esse cenário de inocência tecnológica e incipientes redes digitais ubíquas.

Outros tempos, outras tecnologias, apesar da distância de poucas décadas, a brincadeira semeada nas centrais telefônicas americanas não vislumbrava seu alcance em tempos atuais.

Visitados os primórdios chegamos ao mundo do MOD estabelecido e conhecido, crescimento natural de tão atrativo círculo de novidades, isca para mais criativos e geniais, assim como alguns mal-intencionados.

Com menções sucintas e claras de equipamentos, métodos e técnicas, acompanhamos o desenvolver da psicologia e vidas destes pioneiros piratas dos bits.

Cheguei à página 101
Avaliação : 5

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Imperador - Os Portões de Roma - p.420

Tamanha vivacidade quase nos convence ser o autor testemunha ocular dos fatos, aquela tentadora presença da mosquinha discreta.

Ação sempre intensa, jogos do destino como manda o roteiro, a versão da história contada com imenso poder de captura e fôlego indescritível.

Quando tomamos pé da identidade dos protagonistas é bem verdade que surge certo desgosto, apesar de ser impossível cobrar fidelidade da ficção, ainda uma tão repleta de referências precisas.

Acostumados ao ritmo e situados no contexto, alguns pedaços finais soam mais monótonos, sem deixarem de ser cativantes e impelirem à leitura, ao desvendar os desdobramentos de encerramento.

A nota sucinta de fechamento do autor esclarece seu posicionamento e suas licenças poéticas, sela com perfeição o deslumbramento com a obra e confirma seu domínio do terreno, seu controle sobre o universo narrado.

O gostinho de querer mais volta à atenção para os próximos volumes, com esperança do encontro de mais páginas e aventuras à altura da recente experiência.

Só falta começar...

Terminei
Avaliação : 5

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Imperador - Os Portões de Roma - p.225

Emoções eletrizantes brotam a cada página virada, cada cena encerrada, numa sequência magistralmente desenvolta de fatos, um frenesi a sacudir as pequenas vidas dos dois meninos.

Tantas reviravoltas ocorreram, tanto crescimento, tantas passagens e ritos, impressionante não perceber seu transcorrer neste intervalo relativamente pequeno de capítulos.

 O pano de fundo histórico, recheado de costumes e descrições na medida, se encaixa azeitadamente em cada passagem, em cada novo cenário apresentado.

Ramos novos da trama surgiram nas últimas linhas, ampliação de horizontes de difícil visualização, para gerar a melhor das expectativas e encher nossos pensamentos de especulações.

Ainda sem sinais do tema de seu título, "O Imperador", a imersão em seu universo de poder, intrigas e realidade crua vale cada minuto da atenção dispensada.

Aportados em Roma começamos a conhecer o Senado, a sociedade e seus desafios, com vontade imensa de não parar de ler...

Cheguei à página 225
Avaliação : 5

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Chamadas telefônicas - p.216

Difícil de descrever qual força nos cativa, nos prende, nas linhas de seu texto, apesar de toda amargura, desventura e nebulosidade psicológica descrita.

Destaque para o último conto, "Vida de Anne Moore", conciso sem deixar de ser completo, percorre toda existência da personagem, com todas as suas nuances, numa montanha-russa de emoções. Indescritível!

Talvez o grande acerto do autor seja estar colado à realidade, com outra ótica, sem elaborados filtros, de maneira mais sincera.

As páginas desta segunda parte, igualmente devoradas, mantiveram o ritmo fascinante, envolvente, nos deixando completamente absortos.

Espanto maior pelo fato de não ser um gênero favorito, uma escolha primeira, conseguindo superar qualquer expectativa possível.

Daquelas obras indispensáveis de contatar para poder opinar e vivenciar, ainda que as tintas não lhe sejam atraentes.

Intrigante, para dizer o mínimo...

Terminei
Avaliação : 5

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O Imperador - Os Portões de Roma

Desenvolta e suave, a narrativa rapidamente nos coloca na vida Caio e Marco, seu cotidiano, seus costumes, suas expectativas, suas vidas.

Com contornos históricos bem delineados e sugeridos, acessamos o universo dos romanos de tempos remotos.

Por enquanto assistimos o desfrutar da existência por parte de duas crianças amigas, pequenos laços a fundar uma relação duradoura (ao menos parece).

Ainda que no começo, a aventura repleta de contexto nos envolve e encaminha por horizontes propensos a intensas emoções.

É continuar pra ver...

Cheguei à página 69
Avaliação : 5

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Chamadas telefônicas

Desacertos e desencontros, idas e vindas, mesmo com variação de cenários os contos rodeiam as oscilações incertas do cotidiano dos personagens.

Como tema, como detalhe ou pano de fundo, a literatura se faz presente em praticamente todos, quem sabe pelo domínio do fato vivenciado pelo autor.

Ambientes lúgubres, meio sujos, as narrativas acenam sombrias, com um pessimismo implícito, mas sempre cativantes, envolventes, criadoras de expectativa.

Situações ficcionais que bem poderiam ser relatos da vida de alguém, um gosto de proximidade a cativar os olhos, prender nas linhas da interessante leitura.

Estilo sutil, ritmo desenvolto e prazeroso de conhecer, imersos neste universo particular facilmente continuaremos a galgar histórias, páginas e vidas.

Cheguei à página 123
Avaliação : 5

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Bill, O Herói Galáctico - p.177

Escalada extenuante, jogado num vórtice sem fim, Bill age aos trancos e barrancos a fugir dos inevitáveis incidentes.

Apesar de começar compreender as regras, e tentar jogá-las, acaba sempre numa montanha russa vertiginosa, pura pressão para seus instintos.

Situações mirabolantes em uma fantasia espacial, podemos muito bem considerá-las apenas extrapolações extremamente bem humoradas dos percalços de nosso cotidiano.

Caminho encontrado, jornada em seu final, os contornos de seu destino têm tom amargo e indigesto, mas quem sabe não se trata da melhor opção...

Ágil e frenético, o desenrolar das páginas concede pouco tempo para fôlegos, nos alista junto com o herói galáctico para compartilharmos a desventuras, e nos divertimos bastante.

Terminei
Avaliação : 4

sábado, 27 de outubro de 2012

Bill, O Herói Galáctico

Ironia e sarcasmo perseguem nosso herói desde o começo, até mesmo quando ainda herói não era, mal sabia ele...

Envolto num ambiente cheio de mecanizações e intenções escusas, controlado ele vai aos tropeços seguir sua carreira, sem ter controle algum de seu destino.

A leitura lembra outras conhecidas, como "Guia do Mochileiro das Galáxias" e "Admirável Mundo Novo", difícil saber quem fez referência a quem.

Divertido e fácil de acompanhar, alguns bons momentos nos conduzem ao riso, por todas as páginas a curiosidade pretende descobrir as suas próximas desventuras.

Com boas tiradas de situação e tecnologias inventivas, vamos a conhecer esse ilustre autor da ficção científica, com expectativa em alta para as conclusões desta missão.

Cheguei à página 101
Avaliação : 4

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Aprender a Viver - p.302

Superada a pós-modernidade nos defrontamos com a filosofia contemporânea, com o materialismo, em busca contínua pela solução dos três pilares propostos: teoria, moral e salvação.

Ideias e soluções propostas sempre com extrema lucidez e respeito, o autor revela sua chaves para desvendar nossos enigmas, a visão de um novo humanismo.

Abrangente e satisfatória, sua formulação parece atender os anseios humanos, em especial os deste leitor, tornando-os condizentes com a realidade percebida.

Sem esgotar as possibilidades, as discussões, Ferry nos lega excelente interpretação do mundo e nos conclama a pensar e trabalhar mais em nossas próprias resoluções.

Impossível não voltar às suas páginas outras vezes, encarar suas linhas novamente para ousar melhor apreciação de tão vasto panorama de nossa alma.

Tarefa cumprida, o livro se eleva na galeria dos multifacetados e eternos, contato indispensável principalmente para pobres mortais como qualquer um de nós.

Terminei
Avaliação : 5

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Aprender a Viver - p.220

Mudança de foco para o ser humano, guinada dos modernos (e do Iluminismo) na condução e construção de suas ideias, evento cuidadosamente analisado por Ferry.

Vale destacar novamente o claro e acessível encadeamento de ideias apresentado pelo autor, luz intensa sobre os caminhos do desenvolvimento da ciência do pensar.

Aparente ápice de nosso caminho, chegamos ao pós-modernismo, com grande foco em Nietzsche e sua desconstrução dos pilares estabelecidos, ícone do movimento perturbador.

Inegável a acessibilidade possibilitada pelas explicações, pelas discussões e análises, deste arcabouço de ideais tão elaborado, mas traduzido com fidelidade e domínio.

Renova a alma essa revisita aos temas conhecidos quando conduzidos com tanta maestria, com limites devidamente apontados e horizontes grandemente delimitados.

Grandes conclusões se insinuam, flutuam no ar sinais de mais descobertas na intrigante arte de viver conscientemente, ainda que restem poucas páginas para aproveitar...

Cheguei à página 220
Avaliação : 5

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Aprender a Viver

Convite tentador lançado pelo autor, sua promessa anuncia um prazeroso caminhar pela evolução do pensamento e da filosofia, um panorama amplo e completo dos pensares de muitos séculos.

Com linguagem acessível, sem ceder às simplificações, Luc Ferry introduz o tema com definições perenes, para guardar e remoer.

Intrigante abordagem, para discutirmos o viver apontamos para a compreensão da morte, limite dos limites da consciência humana.

Lançados ao mar no mundo clássico dos gregos, começamos a entender os sinais da filosofia nas ideias do estoicos e sua atenção à realidade, ao cosmos.

Em seguida, analisamos o pensamento cristão, ainda que sem tê-lo como corrente filosófica, mas pela relevância de conceitos inaugurados ali e presentes até hoje no desenvolvimento desta ciência ocidental.

Referências e encadeamentos magnificamente engendrados, suas páginas certamente fascinam iniciados e iniciandos, seja para assentar imagens flutuantes, seja para avistar caminhos por trilhar.

Expectativa em alta, assim como a satisfação, que venham as próximas etapas e frutifiquem tanto como as recém conquistadas.

Cheguei à página 117
Avaliação : 5

sábado, 20 de outubro de 2012

O Mundo em uma Frase - p.260

Prosseguimos o passeio pelos clássicos e chegamos a alguns autores mais contemporâneos, sempre com a visita rápida, adornada de fatos biográficos destes artistas da concisão.

Em tempos mais modernos discutimos novas manifestações desta arte, na propaganda, na Internet ou na música, transformação de antigas tradições.

As apresentações permanentemente sucintas apontam caminhos, nem chegam perto da intenção de esgotar seus temas, funcionam excelentemente como guia enciclopédico para pesquisa.

Geary termina sua obra com a missão cumprida, acompanhado dos leitores, na construção de sua bíblia pessoal das pequenas pérolas de pensamento humano.

Terminei
Avaliação : 4

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Mundo em uma Frase

Dedicação e paixão por um assunto, por quase toda vida, certificado da autoridade do autor para discorrer sobre o tema do livro.

Com a combinação de eventos biográficos e memórias claras de suas impressões, James agradavelmente nos recebe nessa jornada pelo mundo dos aforismos.

Para começo, definições objetivas e conceitos dos domínios das frases curtas autorais, bom norte para apreciar outros encontros com tais esculturas do pensamento.

Conscientes de suas características e limites, viajamos ao Oriente para o encontro com ancestrais e primitivos aforistas, repletos das tradições culturais de seus povos.

Seguimos para o mundo grego e romano, conjunto clássico e vasto de amostras do gênero, sempre acompanhados de análises de seus pensamentos.

Terminamos esta primeira parte com o encontro dos europeus clássicos, assim como dos primeiros iluministas e suas divergências com Deus.

Mais do que discorrer sobre os rápidos textos, o autor se debruça sobre eles para apresentar e refletir as diversas correntes do pensamento humano.

Didático, conciso (como não poderia deixar de ser...) e ricamente recheado de ideias e exemplos, passeamos por suas linhas a desfrutar gotas perturbadoras de oceanos.

Cheguei à página 136
Avaliação : 3

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nós, os Marcianos - p.255

Inesperado encerramento, a segunda parte do livro se compõe de apenas um conto, bem mais longo, mas interessante em seu desenrolar.

Toques de neurociência, pitacos de construções de memórias, armas para a solução de mistérios em colonização planetária.

Percebemos por suas páginas estilos e mecanismos incipientes das melhores produções de Asimov, centelhas da fulgurante chama de seu gênio posterior.

O livro nos entrega pouco, muito pouco mesmo, mas ao menos o suficiente para uma leitura descontraída e atrativa.

Terminei
Avaliação : 3

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Nós, os Marcianos

Três contos mais longos, sem introdução ou as costumeiras apresentações do autor, sem dúvida um compêndio diferente dos costumeiros de Asimov.

Em uma história assistimos a disputa interplanetária por um recurso natural escasso: a água. Antevisão profética de futuras contendas em nosso próprio planeta.

Noutro, um intricado relato do contato interespécies, recheado de interesses e desventuras, típico do desconhecimento mútuo cheio de preconceitos e pretensões.

Por fim, um intercâmbio entre civilizações através de muita telepatia e incertezas relativas ao período de sua ocorrência, a culminar em decisões definitivas e excludentes.

Mornos em seu enredo e discussão, presenciamos páginas bem distantes das mais áureas linhas do mestre, demonstração de sua humanidade ainda que prolífera em produção.

Leitura divertida, mas sem surpresas ou destaques, menos entusiasmo do que supunham as expectativas.

Cheguei à página 158
Avaliação : 3

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Laranja Mecânica - p.200

Terapias sociais misturadas a poderosas substâncias químicas, cura do mal, poder governamental, videntes extrapolações para refletirmos sobre os obscuros ímpetos homo sapiens.

Notável estrutura, elaborada e repetida entre as três partes, destaca e limita claramente os estágios da psique de Alex e suas torções.

Leva algum tempo, mas mesmo com lapsos de entendimentos acabamos imergindo no universo nadsat, menos espectadores e provocados pela evolução da trama.

Quadradinho em seu término, o livro de qualquer forma expõe a genialidade do autor, em sua minuciosa elaboração linguística e ideológica, exemplar destacado dentre tantas literaturas.

Merecida menção obrigatória ao filme homônimo que mesmo sendo uma adaptação quase nada se distancia dessa virtuosa aventura violenta e juvenil, discussão interessantíssima dos limites de nossa humanidade.

Terminei
Avaliação : 5

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Laranja Mecânica

Adentrar ao universo de Alex, com sua linguagem especial e modo de vida sui generis, choca aos incautos, ou mesmo aqueles avisados pelos prefácios da obra.

Ler, ou não, introduções e glossários previamente, dúvida crucial antes dos movimentos iniciais, mas certamente um pouquinho de concessão ao menos nos deixa mais entrosados.

Assistimos o desenrolar da história como alguém que apenas arranha outro idioma, aos poucos assimilando expressões e contextos, envolvidos pelo ritmo dos fatos.

Mundo e tempos degradantes estes pintados, visão provocadora apresentada a volver ideias e ideais, questionar opiniões e valores.

Genial transição entre a primeira e segunda parte, os cenários e situações maquiavelicamente pensados transbordam inventividade e trabalho do autor.

Verdade seja dita, inúmeras imagens e referências nos remetem ao filme assistido, comprovando-o fiel aos primeiros conjuntos de páginas apreciados.

Inevitável continuar e descobrir os desdobramentos das desventuras do garoto, ainda que com enredo e alguns destinos já conhecidos.

Cheguei à página 89
Avaliação : 5

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Morte da Luz - p.336

Um triângulo (ou quarteto) amoroso soou francamente para a condução deste romance quase épico, proveu energia insuficiente para nos convencer de seu peso.

Ambientação em gerações descendentes humanas, planetas distantes em galáxias longínquas, esforço considerável para pouco envolvimento, pouco emaranhamento, pouca comoção.

Provavelmente seu afã se desgastou na elaboração de raças, culturas, costumes, restando não muito para o desenvolvimento da trama, construção apenas de um panteão para futuras aventuras.

Certamente presenciamos a obra de um mestre de longas crônicas, tecida com rigor nas linhas e páginas, com técnica apurada e esmero em seus traços, mas possivelmente bastante atrelada apenas na forma.

Vale a experiência, mas sem entusiasmo, quem sabe para contatarmos a semente de outras grandes obras, em estilos mais confortáveis para o autor.

Terminei
Avaliação : 3

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A Morte da Luz - p.214

Embate cultural, cada vez mais intenso, o mar revolto de tradições arrasta Dirk para direções indesejadas e desconhecidas.

Por outro lado, muito pouco assistimos no desenrolar das relações, a trama enroscada nas discussões e armadilhas dos usos e costumes daqueles povos distantes.

Ainda assim a narrativa nos envolve, nos faz esperar algo mais, provoca a necessidade de desvendarmos os acontecimentos próximos e descobrir os destinos das personagens.

Em meio aos panoramas apresentados algo soa sorrateiro, alguma motivação escondida ou ator mascarado, embora talvez seja apenas expectativa por planos mais elaborados, sede de leitor ávido por tramas mais complexas e sinuosas.

Seguir em frente, página a página, único caminho a trilhar para galgar as últimas estradas das aventuras destes pós-humanos.

Cheguei à página 214
Avaliação : 4

sábado, 29 de setembro de 2012

A Morte da Luz

Acolhido sem grandes expectativas e com minhas referências sobre R. R. Martin, eu jamais imaginaria se tratar de um romance intergaláctico, em mundos e futuros bem distantes.

Com ritmo envolvente, discurso cheio de detalhes, desembarcamos neste planeta um tanto estranho, apresentados a seus personagens de perfis elaborados, mas cheios de dúvidas das trilhas pela frente.

Diferenças culturais e históricas entre povos, foco principal do enredo, seu desenvolvimento exigiu considerável volume de explicações, de qualquer forma bem adequado e dosado.

Por enquanto ficamos nessa, sem desenrolares mais significativos, paulatinamente ganhando gostos, definindo lados e costurando apostas sobre as próximas páginas.

Cheguei à página 107
Avaliação : 4

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Futuro Começou - p.470

Haveria pouco a acrescentar, porém a capacidade de variação sempre exacerbada produz como nunca nos compêndios de Asimov.

Fácil notar nos últimos contos a influência do período de doutoramento do escritor (na sua área de pesquisas, não na ficção :)), provocando-o a tecer até mesmo uma tese ficticiamente publicada.

Além das cintilações de "Fundação", apreciamos nestes términos alguns ensaios dos conceitos da psico-história, outro de seus trunfos tão adorados e intrigantes.

O livro se confirmou um excelente trabalho para iniciação na obra do mestre, mesmo sendo somente um ligeirinho gostinho do seu intenso universo ficcional.

Ótima pedida para os primeiros passeios por suas linhas, ainda que lá o futuro estivesse apenas começando.

Terminei
Avaliação : 5

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Futuro Começou - p.370

Rica e variada, a produção de Isaac nos legou vasta, e suspeito às vezes interminável, gama de experiências ficcionais para estímulo dos pensares e alegria da alma.

A obra continua com seu delicioso ritmo, com mais sequências, mais fatos biográficos, uma Asimovlândia para os fãs e um tesouro a descobrir para não iniciados.

Talvez um pouco extenso além da conta, a densidade de ideias, informações e quebra-cabeças chega a nos deixar exaustos, consumidos por tão proveitosa leitura.

Provavelmente, eis o motivo para outras de suas publicações do gênero contarem com menor número de páginas, deixar sempre o gostinho dos próximos encontros por vir.

Conhecer suas inúmeras vertentes e história reafirma sua maestria e o dom na área dos robôs e no tema da "Fundação", seus filhos mais ilustres.

As últimas amostrar denotam seu estilo mais apurado e maduro, consoam nos melhores tons do apreciado filão de causos mestre.

Haja empolgação...

Cheguei à página 370
Avaliação : 5

domingo, 23 de setembro de 2012

O Futuro Começou - p.274

Sequências, histórias em torno de um enredo conhecido e publicado anteriormente, mal podíamos imaginar surgir tão cedo nas iniciativas do autor.

Nos últimos textos encontramos inclusive um fantástico (no estilo, não na genialidade), amostra das incursões de Asimov em áreas além da ficção científica.

Crescente maturidade avistamos, aprimoramento de suas mordazes visões, sinais de ardis futuram e magistralmente explorados pelo missivista.

Biografia misturada à leitura de seus contos intensifica a diversão proporcionada, especialmente neste exemplar, bem mais do que nos posteriores compêndios (já lidos ao mero acaso). Que sorte!

Resta a curiosidade de quando foi o momento do nascer da linha robótica, o suprassumo de sua obra e toque inigualável...

Cheguei à pagina 274
Avaliação : 5

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O Futuro Começou - p.175

Inegável e contínua evolução podemos observar na sequência de contos apresentados, mais uma excelente visão do autor na escolha dos textos.

Envolvidos progressivamente, entusiasmam os contos e os causos, num cadenciar de fatos relembrados com lucidez incrível e considerável dose de auto-análise.

As recusas e fracassos surgem mais frequentemente do que imaginaríamos em princípio, mostras da humanidade do grande mestre, lapidada ao longo de décadas.

Nas últimas páginas um refulgir incipiente de suas marcas mais fortes, quase como um nascimento das primeiras luzes de seu brilhantismo, notamos nas linhas engendradas.

Tema espacial, guerras galácticas, centelhas de sua grande obra, "Fundação", em tempos nos quais mal se pensava em televisão!

Cheguei à página 175
Avaliação : 5

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Futuro Começou

Grata surpresa inicial, Asimov nos revela na introdução uma obra com seus primeiros passos na aventura da escrita de ficção científica, o futuro sabiamente a começar.

Com viés altamente autobiográfico, riquíssimo em detalhes, nada parece capaz de escapar da vista do autor, mesmo os textos menos significativos, mas propícios à retrospectiva.

Interessantíssimo descobrir seu insucesso um dia, apesar da posterior notoriedade, as pedras e encalços pelo caminho, assim como os bons mapas descobertos.

Os primeiros contos nitidamente manifestações de um iniciante, mas com o brilho enviesado da maestria escondida, pronta a aflorar com experiência e maturidade.

Divertida admiração do senhor das suíças, os causos iniciais sugerem volumoso aprendizado pela frente, bastando um leitor disposto e atento.

Cheguei à página 83
Avaliação : 4

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Autoperfeição com Hatha Yoga - p.448

Inegável a emanação de sabedoria proveniente das páginas grafadas pelo professor Hermógenes, repletas dos melhores preceitos do Yoga.

Neste final de jornada, a obra encerra os últimos passos pelo vasto assunto, na sua forma resumida, mas precisa e consistente, se confirma como excelente material para iniciantes ou iniciados.

O sincretismo com o pensamento ocidental insiste em mostrar sua face, desagrada por seu caráter dispensável, mas volta e meia invocado para apoio pelo autor.

Referência indiscutível, de qualquer forma a importância do livro se sobrepõe aos seus "senões", reafirma o bom caminho inerente aos praticantes.

Nem o ponto de vista prático se deixou de lado, com um bom apanhado de receitas, para as práticas ou gastronômicas, orientação firme de um mestre cuidadoso e atento.

Indispensável para qualquer desejoso ou seguidor deste caminho ancestral de benesses.

Terminei
Avaliação : 4

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Autoperfeição com Hatha Yoga - p.303

Conciso, prático e objetivo compêndio de ásanas apresentado, ganhamos um bem explicado conjunto de posturas possíveis para todos os níveis, além do incentivo permanente do mestre em nunca desistir.

Por outro lado, a apresentação das kryas cobrindo do cotidiano ao mais controverso dos métodos, talvez indisponha os menos aculturados.

Questões alimentares trazem de volta algumas abordagens equivocadas, apoiadas em mitos e com tons de fundamentação científica, melhor surgiriam se pautadas no âmbito prânico, do que em miríades de especulações evolutivas de nossos maxilares, por exemplo.

Descortinar deste trecho, analisamos as questões do repouso e da fadiga, fortemente guiados pelo conceito de não-violência, mas ainda em apresentação repleta de sincretismos, viés a esmorecer parte da força e beleza das tradições da prática.

Cheguei à página 303
Avaliação : 4

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Autoperfeição com Hatha Yoga

Fácil esperar um tratado impecável, tamanha a dimensão do nome envolvido, mas somos pegos no início, de supetão, com certo tom de auto-ajuda, cheio de testemunhos.

Outro viés comum ao gênero, a incomodar nas suas pretensões, se refere à insistência em apresentar conceitos científicos ocidentais para fundamentar alguns argumentos.

Felizmente o tropeço fica pelas pedras do início, apoio desnecessário para experiência e vivência da tal envergadura, quem sabe passível de remoção em futuras edições.

Ao adentrarmos a área de domínio, transborda conhecimento e autoridade, num texto simpático, preciso e extremamente acessível.

Após um pouco de conceituação geral, voltamos a atenção ao pranayama, em excelente orientação. Impossível de resistir a alguma experimentação, onde estivermos, verdadeiro exercício de propriocepção.

Iniciados seguimos para o reino das ásanas, cautela onipresente e detalhada descrição, com instruções passo a passo, para novatos executarem os primeiros passos e mais experientes reverem e absorverem com bastante satisfação.

Cheguei à página 12
Avaliação : 4

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Júpiter à Venda - p.230

Sem dúvida não atinge o melhor de seus exemplares, mas progrediu muito nesta segunda parte, principalmente quando investiu em seu humor refinado, meio sarcasmo, e as bem boladas encruzilhadas nos enredos.

Diversão mais empolgante, sem preocupações sisudas com ciências, mais focado em envolventes dilemas a procura de soluções, voamos mais soltos, descontraídos.

Seja como for, sempre prazerosa leitura, apreciamos inúmeros reluzes de ideias, perspectivas e desejos de outros tempos, numa era bem distante da Internet.

Uma volta ao passado, com duas ou três histórias mais relevantes, encerrada com maestria por uma fábula final sobre robôs, para aproveitar o suprassumo de sua verve.

Terminei
Avaliação : 4

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Júpiter à Venda

Definitivamente, o domínio do mestre Asimov reina sobre o tema robôs, infelizmente não sendo a preocupação da obra em questão.

Cortesia e simpatia persistem como em outras coletâneas suas, com seus comentários cheios de curiosidades a interligar os contos.

Neste caso, assistimos história com especulações científicas, situações extremas ou catalisadoras, com algumas poucas centelhas de sua genialidade a escapar.

Por exemplo, o último conto desta toada versa sobre evolução, alienígenas e exploração interplanetária, numa boa mistura intrincada para quebrar a cabeça e nos divertir.

Leve de levar, nosso aspecto literário, proporciona até o momento leitura despretensiosa e ilustrativa, uma daquelas pequenas facetas deste profícuo tecedor de causos bacanas de apreciar.

Cheguei à página 116
Avaliação : 3

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Para ler como um escritor - p.320

Numa guinada de estilo, deixamos a catedrática análise para passarmos a uma leitura pessoal de Francine, primeiro sobre um favorito autor, depois sobre o ímpeto pelo ato de ler e suas necessidades.

Sem a força inicial, concluímos nossa viagem em sua companhia com um vento morno, dissonante do tecnicismo a permear o restante, afastando-a de sua melhor vertente.

O complemento, uma lista de obras recomendadas para leitura, pouca acrescenta, afinal não comentada soa como pura obrigação ou lembrete de última hora.

Não bastasse o estranhamento final, nos deparamos com um posfácio de Moriconi, meio com ares de interpretação das páginas precedentes, com pitadas de regionalização para ambientes e autores tupiniquins. Desnecessário...

Aliás, mais desnecessário ainda o enxerto final de uma entrevista com a autora, sobre o próprio livro e seu tema, um apêndice desconectado para fechar com chave de "latão".

Apesar dos pesares, se nos atermos ao principal da obra, sua força inicial prevalece e a entrega de preciosas ferramentas e visões para a apreciação de boas leituras, ou boas escritas, para quem desejar arriscar.

Terminei
Avaliação : 4

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Para ler como um escritor - p.227

Didaticamente avançamos pelos personagens, os diálogos, os detalhes e os gestos, sempre fieis ao método de análise de clássicos, em destaques ao gosto da autora.

Incomoda ainda bastante a atribuição de intenções aos autores analisados, a poda de sua simples expressões, manifestações culturais e ambientais próprias de cada indivíduo.

Vale pela ênfase concedida a cada aspecto, a provocar nossa reflexão e nossa alma de escritor ou leitor, só dependendo do lado da página onde estamos.

Nos últimos temas se percebe maior dedicação à reprodução dos trechos para análise, mais do que o discorrer de conceitos e avaliações, tornando o acompanhar ligeiramente tedioso.

Seguimos firmes e entusiasmados, semeados com pontuações e dicas valiosas, prontas a florescer nas próximas incursões no mundo literário.

Cheguei à página 227
Avaliação : 4

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Para ler como um escritor

Expressar ideias apoiadas na própria experiência, trunfo da autora apresentado nos primeiros movimentos, reforço bem construído para o castelo a desvendar.

Por falar em construção, iniciamos desconstruindo a estrutura dos livros, palavras, frases, parágrafos e narração, elementos sempre exemplificados com trechos de ícones clássicos da literatura mundial.

Destaque para a ênfase na narrativa, especificamente em seu foco, guinado para o público-alvo no lugar da atenção para a voz do texto, ou personalidade do escritor.

Linhas e conceitos bem claros, páginas leves de acompanhar, sem deixar de tocar firmemente em nossa consciência, provocá-la à reflexão de escolhas, desejos e anseios.

Ampla abordagem, estilos e gostos diversos, há certo ar de tecnicismo no discurso de Francine, mas sem abandonar o prazer pelas letras, mais uma questão de gosto, estilo de leitor.

Por outro lado, tal direcionamento pesa a mão na atribuição de intenções aos criadores, remove o crédito de sua expressão espontânea e irrefletida.

Cheguei à página 114
Avaliação : 4

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Homem Bicentenário - p.237

Certamente as histórias seguintes não conseguiriam superar o último conto, merecedor da referência no título do livro, mas a variedade de temas e abordagens permanece fascinante.

Neurociência e música em tratamentos futuristas, perspectiva atual ditada há muito anos atrás, possível fruto apenas de extrapolação.

Outro conto cósmico, repleto de informações científicas bem explicadas, situação crítica com buracos negros e afins, misto de imaginação e conhecimento com um pouco de aventura.

Depois outro complô, mais robôs pela frente e uma teoria da conspiração sutilmente elaborada, desafio com tons de quebra-cabeça e espírito investigativo aguçado, provocantes linhas a nossa curiosidade.

Para fechar, viagem no tempo e brincadeira bem humorada com seu primeiro editor, um esquete leve para um último suspiro de diversão, acabamento caprichado para tão seleto compêndio.

Uma pena terminar, conhecemos outro excelente exemplar de coletânea preparada pelo autor, sempre com muito senso estético e coesão, a formar releitura preciosa de sua própria obra.

Páginas fascinantes, cuidadosa e inteligentemente aglutinadas, um deleite para fãs (ou mesmo para qualquer pessoa), turbilhão de ideias e emoções para guardar, repensar e reviver.

Terminei
Avaliação : 5

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Homem Bicentenário - p.196

Um computador autista envolvido em pesquisas interplanetárias, discussão de neurociência a fomentar ficção científica e gerar metáforas ampliadoras do entendimento.

O desafio do domínio das máquinas sobre o homem e um bem elaborado complô para combatê-las, digno de Matrix e congêneres, oriundos de épocas bem anteriores.

Voltamos então às discussões filosóficas, ambientalismo e inúmeras considerações éticas, despertar de questionamentos por pura ficção, com propostas de soluções maquiavelicamente intrincadas.

Temas de entrada, construção de ambientes e conceitos para o prato principal, o célebre conto "O Homem Bicentenário", pérola do autor e da sci-fi, robusto composto de ideias e sentimentos.

Impressiona o poder de uma história, envolvente, comovente e magnética em todas as leituras, em todas as repetidas visitas às suas linhas bem conhecidas.

A estrutura do livro, os comentários de encadeamento, as conexões entre os enredos, um presente do mestre Asimov aos seus fãs e à literatura universal.

Extasiante!

Cheguei à página 196
Avaliação : 5

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Homem Bicentenário - p.102

Quem imaginaria um conto entre céus e mares desaguar numa discussão ambiental, bem visionária para seu tempo, além de um jogo de política, poder e dinheiro, com direito a complôs e altos conflitos?

Em seguida, uma sublime história de robôs a discutir as três leis, além de propor alternativas para aceitação da sua espécie pelos humanos, com direito a revisita de antigos temas e personagens.

Só mesmo o grande mestre Asimov para jogar magistralmente com as peças de nossos anseios e medos, transfigurados em objetos futuristas e inovadores, texto repleto de discussões, teses e apresentações.

Em meio às emocionantes historietas, causos de sua carreira no mundo sci-fi, tempero pontual para fomentar a curiosidade e o culto ao autor, esquetes de outros tempos de fatos reais bem vividos.

Puro encanto e diversão, no melhor de seu tema, estilo e ritmo, páginas de contemplação para dificultar a pausa e pedir novas aventuras e tomos.

Cheguei à página 102
Avaliação : 5

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O Homem Bicentenário

Recebidos e ciceroneados pelo próprio mestre, cada texto mereceu atenciosa introdução, com a devida ambientação e posicionamento, cenário agradável e simpático para acompanhar a leitura.

Começamos com uma história de robôs e a aparição da célebre Susan Calvin, ótima retomada da personagem tão presente em outras obras, com fundamental participação no desenrolar da trama.

Enredo pleno de significados e reflexos, típicas páginas de questionamento da natureza humana, tão espelhada nos temores e amores pelas máquinas e suas limitações e desafios.

Na história seguinte encontramos a união do céu com o mar, aventura de relações de lunares com submarinos, bem sacada percepção das similaridades das diversas faces da aventura desbravadora do homo sapiens.

Apenas demos os primeiros passos, a segunda incursão nem terminou, mas o ânimo e as perspectivas são animadoras, prenúncio de muita diversão e viagens fantásticas pelo imaginário de Asimov.

Cheguei à página 61
Avaliação : 5

O Maníaco do Olho Verde - p.128

Nenhuma mudança no tom ou no tema aconteceu, as linhas desconexas, um tanto descabidas, mantiveram a sensação de estranheza, quem sabe resultado de certa artificialidade nas abordagens.

Claramente as linhas traçadas, o estilo do texto, a escolha da narrativa, provêm de um hábil autor, fazem jus ao seu renome como grande escritor, mas apenas técnica se mostra insuficiente para sustentar o prazer na leitura.

Por sinal, a amostra provoca dúvidas relativas ao potencial do restante de sua obra, quais as origens de seu destaque, quem sabe fruto de sua excentricidade, ou a má experiência resulta somente de infelicidade ocasional.

Talvez um futuro encontro, com outro exemplar do trabalho de Trevisan, mudará a perspectiva encontrada, mas tal evento não deverá ocorrer tão cedo, melhor deixar o tempo afastar o desagrado.

Terminei
Avaliação : 3

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Maníaco do Olho Verde

Sem prefácio, introdução ou sinopse, os textos começam com toda sua crueza, de supetão, estampando uma realidade áspera e mordaz.

Contos curtíssimos, com ares de crônica, em linguagem simples e direta, tons de Nelson Rodrigues e seu cotidiano, surgem agressivos a nos deslocar.

Narrados em primeira pessoa, a força de seu discurso soa como testemunho pessoal, autênticos e vividos em sua mais plena intensidade.

Orações entrecortadas, raciocínios relâmpagos, seu estilo marcante se destaca, mas algumas prosas poéticas enxertadas destoam do conjunto, forçam a torção de nossos narizes.

De proposta, tema ou gosto duvidosos, suas linhas causam certa estranheza, talvez a objetivem, seguimos sem elevados horizontes a procura de uma perspectiva ou sentido melhores.

Cheguei à página 60
Avaliação : 3

segunda-feira, 23 de julho de 2012

F de Foguete - p.210

Felizmente o tema espacial permaneceu por toda jornada, todas as histórias apresentaram seu quinhão neste fascinante universo.

Merecido destaque devemos conceder a "Gelo e Fogo", daqueles textos a compensar todo o percurso das páginas passadas e vindouras, intenso e pleno de ficção científica.

Os últimos contatos com as linhas do autor permitiram impressão clara sobre seu estilo e ideias, com todo sua inocência e esperança por tempos gloriosos da humanidade, amplamente apoiadas em avançadas tecnologias

O olhar crítico não dispensa a observação ácida das agruras e vícios do espírito homo sapiens, tempero indispensável em sua narrativa.

Apesar de morno em alguns momentos, a apreciação do livro garantiu momentos de diversão, com alguns de até fascinação, causos com ares de sonhos de menino, num tempo bem distante.

Terminei
Avaliação : 4

quinta-feira, 19 de julho de 2012

F de Foguete

Sensível diferença nas obras publicadas pela Hemus, mesmo sem espantar ou entusiasmar demais, ao menos congregam histórias mais próximas da ficção científica.

No livro em questão, o tema foguete acertadíssimo, central em todos os contos até aqui, sempre com forte componente humano característico da narrativa de Ray.

Envolventes e reflexivos, em sua simplicidade garantem bons momentos de leitura relaxante e apreciativa, ainda que encontremos alguns textos lidos recentemente na outra coletânea.

Marte também participa com grande presença, vez ou outra acompanhado por algum outro corpo celeste do sistema solar, os horizontes resplandecem mais amplos por aqui.

Em suas linhas há certa magia, um encantamento possivelmente presente nos corações das pessoas de sua época, ou da época destas publicações, a era dos motores espaciais.

Abundante imaginação com incipiente tecnologia, combustível para jornadas mentais longínquas, facilmente se escapando da realidade ou do universo plausível.

Interessante contato com essa visão e estes outros trabalhos do autor, auxilia grandemente a formação de opinião e o entendimento de seu renome.

Cheguei à página 124
Avaliação : 4

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Os Frutos Dourados Do Sol - p.210

Final da viagem e nenhuma novidade, o mesmo ritmo de contos comuns, por poucas vezes com expedições espaciais, mas nenhum grande destaque ou mérito.

Por outro lado, as histórias provavelmente retratam bem à época do autor, as ideias a pairar pelas cabeças, o toque inocente e pueril na interpretação da vida.

Difícil compreender a ilustração da capa, com seus ares de ficção científica, dissonante com seu conteúdo, seus artifícios, seu estilo...

Constatação clara, impossível julgar um livro pela capa! :)

Bradbury compôs bons esquetes sobre o cotidiano, as angústias humanas, atuou com maestria com seus títeres, porém passou longe de brilhar e entusiasmar.

Desculpo-me pela insistência, mas melhor guardar só mesmo "Fahrenheit 451".

Terminei
Avaliação : 3

terça-feira, 17 de julho de 2012

Os Frutos Dourados Do Sol

Lúcida e assertiva, a apresentação desenvolvida na orelha do livro classifica adequadamente o trabalho do autor, desmistificando sua rotulação como ficção científica.

Os contos florescem para fundamentar a opinião, linhas bem mais voltadas à apreciação da natureza humana, histórias de pessoas cotidianas repletas de filosofia.

Bons enredos, bem elaborados, mas nada preocupados com ciência ou com o futuro, muito mais próximos da fantasia e do terror, gêneros dominados por Ray, certamente desde muito tempo.

Nesta primeira parte, dos 11 textos encontramos 3 participantes do volume lido anteriormente, sem merecem tamanha atenção, apenas uma escolha arbitrária do organizador.

Visão interessante do mundo, a leitura diverte ainda que o gênero não seja o preferido, ainda que suas páginas estejam longe da genialidade de "Fahrenheit 451".

Cheguei à página 98
Avaliação : 3

domingo, 15 de julho de 2012

E de Espaço - p.210

Na segunda parte a ficção científica se perdeu, imergimos no mundo da fantasia e do conto casual, sem grande relevância.

O jeitão lembra bastante o "As Crônicas Marcianas", do mesmo autor, inclusive com o tema Marte bem marcado, quase obsessão junto com os foguetes.

De qualquer jeito a ciência passou longe, nem mesmo podemos ressaltar a qualidade e emoção das histórias, afinal pouco têm do ímpeto crítico inicial.

Talvez seja aquela época, talvez simplesmente a cabeça do missivista, ou quem sabe uma certa forçada para compor um conjunto volumoso o suficiente para publicação...

Valeu a leitura pela primeira metade do livro, quase um outro título, outra obra, tamanha a brusca mudança do ritmo e foco.

Fazer o quê, né?

Terminei
Avaliação : 3

sábado, 14 de julho de 2012

E de Espaço

Poucos livros nos brindam com introdução tão bacana, biografia do autor pelo próprio autor, um curriculum vitae cheio de poesia.

Longe do cyberpunk, os contos se ambientam em futuros, com ares de comédias de costumes, mas sem se limitar à ficção-científica.

A ciência está lá, bem clara e pertinente, mas somada a um pouco de fantasia, terror e considerável crítica social.

Em estilos e gêneros variados, as histórias leves envolvem e divertem, uma senhora coletânea para os fãs da área, oriunda de um célebre mestre.

Páginas de outros tempos, na imaginação e na publicação, os cenários e personagens soam com ar vintage, um mundo desejoso de foguetes e Marte.

Que o bom ritmo dure até o final do livro...

Cheguei à página 95
Avaliação : 4

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Turing Evolved - p.426

O real estaria tão próximo para não enxergarmos a realidade nua e crua, sem máscaras ou véus?

Após sangrenta batalha, verdadeiro rito de passagem com direito ao comparecimento da morte, os últimos mistérios se revelam e surpreendem.

Força de vontade, altruísmo, humanidade em seus mais nobres anseios, tudo concentrado em nosso herói às voltas com AIS e muita tecnologia.

Jon finalmente encontrou seu lugar, aquiesceu sua alma, apascentou suas angústias e pode partilhar sua alegria entre os amigos, novos e antigos.

Entre as diversas camadas do enredo, arranjos bem localizados garantem a coesão da história e proporcionam lógica irrefutável na ampla teia de eventos ocorridos.

Pequeno detalhe a notar, extremamente bem sacado, os acrônimos (como Staci) presentes pelas páginas certamente consumiram tempo e engenhosidade do autor...

Clara e objetiva, a narrativa agradável nos conduziu deliciosamente por esse mundo de aventuras e ficção científica, plena de ideias para outros pensares, um presente a acompanhar o livro.

Memorável fábula, o mundo do MINDspace vale muitíssimo o degustar da leitura, descansará por algum tempo nas prateleiras, carente de nova visita.

Terminei
Avaliação : 5

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Turing Evolved - p.333

Na busca de seus amigos, nosso herói acaba emboscado, antagonistas encobertos por outros mantos se revelam e tentam encerrar definitivamente qualquer jornada sua.

Seu salvamento, ao menos sua recuperação, nos deixa em dúvida da realidade presente, mas supremo e inusitado desafio termina confiado ao seu destino.

Clima de guerra se instaura, cenas de combate e tensão crescente, as personagens engolidas pelos eventos lutam contra oponentes poderosos, o mundo conhecido está em jogo.

Notável evolução da história, cada fragmento anterior se encaixa, rumos despretensiosos ganham significado, estamos agraciados com uma trama ampliada e bem elaborada.

As páginas tomaram velocidade impossível de segurar, basta nos deixar levar e curtir, envolver, passamos a desfrutar da tal evolução de Turing.

Quais rumos a disputa tomará, como se sairão os envolvidos e qual o cenário resultante? Deve ainda ter muito por nos divertir...

Cheguei à página 333
Avaliação : 5

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Turing Evolved - p.261

Imersão profunda, um passeio pelo mundo virtual e Jon descobre novo universo, com outras regras e seres radicalmente distintos da realidade, ainda que com visual humano.

Envolvido, quais seus limites no compromisso com Rachel? Antropomorfização pode ser o motivo por seu impulso? Há mais forças a operar em sua vida?

Em discussão bem filosófica com Peter, ele desnuda parte de suas preocupações, mas principia a conversão para ideias até então exóticas.

Na volta ao cotidiano, após algum tempo, tudo parece um sonho, algo como loucura, provocando nova busca ao grupo recém inserido.

Recentes enigmas põem mais fogo no enredo, armam novas direções para possíveis desenvolvimentos, nos inquietam e capturam.

Diversão garantida, sentimos-nos também imergidos no MINDspace.

Cheguei à página 261
Avaliação : 4

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Turing Evolved - p.195

Defeitos demais ocorrem no tal sistema extremamente avançado, chegamos a desconfiar da existência de causa maior, forças ocultas a procurar alterar os rumos da história.

Entra em cena a Angel, para desestabilizar o herói, provocar-lhe sentimentos e reflexões, certas pontas do enredo deixam se mostrar e nos instigar.

Somada a relação com Peter, o primeiro paciente, se arma cenário interessantíssimo, cheio de ganchos e abundante em ficção científica.

Como reagiremos às nossas mais avançadas tecnologias? Que reações surgiram ao convívio com seres artificiais? Há limites para a inventividade humana?

Logo nos encontramos em um ápice, um detalhado relato de testemunha ocular da história, a situar as personagens em suas participações na trama.

Vale fazer a lista de nomes a lembrar: Demon, Angel, MIND, Mindspace, Rachel, Laura, Turing (aliás, justificando excelentemente o título do livro).

Desafios pessoais e sociais imensos surgem, volumosa filosofia vem por aí, subentendida, pelas entrelinhas, a chacoalhar corações e mentes.

Agradável ritmo é impresso à narrativa, daqueles para nem percebermos as páginas passarem, imergirmos e presenciarmos à frente dos olhos os acontecimentos.

Com referências asimovianas, eis o tipo de obra capaz de orgulhar o grande mestre, ao menos por enquanto.

Cheguei à página 195
Avaliação : 4

sábado, 30 de junho de 2012

Turing Evolved

Realidade virtual, pressões sociais, os ingredientes do caldo prometem bons desenvolvimentos do enredo.

Um ex-militar exonerado precisando se adaptar a vida civil e um novo trabalho, obstáculos difíceis ainda que pequenos.

Os primeiros trabalhos soam triviais, mas há algo a mais em seu primeiro caso resolvido, alguma trama maior do que sua inocência pode imaginar, que sua honestidade pode supor.

Novo cotidiano, novos padrões, a estabilidade canta em algum lugar, porém certa tensão insiste em rodear seu dia a dia.

Com narrativa em ritmo agradável, discurso claro e envolvente, a diversão deve só estar começando, bastante ficção científica deve vir por aí...

Cheguei à página 90
Avaliação : 4

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Admirável Mundo Novo - p.398

Exposto ao mundo selvagem o admirável mundo novo treme e se abala, expõe suas ânsias e os subsolos da alma humana.

O contato entre as duas civilizações, as duas realidades, só poderia mesmo terminar em ruptura, em cismo, reavaliação nossa de verdades e expectativas.

As personagens lançadas pelos ventos das tempestades refletem nossos maiores medos, fraquezas e ilusões, desnudam nossa alma.

Com leitura agradabilíssima, narrativa prazerosa e extremamente bem engendrada, o autor nos carrega e assola, retira nosso fôlego sem piedade.

Trama embalada e entoada nas rimas de Shakespeare, sacada sensacional para as melodias dos sentimentos humanos, a poesia das letras pontua sublimemente as dúvidas e emoções do impossível apaziguamento do Selvagem.

Quais são nossas necessidades? O que faz você feliz? Onde e quando? Com quem? Conhecemos mesmo a realidade? De verdade nos conhecemos e ao nosso espírito?

Sublime decantação da humanidade, muito mais do que um clássico da ficção-científica, estamos diante de obra de arte da literatura, em estilo, filosofia e prosa!

Desfecho questionável, haveria outra maneira de conciliar tais mundos, mesmo para quem ficou entre eles, espremido na diferença entre seus semelhantes?

Definitivamente a obra ficará gravada, bem lá no íntimo, para outras tantas futuras digressões, análises e perguntas, pilar para desenvolver ideias e vislumbrar o futuro (ou o passado).

Do alto de seus 80 anos, participa do rol dos poucos exemplares de lucidez capazes de captar uma existência atemporal, eterna, tratado com sábia simplicidade e clareza.

Oh, admirável mundo novo!

Terminei
Avaliação : 5

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Admirável Mundo Novo

Agradabilíssima recepção logo de cara com prefácio do próprio autor, posterior a publicação da obra em alguns anos, repleto de reflexões sobre o texto e suas ideias. Imperdível!

Didaticamente somos introduzidos neste mundo novo por uma excursão pelos métodos do nascimento dos novos humanos, da concepção à educação.

Panoramas, preceitos sociais, história daquele mundo, informações aos montes, de maneira leve e divertida, nem percebemos o correr do tempo.

Nova sociedade proposta, ausência de família, certos pudores, preocupações, conjunto bem elaborado para a cesta da talvez possível tranquilidade humana.

Em determinado momento do texto, uma intrincada troca de diálogo e focos, para captar a atenção e admirar, pelo estilo e pela narrativa.

Ficção científica transborda por todos os cantos, nas suas ciências e em seus comportamentos, na estratificação social e seus controles, domínio poderoso bem ao gosto do freguês homo sapiens.

Demora pouco para encontrarmos as primeiras personagens deslocadas, incomodadas com sua condição e ambiente, típica atitude dos herdeiros de Adão, prestes a receberem a expulsão do paraíso.

Páginas e páginas de excelente literatura, em todos os sentidos, saborosa degustação de linhas em ritmo prazeroso e ávido. Melhor diversão, impossível! Daquelas extremamente complicadas de pausar...

Cheguei à página 161
Avaliação : 5

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Astra - Synchronicity - p.298

Expectativa em alta apenas para aumentar a dimensão da frustração pelo não atendimento das sugestivas continuações possíveis...

No momento da maior tensão, no ápice de emoção, tudo ocorre rápida e despretensiosamente, removendo qualquer relevância para o fato.

Seguem-se então alguns encontros, poucas resoluções, com um pequeno combate antes do término do livro, mas sem deixar muito para curtir, ainda que bem desenvolvido.

Ao final nos deparamos com mais um começo de trilogia a sofrer do mal de tantos outros, inconclusivo, sem recheio, somente preocupado em pendurar ganchos para continuação.

A falta de sentido e o ritmo arrastado, preocupado com o floreio, roubam a diversão de navegar por suas páginas, além de desestimular qualquer intenção de continuar a saga.

Vale a experiência, aliado a outras infrutíferas do gênero, nem que seja para sentir saudades de excelentes vivências como "Fundação" ou "Neuromancer".

Terminei
Avaliação : 3

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Astra - Synchronicity - p.241

Descobertas as pretensões alienígenas, acompanhadas de excelente proposta, novos panoramas se descortinam, possivelmente um marco na história humana.

Bom demais para ser em paz, os movimentos anônimos deflagrados invocam a tensões entre os três lados, desestabilizam as incipientes conversações e estouram o grande conflito.

Finalmente a emoção toma conta do enredo, preenche nossas análises de mistérios a desvendar e prende nossa atenção na evolução da trama.

Reagiriam de que forma espécies soberanas e poderosas aos enroscos provocados por desconfiança e preconceito, repletos de violência gratuita?

Nossas personagens em meio ao furacão buscam sua participação no plano comunitário e pessoal, administram conflitos em muitos aspectos.

Ainda pouco vislumbramos dos desfechos próximos, mas o interesse por continuar se acendeu e a história mostrou ao que veio...

Cheguei à página 241
Avaliação : 4

terça-feira, 19 de junho de 2012

Astra - Synchronicity - p.189

Nossa principal vilã tem ares de Magneto, dos X-Men, mas falta o contraponto do Xavier lá pelas paragens de Astra.

A entrada dos alienígenas no enredo traz novo ingrediente para o molho, gera novas tensões na trama e nos lados, apesar de ajudar a fortalecer algumas opiniões.

Sem demonstrar suas reais intenções ou entregar suas totais capacidades semeiam a incerteza entre todas as correntes, quem sabe somente aguardem oportunidade melhor para atuar.

De resto, as histórias vão passando, se entrelaçam num navegar único, jogam nossas personagens em confrontamentos e reflexões de suas motivações e papéis.

Bem elaborado, o estilo de narração com tempos não lineares, nem bem definidos, dispersa informações e construções por diversas cantos.

Pena faltar uma emoção a mais, um gancho para tirar o fôlego, desnortear e deixar o gostinho de quero mais.

Cheguei à página 189
Avaliação : 3

sábado, 16 de junho de 2012

Astra - Synchronicity - p.127

Tramas paralelas começam a se cruzar proporcionando volume e intensidade ao enredo, concedem sentido aos objetivos mais amplos.

Também parece surgir o vilão principal, o contraponto, o desequilíbrio aos pilares estabelecidos daquele universo, para o bem ou para o mal.

As trajetórias individuais das personagens soam ainda um tanto soltas, mas seus contornos ficam mais visíveis com o progresso da narrativa, quase podemos apostar em desenrolares instigantes.

Planetas, cidades e vida cotidiana ganharam mais detalhes, mais descrições, descortinando a visão do futuro cunhada pelo autor, sem grandes apostas inovadoras ou surpreendentes.

Os tais poderes psíquicos em alta, afinal compõe o cerne dos conflitos, contam agora com mais explicações, classificações e história, pelo menos para encorpar melhor.

Por enquanto permanecemos na diversão média, com um ritmo bacana de acompanhar e expectativas crescentes nos passos seguintes da leitura.

Cheguei à página 127
Avaliação : 3

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Astra - Synchronicity

Seleção natural ou acidente bioquímico, pouco importa, nenhum dos dois motivos justifica a classificação de telepatia como tema no gênero de ficção científica.

Seja como for, o equívoco é comum e discutível, mas ao menos contamos com naves espaciais, viagens interplanetárias e um mundo pós-holocausto terreno.

As cenas subitamente alternadas concedem pequenas pílulas do enredo, apresenta personagens e situações de forma envolvente e interesse crescente.

Preconceitos e status quo já ligeiramente claros, o papel ou caráter dos médiuns soa dúbio, entre heróis e bandidos, uma ânsia constante.

Do drama ainda quase nada se viu, o conflito soa prenunciado, eminente, latente nas apresentações e diálogos entre estes habitantes de um tempo não tão longínquo, logo ali em décadas.

Resta-nos aguardar, os ambientes surgem promissores, as aventuras deverão despontar...

Cheguei à página 62
Avaliação : 3

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ensaios sobre o Amor e a Solidão - p.265

Vítimas da ânsia por integridade e integração, somos capturados pelos vícios na tentativa de garantir satisfação e realização.

Tanto faz, vícios do amor ou dos males do mundo, somente a maturidade de relações permitirá o desvencilhar das teias destes mecanismos perversos.

Último dos aspectos tratados, a solidão se desnuda nas formas mais populares e no enfoque dado pelo autor, mais próximo dos objetivos de serenidade nos sentimentos.

Perspectiva de difícil defesa, a proposta do autor surpreende em sua sinceridade e assertividade, desloca nosso centro para reflexões incômodas.

Nesta última parte Flávio resgata nossa atenção, resplandece com argumentação mais cativante, tal qual no princípio do livro, com suas conceituações e análises do amor.

Fim de percurso, a proximidade entre amor e solidão grita sob nova luz, recheada e recheados da inegável significância da carência humana por união.

Terminei
Avaliação : 4

domingo, 10 de junho de 2012

Ensaios sobre o Amor e a Solidão - p.172

Quantos e quantos aspectos a observar nas relações amorosas, como a solidariedade, sempre em retrospecto aos conceitos iniciais da motivação do sentimento propostos pelo autor.

Partimos para a análise do narcisismo, o amor por si mesmo, ou mesmo se podemos nomeá-lo de amor, assim como suas aproximações com a vaidade.

Depois guinamos para outra direção e a discussão sobre o ciúme, o amor/apego aos outros, também com reflexões sobre suas relações com o sentimento primeiro.

Conversa pautada na revisão, o texto constantemente nos coloca em confronto com definições bem estabelecidas, sensos comuns equivocados, repensares do aceito pela transmissão cultural.

Critério presente em boa parte dos textos, o sexo norteia comparações e distinções, se destaca em suas influências e particularidades, pontua outras tantas desmistificações.

Já não tão claras e objetivas, as linhas dão algumas voltas, repisam certos trechos para reafirmar, acabam por deixar um ar de dispensabilidade, criam um vácuo no ritmo das análises.

Cheguei à página 172
Avaliação : 3

sábado, 2 de junho de 2012

Ensaios sobre o Amor e a Solidão

Nada como uma bela introdução com reflexões do autor sobre sua trajetória no tema, em sua carreira profissional e em seus anseios pessoais.

Começamos pelo mais difícil, conceituar o amor, desafio inconcluso por Gikovate, afinal analisa aspectos do entorno para lançar alguma luz sobre assunto.

Incompletude, sentimento norteador de nossas experiências amorosas, claramente nossas digressões futuras se pautarão neste viés da vivência humana.

Persistindo na busca, vale destacar o sexo do amor, segregá-los em seus âmbitos, distingui-los em suas particularidades e desvencilhar as comuns confusões.

Voltando ao amor, analisamos as diferenças e similaridades de três conceitos amorosos, enamoramento, amor e paixão, cada qual com suas relevâncias no relacionamento interpessoal.

Seguimos em direção ao +amor, passando pela amizade, com direito a discussão de suas maturidades e nobrezas, reforço de algumas opiniões do missivista e outro dos pilares das ideias a seguir.

Numa prosa simples e direta. como num papo de fim de tarde, conversamos profundamente com bastante propriedade e clareza, leitura rica e agradável para fomentar mais desenvolvimentos.

Cheguei à página 68
Avaliação : 4

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Origins (A Collected Trilogy) - p.490

Um suspiro de enredo emocionante, engenharia genética e neurociências envolvidas, mas apenas um derradeiro lampejo de esperança de diversão anunciada.

Derrocada ainda maior, descobrimos ao final do último trecho a jornada inteira se tratar apenas da introdução de uma saga, só um começo.

Pelo andar da carruagem, as viagens interplanetárias da trupe na First Light possuirão um forte efeito sonífero, desperdiçarão preciosas horas de leitores incautos e desavisados.

Não que seu universo não seja bem elaborado, afinal ao término estamos ambientados, conhecemos diversos personagens e suas relações, um conjunto razoável de cenários formados, mas para chegarmos aqui o esforço foi maçante.

Talvez o principal problema resida nas descrições e situações demasiado rotineiras, sem conflitos ou dramas, uma novelinha da vida em distantes paragens.

Ainda somos "brindados" com um prólogo do autor, repleto de boa vontade e prepotência, cegueira de sua visão autocentrada.

Devo admitir, terminantemente, preciso aprender a abandonar certas leituras pelo meio do caminho...

Terminei
Avaliação : 2

sábado, 26 de maio de 2012

Origins (A Collected Trilogy) - p.394

Mais ação, mais, muito mais amenidades, duvido que o ritmo mude daqui para o final, fica impossível de acreditar numa reviravolta de estilo.

Alguns papéis ocultos foram revelados, mas não para desestabilizar, pois rapidamente uniram forças na continuidade da aventura.

Os contrapontos viajam cada vez mais distantes, nossos exploradores devem ter pouca relevância em seu universo para ficarem tão à vontade diante destes perigosos inimigos.

Relacionamentos questionáveis aparecem em meio à tripulação, sem abalar as estruturas, semeando mais pasmaceira no morno enredo.

Já que chegamos aqui, que venham as páginas finais...

Cheguei à página 394
Avaliação : 2

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Origins (A Collected Trilogy) - p.335

Contemplativo, quase como uma visita a um museu com cenas do futuro, assim possivelmente poderíamos descrever o sentimento com o livro.

Depois de alguma ação, a inatividade costumeira do texto, um rol de cenas quase cotidianas, descrições de ambientes e reflexões de personagens.

Definitivamente não é um livro com ação, nem grandes dilemas existenciais, devendo bastante aos grandes exemplares da ficção científica.

Bem ao final deste trecho, surge um início de revelação, algo escondido, um moto de boa parte dos eventos da expedição.

De resto, alguns novos cenários, criaturas e mais um tanto de blá blá blá, sem impacto nos destinos do enredo, conversa jogada fora sem dizer a que veio.

Cheguei à página 335
Avaliação : 2

terça-feira, 22 de maio de 2012

Origins (A Collected Trilogy) - p.235

O descortinar da ação continuou interessante, alguma tensão e expectativa gerada e desenrolares bem direcionados.

Só o ritmo permanece moroso, com muitos enxertos, detalhes sem muitos fins, mantendo nossa leitura arrastada.

Pautados nas páginas anteriores, somos surpreendidos com as habilidades da equipe e sua coragem, afinal os desafios exigiram muito sangue frio e preparo.

Soluções miraculosas outra vez se materializam, pintam de maneira artificial o cenário, mesmo para uma ficção.

Novamente esbarramos inesperadamente em um epílogo, o fim do segundo livro, com tão pouco enredo percorrido, tão pouco avanço na "saga" destes heróis.

Ainda falta metade do texto, quem sabe sinal de mais volume, onde a esperança sem fundamento para a última e derradeira etapa só sobreviverá mesmo por muita teimosia.

Cheguei à página 235
Avaliação : 3

sábado, 19 de maio de 2012

Origins (A Collected Trilogy) - p.170

Finalmente alguma ação aconteceu: conflito, diplomacia e violência envolvidos, em cenas rápidas e repletas de consequências.

Pena termos de passar por um livro inteiro morno para chegarmos aqui...

Situação enroscada, lados não tão bem definidos, o jovem capitão precisará de todo seu desempenho para se desvencilhar dos percalços.

Poucas pistas deixam escapar os eventos futuros, ainda pairamos por céus nebulosos onde qualquer vento pode nos despachar para recantos impensados.

Tudo sugere bons ares nas páginas vindouras, mas a experiência prévia da parte anterior nos mantém ressabiados e desconfiados.

Ânimo e fôlego retomados, continuemos...

Cheguei à página 107
Avaliação : 3