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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

sábado, 30 de junho de 2012

Turing Evolved

Realidade virtual, pressões sociais, os ingredientes do caldo prometem bons desenvolvimentos do enredo.

Um ex-militar exonerado precisando se adaptar a vida civil e um novo trabalho, obstáculos difíceis ainda que pequenos.

Os primeiros trabalhos soam triviais, mas há algo a mais em seu primeiro caso resolvido, alguma trama maior do que sua inocência pode imaginar, que sua honestidade pode supor.

Novo cotidiano, novos padrões, a estabilidade canta em algum lugar, porém certa tensão insiste em rodear seu dia a dia.

Com narrativa em ritmo agradável, discurso claro e envolvente, a diversão deve só estar começando, bastante ficção científica deve vir por aí...

Cheguei à página 90
Avaliação : 4

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Admirável Mundo Novo - p.398

Exposto ao mundo selvagem o admirável mundo novo treme e se abala, expõe suas ânsias e os subsolos da alma humana.

O contato entre as duas civilizações, as duas realidades, só poderia mesmo terminar em ruptura, em cismo, reavaliação nossa de verdades e expectativas.

As personagens lançadas pelos ventos das tempestades refletem nossos maiores medos, fraquezas e ilusões, desnudam nossa alma.

Com leitura agradabilíssima, narrativa prazerosa e extremamente bem engendrada, o autor nos carrega e assola, retira nosso fôlego sem piedade.

Trama embalada e entoada nas rimas de Shakespeare, sacada sensacional para as melodias dos sentimentos humanos, a poesia das letras pontua sublimemente as dúvidas e emoções do impossível apaziguamento do Selvagem.

Quais são nossas necessidades? O que faz você feliz? Onde e quando? Com quem? Conhecemos mesmo a realidade? De verdade nos conhecemos e ao nosso espírito?

Sublime decantação da humanidade, muito mais do que um clássico da ficção-científica, estamos diante de obra de arte da literatura, em estilo, filosofia e prosa!

Desfecho questionável, haveria outra maneira de conciliar tais mundos, mesmo para quem ficou entre eles, espremido na diferença entre seus semelhantes?

Definitivamente a obra ficará gravada, bem lá no íntimo, para outras tantas futuras digressões, análises e perguntas, pilar para desenvolver ideias e vislumbrar o futuro (ou o passado).

Do alto de seus 80 anos, participa do rol dos poucos exemplares de lucidez capazes de captar uma existência atemporal, eterna, tratado com sábia simplicidade e clareza.

Oh, admirável mundo novo!

Terminei
Avaliação : 5

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Admirável Mundo Novo

Agradabilíssima recepção logo de cara com prefácio do próprio autor, posterior a publicação da obra em alguns anos, repleto de reflexões sobre o texto e suas ideias. Imperdível!

Didaticamente somos introduzidos neste mundo novo por uma excursão pelos métodos do nascimento dos novos humanos, da concepção à educação.

Panoramas, preceitos sociais, história daquele mundo, informações aos montes, de maneira leve e divertida, nem percebemos o correr do tempo.

Nova sociedade proposta, ausência de família, certos pudores, preocupações, conjunto bem elaborado para a cesta da talvez possível tranquilidade humana.

Em determinado momento do texto, uma intrincada troca de diálogo e focos, para captar a atenção e admirar, pelo estilo e pela narrativa.

Ficção científica transborda por todos os cantos, nas suas ciências e em seus comportamentos, na estratificação social e seus controles, domínio poderoso bem ao gosto do freguês homo sapiens.

Demora pouco para encontrarmos as primeiras personagens deslocadas, incomodadas com sua condição e ambiente, típica atitude dos herdeiros de Adão, prestes a receberem a expulsão do paraíso.

Páginas e páginas de excelente literatura, em todos os sentidos, saborosa degustação de linhas em ritmo prazeroso e ávido. Melhor diversão, impossível! Daquelas extremamente complicadas de pausar...

Cheguei à página 161
Avaliação : 5

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Astra - Synchronicity - p.298

Expectativa em alta apenas para aumentar a dimensão da frustração pelo não atendimento das sugestivas continuações possíveis...

No momento da maior tensão, no ápice de emoção, tudo ocorre rápida e despretensiosamente, removendo qualquer relevância para o fato.

Seguem-se então alguns encontros, poucas resoluções, com um pequeno combate antes do término do livro, mas sem deixar muito para curtir, ainda que bem desenvolvido.

Ao final nos deparamos com mais um começo de trilogia a sofrer do mal de tantos outros, inconclusivo, sem recheio, somente preocupado em pendurar ganchos para continuação.

A falta de sentido e o ritmo arrastado, preocupado com o floreio, roubam a diversão de navegar por suas páginas, além de desestimular qualquer intenção de continuar a saga.

Vale a experiência, aliado a outras infrutíferas do gênero, nem que seja para sentir saudades de excelentes vivências como "Fundação" ou "Neuromancer".

Terminei
Avaliação : 3

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Astra - Synchronicity - p.241

Descobertas as pretensões alienígenas, acompanhadas de excelente proposta, novos panoramas se descortinam, possivelmente um marco na história humana.

Bom demais para ser em paz, os movimentos anônimos deflagrados invocam a tensões entre os três lados, desestabilizam as incipientes conversações e estouram o grande conflito.

Finalmente a emoção toma conta do enredo, preenche nossas análises de mistérios a desvendar e prende nossa atenção na evolução da trama.

Reagiriam de que forma espécies soberanas e poderosas aos enroscos provocados por desconfiança e preconceito, repletos de violência gratuita?

Nossas personagens em meio ao furacão buscam sua participação no plano comunitário e pessoal, administram conflitos em muitos aspectos.

Ainda pouco vislumbramos dos desfechos próximos, mas o interesse por continuar se acendeu e a história mostrou ao que veio...

Cheguei à página 241
Avaliação : 4

terça-feira, 19 de junho de 2012

Astra - Synchronicity - p.189

Nossa principal vilã tem ares de Magneto, dos X-Men, mas falta o contraponto do Xavier lá pelas paragens de Astra.

A entrada dos alienígenas no enredo traz novo ingrediente para o molho, gera novas tensões na trama e nos lados, apesar de ajudar a fortalecer algumas opiniões.

Sem demonstrar suas reais intenções ou entregar suas totais capacidades semeiam a incerteza entre todas as correntes, quem sabe somente aguardem oportunidade melhor para atuar.

De resto, as histórias vão passando, se entrelaçam num navegar único, jogam nossas personagens em confrontamentos e reflexões de suas motivações e papéis.

Bem elaborado, o estilo de narração com tempos não lineares, nem bem definidos, dispersa informações e construções por diversas cantos.

Pena faltar uma emoção a mais, um gancho para tirar o fôlego, desnortear e deixar o gostinho de quero mais.

Cheguei à página 189
Avaliação : 3

sábado, 16 de junho de 2012

Astra - Synchronicity - p.127

Tramas paralelas começam a se cruzar proporcionando volume e intensidade ao enredo, concedem sentido aos objetivos mais amplos.

Também parece surgir o vilão principal, o contraponto, o desequilíbrio aos pilares estabelecidos daquele universo, para o bem ou para o mal.

As trajetórias individuais das personagens soam ainda um tanto soltas, mas seus contornos ficam mais visíveis com o progresso da narrativa, quase podemos apostar em desenrolares instigantes.

Planetas, cidades e vida cotidiana ganharam mais detalhes, mais descrições, descortinando a visão do futuro cunhada pelo autor, sem grandes apostas inovadoras ou surpreendentes.

Os tais poderes psíquicos em alta, afinal compõe o cerne dos conflitos, contam agora com mais explicações, classificações e história, pelo menos para encorpar melhor.

Por enquanto permanecemos na diversão média, com um ritmo bacana de acompanhar e expectativas crescentes nos passos seguintes da leitura.

Cheguei à página 127
Avaliação : 3

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Astra - Synchronicity

Seleção natural ou acidente bioquímico, pouco importa, nenhum dos dois motivos justifica a classificação de telepatia como tema no gênero de ficção científica.

Seja como for, o equívoco é comum e discutível, mas ao menos contamos com naves espaciais, viagens interplanetárias e um mundo pós-holocausto terreno.

As cenas subitamente alternadas concedem pequenas pílulas do enredo, apresenta personagens e situações de forma envolvente e interesse crescente.

Preconceitos e status quo já ligeiramente claros, o papel ou caráter dos médiuns soa dúbio, entre heróis e bandidos, uma ânsia constante.

Do drama ainda quase nada se viu, o conflito soa prenunciado, eminente, latente nas apresentações e diálogos entre estes habitantes de um tempo não tão longínquo, logo ali em décadas.

Resta-nos aguardar, os ambientes surgem promissores, as aventuras deverão despontar...

Cheguei à página 62
Avaliação : 3

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ensaios sobre o Amor e a Solidão - p.265

Vítimas da ânsia por integridade e integração, somos capturados pelos vícios na tentativa de garantir satisfação e realização.

Tanto faz, vícios do amor ou dos males do mundo, somente a maturidade de relações permitirá o desvencilhar das teias destes mecanismos perversos.

Último dos aspectos tratados, a solidão se desnuda nas formas mais populares e no enfoque dado pelo autor, mais próximo dos objetivos de serenidade nos sentimentos.

Perspectiva de difícil defesa, a proposta do autor surpreende em sua sinceridade e assertividade, desloca nosso centro para reflexões incômodas.

Nesta última parte Flávio resgata nossa atenção, resplandece com argumentação mais cativante, tal qual no princípio do livro, com suas conceituações e análises do amor.

Fim de percurso, a proximidade entre amor e solidão grita sob nova luz, recheada e recheados da inegável significância da carência humana por união.

Terminei
Avaliação : 4

domingo, 10 de junho de 2012

Ensaios sobre o Amor e a Solidão - p.172

Quantos e quantos aspectos a observar nas relações amorosas, como a solidariedade, sempre em retrospecto aos conceitos iniciais da motivação do sentimento propostos pelo autor.

Partimos para a análise do narcisismo, o amor por si mesmo, ou mesmo se podemos nomeá-lo de amor, assim como suas aproximações com a vaidade.

Depois guinamos para outra direção e a discussão sobre o ciúme, o amor/apego aos outros, também com reflexões sobre suas relações com o sentimento primeiro.

Conversa pautada na revisão, o texto constantemente nos coloca em confronto com definições bem estabelecidas, sensos comuns equivocados, repensares do aceito pela transmissão cultural.

Critério presente em boa parte dos textos, o sexo norteia comparações e distinções, se destaca em suas influências e particularidades, pontua outras tantas desmistificações.

Já não tão claras e objetivas, as linhas dão algumas voltas, repisam certos trechos para reafirmar, acabam por deixar um ar de dispensabilidade, criam um vácuo no ritmo das análises.

Cheguei à página 172
Avaliação : 3

sábado, 2 de junho de 2012

Ensaios sobre o Amor e a Solidão

Nada como uma bela introdução com reflexões do autor sobre sua trajetória no tema, em sua carreira profissional e em seus anseios pessoais.

Começamos pelo mais difícil, conceituar o amor, desafio inconcluso por Gikovate, afinal analisa aspectos do entorno para lançar alguma luz sobre assunto.

Incompletude, sentimento norteador de nossas experiências amorosas, claramente nossas digressões futuras se pautarão neste viés da vivência humana.

Persistindo na busca, vale destacar o sexo do amor, segregá-los em seus âmbitos, distingui-los em suas particularidades e desvencilhar as comuns confusões.

Voltando ao amor, analisamos as diferenças e similaridades de três conceitos amorosos, enamoramento, amor e paixão, cada qual com suas relevâncias no relacionamento interpessoal.

Seguimos em direção ao +amor, passando pela amizade, com direito a discussão de suas maturidades e nobrezas, reforço de algumas opiniões do missivista e outro dos pilares das ideias a seguir.

Numa prosa simples e direta. como num papo de fim de tarde, conversamos profundamente com bastante propriedade e clareza, leitura rica e agradável para fomentar mais desenvolvimentos.

Cheguei à página 68
Avaliação : 4