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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Bill, O Herói Galáctico - p.177

Escalada extenuante, jogado num vórtice sem fim, Bill age aos trancos e barrancos a fugir dos inevitáveis incidentes.

Apesar de começar compreender as regras, e tentar jogá-las, acaba sempre numa montanha russa vertiginosa, pura pressão para seus instintos.

Situações mirabolantes em uma fantasia espacial, podemos muito bem considerá-las apenas extrapolações extremamente bem humoradas dos percalços de nosso cotidiano.

Caminho encontrado, jornada em seu final, os contornos de seu destino têm tom amargo e indigesto, mas quem sabe não se trata da melhor opção...

Ágil e frenético, o desenrolar das páginas concede pouco tempo para fôlegos, nos alista junto com o herói galáctico para compartilharmos a desventuras, e nos divertimos bastante.

Terminei
Avaliação : 4

sábado, 27 de outubro de 2012

Bill, O Herói Galáctico

Ironia e sarcasmo perseguem nosso herói desde o começo, até mesmo quando ainda herói não era, mal sabia ele...

Envolto num ambiente cheio de mecanizações e intenções escusas, controlado ele vai aos tropeços seguir sua carreira, sem ter controle algum de seu destino.

A leitura lembra outras conhecidas, como "Guia do Mochileiro das Galáxias" e "Admirável Mundo Novo", difícil saber quem fez referência a quem.

Divertido e fácil de acompanhar, alguns bons momentos nos conduzem ao riso, por todas as páginas a curiosidade pretende descobrir as suas próximas desventuras.

Com boas tiradas de situação e tecnologias inventivas, vamos a conhecer esse ilustre autor da ficção científica, com expectativa em alta para as conclusões desta missão.

Cheguei à página 101
Avaliação : 4

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Aprender a Viver - p.302

Superada a pós-modernidade nos defrontamos com a filosofia contemporânea, com o materialismo, em busca contínua pela solução dos três pilares propostos: teoria, moral e salvação.

Ideias e soluções propostas sempre com extrema lucidez e respeito, o autor revela sua chaves para desvendar nossos enigmas, a visão de um novo humanismo.

Abrangente e satisfatória, sua formulação parece atender os anseios humanos, em especial os deste leitor, tornando-os condizentes com a realidade percebida.

Sem esgotar as possibilidades, as discussões, Ferry nos lega excelente interpretação do mundo e nos conclama a pensar e trabalhar mais em nossas próprias resoluções.

Impossível não voltar às suas páginas outras vezes, encarar suas linhas novamente para ousar melhor apreciação de tão vasto panorama de nossa alma.

Tarefa cumprida, o livro se eleva na galeria dos multifacetados e eternos, contato indispensável principalmente para pobres mortais como qualquer um de nós.

Terminei
Avaliação : 5

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Aprender a Viver - p.220

Mudança de foco para o ser humano, guinada dos modernos (e do Iluminismo) na condução e construção de suas ideias, evento cuidadosamente analisado por Ferry.

Vale destacar novamente o claro e acessível encadeamento de ideias apresentado pelo autor, luz intensa sobre os caminhos do desenvolvimento da ciência do pensar.

Aparente ápice de nosso caminho, chegamos ao pós-modernismo, com grande foco em Nietzsche e sua desconstrução dos pilares estabelecidos, ícone do movimento perturbador.

Inegável a acessibilidade possibilitada pelas explicações, pelas discussões e análises, deste arcabouço de ideais tão elaborado, mas traduzido com fidelidade e domínio.

Renova a alma essa revisita aos temas conhecidos quando conduzidos com tanta maestria, com limites devidamente apontados e horizontes grandemente delimitados.

Grandes conclusões se insinuam, flutuam no ar sinais de mais descobertas na intrigante arte de viver conscientemente, ainda que restem poucas páginas para aproveitar...

Cheguei à página 220
Avaliação : 5

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Aprender a Viver

Convite tentador lançado pelo autor, sua promessa anuncia um prazeroso caminhar pela evolução do pensamento e da filosofia, um panorama amplo e completo dos pensares de muitos séculos.

Com linguagem acessível, sem ceder às simplificações, Luc Ferry introduz o tema com definições perenes, para guardar e remoer.

Intrigante abordagem, para discutirmos o viver apontamos para a compreensão da morte, limite dos limites da consciência humana.

Lançados ao mar no mundo clássico dos gregos, começamos a entender os sinais da filosofia nas ideias do estoicos e sua atenção à realidade, ao cosmos.

Em seguida, analisamos o pensamento cristão, ainda que sem tê-lo como corrente filosófica, mas pela relevância de conceitos inaugurados ali e presentes até hoje no desenvolvimento desta ciência ocidental.

Referências e encadeamentos magnificamente engendrados, suas páginas certamente fascinam iniciados e iniciandos, seja para assentar imagens flutuantes, seja para avistar caminhos por trilhar.

Expectativa em alta, assim como a satisfação, que venham as próximas etapas e frutifiquem tanto como as recém conquistadas.

Cheguei à página 117
Avaliação : 5

sábado, 20 de outubro de 2012

O Mundo em uma Frase - p.260

Prosseguimos o passeio pelos clássicos e chegamos a alguns autores mais contemporâneos, sempre com a visita rápida, adornada de fatos biográficos destes artistas da concisão.

Em tempos mais modernos discutimos novas manifestações desta arte, na propaganda, na Internet ou na música, transformação de antigas tradições.

As apresentações permanentemente sucintas apontam caminhos, nem chegam perto da intenção de esgotar seus temas, funcionam excelentemente como guia enciclopédico para pesquisa.

Geary termina sua obra com a missão cumprida, acompanhado dos leitores, na construção de sua bíblia pessoal das pequenas pérolas de pensamento humano.

Terminei
Avaliação : 4

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Mundo em uma Frase

Dedicação e paixão por um assunto, por quase toda vida, certificado da autoridade do autor para discorrer sobre o tema do livro.

Com a combinação de eventos biográficos e memórias claras de suas impressões, James agradavelmente nos recebe nessa jornada pelo mundo dos aforismos.

Para começo, definições objetivas e conceitos dos domínios das frases curtas autorais, bom norte para apreciar outros encontros com tais esculturas do pensamento.

Conscientes de suas características e limites, viajamos ao Oriente para o encontro com ancestrais e primitivos aforistas, repletos das tradições culturais de seus povos.

Seguimos para o mundo grego e romano, conjunto clássico e vasto de amostras do gênero, sempre acompanhados de análises de seus pensamentos.

Terminamos esta primeira parte com o encontro dos europeus clássicos, assim como dos primeiros iluministas e suas divergências com Deus.

Mais do que discorrer sobre os rápidos textos, o autor se debruça sobre eles para apresentar e refletir as diversas correntes do pensamento humano.

Didático, conciso (como não poderia deixar de ser...) e ricamente recheado de ideias e exemplos, passeamos por suas linhas a desfrutar gotas perturbadoras de oceanos.

Cheguei à página 136
Avaliação : 3

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nós, os Marcianos - p.255

Inesperado encerramento, a segunda parte do livro se compõe de apenas um conto, bem mais longo, mas interessante em seu desenrolar.

Toques de neurociência, pitacos de construções de memórias, armas para a solução de mistérios em colonização planetária.

Percebemos por suas páginas estilos e mecanismos incipientes das melhores produções de Asimov, centelhas da fulgurante chama de seu gênio posterior.

O livro nos entrega pouco, muito pouco mesmo, mas ao menos o suficiente para uma leitura descontraída e atrativa.

Terminei
Avaliação : 3

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Nós, os Marcianos

Três contos mais longos, sem introdução ou as costumeiras apresentações do autor, sem dúvida um compêndio diferente dos costumeiros de Asimov.

Em uma história assistimos a disputa interplanetária por um recurso natural escasso: a água. Antevisão profética de futuras contendas em nosso próprio planeta.

Noutro, um intricado relato do contato interespécies, recheado de interesses e desventuras, típico do desconhecimento mútuo cheio de preconceitos e pretensões.

Por fim, um intercâmbio entre civilizações através de muita telepatia e incertezas relativas ao período de sua ocorrência, a culminar em decisões definitivas e excludentes.

Mornos em seu enredo e discussão, presenciamos páginas bem distantes das mais áureas linhas do mestre, demonstração de sua humanidade ainda que prolífera em produção.

Leitura divertida, mas sem surpresas ou destaques, menos entusiasmo do que supunham as expectativas.

Cheguei à página 158
Avaliação : 3

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Laranja Mecânica - p.200

Terapias sociais misturadas a poderosas substâncias químicas, cura do mal, poder governamental, videntes extrapolações para refletirmos sobre os obscuros ímpetos homo sapiens.

Notável estrutura, elaborada e repetida entre as três partes, destaca e limita claramente os estágios da psique de Alex e suas torções.

Leva algum tempo, mas mesmo com lapsos de entendimentos acabamos imergindo no universo nadsat, menos espectadores e provocados pela evolução da trama.

Quadradinho em seu término, o livro de qualquer forma expõe a genialidade do autor, em sua minuciosa elaboração linguística e ideológica, exemplar destacado dentre tantas literaturas.

Merecida menção obrigatória ao filme homônimo que mesmo sendo uma adaptação quase nada se distancia dessa virtuosa aventura violenta e juvenil, discussão interessantíssima dos limites de nossa humanidade.

Terminei
Avaliação : 5

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Laranja Mecânica

Adentrar ao universo de Alex, com sua linguagem especial e modo de vida sui generis, choca aos incautos, ou mesmo aqueles avisados pelos prefácios da obra.

Ler, ou não, introduções e glossários previamente, dúvida crucial antes dos movimentos iniciais, mas certamente um pouquinho de concessão ao menos nos deixa mais entrosados.

Assistimos o desenrolar da história como alguém que apenas arranha outro idioma, aos poucos assimilando expressões e contextos, envolvidos pelo ritmo dos fatos.

Mundo e tempos degradantes estes pintados, visão provocadora apresentada a volver ideias e ideais, questionar opiniões e valores.

Genial transição entre a primeira e segunda parte, os cenários e situações maquiavelicamente pensados transbordam inventividade e trabalho do autor.

Verdade seja dita, inúmeras imagens e referências nos remetem ao filme assistido, comprovando-o fiel aos primeiros conjuntos de páginas apreciados.

Inevitável continuar e descobrir os desdobramentos das desventuras do garoto, ainda que com enredo e alguns destinos já conhecidos.

Cheguei à página 89
Avaliação : 5

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Morte da Luz - p.336

Um triângulo (ou quarteto) amoroso soou francamente para a condução deste romance quase épico, proveu energia insuficiente para nos convencer de seu peso.

Ambientação em gerações descendentes humanas, planetas distantes em galáxias longínquas, esforço considerável para pouco envolvimento, pouco emaranhamento, pouca comoção.

Provavelmente seu afã se desgastou na elaboração de raças, culturas, costumes, restando não muito para o desenvolvimento da trama, construção apenas de um panteão para futuras aventuras.

Certamente presenciamos a obra de um mestre de longas crônicas, tecida com rigor nas linhas e páginas, com técnica apurada e esmero em seus traços, mas possivelmente bastante atrelada apenas na forma.

Vale a experiência, mas sem entusiasmo, quem sabe para contatarmos a semente de outras grandes obras, em estilos mais confortáveis para o autor.

Terminei
Avaliação : 3

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A Morte da Luz - p.214

Embate cultural, cada vez mais intenso, o mar revolto de tradições arrasta Dirk para direções indesejadas e desconhecidas.

Por outro lado, muito pouco assistimos no desenrolar das relações, a trama enroscada nas discussões e armadilhas dos usos e costumes daqueles povos distantes.

Ainda assim a narrativa nos envolve, nos faz esperar algo mais, provoca a necessidade de desvendarmos os acontecimentos próximos e descobrir os destinos das personagens.

Em meio aos panoramas apresentados algo soa sorrateiro, alguma motivação escondida ou ator mascarado, embora talvez seja apenas expectativa por planos mais elaborados, sede de leitor ávido por tramas mais complexas e sinuosas.

Seguir em frente, página a página, único caminho a trilhar para galgar as últimas estradas das aventuras destes pós-humanos.

Cheguei à página 214
Avaliação : 4