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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Planeta dos Dinossauros I

Sem personagens marcantes, a aventura se inicia cheia de diálogos, como se já fossemos íntimos das situações.

Dos dinossauros nenhuma menção direta, apenas podemos supor se tratarem dos imensos animais observados.

Pouco mistério esquenta a trama, somente uma observação tímida de anomalia, quem sabe uma semente para futuros desenrolares.

Ação também pouco se viu, mesmo quando houve a tentativa de provocá-la, mas veio tímida, um tanto estranha, meio artificial.

No geral, o enredo morno agrada, passa o tempo, com jeitão de sessão da tarde, com esperanças de melhoras na evolução.

A nós, resta continuar lendo...

Cheguei à página 51
Avaliação : 3

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sobre a Literatura - p.320

Obscura e nebulosa continuou a evolução do tratamento do tema, deixando dúvidas da adequação de sua escolha ou seus textos.

Uma discussão sobre a Poética aristotélica, sem avanços significativos, rocambolesca, mais parecendo um arroubo de erudição.

Então se volta o foco para um tal mito americano, a influenciar gerações de italianos, mas sem grandes vínculos com a dita literatura.

Outra guinada e se discute a força do falso, as perpetuações de equívocos pelo status quo, talvez no máximo uma discussão quase sociológica ou histórica.

Por fim, para terminar com qualquer esperança, um texto para descrever como o próprio autor enxerga seu modo de compor, seus caminhos e métodos, um tanto quanto autocentrado demais.

Textos nem tão bons, nem tão instigantes, porém sem dúvida de difícil aglutinação em um compêndio, algo como juntar qualquer discurso sobre o ser humano, afinal quase toda nossa expressão passou pelas letras.

Fica da obra um ar de catado, um mal arranjado aglomerado de ensaios do mesmo autor que alguém, por algum motivo, resolveu juntar em um único volume.

Terminei
Avaliação : 2

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sobre a Literatura - p.239

Tecnicismos à parte, o desfile de aspectos da literatura segue ininterrupto, e hajam aspectos para esmiuçar!

Crítica e estilo, combatentes tênues, com equilíbrio de difícil obtenção, principalmente em se tratando de tão extensa variedade de considerações.

E pensar nas inúmeras camadas por trás das linhas, os diferentes níveis de profundidade possíveis de se obter na apreciação de um texto.

Nem se esqueceu o autor de particularidades como as sujeiras das formas, das quais mesmo os mais célebres ícones ficam sujeitos.

A complexidade aumenta no estudo da ironia intertextual e os níveis de leitura, tema familiar aos estudos da tradução e das compreensões da estrutura cultural dos idiomas.

Denso e um tanto monótono como antes, continuo galgando suas páginas, curioso das possibilidades de exploração do tema da literatura e suas surpresas permanentes.

Cheguei à página 239
Avaliação : 3

domingo, 4 de dezembro de 2011

Sobre a Literatura - p.161

Joyce e seu idioma próprio, Borges e suas inúmeras referências, o autor permanece em sua análise da literatura baseada e autores, mas agora se tornam mais nítidas suas intenções.

Outros aspectos são tratados, mais genericamente, sem tantas citações, como estilo e influência, porém sua abordagem é rebuscada e extremamente técnica, mais própria a iniciados.

Talvez seja minha ignorância sobre os temas da área, talvez seja a profundidade em suas argumentações, mas fato é que o ritmo da leitura fica penoso, pouco prazeroso.

É admirável seu domínio sobre as letras, versado e experiente nos mais diversos assuntos, pena não conseguir transformar tudo isso e algo mais palpável aos simples e pobres mortais.

Desafio e esforço se transformam no combustível em conquistar ao menos um pedacinho destas tantas páginas por vir.

Cheguei à página 161
Avaliação : 4

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sobre a Literatura

Confesso ter esperado um livro com abordagem diferente, a tratar das características da literatura, seus vieses, suas técnicas ou rumos.

De início, discute brevemente a função literária, seu papel em nosso cotidiano e influência na nossa cultura.

Os artigos seguintes analisam obras e autores específicos, mais interessante para quem os conhece, já leu e pode acompanhar os detalhes da interpretação.

Além disso, reforça os tecnicismos, explora aspectos intrincados da construção das obras, como no desenrolar de "Sylvie", tão apreciado pelo autor.

É verdade que impressiona descobrir a riqueza de detalhes possivelmente despercebidos por ingênuos olhos leigos, sem experiência crítica ou analítica.

Depois de volumosas páginas, voltamos ao mundo da arquitetura dos textos, apreciando longas citações de aforismos e máximas, procurando desvendar suas diferenças e mestres de seu uso.

Aguardo as próximos folheares com esperança de um direcionamento tal qual das recentes linhas, mais agradável à leitura por simples diversão.

Cheguei à página 90
Avaliação : 3

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O Curioso Livro dos Geeks - p.256

Nenhuma grande surpresa no percurso final do livro, ainda que continuando com ideias saborosas e nada ortogonais, capazes de semear outras tantas para atividades futuras.

Faça você mesmo é o principal mote das propostas, característica mais atraente ao se dispor na tentativa de execução dos projetos.

Postura produtiva e criativa, tão ausente em tempos de tecnologias pragmáticas, utilitarismo e apatia, capaz de desenvolver pessoinhas independentes e empreendedoras, cheios de iniciativa, além fortalecer relacionamentos entre pais e filhos.

Definitivamente a idade dos pimpolhos deve ser um pouco mais avançada, terei que aguardar algum tempo para poder desfrutar plenamente destas boas brincadeiras com minha pequena imberbe, mas certamente já me inspirei para criar outras tantas mais adequadas à sua faixa etária.

Incomodou-me um pouco a tradução do título da obra (no original, “Geek Dad - Awesomely Geeky Projects and Activities for Dads and Kids to Share”), denotando um lado nada geek do tradutor, fato ligeiramente broxante.

O livro agora ficará na estante, bem acessível, sempre à mão, para o primeiro lampejo de iniciativa ser desfrutado assim que possível, com bastante envolvimento e entusiasmo.

Terminei Avaliação : 4

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O Curioso Livro dos Geeks

Prefácio de Chris Anderson, pai geek confesso, com depoimento pessoal, anuncia bons momentos de leitura em torno de brincadeiras com filhos.

Estereótipos e chavões à parte, o texto se mostra bem humorado e envolvente, aos menos para alguém com afinidade ao tema.

Lego, RPG e computadores marcam presença, mas mais marcantes presenças encontramos com papel, tesoura e muita cola, além de lápis e hidrocor.

Inesperadas e criativas sugestões escapam dos eletrônicos, sem deixar de transbordar conhecimento e curiosidade, para prender a atenção por muito tempo.

É verdade que o livro não carece de leitura contínua, mas a experiência de percorrê-lo é divertidíssima, repleto de pérolas e boas sacadas.

Brincadeiras para interiores e para ambientes abertos, a variedade é grande, pena que, até o momento, indicadas para filhos mais velhos, salvo com o empenho de certa reconstrução e adaptação. 

Vejamos como seguirá até seu final...

Cheguei à página 183
Avaliação : 4

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Variações Sobre o Prazer - p.192

Chegamos às variações sobre o prazer, as diversas manifestações do deleite na experiência humana.

O esmiuçar das variadas vertentes começa pelo aspecto religioso, o confrontar da feira da fruição com a da utilidade.

Ponto essencial de suas ideias, o utilitarismo exposto contraposto a beleza da inutilidade, do ser apenas para desfrutar.

Então se seguem a filosofia, a economia e a culinária, áreas para saborear o saber ou a experiência, aproveitar o essencial do existir.

O ritmo do autor continua igual, digressivo, sensivelmente referenciando Nietszche (e como o referencia!), misturando citações, causos e ideias.

Apanhado de discursos, a obra retrata bem a alma do pensador, expõe suas desavenças com o status quo, com descompromisso da idade ou da sabedoria.

Apesar de não esclarecer sua composição, não restam dúvidas de seu apreço pelos prazeres da vida e sua firmeza de propósito na defesa da verdadeira educação, suporte indispensável para apreciar os legítimos sabores.

Terminei
Avaliação : 4

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Variações Sobre o Prazer

Misto de testemunho e testamento, uma avalanche narrativa nos recebe logo pelas primeiras páginas.

Com elegância, poesia e sem papas na língua, o autor expõe suas ideias e teorias, de tudo um pouco da vida, fruir da existência com sabedoria.

Resultado da convicção ou da idade, o depoimento sincero questiona e remói temas já conhecidos de quem conhece minimamente este pensador.

Digressões, memórias, pinturas da sua herança em início de concessão, motivado pela necessidade de garanti-la, prova também de desapego longamente aprendido.

Levou quase metade do livro para tratar especificamente do tema, variações do prazer (e da alegria, vale ressaltar), presenteando seus leitores com incontáveis pérolas sabedoria.

Se se propõe ao prazer, faz da nossa leitura artigo prazeroso, cativante para continuar e desaprender, como bem gostaria este impactante senhor, repleto de maestria.

Cheguei à página 92
Avaliação : 4

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Quase a Mesma Coisa - p.430

Apesar de mencionar inicialmente apenas tratar de tradução, o autor dedica um capítulo para discutir a mudança de matéria, a transformação entre linguagens.

Encerra a jornada com a avaliação da possibilidade de um idioma universal, sonho antigo de pensadores e linguistas, mais distante do que poderíamos imaginar.

Exemplifica a dificuldade com a apreciação de um conceito simples, as cores, com todos os seus tons culturais e históricos.

O livro avançou além da simples divulgação científica, se tornou bem áspero para leigos, apenas interessados em visitar os meandros deste nobre ofício.

No entanto, ninguém passará incólume ao seu contato, capaz de nos fazer perceber a riqueza existente em nossas leituras cotidianas, escondida nos recantos por trás das letras.

Terminei
Avaliação : 4

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Quase a Mesma Coisa - p.350

Para tentar distinguir tradução de interpretação, o autor recorre à semiótica e mais uma vasta quantidade de teoria de seu arcabouço metodológico.

Apresentadas as diferentes correntes, acabamos por conhecer sua opinião, pautada em tanta experiência própria, para fomentar bastante reflexão nova.

A atenção se volta, em seguida, para a substância do texto, o respeito do tradutor por ela, e as difíceis considerações acerca da lida com tão tênue matéria.

Estrada elaborada e intricada, viajamos essencialmente por linhas de poesia, fontes de sutis mensagens e significâncias.

Encerrando este último trecho, descobrimos a possibilidade da reelaboração radical, modo de tradução extremo e surpreendente, mais alguns litros de complicação nos tonéis dos tradutores.

Como caso de estudo, Finnegans Wake e suas traduções elaboradoras pelo próprio Joyce, verdadeiras obras adicionais de criatividade e genialidade.

Estamos em paragens bem mais técnicas, de difícil digestão, não tão palatáveis a leigos curiosos, desconhecedores de tantos detalhes possíveis da área deste trabalho.

Cheguei à página 350
Avaliação : 4

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Quase a Mesma Coisa - p.250

Nuances, minúcias, espantosa erudição de Umberto Eco, destilada em sucintas, sem deixar de ser profundas, análises de trechos, em italiano, francês, inglês ou espanhol.

Haja fôlego!

Bem além de converter o léxico, passeamos pela arte de aproximar mundos, unir culturas, na medida do possível.

Concessões, negociações, intercâmbios, a diplomacia em torno das traduções remete a esforço, compreensão, boa vontade, empatia e enorme conhecimento dos idiomas, culturas, história e geografia.

Nas últimas páginas o horizonte ficou mais denso, apesar da sutileza no tratamento concedido, leigos talvez sofrerão, especialistas se hipnotizarão.

Descobrirão como seu trabalho faz ver, faz ouvir, faz aumentar consideravelmente a percepção de situações, símbolos, significados, ambientes.

Cheguei à página 250
Avaliação : 4

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Quase a Mesma Coisa - p.152

Substâncias, conceitos interessantes para identificar no texto e caracterizá-lo, encontrar sua identidade, ainda que vertido em outros idiomas.

Decorre daí a reversibilidade, outra característica presente no mundo das traduções, apesar de transições deixarem sempre a partícula do "quase".

Verificamos, em seguida, a importância do significado e interpretação, esmero na compreensão das linhas sejam para onde forem versadas.

Neste ponto percebemos que falar de tradução diz muito sobre entendimento, percepção arguta dos detalhes artisticamente acomodados pelas páginas de um livro, mesmo no idioma original.

Assumida a impossibilidade da total e perfeita transliteração, discutimos e avaliamos as perdas e compensações, sacrifícios e benefícios do ofício de traduzir.

O autor apresenta inúmeras experiências, de tradutor e de intervenções em sua obra, enriquecendo imensamente a leitura e o discurso.

Gostaria de dominar mais as línguas exemplificadas, para sorver melhor as nuances, poder deliciar-me mais com as sutilezas desta grande arte descrita tão minuciosamente por um mestre da literatura.

Cheguei à página 152
Avaliação : 5

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Quase a Mesma Coisa

Simplesmente introduzir seria pouco para o autor, ele discursa sobre um amplo espectro do conceito de tradução, para claramente pinçar aquele do qual tratará no decorrer da obra.

Ao falar de transliteração, expõe o problema da simples (nem tanto assim) transcrição entre sistemas linguísticos, oriundo da carência de reciprocidade de símbolos e estruturas.

Utiliza divertidamente um mecanismo de tradução disponível na Internet, o BabelFish do Altavista, para escancarar as lambanças produzidas por "conversões" automáticas entre sistemas.

Fiquei curioso em expor os mesmos trechos para o Google Translator, mais presente em nossos dias, e averiguar qual a evolução da tecnologia nesse hiato de alguns anos.

Mesa posta, voltamos nossa atenção para conteúdo e contexto, além da plausibilidade do universo descrito nas linhas a trabalhar, passamos do sistema ao texto.

Mal começamos e a árdua tarefa desponta no horizonte a nos desafiar, a nos surpreender munidos apenas com partículas de uma vastidão de ideias, pequenas ferramentas para um trabalho hercúleo.

Fruto da experiência de Eco, ou não, bons ecos surgem das primeiras frases sussurradas.

Animados e curiosos seguimos...

Cheguei à página 48
Avaliação : 5

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Eram os Deuses Astronautas? - p.183

Quantas e tantas histórias misteriosas escavadas!

Egípcios, incas, chineses, dos quatro cantos do planeta garimpou-se os indícios das visitas de cosmonautas distantes em nossa história antiga.

Depois de tão extensa exploração, uma surpreendente justificação dos investimentos em pesquisa aeroespacial: pretenso incentivo para evolução nas mais distintas áreas e tecnologias.

Vamos então a explorar os UFOs contemporâneos e um sem-número de relatos enigmáticos modernos, cheios de suspeitas e segredos de estado.

Atualmente se torna divertido pesquisar no Google alguns fatos, como a história de Edgar Cayce, com 3.960.000 de menções!

Erich certamente contribuiu para a notoriedade de tal caso, principalmente em tempos pré-Internet, pré-Idade-Mídia.

Apesar de textualmente o autor propor a liberdade de julgamento, sua eloquência na defesa de suas pesquisas permite pouca margem de navegação.

Eloquente como sua certeza da expedição (e chegada/conquista...) a Marte no ano de 1986 (!), coisa dos promissores acontecimentos de sua década.

Mesmo com propostas e notícias tão mirabolantes, a leitura deixa o que pensar, nem que seja a cata de curiosidades através de nossas redes e meios modernos.

A obra semeou um rastilho recheado da melhor matéria para alimentar nossa imaginação: uma grandiosa origem para a espécie humana.

Terminei
Avaliação : 3

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Eram os Deuses Astronautas?

Especulação científica, o autor aprovaria a denominação, apesar de um tom fundamentado em sua introdução e referências concedidas pelos editores.

Interessante notar suas projeções baseadas no conhecimento da época, começo dos anos 70, primórdios da era espacial e nuclear.

Inicia sua incursão com reflexões sobre as dimensões do Universo e as consequências estatísticas para tal fato, a existência de outras seres.

Adicionemos então inferências sobre possíveis indícios de visitas extraterrestres ao nosso planeta e os reflexos em nossos mitos e culturas.

Daí para frente um rol completo de improbabilidades e de falta de explicações arranjados como pistas de prováveis experiências com contato interespacial.

Nenhuma grande surpresa nas possibilidades apresentadas para quem já assistiu os filmes "Stargate" ou "O Quinto Elemento", afinal seus criadores podem ter sido facilmente influenciados pela obra em questão.

Algumas reflexões sobre a perspectiva de uma civilização humana contemporânea colonizadora foram interessantes, mas há certa monotonia na narrativa depois de alguns capítulos.

Ainda assim a continuação soa divertida...

Cheguei à página 92

Avaliação : 3

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil - p.367

Nem Santos Dumont escapa do olhar atento do autor e sua rigorosa pesquisa histórica, a expor evidências importantes sobre a tão disputada paternidade do avião, além de outras idiossincrasias do ilustre brasileiro.

No entanto, nem só de detratação vivem estas páginas...

Surpreendentemente assistimos a monarquia resgatada, com um perfil benéfico, ressaltos de suas boas qualidades, sem deixar de lado comentários de algumas de suas mazelas.

Por fim, para concluir com uma boa polêmica, histórias sobre Luiz Carlos Prestes e os comunistas no Brasil, chegando até a época do regime militar no país.

Entre trapalhadas, desmandos, terrorismos e tortura, a descrição controversa e pouco conhecida de período crítico da história nacional, envolto em emoções conturbadas.

Resultado instigador, a leitura do livro no mínimo desperta certo senso crítico, rumando contra certas unanimidades do banco escolar.

Verdade seja dita, desconstruir certas visões com outras coloca sob mesmo risco estas últimas.

Por outro lado, com seu rigor metodológico, riqueza de fundamentos logicamente encadeados e clareza de discurso, sem contar a enorme sinceridade, a força dos fatos relatados pelo autor se dispõe muito mais perene.

Terminei
Avaliação : 5

sábado, 22 de outubro de 2011

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil - p.244

Em certa medida, Leandro não tem papas na língua, não se intimida ou limita a questionar seja qual for o monumento nacional.

Neste último trecho, começa a desconstrução com o samba, ícone da cultura nacional, impregnando em nossa imagem propagada pelo mundo.

Dedica consideráveis linhas a descrever suas origens, influências e popularidade, revira o antigo senso comum, mostra sua face menos mundana.

Chega a hora de desvelar assuntos já não tão sensíveis, uma vez que já publicamente questionados: a Guerra do Paraguai, Aleijadinho e o Acre.

Para falar da empreitada de Solano López, uma maneira inovadora, perguntas e respostas escolares, respostas em duas versões, como em sua época de aluno e atualmente como pesquisador de história. Divertido.

Falta de evidências, o principal mote da narração sobre o artista mineiro, a fomentar a criação de uma personagem compilação provável de muitas mãos e mentes.

Ao encerrar, uma análise do Acre, que existe, mas seus custos econômicos e sociais talvez justificassem sua não existência ou sua concessão.

A pulga continua a reinar, cutuca aqui, coça acolá, planta a vontade de conhecer tantas novidades sem parar.

Mérito do escritor em produzir um relato tão jornalístico, consistente e simpático, capaz de seduzir os mais contrários. Temeroso...

Cheguei à página 244
Avaliação : 5

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil

Revisitar as páginas da história, sob a luz contemporânea, em busca de remover certos véus, desmistificar tantos ícones, exige consistência e domínio do assunto.

Assim demonstra o autor desde o prefácio, com texto leve e bem humorado, tom jornalístico e inúmeras fontes bibliográficas registradas.

Iniciamos viagem pelo Brasil colonial e dois pilares de nossa formação histórica: os índios e os negros.

Novas perspectivas das relações de aculturamento e exploração nos provocam à reflexão, discussão no texto sempre pautada por uma lógica bem coerente.

As ideias apresentadas precisam de cautelosa análise e certamente geraram incômodo entre parcelas da sociedade brasileira.

Depois destes dois capítulos iniciais, vamos conhecer os deslizes de ilustres ícones de nossa literatura, a mostrar sua face humana, nem um pouco gloriosa.

Ninguém é poupado pelo renome, de Machado de Assis a Jorge Amado, com revelações encobertas por suas notoriedades.

Há uma sensível atenção dedicada a Euclides da Cunha, com relatos que propiciam momentos até cômicos, proporcionais e contrapostos à sua fama.

De ritmo fluído, a narração vai despejando fatos e personalidades inóspitos, deixando a dúvida de quando veremos tais redescobrimentos nos livros escolares.

É a velha história de "a história se repete, mas a força deixa a história mal contada".

Resta entender a força de quem e para quê...

Cheguei à página146

Avaliação : 5

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Essential Software Architecture - p.258

Seguimos pelos conceitos da arquitetura orientada a aspectos, abordagem um tanto incipiente no mundo do desenvolvimento de software.

As iniciativas parecem desconexas, sem lastro com o objeto fim, soam artificiais em sua aplicação.

Passamos à arquitetura orientada a modelo, mais difundida e sugerindo mais sucesso em sua adoção.

Em certos aspectos remete a paradigmas antigos finalmente concretizados, procurando soluções em níveis mais abstratos do problema.

Por fim, conhecemos a abordagem de linha de produtos, bem sucintamente, deixando pouco espaço para esclarecer seu diferencial e importância.

O término do livro tem um tom de liquidação, uma pincelada em alguns temas para não passar em branco, pouco a instigar nossa pesquisa futura.

Senti falta de uma conclusão, algumas palavras ao menos para arrematar essa fluída apresentação da área, reforçar alguns rumos, alguns horizontes.

Não fosse pelos momentos iniciais mais inspirados e inspiradores, o bom compêndio sobre arquitetura de software não passaria de um guia de referência rápida.

Terminei
Avaliação : 4

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Essential Software Architecture - p.181

Processo conhecido, problema analisado, vamos ao momento da documentação e seus artefatos de registro e análise.

Propor os elementos da UML como documentação confronta diversas correntes, das quais também sou a favor, afinal reduz sensivelmente sua condição.

Munidos do conhecimento recém explorado, partimos para a proposta de resolução do caso de estudo.

Como complemento, analisamos um problema de middleware e a abordagem para solucioná-lo, apresentando inclusive diagramas detalhados e alguns templates de código.

Para concluir este trecho, um rápido texto discorrendo sobre os horizontes próximos, tratados nos quatro últimos capítulos.

Inauguramos bem com a avaliação da Web Semântica e a tentativa de dar compreensão às interfaces, nos permitir acoplamentos menos rígidos, mais intuitivos.

XML, RDF e ontologias, componentes bem arranjados a compor essa tecnologia inovadora e promissora.

O texto se apresenta um pouco mais monótono, assim como mais superficial e, por vezes, um tanto tendencioso, nos deixando meio desconectados do enredo traçado até o momento.

Cheguei à página 181
Avaliação : 4

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Essential Software Architecture - p.107

Encerrado o primeiro trecho do caminho pelo middleware, partimos para as arquiteturas e tecnologias orientadas a serviço.

A apresentação maravilhosamente bem ordenada reorganiza nosso conhecimento adquirido com a experiência.

Esclarece sua evolução, sua hierarquia no atendimento de problemas gradativamente mais complexos, desmistificando alguns dogmas de mercado.

Terminamos a caminhada com o estudo de tecnologias avançadas de middleware, analisadas em seus pormenores, mesmo que rapidamente.

Finalmente, com ferramentas e conceitos em mãos, adentramos no processo da arquitetura de software, suas etapas e pré-requisitos, com características destacadas e bem ilustradas.

Excelente guia para nos acompanhar na árdua tarefa de elaboração de soluções, apresentação a outras partes envolvidas e monitoramento de seu andamento.

Vale ressaltar que a clareza e as referências continuam lá, ricas e valiosas, inundação revolta de ideias com elevada qualidade.

Cheguei à página 107
Avaliação : 5

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Essential Software Architecture

Concisão e revisão, promessas do autor na exploração dos aspectos da arquitetura de software, registradas logo no prefácio.

Concisão por abordar brevemente universo tão vasto e revisão por se tratar de segunda edição, após cinco anos da primeira.

Inicialmente se discute do que se trata "arquitetura de software": funções, papéis, visões e tecnologias, alguns nortes para nos situarmos.

Didaticamente, em seguida, Ian apresenta o estudo de caso a ser utilizado pelos capítulos seguintes.

Para medirmos os resultados, vemos então as qualidades e atributos esperados do software, parâmetros para adequada avaliação e acompanhamento.

Seguindo tendências, adentramos no mundo das arquiteturas e tecnologias de middleware, santo graal das integrações e grandes sistemas.

Com texto extremamente claro e objetivo, somos conduzidos a repensar nossa experiência e organizá-la, produtivamente reconstruindo nosso saber.

As vastas referências ao final de cada capítulo semeiam curiosidades e novos horizontes para estudo.

Cheguei à página 49
Avaliação : 4

sábado, 1 de outubro de 2011

Breve História de Quase Tudo - p.541

Evolução, glaciologia, citologia e antropologia, dentre outras muitas coisas tratados bem pouco, tudo para perpetuar sua visão, ora pessimista, ora jocosa, do nosso desastrado acaso.

No final, uma conclusão com tom ambientalista, meio lição de moral já batida, perdida após tamanha avalanche de pitadas de conhecimento científico.

Sobrou apenas a pretensão de discorrer sobre a breve história de quase tudo, na verdade um grande resumo de nossas origens.

Apesar do trabalho de pesquisa louvável, percebo a falta de experiência, de domínio sobre os temas tratados, para bailar tal qual célebres autores de divulgação científica.

Talvez valha mais para aqueles que nunca tiveram contato com ciência, ou pouco iniciados nas curiosidades da natureza, mas sua profusão de informações o torna meio confuso, meio perdido, vítima da vontade de desejar abraçar tanto.

Terminei
Avaliação : 3

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Breve História de Quase Tudo - p.377

A origem da vida e sua exclusividade, só para lembrarmos novamente quão sortudos somos, quão gratos ao acaso devemos ser.

Ainda assim, quanta diversidade, tanta a ponto de tornar difícil sua classificação e promover debates extensos.

Apesar de toda casualidade, das inúmeras forças contrárias, seu motor persiste, propaga, insiste em prosseguir.

E o ser humano tentando explicar, inferindo e extrapolando, juntando migalhas para resolver esse imenso quebra-cabeças, encontrar e se encontrar com mais razões.

Nenhuma resposta, ou pouca, surgiu até agora, reafirmando o enfoque do autor em demonstrar a névoa sobre o conhecimento humano.

Essa contradição com os propósitos iniciais de Bryson no livro soa meio entediante, não fosse pela boas descrições e explicações, volumosas até demais para concisão.

Cheguei à página 377
Avaliação : 4

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Breve História de Quase Tudo - p.292

Terremotos, vulcões e outras catástrofes, inúmeros exemplos de desastres possíveis, que apesar da raridade o autor apresenta com tom alarmista, como se eminentes, apesar de ressaltar a excêntrica sazonalidade, logo em seguida.

Depois relata nossa inóspita convivência com as químicas do mundo, para comentar a complexa cadeia de coincidências viabilizadora de nosso surgimento.

Mergulhamos então nas profundezas dos mares e das águas, novamente a martelar a sina de excentricidade do homo sapiens, tendo como pano de fundo um ambiente tão próximo, mas tão desconhecido.

Permanece o tom de descrédito, certo sarcasmo, observando a existência e suas características sem muito deslumbramento, algo que esperaríamos acontecer e com mais entusiasmo.

Respostas foram poucas, até o momento, ainda que no prefácio sugeria uma constância maior de indagações e desvelamentos.

Nem a linguagem soa como a proposta inicial, se rebusca diversas vezes, deixa dúvidas da sua acessibilidade aos pobres mortais sem iniciação científica ou com noções básicas de estatística.

Aguardemos por quais caminhos o texto nos levará...

Cheguei à página 292
Avaliação : 4

sábado, 24 de setembro de 2011

Breve História de Quase Tudo - p.203

Continuando a busca por entender nossa casa no cosmos, mais especificamente descobrir sua idade, seguimos pela química para depois entrarmos na era atômica, além de relatividade e mais cosmologia.

O texto parece perder ligeiramente o rumo, difícil de de enxergar o horizonte a frente, desconexo no desenrolar dos assuntos e suas conexões, se assemelhando a um amontoado de historietas.

Começa a irritar o persistente tom jocoso usado pelo autor, mais atento em quase debochar das idiossincrasias e esquisitices de personalidades científicas, ou de trapalhadas e desavenças em episódio do progresso da ciência.

Pior que seu objetivo, tão autenticamente apresentado, pouco se atinge, afinal ainda carecemos de muitas respostas apesar das inúmeras páginas percorridas.

Acaba por denotar a enormidade de dúvidas presente no pensamento acadêmico, suas dificuldades em solucioná-las ou a naturalidade da contínua sobreposição de questões.

Aguardo cauteloso a continuação da leitura, torcendo para uma melhora no ritmo e no contexto, pois devia estar sendo mais divertido...

Cheguei à página 203
Avaliação : 4

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Breve História de Quase Tudo

Simples, divertida, sem ser óbvia, assim se inicia a introdução do livro, o resultado da investigação de um jornalista cheio de por quês.

Ao que parece, sua motivação é bem comum a muitas pessoas, mas quase ninguém realiza tamanho esforço para obtenção de respostas.

A primeira parte do texto, dedicada ao cosmos, põe nas mesas as cartas a que o autor veio.

Em linguagem bem acessível expõe infindáveis conhecimentos humanos a respeito do universo e suas origens.

Como boa parte dos textos de divulgação nessa área, centra a discussão no improvável acaso para nosso surgimento.

Na parte seguinte, começamos a visitar o planeta água, amada e querida Terra, desconhecida apesar de tão próxima.

Lemos sobre geologia e paleontologia, sem muitas respostas, mais com relatos da aventura científica nos primórdios da ciência ocidental moderna.

Lá o foco se volta para os insucessos, tropeços, desavenças e intrigas vividas por grandes nomes, tudo com um ar um tanto pastelão.

Em ritmos um tanto oscilantes, mas sempre com linhas bem-humoradas (humor inglês, é bom frisar), vamos engrenando nestas páginas repletas de curiosidades.

Cheguei à página 105
Avaliação : 4

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Muito Além do Nosso Eu - p.552

Voltamos às trajetórias e inspirações do autor na escolha por suas opções acadêmicas.

Em seguida, após uma metáfora futebolística das bem elaboradas, conhecemos suas conclusões finais a respeito do funcionamento do cérebro de maneira caótica e populacional.

Chegada a hora de apresentar sua visão dos mecanismos por trás das maravilhas neurais e sua afirmação final em favor da corrente distribucionista.

Seu relato de divulgação documenta resumidamente anos do árduo trabalho científico, servindo certamente como apoio até para outros pesquisadores em atividade.

Por fim, Nicolelis se permite registrar especulações do futuro que nos aguarda e alguns desdobramentos, desabafo de anos de rigor metodológico.

E que especulações...

Objetivamente, suas intenções befeniciarão indivíduos acometidos dos mais diversos males neurais e motores, sendo promessa de grande esperança.

Indo um pouco mais além, se suas previsões se confirmarem, experimentaremos num não tão distante amanhã certo universo muito além do nosso eu.

Terminei
Avaliação : 5

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Muito Além do Nosso Eu - p.396

Evidências da capacidade humana de assimilação de ferramentas qualquer um de nós pode vivenciar.

Excepcional o caminho criado pelos pesquisadores para identificar tais evidências em meio às sinapses de um cérebro vivo.

Qual a a abrangência de nossa capacidade, até onde conseguimos nos estender através de instrumentos, quão além do nosso eu?

Na etapa seguinte, o autor apresenta sua proposta mais ousada, a construção de uma interface cérebro-cérebro.

Seu ímpeto e ousadia parece não conhecer limites, almeja nos levar praticamente a um mundo de "Matrix".

Após alguns relatos de experimentos com controle de um ser vivo através de suas sinapses, Miguel antecipa e descreve algumas de suas propostas para verificações das suas intrincadas teorias.

Fluído, mesmo às vezes sendo bem pesado, o texto do autor não se cansa de surpreender... ou seria sua jornada?

Cheguei à página 396
Avaliação : 5

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Muito Além do Nosso Eu - p.337

Engenhosidade, colaboração, inovação e inventividade unidos para proporcionar o suprassumo da tecnologia neuro robótica.

Num empolgante relato, Miguel conta a impressionante evolução em seus desenvolvimentos das interfaces cérebro-máquina, com ápices de expressões de verdadeiro júbilo.

Se um ratinho controlar algum mecanismo através de "pensamentos" já é algo surpreendente, imagine só a complexidade da conexão de um primata com um braço robô para execução de elaborados movimentos através de suas sinapses.

Com a participação da misteriosa e geniosa colaboradora Aurora, o autor nos acompanha na descrição detalhada de seus experimentos e conclusões.

Volume de informações para tirar o fôlego de qualquer um, preenchendo, em seguida, nossa cabeça com milhares de ideias.

Essa equipe multinacional, liderada por aquele brazuca de gema, galgou degraus, chegou a lugares em que nenhum homem jamais esteve.

Difícil não ansiar por ver o dia em que neuro próteses resgatarão à vida tantas pessoas condenadas por males neurodegenerativos ou motores.

Nas últimas páginas desta parte, Nicolelis relata a história de Santos Dumont para nos introduzir às capacidades humanas para estender o corpo através de suas ferramentas.

É só o começo para vislumbrarmos como se processa esse magnífico mecanismo humano que tanto nos distingue.

Cheguei à página 337
Avaliação : 5

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Muito Além do Nosso Eu - p.222

Explorando as terapias para o membro fantasma, espiamos os padrões de funcionamento da noção representação sensorial, os mapas cerebrais e algumas pistas do mistério do encéfalo.

Assistimos a apresentação da evolução das técnicas experimentais, muitas das quais com a participação direta de Nicolelis, na contínua investigação do colosso de informações sinápticas.

Método cientifico, inúmeras evidências e ele nos relata as disputas entre as duas principais correntes teóricas vigentes.

Entrando nestas searas mais específicas o discurso se tornou mais denso, menos digerível, possível de acompanhar somente com algum esforço.

Pouco depois começa o segredo de Aurora, uma misteriosa colaboradora da equipe do cientista, num relato um tanto desconexo, meio fora de contexto, com certo ar de gracinha.

Salvo se revelar essencial na história, coisa que parece que será, seriam dispensáveis as páginas discorridas com tom de molecagem.

Até o momento, desponta evidente, sem dúvida alguma, o protagonismo e a influência deste palmeirense no desenvolvimento de sua área de pesquisa, a transformar ficção-científica em realidade tecnológica e ciência.

Cheguei à página 222
Avaliação : 4

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Muito Além do Nosso Eu

Qual a relação do movimento Diretas-Já com funcionamento de nosso cérebro?

Com analogias acessíveis e claras o autor descreve complexos temas da neurociência, desvendando mistérios de nosso eu.

Logo de início, volta ao passado de sua carreira para contar sua motivação inicial, seu encanto com seu mestre a dragar sua vida pelos rumos da academia.

Nas páginas seguintes apresenta os primórdios de sua área, ideias inicias, nomes célebres e correntes de pesquisa, uma bela introdução dos desafios a explorar.

Depois de apresentados aos conceitos do funcionamento populacional dos neurônios, nos embrenhamos no árduo tema do "membro fantasma", começo de nossa exploração dos difíceis aspectos da construção de nossa percepção.

Bem-humorado, leve, fluído, assim é o estilo do autor, excelente na divulgação científica, transformando de maneira simpática teorias elaboradíssimas em leitura palatável.

Linhas promissoras, empolgantes e viciantes...

Cheguei à página 118
Avaliação : 5

domingo, 11 de setembro de 2011

Sensitivos - p.368

Ainda que seja um texto ficcional, alguns eventos no último trecho vão além da conta, principalmente por sua desconexão e irrelevância na trama principal.

Chegamos ao final do mistério com o descortinar de segredos antigos e terríveis, impensáveis situações tétricas, com o pior do gênero humano, se é que assim podemos rotular (humano).

Densas e pesadas, a natureza e a temática escolhida para as motivações do serial killer tornam difícil a digestão, sugerem algumas considerações na escolha do público leitor.

Elaborado com muito critério e precisão, o desfecho da história transcorre freneticamente, bem adequado ao estilo de um intenso romance policial.

Sem dúvida alguma, valeria muito a utilização das ideias da obra, seus personagens e situações, na elaboração de uma série de TV, com todo sua ambientação brazuca.

Um ótimo livro para não deixar de ler, mas com a alerta de preparar o estômago para crueza de seus fatos e a intensidade de seus acontecimentos.

Terminei
Avaliação : 4

sábado, 10 de setembro de 2011

Sensitivos - p.263

Preciso confessar, apesar da implicância inicial com alguns aspectos do texto, acabei completamente envolvido com a história.

O ritmo empolgante da narrativa nos faz desejar não parar de ler, degustar ininterruptamente cada revelação pelo caminho.

Entre casos envolvendo o serial killer, e outros a ilustrar os métodos e capacidades do sensitivos, o enredo ganha corpo contínua e rapidamente.

As vidas particulares das personagens seguem em paralelo, em seus dramas totalmente humanos e cotidianos, completando o desenvolvimento de seus rumos.

Algumas descobertas sugerem certos destinos, mas serão os verdadeiros ou nossa atenção apenas se desvia propositalmente?

Cheguei à página 263
Avaliação : 5

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sensitivos

Thriller policial, cheio de personagens paranormais, o texto começa repleto de informações e cenários para ambientação.

Curioso caso de história que relata outra história, a primeira baseada na experiência da autora.

Confuso, não?

De construção bem elaborada, a narrativa evolui claramente, permite ao leitor compreensão e clareza, se faz suave e receptivo.

Incomoda um pouco uma mal dissimulada "propaganda", uma tentativa tênue de apresentar a ficção como possível realidade, mesmo que em pequenos aspectos.

Falando em ficção, nesse caso bem no terreno da fantástica, o enredo lembra algumas séries de televisão, com ares de CSI e Supernatural.

Assistimos nesse primeiro terço da obra ao encontro dos sensitivos, a constituição de seu instituto e os primeiros contatos com a trilha deixada pelo assassino serial.

Leitura agradável, apesar das cenas fortes, sanguinolentas e tórridas, mantém alta a expectativa pelos próximos desenrolares do mistério.

Cheguei à página 123
Avaliação : 4

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Coisas de Homem e Coisas de Mulher

Simpático e inocente, dois adjetivos bem adequados na definição do livro em questão.

Com seu estilo breve, por vezes breve até demais, as tramas do autor não chegam a tramar contra o cotidiano.

Repleto de lugares comuns, com raros, bem raros mesmo, momentos inspirados, tece sua crônicas com olhar óbvio, mesmo quando deseja contrariar o status quo.

Não deixa de ser uma expressão natural, legítima e bem composta, mas sem o gancho para arrastar e empolgar, nos levar.

Pelas páginas percorridas se percebe a insistência com certos temas, conjugada ao título desajustado, aumentando uma carga de preconceito a nos fazer torcer o nariz.

Crônicas de um rascunho de parte da vida como ele acha que ela é.

Terminei
Avaliação : 2

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mona Lisa Overdrive - p.320

Por toda a obra o estilo se manteve consistente, os mesmos ritmos, a mesma cadência na condução da trama.

O encontro dos enredos paralelos soou lógico, bem arranjado, mas não muito empolgante, principalmente após tanta espera.

Em suas conclusões, diversas explicações, tudo revelado, cada peça bem encaixada no imenso quebra-cabeça, porém com um caldo meio ralo.

Desconectada talvez fosse a melhor definição para a grande chave, o mote por trás do enredo, revelada apenas na última página, completamente alheia a todo contexto da trilogia.

Como história se mostrou apenas mediana, boa de acompanhar, até poderia ser mais curta, quem sabe um único volume.

Valeu o contato com tantos cenários visionários, com essa sua estética inusitada, marco inicial de legião de autores, de uma cultura tecnológica, praticamente ubíqua atualmente.

Terminei
Avaliação : 4

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Mona Lisa Overdrive - p.213

Estilo de narrativa já conhecido e mantido constante ajuda bastante na facilidade de compreensão.

Também, depois de tamanho contato, estava na hora de se sentir confortável neste universo, ainda que incomodado com os rumos da trama.

Alternar entre fios narrativos impede a monotonia, impele à constante revisão dos meandros construídos na história.

Sutilmente, em cada segmento da história, aparecem alguns indícios de suas relações, embora as personagens ainda não se esbarraram, nem mesmo se conhecem em alguns casos.

O complô condutor soa mais claro, ganha nitidez a cada passo, demonstrando poder ser grandioso o desfecho final.

Expectativas à parte, continua divertido assistir o desenrolar deste thriller de FC inovador em seu devido tempo.

Cheguei à página 213
Avaliação : 4

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mona Lisa Overdrive

Chegamos à última etapa desta aventura...

O estilo continua, cenários difusos, desconexos, inúmeros circuitos paralelos seguindo juntos, aparentemente alheios.

Não esqueçamos do ar psicodélico, psicotropicamente falando, a densa penumbra sempre presente nos ambientes e na alma das pessoas, um tanto depressivo.

Para quem leu os dois primeiros títulos, o começo deste é mais confortável, as personagens reaparecem, com mais alguns poucos novatos.

Fico a imaginar qual será a conexão final de todas as tramas...

Motivações obscuras ainda, na verdade nem parecem existir, seus mundos são o completo acaso, excetuando-se seu passado recente já conhecido.

Demos os primeiros passos nessa viagem, por enquanto basta curtir o visual e se encantar com seus detalhes e futurismos.

Cheguei à página 105
Avaliação : 5

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Alex no País dos Números - p.490

Chegamos à região das probabilidades e sua aplicação no mundo dos jogos, seguros e mercado financeiro, com ênfase quase total no primeiro assunto.

De grande utilidade para o entendimento do assunto seguinte, as formas normais e sua presença na natureza, na vida, no ser humano.

Por fim, adentramos no último capítulo em tema bem mais avançado, superfícies hiperbólicas e topologia, de digestão para poucos.

Para fechar com chave ouro, o autor encerra seu livro com Cantor e seus infinitos, a mudar nossa percepção do real.

Demais!

Completam a obra glossário, demonstrações de alguns exemplos tratados anteriormente e bibliografia ricamente comentada, para aguçar um pouco mais o nosso interesse.

Longe de ser fácil, Bellos nos acompanha por esse delicioso passeio pela terra dos números, num belo extrato desta vasta área do conhecimento.

Indispensável para os apaixonados pelas ciências ou admiradores da linguagem das contas.

Terminei
Avaliação : 5

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Alex no País dos Números - p.315

Nada como uma boa brincadeira para ganharmos mais alguma intimidade com o mundo dos números.

Não fomos em nada poupados pelo autor e a lista se estendeu por todos os cantos: tangram, sudoku, cubo mágico e outras diversões com motores matemáticos.

Seguimos com séries, verdadeiros quebra-cabeças, outra forma lúdica de exercitarmos as operações em nossos neurônios.

Detalhadas em seus mecanismos e segredos, elas surgem de todas as partes do planeta, sendo carinhosamente tratadas por legiões de aficionados.

Lá pelo meio do caminho, páginas com fotografias ilustrando personagens mencionados e a mencionar, maneira concreta de nos aproximarmos mais dos relatos.

Há poucas páginas adentramos a região da proporção áurea e suas correlações, prometendo mais revelações e descobertas.

Fico em dúvida da reação de não-iniciados ao conteúdo do livro, mas para quem conhece e curte parece um poço sem fim, misturando lembranças de estudos e novidades.

Cheguei à página 315
Avaliação : 5

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Alex no País dos Números - p.218

Viajamos à Índia para encontrar toda a ancestralidade da matemática, visitar um dos lugares reconhecidos da origem do zero e da notação posicional.

Partimos então para o pi e seu próprio mundo dentro do país dos números, sua história e riqueza, contada em verso e prosa.

Do número irracional para a álgebra, evolução na lida com as contas, expansão de nossa abstração e visão do universo.

Encontramos uma velha amiga, a régua de cálculo, objeto misterioso de colecionador, desvendado um pouquinho apenas por curtição.

Jornada conduzida com leveza e bom humor pelo autor, deslocando-nos no tempo, perdemos noção do quanto ficamos entretidos com as paisagens apresentadas.

Sinto como se assistisse um programa de viagens, bem turístico, plantando a vontade de outras voltas por estas paragens, nem que seja só para relaxar.

Cheguei à página 218
Avaliação : 5

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Alex no País dos Números - p.137

Mais algumas questões de representação e chegamos a rever o ábaco e similares, como suas técnicas modificam nossa visão dos números.

Das representações passamos às ferramentas matemáticas, em especial a geometria, em toda sua beleza na descrição da natureza e suas simetrias.

De Pitágoras a Euler, as demonstrações elaboradíssimas exercitam nossa abstração e percepção, revelam a magia das contas além dos algarismos.

Mundo dos ângulos e retas, o autor nos encaminha até o origami e seu desdobrar engenhoso, assunto atual para muitos acadêmicos procurarem entendimento maior do mundo dos números.

Nas últimas páginas tomamos contato com o nada, o zero, o vazio, sua complexa descoberta e tortuosa elaboração na cultura.

Maremoto contínuo, o livro deixa pouco tempo para o fôlego, nos inunda de referências e faz não querer parar.

Cheguei à página 137
Avaliação : 5

Alex no País dos Números

Em uma introdução envolvente, somos convidados pelo autor a acompanhá-lo na sua visita ao país dos números, terra inóspita e distante para muitas pessoas.

Nada mais adequado, afinal teremos como guia um jornalista, formado em matemática, com experiência internacional, sendo agora nosso correspondente direto do mundo das contas.

No primeiro capítulo somos apresentados aos aspectos neurológicos que nos permitem calcular e contar, suas influências e implicações na formação sociocultural, assim como o de algumas outras espécies de animais, ao menos para nos imitar nessa área.

O capítulo seguinte trata da representação numérica criada pelo homo sapiens e seus diversos sistemas e bases, com interessante contextualização social e histórica.

Em tão inicial contato já fomos expostos a um sem número de informações, um verdadeiro mar de ideais, um turbilhão de demorada adaptação, certamente capaz de consumir alguns dias de assimilação.

Nem é preciso mencionar a empolgação gerada por tão rico conteúdo...

Cheguei à página 71
Avaliação : 5

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Teoria do Conto

Como descrever o conto ou, se preferir, como conto um conto?

Em busca da resposta a autora envereda por diversos caminhos, varia visões, ângulos.

Inicialmente caminha pelo mais técnico, história das histórias, etimologia dos títulos, pinça algumas pistas.

Na dificuldade de única verdade, numa mudança de rumo, apresenta rapidamente teorias de vários autores.

Particularmente, gostaria de registrar duas de meu maior agrado.

De Edgar A. Poe, propondo o conto como algo de um baque só, uma lufada envolvente, cativante, conciso sem deixar de ser grande.

A outra de Cortázar, contrapondo romance/cinema com conto/fotografia, boa metáfora para dizer muito com pouco.

Ao fim, uma pincelada sobre a versão contista de Machado de Assis, sua beleza e amplitude, para instigar futuras investigações.

Como brinde, uma considerável bibliografia comentada, além de um resumido vocabulário crítico.

Ótima obra de referência, principalmente para plantar a semente nos desejosos de boas colheitas.

Terminei
Avaliação : 5

Odisséia no Mar - p.231

Franklin encontrou definitivamente, nas profundezas do mar sem fim, seu novo ambiente, seu habitat.

Carreira envolvente, dedicação e destino compatível com seu potencial, realização de todas as esperanças.

Tantas visões futuras o autor conseguiu arriscar, com surpreendente acerto como podemos confirmar atualmente.

Curiosamente, Clarke arrisca duas previsões, em apenas duas páginas, no que concerne a data exata dos relatos e a população do planeta neste hipotético futuro.

Não deve ter resistido a fazê-lo...

Descoberta das riquezas marinhas, conflito religioso e ascensão do Oriente, palpites bem elegidos a enriquecer a narrativa.

Acompanhar a odisseia de uma vida, como assim é toda e qualquer vida, foi um prazer e constatação da realidade.

Filhos, heranças, trabalho, história, fatores latentes na existência dos homo sapiens a explorar as marés da sua experiência diária.

Terminei
Avaliação : 4

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Odisséia no Mar - p.174

Fim da ousada missão, começo da ascensão de nosso protagonista na estrutura da organização, com notável desenvoltura.

Assistimos sua passagem por diversas níveis da hierarquia, sempre associada a relatos de ocorrências marcantes.

Nada surpreendente, apenas a confirmação das confianças depositadas em seu brilhantismo, capaz de superar muitos obstáculos.

Vida pessoal também impulsionada, as cicatrizes parecem esquecidas, suas marcas suavizadas.

A narrativa anda meio morna por estas páginas, sem muito ímpeto, sem muitos gatilhos, sem muito drama.

Cheguei à página 174
Avaliação : 4

Odisséia no Mar - p.131

Emergir de sua reclusão provocou reviravoltas na psicologia de Franklin, com resultados turbulentos.

Recuperado, reintegrado, nosso personagem parece ganhar prumo e reconquistar um lugar na existência, um novo lugar, com semelhanças ao seu antigo ofício.

Em grande parte, o sucesso da empreitada de recuperação se deve ao seu mentor Don, frequentemente até mais do que apenas mentor, e ao envolvente ambiente de seus trabalhos.

Passada alguma rotina de sentinela, o enredo esquenta com uma missão mais ousada e enigmática, com ares de Júlio Verne e Moby Dick.

Entre altos e baixos do ritmo, a história se desenvolve de maneira agradável e interessante, garantindo bons momentos de diversão.

Cheguei à página 131
Avaliação : 4

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Odisséia no Mar

Profundezas oceânicas formam um cenário inusitado na obra do autor, algo como o inverso de tantos céus em outros livros apresentados.

Nosso introspectivo personagem provoca curiosidade quanto a sua história, suas motivações, seus temores e todo o cuidado dispensado a ele.

Atividades detalhadas, cotidiano e treinamento descritos, movem a narrativa para nos ambientar, apresentar os participantes e seus papéis, sendo boa parte do trabalho referente à preservação ambiental.

Bem romanceado, a ficção científica serve como pano de fundo, não faz parte do mote principal da história, figura coadjuvante.

Ao final deste trecho, revelações, desdobramentos e novos rumos apontam no horizonte, começam a agitar nossa viagem por essa odisseia submarina.

Cheguei à pagina 79
Avaliação : 4

domingo, 7 de agosto de 2011

As Crônicas Marcianas - p.210

Organizar uma coletânea de contos, dispostos com apreciável lógica, cronológica e narrativa, já é tarefa árdua.

Conseguir resultar num caldo que melhora com o avanço das páginas, culminando num ápice de qualidade, só mesmo para grandes mestres.

Nos últimos textos, além da FC esmerada, encontramos poesia e filosofia, com toques sutis e delicados.

Reverência memorável aos seus leitores, extraindo o melhor de seus frutos para nosso deleite.

Marcantes referências a guerras e solidão, males modernos considerados àquela época, diagnóstico de nossa incorrigível condição humana.

Apesar da simplicidade de suas linhas, nos fala com tamanha profundidade, merecendo seu lugar no panteão dos ilustres autores da área.

Terminei
Avaliação : 5

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

As Crônicas Marcianas - p.153

Em se tratando de alma humana, alguns assuntos acabariam marcando presença, como religião e segregação racial, mesmo num futuro "tão distante".

Conquistar ecoa como mote das expedições e com a conquista a salvação, a remissão dos pecados dos selvagens marcianos, semelhança guardada com alguma história esquecida.

Expedições para reconhecimento, de novas terras ou dos exploradores, em busca dele para registro de seus nomes para a posteridade.

Escolha o ambiente, o cenário, ou o mundo, lá estaremos para reproduzir nossos erros e nossa história, sina homo sapiens duvidosa de seu êxito.

Condenamos a existência humana a um ciclo autodestrutivo, predador das próprias fontes e riquezas, travestidos de gafanhotos do universo?

Na simplicidade dos textos somos confrontados com inúmeros de nossos fantasmas...

Cheguei à página 153
Avaliação : 5

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

As Crônicas Marcianas - p.102

Ah, a inocência da década de 50, quão fácil elaborar as aventuras no planeta vermelho, quando ainda nem à lua havíamos chegado...

Após um início de histórias cronologicamente encadeadas, começamos a tomar contato com os mais variados estilos.

Curtos e longos, descritivos ou reflexivos, aproveitamos o cenário da FC para exercitarmos as ideias à cerca do gênero humano.

Sempre bem bolados, os contos revelam a maestria de Bradbury em propor civilização, cultura e tecnologia, sutilmente, deleite para seus leitores.

O autor não poupa assuntos a tratar, explorar magnificamente seus parágrafos e teorias, com ritmo estimulante.

Até a aqui a obra vem se revelando daquelas para não parar de ler, de não desejarmos o final, mesmo sabendo que ele virá.

Cheguei à página 102
Avaliação : 5

As Crônicas Marcianas

Quem diria, um dia, o ano de 1999 fora um futuro meio longínquo, propício para o cenário de explorações espaciais.

Como imaginar a chegada do homem a Marte, com grande enfoque do ponto de vista marciano?

Bem ambientadas situações, com certo ar jocoso, dignas de Douglas Adams, conduzem nossa atenção pela descoberta desta civilização telepática.

Por sinal, estratégico elemento adicionado esta tal telepatia, proponente de lógicas reflexivas engenhosas.

Até o momento, três tentativas de chegada e contato, sem grande sucesso, mas repletas de reviravoltas e revelações.

Sem falar na boa e velha ficção científica, com viagens interplanetárias, repletas de imaginação e referências científicas.

Oba!

Cheguei à página 51
Avaliação : 5

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Contos da Taberna - p.180

Exagerar se tornou um vício contumaz para nosso protagonista, incessante além dos limites, mesmo para os mais desencanados.

Os últimos contos enviesam pela ficção fantástica, nada têm de ciência ou relações humanas, se perdem sem resgate.

Nosso estimado autor parece ter perdido a mão, esgotado sua inspiração para conceber este conjunto de textos, meio como os personagens que também foram se cansando.

Valeu pelo contato com essa empreitada aventureira e marota de Clarke, com um viés e proposta diferenciados.

Terminei
Avaliação : 3

Contos da Taberna - p.140

Harry Purvis, personagem causista dos melhores, discorre sobre os mais abrangentes temas, da geologia à química, incluindo até biologia.

Surreal sua capacidade de testemunhar tantos eventos únicos, cheios de segredos e descobertas, plantando a desconfiança entre todos à mesa.

Suas histórias vão nos entretendo, sempre com boas sacadas e bom humor, de um jeito até displicente, de certo modo.

Diversão descompromissada, o livro se revela autêntica pulp fiction, passatempo leve para bons momentos de relax.

Cheguei à página 140
Avaliação : 4

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Contos da Taberna - p.95

Sarcasmo divertido e inventivo comparece pontualmente nas reuniões à mesa do Gamo Branco.

Verdade seja dita, por muitas páginas o ambiente andava monótono, com o autor mais preocupado com as relações daquela mesa do que com a ficção científica propriamente dita.

Ainda que o principal pescador não parasse de desfiar suas histórias, seus enredos não chegavam a empolgar.

A boia de salvação chegou com o último conto, nitidamente mais aprimorado e com trama bem mais entusiasmante.

Com clima descontraído vamos apreciando as inusitadas cenas, com seus altos e baixos, mas bem representativas das ideais à época.

Cheguei à página 95
Avaliação : 4

Contos da Taberna

Contos displicentes tratados à mesa do bar, estratégia descontraída e inusitada para uma figura célebre da ficção científica.

E quanto bom humor!

O olhar de Clarke nunca nos esganou quanto ao seu estado de espírito e ele o deixa transbordar nestas primeiras páginas.

Nada de histórias espaciais, viagens no tempo, seres extraterrestres, apenas imaginação sobre a ciência contemporânea em nosso planeta.

Tudo isso enfeitado por nomes de reconhecimento neste gênero literário e na academia, como numa rodada de desafios de causos de pescador.

É só sentar, ler, ouvir e curtir...

Cheguei à página 46
Avaliação : 4

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Alô_ Sr. Deus_ Aqui é Anna - p.188

E até o final conhecemos metafísica existencial à la Anna, mas apenas isso, com toda sua idiossincrasia.

Mais do que nunca, neste último trecho, Deus esteve presente, insistentemente, sem grandes novidades ou revelações.

Mesmo o "dramático" final não chega a nos tocar, parece insípido, meio plástico, artificial na sua ocorrência.

Intenções das melhores foram plantadas neste texto, infelizmente seus frutos deixaram bastante a desejar, principalmente pela expectativa gerada no prefácio.

Quais as verdades sobre a origem do texto, as motivações do autor, os acasos nitidamente casados na sua busca de sentido.

Das esperanças plantadas de boa diversão, restaram algumas boas reflexões, ângulos de visão inusitados e excelentes flashes de ideias.

Terminei
Avaliação : 3

Alô_ Sr. Deus_ Aqui é Anna - p.147

Geometria, ótica, física e metafísica, as mais diversas áreas do conhecimento são exploradas pela garotinha, sempre com seu olhar muito peculiar.

Constante também é o envolvimento de Deus nas questões, interesse diferenciado em alguém tão jovem.

Os pontos de vistas, a elaboração das ideias, me parece um pouco exagerada para uma personagem com suas características.

Mão pesada do autor na estrutura de sua psicologia, insere um ar de artificialidade nos "causos" relatados.

Além disso, pouca evolução ocorre, na narrativa ou na psique dos personagens, afrouxando a condução e o ritmo da trama.

Vejamos se consegue concluir com algum movimento surpreendente, um toque a remover o enfado das últimas páginas.

Cheguei à página 147
Avaliação : 4

sábado, 23 de julho de 2011

Alô_ Sr. Deus_ Aqui é Anna - p.96

Com olhos infantis, mas filosofia aguçada, Anna segue a perceber o mundo e suas incongruências.

Dialética elaborada, nem parece vinda de alguém tão jovem, vai ensinando a Fynn lições grandiosas.

Essa fábula encanta, deixa-nos com dúvidas, desconfiados quanto a suas intenções.

Pouco podemos precisar para onde nos levará, travessuras comuns do exercício do pensar, delícias da iluminação.

Devo confessar, a este ponto a narrativa ficou mais monótona, um pouco repetitiva, espero não comece a se arrastar mais para o final.

A trama carece de algum outro elemento, afinal sua belíssima proposição não pode desaguar num exercício exibicionista do autor.

Cheguei à página 96
Avaliação : 5

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Alô_ Sr. Deus_ Aqui é Anna

Introdução das mais empolgantes, assinada pelo editor, gera imensa expectativa pela leitura, logo de cara.

Quem sabe pelo efeito de suas palavras, ou pelo verdadeiro potencial do texto, as primeiras páginas encantam a cada linha.

Apesar do peso da história de Anna, de todo gravidade imputada a sua pequena vida, somos invadidos por singela leveza.

Filosofia apurada dos olhos infantis, quem sabe acaso uma personagem real, provoca e incomoda permanentemente.

Neste primeiro trecho inúmeros momentos já se passaram, mas mal percebemos ,fomos envolvidos e levados.

Pouco consigo imaginar do reservado às futuras viradas de folhas, mas o começo faz por ansiar.

Lembra um pouco o estilo de Jostein Gaarder, com um enfoque diferente, de outro ponto de vista, de qualquer forma igualmente cativante.

Cheguei à pagina 45
Avaliação : 5

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Anti-Crepúsculo - p.256

Nosso herói mal podia imaginar a verdade por trás da extensa história da humanidade até sua época.

Seus anseios refletiam bastante os apresentados pela espécie em seu âmbito global.

Eu achava que veríamos alguma conexão mais explícita com o leão de Comarre, mas ficou por nossa conta interpretá-la, isso se realmente havia.

Intrigante vidência destes grandes mestres da literatura ficcional, imaginando mundos tão distantes e distintos.

A aventura se encerra mais morna, deixa a impressão de falta de acabamento, de certa perda de rumo.

No geral o livro é diversão certa para fãs da ficção científica de raiz (se existe classificação possível assim).

Terminei
Avaliação : 4

Anti-Crepúsculo - p.162

Eras se passaram e surge um novo protagonista, com o mesmo ímpeto revolucionário do primeiro.

No começo desta parte fica difícil perceber sua relação com as páginas iniciais da obra, mas ao poucos vai se esclarecendo, mesmo que indiretamente.

É fascinante o dom do autor em nos conduzir por uma viagem com uma escala de tempo tão gigantesca.

Continuamos num ritmo empolgante, com narrativa ágil e novidades a cada página, impossibilitados de saber o próximo movimento.

A questão da chegada aos limites e seu desafiar é permanente, assunto para muita reflexão pela humanidade.

Assim vamos confirmando a leitura de um verdadeiro clássico de ficção científica, com já mais de 50 anos.

Cheguei à página 162
Avaliação : 5

terça-feira, 19 de julho de 2011

Anti-Crepúsculo

Nada como ficção científica de primeira, das melhores, mais inventivas e significativas!

Com texto fluído, ritmo rápido, Clarke nos conduz por uma fascinante aventura futurista.

Quais seriam as perspectivas de uma sociedade após atingir seu ápice tecnológico, conquistar os maiores sonhos e confortos?

Imaginemos, então, alguém se descobrir o herdeiro, o escolhido para promover mudanças, trazer novos ares.

Mal vi essas dezenas de páginas passarem e parecia que a história caminhava para uma conclusão.

Era só o iniciar da trama, o propor de um mote, repleto de imagens, cenários e aventura.

Nesse promissor futuro, nosso protagonista descobre grandes segredos da humanidade e de sua própria família, algo jamais imaginado.

A continuação da leitura promete muita diversão...

Cheguei à página 80
Avaliação : 5

domingo, 17 de julho de 2011

O Homem Duplo - p.308

Dura e injusta a sina do policial no cumprimento do dever, ainda que existem motivos desconhecidos por ele.

Ao final, a trama me pareceu um tanto inócua, navegamos muito para não aportar.

Além disso, reforço meu questionamento do rótulo "ficção científica", assunto para uma discussão com o mestre Asimov.

Dureza mesmo foi uma nota do autor, nas últimas páginas, procurando explicar seu texto, motivações, intenções.

Nada pior do que o artista precisar justificar sua obra!

Reflexões interessantes e bom texto foram insuficientes para valer o tempo, falta um tempero, um aroma, algo digno de sua reputação.

Terminei
Avaliação : 2

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O Homem Duplo - p.226

Os distúrbios psicológicos percebidos por Arctor serão consequência de seu trabalho policial ou efeito do uso intensivo de drogas?

Diálogos surreais trocados entre os três personagens principais beiram a loucura.

Haverá algum sentido em tamanha falta de senso, algum motivo revelador além das overdoses?

Como homem duplo o personagem encontra muitos mistérios a resolver também, colocando-o numa armadilha constante, quase mortal.

Apesar da classificação da obra como ficção-científica, eu avaliaria melhor suas características, pois sinto falta de certos elementos do gênero.

Cheguei à página 226
Avaliação : 4

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Homem Duplo - p.149

Papéis melhor definidos, cada personagem começa a ganhar seu lugar e seu jeito.

Ninguém se mostra totalmente de um lado da vida, nenhum bonzinho completamente, nenhum malvado plenamente.

Lemos as primeiras pistas a respeito da duplicidade do tal homem, só não sabemos se pelas drogas ou pelo trabalho de agente infiltrado.

Outros tantos questionamentos surgem pela natureza da atividade do policial, suas ações e preocupações.

Há certo sarcasmo nas situações nonsense vividas pelo trio principal, sempre sob o efeito de drogas, a turvar sua visão da realidade.

Alguns mistérios chegaram para aquecer o ritmo, mas ainda assim este é morno, sem grandes emoções.

Cheguei à página 149
Avaliação : 4

terça-feira, 12 de julho de 2011

O Homem Duplo

Outra aventura de K.Dick, mais psicodelia logo de cara, é impactante tamanha distorção da realidade.

Ao menos, desta vez, fica mais fácil de explicar, afinal o mote está diretamente relacionado ao consumo de drogas.

Engatar no enredo traz alguma dificuldade, meio nebuloso como na outra obra, com personagens pouco definidos.

Misterioso o fato de ainda assim despertar o interesse, nos deixa curiosos para descobrir que rumos tomará.

Raros detalhes foram apresentados, nem cenários extensos pintados, com a história seguindo um ritmo meio lento.

Aguardo melhoras e mais emoções...

Cheguei à página 55
Avaliação : 4

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A Arte da Palavra - p.156

Coragem, coragem para enfrentar o desafio de usar a caneta e escrever, de concretizar, de fazer acontecer.

Parceira da coragem vem a convicção, propriedade sobre o assunto, verdade desvelada paulatinamente.

Convictos de nossas decisões e ideias vamos finalmente à luta, para desafiar os marasmos e o tempo, para iluminar.

Como conclusão do livro, o autor agradece, provoca no último impulso para revolver todas as linhas visitadas até então.

Depois da conclusão ainda tem mais, uma bibliografia comentada, com 100 livros, um mimo de alguém apaixonado por esta arte.

Bibliografia para guardar e colecionar, conquistar livro a livro, quem dera fosse possível mergulhar em todos de uma só vez...

Que referência!

Ao final, eu pediria licença para fazer uma crítica ao subtítulo da obra, formal, meio quadrado, descompassado com a prosética deliciosamente destilada por suas páginas.

Pode promover enganos aos mais incautos, e até aos mais cautos, pode provocar desistências, desperdícios de uma sublime oportunidade.

Terminei
Avaliação : 5

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Arte da Palavra - p.98

O artista continua sua pintura, devoção à arte que mais aprecia...

Lemos sobre a transmutação de autor em texto, letras, palavras, frases a nos representar, materializar.

Seguimos para a discussão da influência, da inspiração por outros autores, o "plágio criativo", como bem batizou o autor.

Reconhecer a influência e o transpirar de nossos mestres em nossos textos, ato impossível de escapada, repleto de mérito e reverência.

Neste trecho, Gabriel faz uma digressão sobre a língua materna e seu poder sobre nós, sobre a produção e a leitura de cada um.

Pareceu-me um tema desconectado daquelas páginas, apesar de interessantemente discutido.

Merece certamente uma releitura, bem ao gosto do fornecedor...

De resto, continuamos embalados pela poética e afiada prosa de Perissé, inspiradora e provocadora.

Cheguei à página 98
Avaliação : 5

A Arte da Palavra

Nada melhor do que assistir uma homenagem à arte pelas mãos de um grande artista...

O prefácio, uma verdadeira homenagem do seu mestre e destacado pensador.

Logo na introdução, Gabriel alerta não estarmos diante de um manual de escrita, mas antes um exercício da leitura da vida.

Começamos nos interessando pelo entendimento de nosso leitorado, expressão extremamente bem sacada, cheia de recônditos para passearmos e apreciarmos, bem ao gosto do autor.

Reconhecer o destino de nossa expressão é só primeiro singelo passo.

Continuamos com a avaliação de nosso transbordo, nosso derramar pelas letras, prospectando o conteúdo particular a expor.

Num ciclo de recriação contínua, esvaziamos um pouco por vez para nos encher de ideias e proliferá-las.

Com seu estilo leve e profundo, Perissé nos encanta e conduz sem percebemos, fala de cátedra daquilo que faz como poucos.

Entusiasmados seguimos mais essa viagem, com o bom gostinho conhecido de outras tantas excursões por sua obra.

Oba!

Cheguei à página 49
Avaliação : 5

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Fascinante Império de Steve Jobs - p.368

Dezenas de milionários em poucos meses, uma marca impressionante, somente possível em outros tempos de mercado.

Rios de dinheiro, novos cenários e outros tantos fatores abalaram as estruturas fundadoras da empresa.

Novos desafios surgiram, concorrentes ferozes e ávidos pelas benesses da novidade do computador pessoal redefiniram as forças a se enfrentar.

O livro segue o texto da edição anterior até os tempos do ocaso de Steve Jobs na corporação e dela própria, ocorrido há mais de 20 anos.

O último capítulo, adicionado nesse revisão, faz um apanhado geral do ressurgimento da empresa nos últimos anos, última década.

Poucas páginas, quase um artigo, para ressaltar o brilhante impacto de suas novas e fundamentais contribuições para a vida contemporânea.

Equívoco similar ao título, afinal não se trata de uma obra sobre uma pessoa, mas a história de uma organização.

De qualquer forma, vale a leitura, sejamos fãs ou não, para conhecermos dos eventos mais importantes na história da computação pessoal.

Terminei
Avaliação : 3

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Fascinante Império de Steve Jobs - p.300

Pouco demorou para a acertada busca por capital, a impulsionar as velas do empreendimento inicial.

Captação feita com novos ares de profissionalismo, assim como a intensa busca pelo marketing ideal.

Destaque dado à visão de provimento de software, numa base bem difundida, para alavancar os negócios da empresa, conceito ainda presente na empresa, já há 30 anos.

Desafios também surgiram na área de pessoal, com enormes levas de novos colaboradores e os conflitos com a turma dos primeiros anos.

Tudo caminha em busca da excelência corporativa, extremamente profissional, sem deixar de lado o ambiente descontraído e inovador.

O crescimento vertiginoso, a corrida do ouro de suas ações, os novos milionários, um burburinho quase surreal que compõe a história da corporação.

Apesar disso tudo, a narrativa ficou mais morna, desfilando fatos, números, situações, mas sem o gostinho de novidade das primeiras páginas.

Ao ganhar esse tom enciclopédico, o autor declina para uma versão mais registro histórico formal de uma biografia (ou empresagrafia...).

Cheguei à página 300
Avaliação : 3

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Fascinante Império de Steve Jobs - p.228

Depois das curiosas revelações da pré-história do seu sucesso, pairamos entra as amenidades dos primeiros anos de empresa constituída.

Suas primeiras apresentações, os primeiros funcionários e as dificuldades de aprender como transformar o empreendimento de garagem em uma organização sólida.

Apesar do título do livro em português, certamente equivocado frente ao original, é nítida a importante participação de diversas pessoas, inclusive de Steve Jobs, mas não unicamente.

Tal núcleo central, componente dos primórdios da vida da maçã, consolidou as formas e meios de seu funcionamento, a custa de vários e divertidos tropeços.

Conhecemos o resultado desta inusitada mistura, com todas as suas inovações e significativos avanços tecnológicos, porém o autor consegue costurar e apresentar um sem-número de fatos relativamente importantes desta receita.

Mesmo morno no último trecho, as páginas do texto entretêem distraidamente, não nos fazendo querer parar.

Parei na página 228
Avaliação : 4

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Fascinante Império de Steve Jobs - p.166

Jobs surge com mais ênfase na história, mas sem deixar de lado a importância do amigo Wozniak.

Marcante a diferença e complementaridade dos dois, fator do acaso indispensável para o êxito de sua empreitada.

Aliás, o livro destaca o quanto Woz foi imprescindível e toda a sua veia técnica surpreendente.

Ambos os personagens têm peculiaridades impensáveis em seu cotidiano, características a lhes tornar bem humanos, com vieses transgressores às vezes.

Neste último trecho assistimos ao surgimento da Apple Computer, sua germinação e exploração inicial de mercado, com suas soluções inovadoras para cada intempérie.

O intercalar de breves flashes de acontecimentos mais atuais com os relatos históricos arrefeceu, ficamos com a máquina do tempo estacionada no passado.

Apesar de esperado, observamos em sua história, plantados em seus primórdios, muitos princípios fundamentais para seu sucesso e presentes até hoje.

Parei na página 166
Avaliação : 4

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Fascinante Império de Steve Jobs

Privilégio de poucos, o autor pode testemunhar reuniões da Apple em seus primórdios, já com inspirações ao sucesso.

Intercalada por dezenas de páginas de história, uma reunião sobre o lançamento de novos Macs e usada como fio motriz da narrativa.

Em idas e vindas no tempo, são apresentados fatos anteriores a empresa, como os ventos que levaram as famílias dos dois fundadores (Wozniak e Jobs) a se tornarem vizinhas.

Apesar do título em português, o texto fala da empresa e seus fundadores, dando nesse início justa ênfase à personalidade e capacidade de Woz.

Claro que Jobs também está bem presente, mas começa a se destacar apenas no final deste trecho, iniciando o delinear das bases desta dupla de sucesso.

É mais do que chavão dizer que eles viveram o momento correto, mas é instigante conhecer as peculiaridades de ambos os personagens que permitiram o aproveitamento das boas oportunidades.

Causos bem contados e encaixados, o ritmo prazeroso do livro lembra descontraídos bate-papos informais entre amigos, cheio de destaques e detalhes.

Parei na página 92
Avaliação : 4

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Count Zero - p.312

Alcançamos o final da história com um estilo similar ao outro livro, em meio a resoluções rápidas, repentinas, das várias pontas da trama.

Em uma visão mais global, o conjunto caminha para um mesmo rumo, confirmando minha percepção de uma pré-Matrix, sequenciado entre os volumes da trilogia.

As últimas páginas ganham um estilo diferente, esclarecedor, sem nebulosidades, presenteando-me novamente com opiniões dicotômicas quanto à obra.

Sem dúvida, é difícil não se envolver, nem que seja pelo universo pintado nesse quadro futurista.

Imerso nas linhas dessa ficção, curtimos um pouco mais dessa possibilidade um tanto pessimista de futuro, mas repleta de questões a cerca de nossa humanidade e sua tecnologia.

Inevitável agora seguir para a conclusão com a leitura do último volume...

Que venha Mona Lisa Overdrive!

Terminei
Avaliação : 4

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Count Zero - p.252

Com mais algumas amarrações e as intersecções das tramas paralelas começam a aparecer.

Personagens alternam sua relevância, ampliando nosso espectro de atenção, relevando surpresas em algumas viradas de páginas.

O mote permanece como no livro anterior, parece que assistimos à pré-história da Matrix, bem antes da espera por Neo.

Quebra-cabeça a meio caminho, a convergência da solução se acelera, num estilo já apresentado pela leitura anterior.

Cenários e situações continuam envolventes, nos fazendo grudar na história e ansiar pela descoberta de seu final.

Pelo jeito, as novas armações corporativas poderão conduzir o mundo para destinos mais caóticos e descontrolados...

Parei na página 252
Avaliação : 4

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Count Zero - p.165

Volumosos desenrolares ocorrem, mas sem grandes pistas dos destinos da viagem ou principais motivações do enredo.

As três tramas paralelas pouco insinuam sobre suas coincidências, a não ser por duas ou três pequenas pistas espalhadas pelas últimas páginas.

Neste trecho ocorreu uma rápida menção ao livro anterior, Neuromancer, mas passível de ficar despercebida pelos menos atentos.

Insisto em comentar a questão de estilo do autor, difusa, quase confusa, mas envolvente de alguma forma sutil, meio inexplicável para mim.

Tantos são os elementos da ficção científica presentes nos textos do autor que é inegável a sua influência na cultura tecnológica ficcional contemporânea.

Simplesmente fascinante, mesmo porque ele não aparenta ser um profundo conhecedor de computadores e afins, nem tinha nossos recursos computacionais à época de sua criação.

Parei na página 165
Avaliação : 4

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Count Zero

Retornar ao universo cyberpunk do Sprawl dá um gostinho de mais um capítulo na história de Matrix.

Continuam lá os cenários, os aromas nebulosos daquele futuro e certa incerteza das motivações do enredo.

O jeito difuso de narrar se confirma, como em Neuromancer, com todas as alternâncias de cenas, flashes e ambientes.

Por enquanto, acompanhamos três histórias paralelas, três personagens bem distintos, sem nenhuma aparente conexão.

Pouco se evoluiu na trama, praticamente nada ainda foi definido, nem mesmo qual a relevância de cada personagem, a não ser pelas aparições de Count Zero.

Nem mesmo sabemos se as histórias se cruzarão, poucas são as pistas, lemos mais ambientações e construções de perfis e biografias.

De qualquer forma, as descrições e ações nos envolvem e mantém acesa a curiosidade pelos rumos futuros e seus destinos.

Parei na página 84
Avaliação : 4