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Roy Tanck and Amanda Fazani

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Admirável Mundo Novo - p.398

Exposto ao mundo selvagem o admirável mundo novo treme e se abala, expõe suas ânsias e os subsolos da alma humana.

O contato entre as duas civilizações, as duas realidades, só poderia mesmo terminar em ruptura, em cismo, reavaliação nossa de verdades e expectativas.

As personagens lançadas pelos ventos das tempestades refletem nossos maiores medos, fraquezas e ilusões, desnudam nossa alma.

Com leitura agradabilíssima, narrativa prazerosa e extremamente bem engendrada, o autor nos carrega e assola, retira nosso fôlego sem piedade.

Trama embalada e entoada nas rimas de Shakespeare, sacada sensacional para as melodias dos sentimentos humanos, a poesia das letras pontua sublimemente as dúvidas e emoções do impossível apaziguamento do Selvagem.

Quais são nossas necessidades? O que faz você feliz? Onde e quando? Com quem? Conhecemos mesmo a realidade? De verdade nos conhecemos e ao nosso espírito?

Sublime decantação da humanidade, muito mais do que um clássico da ficção-científica, estamos diante de obra de arte da literatura, em estilo, filosofia e prosa!

Desfecho questionável, haveria outra maneira de conciliar tais mundos, mesmo para quem ficou entre eles, espremido na diferença entre seus semelhantes?

Definitivamente a obra ficará gravada, bem lá no íntimo, para outras tantas futuras digressões, análises e perguntas, pilar para desenvolver ideias e vislumbrar o futuro (ou o passado).

Do alto de seus 80 anos, participa do rol dos poucos exemplares de lucidez capazes de captar uma existência atemporal, eterna, tratado com sábia simplicidade e clareza.

Oh, admirável mundo novo!

Terminei
Avaliação : 5

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