Exposto ao mundo selvagem o admirável mundo novo treme e se abala, expõe suas ânsias e os subsolos da alma humana.
O contato entre as duas civilizações, as duas realidades, só poderia mesmo terminar em ruptura, em cismo, reavaliação nossa de verdades e expectativas.
As personagens lançadas pelos ventos das tempestades refletem nossos maiores medos, fraquezas e ilusões, desnudam nossa alma.
Com leitura agradabilíssima, narrativa prazerosa e extremamente bem engendrada, o autor nos carrega e assola, retira nosso fôlego sem piedade.
Trama embalada e entoada nas rimas de Shakespeare, sacada sensacional para as melodias dos sentimentos humanos, a poesia das letras pontua sublimemente as dúvidas e emoções do impossível apaziguamento do Selvagem.
Quais são nossas necessidades? O que faz você feliz? Onde e quando? Com quem? Conhecemos mesmo a realidade? De verdade nos conhecemos e ao nosso espírito?
Sublime decantação da humanidade, muito mais do que um clássico da ficção-científica, estamos diante de obra de arte da literatura, em estilo, filosofia e prosa!
Desfecho questionável, haveria outra maneira de conciliar tais mundos, mesmo para quem ficou entre eles, espremido na diferença entre seus semelhantes?
Definitivamente a obra ficará gravada, bem lá no íntimo, para outras tantas futuras digressões, análises e perguntas, pilar para desenvolver ideias e vislumbrar o futuro (ou o passado).
Do alto de seus 80 anos, participa do rol dos poucos exemplares de lucidez capazes de captar uma existência atemporal, eterna, tratado com sábia simplicidade e clareza.
Oh, admirável mundo novo!
Terminei
Avaliação : 5
O contato entre as duas civilizações, as duas realidades, só poderia mesmo terminar em ruptura, em cismo, reavaliação nossa de verdades e expectativas.
As personagens lançadas pelos ventos das tempestades refletem nossos maiores medos, fraquezas e ilusões, desnudam nossa alma.
Com leitura agradabilíssima, narrativa prazerosa e extremamente bem engendrada, o autor nos carrega e assola, retira nosso fôlego sem piedade.
Trama embalada e entoada nas rimas de Shakespeare, sacada sensacional para as melodias dos sentimentos humanos, a poesia das letras pontua sublimemente as dúvidas e emoções do impossível apaziguamento do Selvagem.
Quais são nossas necessidades? O que faz você feliz? Onde e quando? Com quem? Conhecemos mesmo a realidade? De verdade nos conhecemos e ao nosso espírito?
Sublime decantação da humanidade, muito mais do que um clássico da ficção-científica, estamos diante de obra de arte da literatura, em estilo, filosofia e prosa!
Desfecho questionável, haveria outra maneira de conciliar tais mundos, mesmo para quem ficou entre eles, espremido na diferença entre seus semelhantes?
Definitivamente a obra ficará gravada, bem lá no íntimo, para outras tantas futuras digressões, análises e perguntas, pilar para desenvolver ideias e vislumbrar o futuro (ou o passado).
Do alto de seus 80 anos, participa do rol dos poucos exemplares de lucidez capazes de captar uma existência atemporal, eterna, tratado com sábia simplicidade e clareza.
Oh, admirável mundo novo!
Terminei
Avaliação : 5
Nenhum comentário:
Postar um comentário