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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Bom Jesus e o Infame Cristo - p.181

Sutis intervenções na narrativa bíblica procuraram dar uma versão mais bem amarrada dos fatos.

Mesmo com a desconfiança recente, e a insistente reprodução de textos e episódios conhecidos, a narrativa apresentou algo a mais nos últimos trechos.

Ficou mais clara a distinção entre as personagens, uma figura histórica, mais humana e outra de ideais, fundadora de uma nova cultura.

Ao término deste quase conto, o novo enfoque é capaz de levantar algumas reflexões, mesmo que suavemente.

Ainda me questiona da sutileza do autor, intencional ou inevitável, mas com grande propriedade e conhecimento da mensagem bíblica e seus escritos.

Quantos direcionamentos e influências foram necessários para a permanência milenar dessa figura?

O livro se revela astuciosa fábula baseada em história real, merecedor e provedor de alguns bons momentos de leitura.

Terminei
Avaliação : 4

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O Bom Jesus e o Infame Cristo - p.89

Apesar da separação do Salvador em duas personagens, o fato não agrega muito ao enredo.

Ao menos até o momento, o que lemos é uma grande reprodução dos textos bíblicos, de maneira rápida e sintética.

Com capítulos bem concisos, estamos revendo a história do Messias sem grandes novidades, com a predominância de um dos irmãos.

Posso estar perdendo alguma coisa, mas as pequenas especulações, invenções do texto, pouco surpreendem ou inovam.

Espero que a situação mude nas próximas páginas, trazendo algo inusitado.

Caso contrário, terei lido um singelo resumo das passagens bíblicas.

Parei na página 89
Avaliação : 3

O Bom Jesus e o Infame Cristo

Começo divertido para essa paródia da história cristã.

Iniciada antes do nascimento das duas supostas crianças, relata com bastante precisão os fatos registrados.

A separação entre os dois protagonistas é irônica e bem bolada.

É apenas o começo da leitura, mas promete momentos divertidos.

Parei na página 25
Avaliação : 4

domingo, 26 de dezembro de 2010

Asimov's Science Fiction Magazine

Com um prefácio ilustrativo, somos apresentados a essa homenagem para um grande legado da ficção científica.

Apresentando a linhagem de editores da revista, conhecemos de maneira sintética célebres promotores da área e seu trabalho.

O primeiro conto é uma ficção futurista, ambientada numa humanidade geneticamente decadente.

Sombrio amanhã resolvido com recursos do passado ainda saudável.

Semeia algumas reflexões...

Parei na págin 32
Avaliação : 4

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Além do planeta silencioso - p.240

Quem diria os lugares mais distantes e inóspitos estão ligados a nossas origens!

O próprio destino do protagonista está intrinsecamente conectado com a história da humanidade.

Encontramos um desfecho sem grandes surpresas, mas um tanto inesperado, sem deixar muitas pontas para continuação.

Certas revelações e enfoques da narrativa também se mostram um pouco inusitadas.

Um bom livro, com leitura agradável e divertida, mas sem grandes entusiasmos.

Vale a pena conhecer essa outra interessante face do autor.

Terminei
Avaliação : 4

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Além do planeta silencioso - p.158

Até o mais estranho pode ser tornar surpreendentemente familiar, apenas com um pouco de confiança.

Entender todas as novidades apresentadas faz o protagonista repensar muitos valores e se interessar por diversos aspectos das descobertas.

Em meio à história, em alguns poucos pontos, o autor nos premia com questões filosóficas, sementes para reflexão permanente.

Os rumos da narrativa continuam em desenvolvimento, ganhando um aspecto mais monótono neste momento, já sem tantos mistérios a desvendar.

Única dúvida a pairar, qual será o destino reservado a esse viajante inesperado, em lugar tão distante?

Parei na página 158
Avaliação : 4

Além do planeta silencioso - p.113

Explorar o desconhecido sempre será dos melhores temas para a aventura humana.

O problema se agrava quando confrontamos a situação contra a nossa vontade.

Capítulos bem dimensionados e narrativa intensa marcam a apreciação dessa obra.

A construção de cenários e ambientes é rica o suficiente, sem ser enfadonha, apesar de pouco vinculada à fidelidade científica.

Chegamos a algum limiar do conflito, com posições mais claras e definidas, ao menos no que tange as impressões do protagonista.

Parei na página 113
Avaliação : 4

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Além do planeta silencioso

Começa emocionante a aventura do protagonista, com desenrolar rápido e tumultuado.

A narrativa é deliciosa e faz qualquer um querer conhecer o próximo passo.

Depois de algumas dúvidas iniciais, o enredo já ganhou mais contornos e definições.

Vários rumos podem surgir, mas o texto aponta para um caminho de expectativa, mas sem grandes surpresas.

Espero ser surpreendido...

Parei na página 49
Avaliação : 4

sábado, 18 de dezembro de 2010

O Olhar - p.495

Breve até demais o ensaio sobre a visão da loucura, o olhar-louco dos insanos e dos sãos em olhá-los.

Pautado em Guernica, na Segunda Guerra e em pouco de Hamlet, refletimos sobre os desvios da normalidade.

Em seguida, somos convidados a refletir sobre as visões do olhar apaixonado, por alguém ou pelo poder.

Em ambos os casos imagens da apreensão, da busca da posse e satisfação.

Já o terceiro texto da sequência trata do olhar na psicanálise, a começar pela própria conduta do psicanalista e sua fuga da visão em sessão.

Discussão sobre as relações de sua postura com os próprios fundamentos de sua ciência, além dos possíveis indícios da própria psique de Freud.

Ver e ser visto, captura de almas e gestos que percorrem toda a história desta ciência e seus pilares.

Passamos então aos olhos do poder e sua intensidade no controle através da observação.

Por fim, para fechar a obra, um discurso sobre a televisão, um dos ícones máximos da visão moderna, e seus efeitos sobre a cultura.

Em épocas pré-Internet, observamos preocupações similares com as influências da novidade tecnológica e suas consequências no desenvolvimento humano.

O presente volume da coleção corrobora com os demais em sua composição, alternando qualidades e intensidades, mas garantindo uma cobertura média da discussão do assunto com muito boa qualidade.

Terminei
Avaliação : 4

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Olhar - p.424

O cinema como manifestação da arte do olhar e suas artimanhas em simular a realidade.

Todo obra é manifestação de um ponto de vista, um ângulo de observação da vida, expresso em fotogramas e estilos.

Em continuação, o próximo texto apresenta a perspectiva do espectador, o outro lado da interação da obra cinematográfica.

Com certa ênfase em Fellini, sua obra é utilizada como parâmetro para o entendimento desta relação e suas buscas.

Coincidência ou não, continuamos com uma análise de Antonioni, um dos mais visuais cineastas, segundo o articulista.

Através de sua obra nos defrontamos com uma metáfora da evolução das artes visuais, em especial a fotografia e o cinema.

Por fim, somos guiados pelas aventuras do olhar da sedução, com suas consequências na psique humana.

Imagens presentes e atuantes na construção de nossos arquétipos e neuroses, já tão descritas e analisadas por grandes psicanalistas.

Parei na página 424
Avaliação : 4

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Olhar - p.366

Fernando Pessoa, com suas muitas faces e identidades, possuía também distintos olhares.

Independentemente da personalidade a discursar, o olhar foi tema recorrente em sua obra, cada alterego com sua ótica.

Multiplicidade de visões que sugerem conseguir abarcar todas as possibilidades da percepção humana, da mais sombria a mais clara.

Continuando, somos apresentados a um texto com compilações de ideias a respeito do tema.

Não fica muito claro o motivo da opção desta construção, revelada um tanto desconexa, após a leitura.

Resvala sobre a relação do viajante e o olhar, sua similaridade na inconstância do deslocamento.

Para terminar, uma excelente apresentação das características do olhar contemporâneo e seus ciclos.

As repetições de ícones culturais uniformizam nossa visão, despersonalizam e removem detalhes.

Somente o olhar do estrangeiro é capaz de enxergar outros ângulos, outros cantos e revelar alguma novidade, se é que há.

Como manifestação deste fenômeno, é citado o cinema, expressão imagética das reinvenções, ou recompilações, do cotidiano uniforme.

Parei na página 366
Avaliação : 3

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Olhar - p.326

Um longo dia, com muita espera, muitas filas, muito transporte público, ao menos permite um considerável avanço no livro.

Primeiro artigo, arquitetura e o simulacro da civilização, nos mostra seu lado além da visão, tátil.

Se concentra no movimento moderno, com foco especial no expoente veneziano e seus participantes.

É bem interessante a contextualização vinculada a W. Benjamin e Baudrillard, inclusive com a citação do conceito da arquitetura obscena.

Em seguida, o tema são os visionários, aqueles com visão ampliada, muito além.

Sejam eles sacro profetas gregos ou entorpecidos filósofos modernos, todos têm sua observação deslocada no tempo.

Curiosamente o texto inicia com um foco na visão mística, inspirada e filosófica, mas termina concentrada na visão alterada pelos alucinógenos.

Depois, o próximo texto apresenta a visão na obra de Pe. Antonio Vieira, com toda sua importância e significado.

Visão humana, carregada de culpa, pecado, tentação constante à alma humana.

Ou então, a visão divina, sublime em olhar para sua criação e correspondê-la.

Enfim, ao término do trecho de hoje, a visão existencial narrada na Divina Comédia.

Dante e Virgílio delegam-nos sua percepção dos caminhos da vida e morte, seus valores e sua ética.

Foram diversas materializações do olhar, em diversas vertentes e épocas, demonstrando a imensa extensão possível do assunto.

Parei na página 326
Avaliação : 4

domingo, 21 de novembro de 2010

O Olhar - p.256

Ferreira Gullar, com toda poesia em seu discurso, conversou sobre o barroco e suas características.

De maneira descontraída conduziu os ouvintes em uma reflexão sobre as ideias do movimento e suas motivações.

Caminha até concluir sua opinião da representação do barroco em Niemeyer e sua obra.

Vai além, afirma que o próprio brasileiro é barroco em sua essência.

Jeito descontraído e divertido de discutir um assunto que poderia ser sisudo, sem perder a profundidade.

O texto seguinte descreve e analisa a obra de Manet.

Suas marcas cromáticas, sua técnica e visão da pintura, expressões do impressionismo da época.

Somos apresentados também à sua relação e intersecção com o pensamento de Baudelaire.

Finalmente, no terceiro artigo, conhecemos um pouco sobre o movimento impressionista, com foco especial em Seurat.

Reflexos da mudança comportamental e cultural advindas com a ilustração.
Parei na página 256
Avaliação : 4

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Olhar - p.216

Percepção ligada à criação é apresentada em um texto a destilar o entendimento das artes.

Pautado na pintura e na arquitetura, o articulista descreve sua observação de inúmeras obras, ensinando-nos um pouco sobre como olhar, avaliar, apreciar a expressão artística.

Contextualiza a observação com o momento cultural e histórico de cada criador, comparando frequentemente temas idênticos representados por autores de épocas distintas.

Delicioso passeio pela história das tintas e cinzéis, transmitindo significativamente o prazer do autor do texto pela contemplação das obras de arte.

Em contraponto, o texto seguinte trata praticamente do mesmo tema, a análise crítica das belas artes, porém com um viés muito mais sisudo e acadêmico.

Apresenta a disputa das diversas correntes entre cor, luz e desenho, com suas referências e autores.

Rico e detalhado, o texto acaba bem mais enfadonho, ao menos para não-iniciados nestas áreas da academia, como eu.

Parei na página 216
Avaliação : 4

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Olhar - p.164

Partindo da distinção entre Ilustração e Iluminismo, o texto seguinte apresenta o olhar do movimento da razão.

Busca identificar universais deste movimento, ou nos cíclicos movimentos ocorridos em nossa cultura.

Luz necessária para maior clareza e entendimento de nossa condição existencial.

"O que vê e o que é visto", "é preciso olhar corretamente o que se quer ver", manifestações da compreensão sobre a função do observar.

Para a discussão seguinte, o olhar e a mão, relação das expressões concretas de nossa visão.

Mãos que transformam ideias em objetos palpáveis, tocáveis, acessíveis ao nosso desprestigiado tato.

Observando as artes da tapeçaria e pintura, discutimos as muitas visões grafadas pelos artistas.

Jogos de luzes, tons e texturas, além de ícones culturais, que cantam as experiências e opiniões através das artes plásticas.

Parei na página 164
Avaliação : 4

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Olhar - p.124

Somos surpreendidos por um breve e raso resumo de uma palestra.

Em linhas gerais, mais uma apresentação da história evolutiva do conceito de olhar, com foco na concretização do objeto de observação.

Em seguida, a discussão se move para a memória, nossa olhar através do tempo, um rever contínuo.

Somos feitos e pautados por nossos lembranças, em especial aquelas dos lugares em que vivemos.

A argumentação segue sobre a importância de seu cultivo e influência mesmo dos objetos presentes nos locais de nossas recordações.

Observamos a relevância de nossas cidades, ou equivalentes, na constituição da cultura humana.

Pena que o articulista termine em uma infrutífera manifestação anti-McDonalds.

Parei na página 124
Avaliação : 2

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Olhar - p.88

O olhar influenciando nossa formação do conhecimento, nossa acepção do mundo e evolução.

Reflexão revelada na cor, na forma, na luz, perceptível manifestação do mundo ao redor.

No artigo seguinte tomamos contato com mais uma revisão da presença do tema olhar na história do pensamento humano.

No início do texto há um comentário interessante, uma referência sobre certa dependência anatômica humana da visão, fruto de sua evolução orgânica.

Até o momento, o livro apresenta certo remoer do tema, com pequenas nuances de perspectiva, denso, de digestão lenta.

Parei na página 88
Avaliação : 4

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Olhar - p.43

Começamos o livro com um artigo sobre o olhar e sua relação com o saber, referência feita por muitos filósofos.

Luz associada diretamente ao conhecer ou relacionada a não ser ingênuo?

O autor analisa um pouco do pensamento de Platão e Descartes para tentar 'iluminar' o assunto.

Já no artigo seguinte, um tanto em continuação, somos assolados pelas inúmeras referências ao olhar em nosso cotidiano.

Com interessantes e infindáveis etimologias associadas, a autora nos expõe a intensa relação que temos com a visão.

Das mais óbvias expressões às jamais suspeitas de parentesco, somos conduzidos por delicioso passeio nas concepções filosóficas e suas raízes linguísticas.

Partindo destes sinais, vamos conhecendo seu desenrolar no pensamento humano, podendo até compará-los com o envolvimento de outros sentidos na nossa expressão.

Parece que até o final do artigo mais seremos surpreendidos por mais alguns argumentos inesperados.

Parei na página 43
Avaliação : 5

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Olhar

Assim como nos outros volumes da série, somos recebidos por um prefácio do organizador, a apresentar os diversos pontos da discussão adiante

Obviamente, trataremos o olhar em muitos aspectos, como sentido físico, ponto de vista ou interferência em nossas questões filosóficas.

Fato é que somos seres permeados pelo olhar, imersos num universo de imagens, imprescindíveis a nossa percepção do mundo.

Explorar esse sentido, às vezes expresso como sentido da paixão, pode nos desafiar a mudar nossa visão.

Aguardemos as visões que hão de vir...

Parei na página 20
Avaliação : 4

Criação Imperfeita - p.368

Para conclusão da obra, Gleiser preparou mais preciosas descrições sobre a particular e rara condição do aparecimento da vida.

As últimas páginas estão repletas de reafirmações da ideias presentes por todo o livro.

Há uma aura até ambiental, ecológica, em suas considerações finais, uma alerta sobre a emergência na tomada de atitudes.

Seu domínio sobre o discurso permitiu uma bem controlada apreciação do trabalho apresentado.

Ode à natureza, ao universo e ao trabalho científico, suas presentes páginas transformam seu leitor, colocam dúvidas, incômodos e reflexões pertinentes.

Terminei
Avaliação : 5

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Criação Imperfeita - p.318

Continuamos a perseguir as assimetrias até podermos analisar sua colaboração na formação da vida.

Reconhecemos no mecanismo de mutação do DNA, crucial para a evolução das espécies, a imperfeição necessária ao processo.

Adentramos a última parte do livro com a discussão sobre a beleza do impreciso.

Tão difícil e rara a nossa existéncia que nos torna especiais, sem qualquer motivação sobrenatural, divina.

Ao assumirmos nossa raridade, o frágil equilíbrio de condições que nos viabiliza, conscientizamo-nos da importância de cuidar.

Como já havia avisado o autor, esta última parte é bem mais acessível ao público leigo.

Aguardo ansiosamente o desfecho do livro.

Parei na página 318
Avaliação : 5

Criação Imperfeita - p.274

Após uma breve, mas completa, descrição da gênese do nosso planeta, partimos em busca das evidências da assimetria da vida.

Observamos as particulares condições necessárias para a criação de nosso ambiente.

Precisamos até mesmo definir o significado de vida, algo bem mais fácil de descrever e reconhecer do que especificar.

O autor nos apresenta as teorias concebidas durante nossa história para o surgimento da vida, refutando boa parte delas frente a indiscutíveis evidências.

Desembarcamos finalmente nos estudos de Pasteur, seus vinhos e seus micro-organismos.

Primeiro cientista a identificar e afirmar a assimetria presente nas formas de vidas que conhecemos.

Parei na página 274
Avaliação : 5

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Criação Imperfeita - p.220

O fascinante mundo das partículas elementares é assunto para inúmeros volumes escritos.

Nosso autor consegue fazer um aprazível resumo de algumas páginas, capaz de discorrer sobre esse minúsculo ecossistema.

Em seguida, discute sobre diversas evidências das assimetrias presentes na natureza, dando especial atenção a alguns casos, como os neutrinos.

Sua conclusão desta parte traz resposta inevitável da essencialidade da assimetria para nossa existência.

Descrevendo descobertas pessoais, ele nos conduz a tal primordial conclusão, ensinando-nos a ver a beleza da imperfeição.

Difícil é aguardar a continuação desta viagem.

Parei na página 220
Avaliação : 5

Criação Imperfeita - p.172

Pautado na geometria cósmica e a homogeneidade da distribuição da matéria, o autor descreve as várias soluções aventadas pela física moderna na tentativa de solucionar tais questões.

O final da segunda parte fica bem denso, permeado de conceitos elaborados da ciência.

Mesmo com toda a clareza de Gleiser, é matéria que pode deixar bastante assunto inalcançável, mas o desafio do entendimento se torna combustível para mais leitura.

Por fim, a mensagem de nossa limitação de visão é indiscutível e extensamente exemplificada.

Chegamos à parte III, versando sobre nossa noção de simetria e sua presença na natureza.

De forma mais palatável, entramos na física de partículas, com todas suas características simétricas e teorias, até chegarmos à assimetria entre matéria e antimatéria.

Tentar desvendar as motivações deste fenômeno é o gancho para os próximos capítulos.

Vale prestar atenção no aviso de mais pedreira pela frente.

Vai ser divertido!

Parei na página 172
Avaliação : 5

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Criação Imperfeita - p.116

Termina a primeira parte com o fim da pesquisa sobre Kepler e mais um causo para celebrar sua admiração.

Chegamos ao começo do desafio científico, ou ao disparar da teoria universal e a busca incessante pela grande simetria.

A segunda parte se mostra repleta de conteúdo científico e apresentações da história do conhecimento físico.

Gleiser traduz com maestria e clareza conceitos complexos da ciência contemporânea, para pontuar a evolução das explicações da natureza.

Nos pontos semeados percebemos a construção de um bem arranjado discurso, guiando-nos a interessantes caminhos renovados.

Apesar da clareza e acessibilidade do autor, fico em dúvida do quanto palatável é para um público não iniciado.

Se bem que ele nos avisa sobre as dificuldades nas partes centrais do livro, logo nas instruções iniciais.

Parei na página 116
Avaliação : 5

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Criação Imperfeita

A Teoria do Tudo pode ter origens similares às crenças religiosas?

Manifestações do pensamento humano acabam por possuir estruturas e motivações comuns, terminando por nos influir em nossas visões.

Somos reféns de nossa visão e queremos sempre enxergar além de nossos muros.

Uma breve introdução do autor aponta seu direcionamento lógico, aponta o mapa de nossa trilha.

Na obra contamos até com um bem explicado manual de utilização, adequando objetivos aos diferentes públicos.

De início, origens da experiência pessoal do autor, com impressionante identificação da gênese de sua vocação investigativa.

Paralelos feitos com a história da ciência, somos provocados a perceber similares surgimentos na aurora do conhecimento científico.

Até agora fomos dos gregos a Kepler, numa prazerosa revisão desta história, pontuada de maneira excelente.

Instigante início para uma viagem guiada, com um ótimo monitor em nossa companhia.

Parei na página 62
Avaliação : 5

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.483

As bacantes continuam a fundamentar nossa análise de contraposição entre paixão e razão.

Para os gregos havia a tendência de preferir vitória da razão.

Acabamos por encontrar a razão louca e a razão sábia, discutidas a partir da visão freudiana.

Seria possível abolir as paixões de toda a experiência humana?

No texto seguinte, começamos com a apresentação de três conteúdos: o conto arcaico de Chapeuzinho Vermelho, a lenda do código do amor cortês e o Mal-estar da cultura, de Freud.

Mote da discussão, o domínio das paixões: dominamos ou somos dominados?

A começar pelo narcisismo infantil e passando pelos sintomas da castração, discutimos a presença e influência das paixões em nosso cotidiano.

Acompanhemos o desenrolar da dissertação que parece promissor...

Parei na página 483
Avaliação : 4

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.447

Quando surgiu o amor-paixão?

Depois de tantas versões da paixão, encontramos um texto para investigar o sentido mais comum.

Vindo do século XVIII, com Stendhal e sua investigação das origens do sentimento, observamos a transformação do enfoque dado às relações amorosas.

Migração do externo para o interno, com a mesma intensidade ocorrida com o escritor daquele tempo.

Na continuação, a dicotomia entre razão e paixão, analisada de volta às origens: os gregos.

Fundado em "As Bacantes", o articulista distingue personagens entre os dois mundos, racional e passional, com a apresentação extensa da história.

Entre os adeptos de Dionísio e seus opositores, as tensões presentes, com castigos e prêmios, para a realização das paixões humanas.

Continuemos e acompanhemos o destino desta disputa...

Parei na página 447
Avaliação : 4

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.416

Liberdade motor de muitas paixões é apresentada através da iconografia presente na pintura.

Mais precisamente, o articulista analise obras de pintores europeus dos séculos XVII a XIX, como Delacroix.

Através da leitura de seus quadros, ele aponta os indícios de elementos sócio-culturais envoltos neste universo apaixonado.

Dores, desejos, glória e morte expressos em tintas e traços, ocultos nas diversas camadas impressas nas imensas telas.

Ao final, um excerto do debate, ilustrador das questões suscitadas pela apresentação.

Além disso, uma pequena e interessante reprodução das obras mencionadas, permitindo acompanhamento e esclarecimento dos detalhes apontados.

Parei na página 416
Avaliação : 4

sábado, 2 de outubro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.376

Édipo em Colono é analisado completamente até o término do artigo, fazendo as respectivas interpretações da cultura grega.

Preso à observação da justa medida presente na obra, o autor avança pouco em outros temas.

Difícil perceber onde se encaixa tal análise no tema das paixões...

Por outro lado, o texto seguinte nos apresenta Lou Salomé e sua intensa paixão pela vida.

No convívio com grandes nomes do pensamento filosófico, ela influencia e contribui através de sua ação e opiniões.

Paixão intensamente vivida, percorre um caminho que leva a dor pelo inconciliável, da realidade e seus mundo de anseios.

Parei na página 376
Avaliação : 4

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.339

Édipo-Rei confrontado com Freud inicia a discussão entre as ideias da mitologia e da psicologia.

Expostas suas incongruências e coincidências, vamos perpassando diversos princípios da ciência da psique.

Vasto apanhado de muitas linhas de pensamento psicológico, é ilustrador e motor para outras tantas reflexões.

No artigo seguinte, Édipo em Colono é o mote para discorrer sobre as paixões humanas, sobre suas motivações.

Com a apreciação da peça de Sófocles, relato de outro período édipico, luzimos o confronto com a realidade e suas exigências.

Discutida a justa medida grega, o autor avalia os inúmeros indícios deste valor na peça grega.

Vejamos onde vai terminar...

Parei na página 339
Avaliação : 4

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.306

Etimologia para começar e relembrar as origens da paixão.

Do germe da passividade à transformação moderna do sentimento, ficamos com o impacto da sujeição inerente às paixões.

De lá para a análise da paixão em Clarice Lispector manifestada em seus textos.

Escolha óbvia, a análise é centrada em 'A paixão segundo G.H.' e os reflexos entre autora e personagem.

Sujeição em muitos sentidos e ângulos diferentes, com direito a comparações com Guimarães Rosa e suas paixões.

Em seguida, a paixão da poesia através dos olhos de um poeta apaixonado.

Amor às letras até a defesa viril de sua arte e suas nuances.

Poeta que transborda poesia mesmo na prosa de seu discurso.

Texto solto, livre como a fala, com direito a transcrição do debate final com a plateia.

Parei na página 306
Avaliação : 4

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.268

Frequentemente podemos estudar um assunto através da observação do seu entorno, ou suas consequências e manifestações.

Os dois presentes artigos fazem isso com a paixão, analisando sua presença na obra de dois célebres autores.

No primeiro, o ciúme manifesto em Shakespeare através de Otelo, revela as nuances da sociedade àquela época.

As interpretações da obra inglesa por Rossini e Verdi dão o tom para a análise de duas abordagens diferentes, duas visões, duas compreensões do antigo bardo.

Claramente as vivências dos dois são muito diferentes, da psicologia interna ao contexto social, produzindo pérolas artísticas com enfoques bem distintos.

No texto reluz uma paixão mais preemente, do articulista pela ópera e sua apreciação.

Provavelmente sem intenção, acabamos por apreciar outra manifestação das paixões...

Já o segundo texto trata da paixão pela realidade presente na obra de Pasolini.

Uma vida de insistência na busca do real e na constestação das nulidades mundanas.

Parei na página 268
Avaliação : 4

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.228

Tristão, Wagner, Nietzsche, Caetano e Gil, definem a trajetória da presente dissertação.

Originando na apresentação do mito de Tristão e Isolda, o autor percorre toda a história com observações suas, e de outros, na interpretação do texto.

Cientes do intricado jogo das paixões medievais, e das mudanças da relação amor-paixão do período, observamos a concepção da obra wagneriana.

Diante destes valores, tentamos compreender a inconstante relação do compositor com o filósofo niilista.

Do cetismo do nada aos bons ventos tropicalista, terminamos com menções das letras de músicas instigantes sobre o amor.

Falando em paixões, este é daqueles momentos para se apaixonar pelo pensar...

Parei na página 228
Avaliação : 4

domingo, 19 de setembro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.194

Continuamos e terminamos com Montaigne, sobre suas reflexões a respeito da amizade e descrições de suas relações com amigos.

Rodeamos o assunto, olhamos por muitos vieses, mas o autor parece fugir de uma definição final.

Apesar do entusiasmo que demonstra com seu relato, ele não consegue entusiasmar da mesma maneira.

Os livros desta série têm disso mesmo, altos e baixos, mais e menos reluzentes textos, valendo mesmo a experiência de participar e garimpar, uma joia aqui, outra lá.

Parei na página 194
Avaliação : 3

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.174

"As paixões são aquilo que literalmente vem perturbar a ordem da razão".

Analisando o mito de Ulisses, o autor percorre a odisseia humana da consciência.

Suas agruras e desafios intricados nos signos presentes no livro de Homero.

Delícias e perigos do canto das sereias da tentações do mundo.

Em seguida, um breve tratado sobre a amizade, baseado nas ideias de Montaigne.

Amizade definidora do homem, em sua identidade e não apenas uma relação.

Até o momento, o articulista desfila citações e referências, percorrendo as entranhas desta emoção.

Parei na página 174
Avaliação : 4

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.140

Honra e glória, principais paixões humanas, segundo o autor do presente artigo.

Ele analisa as características de tal ânsia mundana e seu processo de depreciação.

No decaimento de seu valor, a passagem da honra da nobreza para a glória da celebridade.

Seguimos para o próximo texto sobre a inveja e sua relação com as paixões.

Primeiro, aprendemos a distinguí-la da admiração, do desejo e afins. Somos guiados à suas raízes na psicologia humana, pautados pela leitura inicial de um trecho de Clarice Lispector.

Culminamos no narcisismo inerente a qualquer homo sapiens, fonte inata de muitas das nossas causas.

Ao fim, após repassarmos as mesmas linhas da escritora, lemos sob nova luz e podemos constatar o quão árdua é a miséria da cobiça.

Parei na página 140
Avaliação : 4

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.106

Adentramos no reino de Platão e suas discussões sobre os amores.

O articulista começa com observações a respeito da formulação metodológica do filósofo.

Em grande parte, a maneira platônica de filosofar estava preocupada com a forma de fazê-lo, bem mais do que com o conteúdo, residindo aí importante contribuição.

Quanto ao amor, mesmo com a herança grega dos muitos amores, o discípulo de Sócrates acaba por apresentar a unicidade entre as muitas manifestações do eros.

De suas diversas motivações às quase recorrentes conclusões, sobra-nos a visão da função de ascese deste sentimento/ente.

Parei na página 106
Avaliação : 4

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Os Sentidos da Paixão - p.76

E o medo surge enredado no jogo das paixões, principalmente nas relações de poder e dominação.

Pautada nas ideias de Espinosa, a autora destrincha a evolução dos temores e tremores, das tensões entre dominadores e a plebe.

Assim como em outros de seus artigos, presentes nos demais volumes da série, a articulista despeja referencias abragentes sobre seu tema, diria até "por demais abrangentes".

Ilustra plenamente o assunto, mas agradaria um pouco mais de objetividade, de concisão.

Por outro lado, talvez falte a mim profundidade ou ilustração nos meandros desta academia...

Parei na página 76
Avaliação : 3

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Os Sentidos da Paixão

Na introdução, uma breve exposição das motivações do livro, das perspectivas de discutir a paixão em tempos modernos.

O primeiro artigo inaugura a série de textos com a conceituação do termo.

Suas raízes humanas e as visões das diversas linhas de pensamento sobre o assunto.

Chego a ficar confuso com relação às diferenças com o desejo, tema de outro volume da série, que em muitos momentos se preocupou em distinguir arduamente tais conceitos.

Para continuar, o texto seguinte começa com a apresentação da cultura do medo, em todas as suas nuances e expressões.

Vejamos no que isso se relacionará com as paixões...

Parei na página 45
Avaliação : 4

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Arquitetura da Linguagem - p.106

A sequência de perguntas exercitou um pouco mais os detalhes do pensamento de Chomsky.

Deve ter sido bem interessante estar presente à palestra, mas a compilação das questões pode fornecer mais alguns ganchos para novas leituras.

O universo deste pensador se estende por tantos ramos que é difícil se ater a um simples segmento.

Ao final, o livro é uma excelente compilação de suas ideias, permitindo um sobrevoo panorâmico para os iniciantes e um compêndio de orientações e sugestões de pauta para os iniciados.

Terminei
Avaliação : 5

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Arquitetura da Linguagem - p.72

Logo de início, Chomsky faz questão de explicitar que o objetivo é discorrer sobre linguagem e não sobre ativismo.

Ainda assim, despende algumas linhas para comentar a relação entre a linguagem e o social.

Em seguida, apresenta brevemente as supostas raízes da linguagem humana, bem ao seu estilo naturalista.

Destaca a unicidade da espécie homo sapiens como dotada de tal capacidade e postula o órgão da linguagem, bem como meios para possivelmente evidenciá-lo.

Vemos então a bela apresentação da estrutura da linguagem e seu estudo científico, como elemento inato e característica universal de nossa espécie.

A apresentação é suficiente para informar qualquer pessoa interessada no assunto, dando uma visão bem ampla sobre as ideias do cientista.

Ao mais profissionais, mais envoltos na área, um bom número de notas de rodapé apontam referências destinadas ao aprofundamento no tema.

Na segunda parte, começam as perguntas, sendo muitas delas num tom até provocativo com o autor.

Com certo bom humor, as respostas são deliciosas de ouvir, caminhando sistematicamente para o foco do assunto.

Leitura saborosa, cheia de estímulos para novos voos no pensamento deste mestre.

Parei na página 72
Avaliação : 5

História da ciência no Brasil 3 - p.98

Após três volumes a conclusão permanece: apesar de todo potencial, nosso país fica sempre a um passo de realizar o sonho científico.

Talentos e muita vontade existem desde o descobrimento, mas a descontinuidade nos investimentos e a estrutura social da nação emperram o progresso substancial.

A melhora no cenário econômico poderá beneficiar os horizontes da comunidade científica, em consonância com outros avanços pelo país.

Uma visão menos pragmática é primordial para definir nosso futuro, mas será capaz de sobrepujar toda nossa herança cultural?

Terminei
Avaliação : 4

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Arquitetura da Linguagem

Tudo começa com uma introdução que apresenta as linhas gerais do trabalho.

Das competências de Chomsky às suas particularidades, somos instigados pelos aromas anunciados.

Por se tratar de um trabalho de transcrição, o método de execução é minimamente descrito para podermos avaliar as futuras linhas.

A introdução cumpre seu papel e consegue nos deixar curiosos pelo que há de vir.

Parei na página 14
Avaliação : 4

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

História da ciência no Brasil 3 - p.70

Apesar de toda capacitação, apesar de todo o recurso humano, o sucesso da pesquisa brasileira fica apenas para o futuro.

Vivemos a constante esperança de um dia estarmos desenvolvidos tecnologicamente, mas vemos somente picos de evolução, sem continuidade.

área de informática, foram relatadas os desacertos nas prospecções dos objetivos escolhidos.

Para a produção de energia nuclear, ou domínio de tecnologias relacionadas, a falta de coesão nos rumos estabelecidos.

Em destaque, o sucateamento de nosso parque tecnológico e o estrangular do financiamento das pesquisas durante a gestão Collor.

Será que nossas perspectivas ainda estão vinculadas à cultura pragmática e exploratória de uma ex-colônia européia?

Parei na página 70
Avaliação : 4

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

História da ciência no Brasil 3

Começa com um longo primeiro artigo, mais de um terço do volume, o final da série sobre a ciência no Brasil.

Sua extensão é consequência dos amplos objetivos de resumir todo o período.

Conturbado período, influenciado por crises econômicas e políticas, gerando grandes variações nos fluxos financeiros destinados à pesquisas.

É bem verdade que a contínua dissociação entre a iniciativa privada e a pública sempre geraram distensão na evolução de nossa ciência e tecnologia.

Ainda assim, são significativos os avanços nas áreas de siderurgia, petroquímica, agrociência, nuclear e astronomia, fruto do empenho e brilhantismo de nossos cientistas.

Parei na página 42
Avaliação : 4

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Divergência - p.286

Terminado o volume, a expectativa é confirmada: temos que continuar a ler os próximos, pois foi apenas mais uma parte.

Várias arestas foram deixadas para a produção posterior de mais enredo.

Devemos convir que as personagens passaram por mudanças significativas, se transformaram a olhos vistos (ou lidos :)).

Conflito mais intenso ocorreu, uma legítima batalha, corpo a corpo, com reflexos imprevistos.

Nas últimas páginas, um tom meloso surgiu, um tanto destoante do contexto geral, das personalidades e suas experiências.

De qualquer forma, é boa ficção científica, apenas estendida um pouco demais.

Terminei
Avaliação : 4

domingo, 22 de agosto de 2010

Divergência - p.204

Finalmente a história dos Construtores é revelada, mesmo que ainda não se tenha feito contato.

Ares de guerra surgem no encontro entre as três espécies escolhidas, com a participação da mítica e extinta que ressurgiu.

Na situação de confinamento, todos repensam e se preparam para os desfechos que surgem ou se sugerem.

Sinto que não será neste volume que as tramas estarão definitivamente delienadas, muito menos encerradas.

Os volumes da série são apenas uma divisão puramente física de uma obra mais extensa, com mais de mil páginas.

Parei na página 204
Avaliação : 4

sábado, 21 de agosto de 2010

Divergência - p.193

Diversos interesses conduzem à busca pelos Construtores, em grande parte conflitantes.

Mais personagens próximas a estes criadores galáticos começam a surgir e prover alguma luz sobre certos mistérios.

Parece que há algo relacionado às três principais espécies, um destino ou missão comum, está bem perto de ser anunciado.

As tramas e personagens tornam a se ajuntar, partilhando de narrativa e experiências.

Mal posso esperar pelos próximos capítulos...

Parei na página 193
Avaliação : 4

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Divergência - p.143

Finalmente, após tantas páginas em dois volumes, um primeiro contato com alguém próximo aos construtores.

Alguma pista ou orientação deve sair deste contato, para desvendar alguma informação mais certeira sobre estes engenheiros do universo conhecido.

O passado dos personagens cria mais alguns mistérios que podem influenciar no rumo da história.

Elementos de ficção científica bem fundamentados na ciência aparecem em todos os cantos, mantendo prazerosa a leitura e garantindo a diversão.

Parei na página 143
Avaliação : 4

Divergência - p.100

Próximos de descobrir algo revelador sobre os construtores, ainda não temos noção alguma dos possíveis desfechos que a aventura trará.

É um momento mais focado da história, concentrado em poucos personagens e um único lugar.

Certas pendências, vindas até do primeiro volume, são agora resolvidas, desvencilhadas, para enroscar ainda mais a trama.

Continuam as descrições de espécies, com toda riqueza de detalhes e inspiração na ciência de verdade.

Ritmo e interesse mantidos, nos resta continuar e descobrir o que há por vir...

Parei na página 100
Avaliação : 4

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Divergência

Começa em excelente ritmo a continuação da pequena saga intergalática em busca dos segredos dos Construtores.

Nas primeiras páginas, de maneira muito elegante, o ambiente e personagens existentes são recapitulados, permitindo a leitura isolada deste volume.

As célebres citações da enciclopédia galática continuam, agora centradas na descrição dos seres presentes e catalogados neste universo.

Refletindo a leitura atual, me dei conta de um certo excesso de personagens principais, de tramas paralelas, algo incômodo também no primeiro volume, mas ainda um tanto inconsciente.

Mesmo assim, é divertido e aguardarei o desenrolar deste promissor início...

Parei na página 54
Avaliação : 4

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Meu Velho Centro - p.160

Triste é a degradação do Velho Centro, principalmente aos olhos de um morador apaixonado pelo seu lugar.

O tom jornalístico, com a apresentação de soluções e informações sobre a região, dá esperança de seu reavivamento.

Esperança de quem deixou e ganhou marcas pelo local de tantas recordações, detalhadas carinhosamente na memória afetiva do autor.

Suas lembranças nos faz querer recapitular as nossas, compará-las para descobrir se são tão ricas quanto aquelas.

Depois do passeio entre frases, palavras e descrições, deixamos anotado na agenda uma visita para aspirar tais ares, repletos de novas associações.

Terminei
Avaliação : 4

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meu Velho Centro - p.108

Memórias narradas de forma tão saborosa que devoramos sem deixar de querer mais.

Causos transcorridos no velho centro da cidade a nos mostrar uma outra face, quase brejeira, deste atual gigante com veias de concreto.

O autor fala de tudo, situações corriqueiras do cotidiano, ambientadas nos mais diversos períodos históricos, doces lembranças guardadas carinhosamente no coração.

A sensação é daquelas conversas após o almoço de Domingo, com os mais velhos a relembrar os bons tempos e os bons humores de outrora.

Como imaginar o hoje distinto Heródoto em situações que vão da singela molecagem ao combate politico?

Indo além, o texto intensifica nossa reflexão sobre o ritmo de mudanças sofridas pela cidade em tão pouco tempo, tão poucas décadas.

Parei na página 108
Avaliação : 4

Meu Velho Centro

Sou suspeito a relatar qualquer expectativa quanto a livros sobre São Paulo...

De cara, um belo prefácio de Milton Jung, pura poesia na homenagem ao colega de profissão e amigo autor.

Na apresentação, Heródoto nos apresenta um panorama apetitoso do quer há por vir, provavelmente uma linda declaração de amor de um legítimo paulistano pela sua cidade.

Os textos iniciais tratam dos batismos, dos nascimentos (ou renascimentos), tanto do autor como da cidade.

Apanhado geral sobre as origens históricas da cidade, coisa que não me canso de ler.

Segue-se uma coletânea de fotos antigas acompanhadas de registros atuais, provas da evolução e constante mutação da metrópole.

Na continuação, memórias das igrejas tradicionais do centro, momentos revividos de um passado quase romântico, às vezes até bucólico na sua descrição.

Parei na página 61
Avaliação : 4

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Planetária - p.200

Outro planeta, outro ambiente, desta vez bem inóspito e inesperado, com formas de vida bem adaptadas.

Nossa dupla de aventureiros descobre mais algumas informações sobre o sistema solar e sua formação.

A conexão entre as partes da história não foi continuada pelo autor, tornando a pequena menção anterior uma casualidade sem importância.

Aliás, apesar de todo o conteúdo de ficção científica, todo o enredo empolgante de cada pequena aventura, o final do livro deixar muito a desejar.

Parece até que existiria uma continuação, mas algo se perdeu definitivamente no caminho.

Ser o editor do mestre Asimov, com ótimas menções na sua biografia, não faz dele um grande escritor.

Terminei
Avaliação : 3

Planetária - p.130

Novo planeta, terceiro para ser mais preciso, e encontramos novos seres, ambientes completamente diferentes, criados pelo autor a cada nova página.

Novidade também a descrição de uma tecnologia semelhante a nanotecnologia, sem usar tal expressão, mas com detalhes e funções bem próprias a essa área.

A civilização naquele lugar desenvolveu equipamentos baseados em matéria orgânica, algo que lembra muito as parnafernálias do filme ExistenZ.

próximos passos, a narrativa sugere que os rumos dos diversos planetas irão se cruzar.

Até o momento, diversão continuada e digna de todo grande fã de ficção científica.

Parei na página 130
Avaliação : 4

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Planetária

Empolgante início de uma viagem interplanetária pelo sistema solar.

A dupla de aventureiros, bem ao estilo da ficção científica dos anos 60, percorre mundos inusitados, tão próximos do nosso planeta.

Física, química, biologia, botânica, muita ciência presente a amalgamar a trama dos dois fugitivos terráqueos.

Consistente narrativa, com ritmo envolvente, nos carrega vorazmente pelas páginas da história contada!

Boa expectativa inicial que espero se confirmar até o término desta aventura...

Parei na página 65
Avaliação : 4

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Novo Adão - p.206

Desfechos acabam por alterar bastante minha opinião sobre o conjunto...

Avalio que, no caso desta obra, seu final poderia ser mais bem elaborado, conduzir a caminhos mais interessantes, após considerável expectativa.

Ficção científica mesmo está presente apenas no mote da história e em alguns detalhes deixados pelo caminho.

De qualquer forma, é um contato interessante com tal autor, influenciador do grande mestre Isaac Asimov.

Devemos também considerar a época do texto (1939), com suas questões econômicas, sociais e científicas, condizentes com os reflexos observados em seu discurso.

Terminei
Avaliação : 3

O Novo Adão - p.187

Acompanhamos o desenvolvimento psicológico da questão, discussão filosófica das compulsões e sentidos humanos.

As proposições da trama se desenvolvem com ritmo envolvente e desafiador, dispensando obviedades ou caminhos fáceis.

Notável também algumas visões futuras (hoje sabidamente acertadas) apresentadas pelo autor, como conclusões naturais do desenvolvimento do personagem.

Próximo ao término da obra, podemos refletir sobre o peso e as compensações entre deficiências e capacidades de nossa espécie, instigantes e misteriosas até mesmo para um super-homem.

Parei na página 187
Avaliação : 4

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O Novo Adão - p.130

Será que até mesmo um "super-homem", fruto da natureza, não conseguiria conter a corrupção de seu poder?

Benção ou maldição receber tamanho dom, capaz de garantir proteção de outros seres inferiores?

As questões, dúvidas existenciais, continuam a surgir mesmo que desapercebidamente pela personagem.

Situações a nos levar pela reflexão da conduta humana em situações até mais corriqueiras.

Com narrativa envolvente, o texto nos conduz pelo desenvolvimento desta criatura misteriosa.

Curiosamente, algumas incongruências, herdadas da cultura da época de sua composição, deixam pequenas fissuras no bem tecido enredo da obra.

Parei na página 130
Avaliação : 4

O Novo Adão

Por quais caminhos pode a evolução nos levar?

Da imaginação de um grande autor pode surgir alternativa inusitada, inédita mesmo em tempos atuais.

Logo na introdução somos apresentados às premissas do enredo, pequenos indícios do suporte da história.

Os primeiros passos deste antigo mutante põe em questão até mesmo nossas relações cotidianas.

Suas estratégias para inserção em nosso mundo remetem a muitas tramas de nossa história.

Vejamos o que seguirá...

Parei na página 55
Avaliação : 4

sábado, 31 de julho de 2010

História da ciência no Brasil 2 - p.98

Corrida espacial, guerra fria, revoluções culturais, a contínua ebulição do sociedade humana tem um de seus ápices no final do período desta edição.

A ciência acompanha o ritmo e se desenvolve nas mais diferentes áreas de atuação, sugere um mundo infinito de desenvolvimento.

Por aqui, em nossas terras, muitas das diretrizes ainda conduzem apenas à importação de conhecimento, não a produção em nossas terras.

Talvez por isso percebamos uma vocação técnica, tão evidente com a criação das escolas técnicas e as faculdades de tecnologia.

Das áreas do conhecimento humano, a Física é das mais impulsionadas em nosso meio científico, algo notado na narrativa desta última parte.

Ao terminar a leitura deste volume, permanece a boa impressão com a publicação e seu conteúdo editorial.

Importante dizer que se trata de um apanhado geral, afinal a história de décadas dificilmente poderia ser minunciosamente descrita em tão poucas páginas.

Terminei
Avaliação : 4

sexta-feira, 30 de julho de 2010

História da ciência no Brasil 2 - p.78

Política e ciência desenvolvem conflitos óbvios, ao menos em nossa sociedade pragmática.

Pragmatismo observado nas ações preocupadas apenas na solução de problemas práticos, sem grandes perspectivas para consolidação das bases do desenvolvimento futuro.

Discussões sobre o domínio nuclear persistem até os dias atuais, por sinal em evidência recente.

Época de institucionalização da ciência, graças ao esforço e empenho de nossos pesquisadores, presentes nas mais diversas áreas do conhecimento humano.

Ficam nítidas as consequências do (des)equilíbrio de forças na história da produção científica brasileira.

Nesta última parte, o texto fica um pouco repetitivo, revisando e revisitando fatos já apresentados em trechos anteriores, mas sem prejudicar o prazer da leitura.

Parei na página 78
Avaliação : 4

quinta-feira, 29 de julho de 2010

História da ciência no Brasil 2 - p.51

Guerras promovem desenvolvimento, apesar dos imensos prejuízos humanos e econômicos decorrentes.

Com o Brasil não foi diferente, mesmo com seu distanciamento do conflito mundial.

O isolamento provocado pela crise no mundo impeliu o país a buscar alternativas, que implicavam no desenvolvimento de ciência e tecnologia.

Impulso na indústria e geração de energia, das tecnologias de concreto à busca do domínio atômico, uma onda de iniciativas tomou nossas terras.

Destacados membros de nossa comunidade científica fizeram história, ainda que nem sempre reconhecidos, como César Lattes, preterido ao Nobel, possivelmente pelo seus escassos 23 anos à época ou pela pouca representatividade do país no cenário científico mundial.

Nossa comunidade científica se organiza empenhada em buscar financiamento, aproveitando o contexto oportuno, e garantias para o desempenho autônomo e avançado das pesquisas.

Parei na página 51
Avaliação : 4

História da ciência no Brasil 2

Neste volume somos apresentados a nova face da ciência brasileira, em plena ebulição, de 1921 a 1969.

Criação e consolidação de universidades, institutos e centros de pesquisa são parte das novidades daqueles tempos.

Tempos de duas guerras, da teoria da relatividade, do surgimento do mundo atômico, de Vargas e dos militares.

Os primeiros relatos ainda são relacionados ao nosso viés agrário, mas começamos a ouvir os relatos de pesquisas em combustíveis e áreas da construção civil.

Formamos nossa comunidades científica com o apoio da importação de muitos cérebros, além da organização de instituições como a ABC e a SBPC.

O conteúdo deste volume mantém o padrão de qualidade editorial do primeiro, agradando bastante nesta viagem pela história do desenvolvimento científico do país.

Parei na página 28
Avaliação : 4

quarta-feira, 28 de julho de 2010

História da ciência no Brasil 1 - p.98

Ingressamos na Belle Époque engrenados na grande explosão do conhecimento científico ocorrida pelo mundo.

Ainda assim continuamos um tanto agrários, mais preocupados em estabelecer novos padrões civilizatórios, numa comunidade sem escravos, com muito imigrantes.

Os grandes focos são agricultura, transportes, saúde e saneamento.

Talvez por este motivo tivemos dificuldades no reconhecimento de nossos gênios e suas conquistas, como Landell e Santos Dumont.

Por outro lado, a excelência de Oswaldo Cruz, Adolfo Lutz, dentre outros, é celebrada até hoje.

A presente edição se confirma mais um excelente trabalho da editora, abrangente, precisa e profunda na medida certa.

Terminei
Avaliação : 4

terça-feira, 27 de julho de 2010

História da Ciência no Brasil 1 - p.76

Próximo à Independência e pelo início do Império, vemos na história um significativo impulso e incentivo ao desenvolvimento científico em nossas terras, bastante focado ainda na observação da natureza, mas já com certo viés à pesquisa tecnológica.

Em meados do século XIX, a ferrovia e a medicina são alvos de interesse destacados, compatíveis com os momentos de desenvolvimento vividos.

Assim também ocorreu com a pesquisa das ciências agrárias, para sustentação dos nossos principais mercados de exportação à época.

A publicação mantém a qualidade de seu conteúdo e permanece uma prazerosa leitura, com a devida profundidade e cobertura da história científica brasileira.

Parei na página 76
Avaliação : 4

terça-feira, 29 de junho de 2010

Marco Antônio - p.90

Viajamos pela biografia completa do grande general romano, da glória à desgraça.

Sucinto mas com todo conteúdo necessário para a compreensão de sua trajetória.

Uma visão claramente história, talvez com um pouco de interpretação por parte da autora, ou suas fontes.

Este volume confirma a excelência da antiga coleção, daquelas difíceis de encontrar atualmente.

É sempre garantia de diversão visitar esses personagens ilustres.

Terminei
Avaliação : 4

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Marco Antônio

A introdução e as anotações de capa dão um panorama geral do que será narrado.

Parece que entraremos realmente na história de um personagem extremamente relevante para o Império Romano.

Como todos os livros da coleção, a linguagem é bem clara e didática, com detalhes suficientes.

O início resume toda a história, mas provoca o desejo de sabermos as minúncias.

Vamos a elas...

Parei na página 35
Avaliação : 4

sexta-feira, 25 de junho de 2010

História da ciência no Brasil 1

Como todo material destas séries da Scientific American, é um excelente registro geral da evolução da ciência no Brasil.

Desde os tempos de colônia já tínhamos nosso viés científico, mesmo que como natureza observada pelo europeu.

E pensar que o primeiro registro é sobre a observação astronômica do Cruzeiro do Sul.

Talvez por esse motivo tenhamos tanto sucesso e tradição na área da astronomia e astrofísica.

Quanta influência (mais essa) acrescentou a chegada da corte portuguesa em nossas terras, gerando um impulso significativo na produção científica.

A ciência acompanha os rumos das mudanças sociais e econômicas ocorridas no país.

Impressa oficial, revistas de divulgação, jardins botânicos, museus, faculdades e escolas, uma história que já avança por mais de 200 anos.

Um único senão nesta publicação em questão é a extensão de suas sessões, por vezes demasiadamente longas.

Parei na página 53
Avaliação : 4

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Desejo - p.503

Em um apanhado geral sobre a literatura a partir do século XVI, constatamos o impacto dos "novos mundos" na visão européia.

Do paraíso sonhado às diferentes culturas e realidades encontradas, o colonizador europeu vivenciou um incômodo desejo.

Desejo pelos prazeres daqueles povos, descrito nos movimentos naturalistas, com citações de exemplos portugueses e até franceses.

Continuando, lemos um breve artigo sobre a fotografia e o desejo do registro.

A captura da imagem como tentativa de captura do tempo, do momento e a eternização da história.

Para último texto, percorremos a biografia de Goya, representativa do desejo de ser, segundo o conferencista.

Constantemente inquieto e indignado, ele expressa suas impressões de seu tempo com arte, beleza e sutileza.

Um texto muito mais sobre o pintor do que sobre o tema.

Ao fim do livro fica a impressão do quanto entendemos como intrínseco, natural, o desejo na alma humana.

Curioso é pensar que mesmo assim ele sempre surge como elemento conflitante, inquietante, às vezes até vil.

Terminei
Avaliação : 4

O Desejo - p.456

Bataile e a evolução de sua obra com referências a Hegel e outros ilustres, como Nietzche, Marx e Freud, são analisados em detalhes.

Na transformação de sua visão do desejo, vai do erotismo ao enfoque maldito, repleto de contradições entre o coletivo e o particular.

A exposição em questão é interessante, mais como biografia de um autor do que como discussão do desejo.

No texto seguinte, observamos o desejo até como pano de fundo da motivação do autor, o desejo de escrever.

Através da elaboradíssima escrita de Proust, encontramos seu objeto, na rica construção do personagem Swann.

Analisando este e outros personagens seus, tomamos contato com inúmeras relações do desejo e seus objetos.

Parei na página 456
Avaliação : 3

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Desejo - p.414

Pode o desejo ser desvinculado da dor? Dor da perda, dor da insatisfação, dor do não realizado?

Com uma sagaz e bem-humorada descrição do parto de cada ser humano, se inicia a apresentação do tema.

Sob a ótica de Reich, percorremos parte de seu pensamento e sua relação com o mestre Freud.

Somos defrontados com o sequestro de cada indivíduo nascido e as consequências de tamanha violência.

Mais um dos textos merecedores de registro durante esta jornada pelo assunto.

Em seguida, conhecemos uma análise do desejo pelo ângulo do desejado.

Com Padre Antonio Vieira, acompanhamos o desenvolvimento do desejo com seu objeto de interesse.

A necessidade de consciência, de ciência, para desejar adequadamente e respeitar o desejado.

Valores delineadores da conduta por toda a existência...

Parei na página 414
Avaliação : 4

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Desejo - p.382

Demorou, mas finalmente um conferencista tratou o desejo à luz do pensamento freudiano, especificamente.

Praticamente ele realizou uma sessão psicanalítica do personagem José Matias, de Eça de Queirós, acompanhando seu desenvolvimento na pequena novela de mesmo nome.

O sonho como realização do desejo, repressões e anseios, pilares da mensagem freudiana são exemplificados e ilustrados magistralmente.

Esse foi mais um dos textos de excelência do compêndio. No artigo seguinte, o tema é o desejo e a realidade.

Depois de compreendido o significado de realidade no contexto da exposição, somos apresentados aos mistérios da necessidade humana de posicionamento na vida.

Da imaterialidade do desejo à concretude do real, temos um longo caminho de conciliação a percorrer.

Mais do que percorrer, precisamos da manutenção de certa satisfação como viabilidade a nossa existência.

Até o momento, de todos os trechos do livro, encontrei o mais valoroso, com os dois últimos tratados.

Parei na página 382
Avaliação : 4

sábado, 5 de junho de 2010

O Desejo - p.328

Acabo de confirmar minhas suspeitas quanto à adequação ao tema de alguns dos textos publicados.

No último artigo lido, o autor começa com referências a Sardanapalo, apresentando sua história e seu contexto histórico.

Migra para suas relações com o desejo, em comparação com Alexandre, o Grande, e a personagem fictícia Don Juan.

Os paralelos e diferenças de valores discutidos parecem conduzir para alguma boa conclusão.

Inesperadamente lemos a transcrição do pedido do autor para os ouvintes aguardarem uma projeção.

Segue comentário do tradutor informando que a partir daí o conferencista se perdeu em meio a papeladas e anotações, acabando por abandonar o auditório sem ao menos recolher o material.

O tradutor ainda transcreve uma pequena citação, encontrada nas anotações deixadas, tentando mostrar o fio da meada pelo qual o palestrante pretendia conduzir o assunto.

Honesta e ousada atitude da publicação ter mantido neste formato o material apresentado.

Pois é, o desejo sempre provoca turbulências em nossas vidas..."

Parei na página 328
Avaliação : 2

O Desejo - p.306

Alguns textos são tão fora de contexto que deixam a dúvida se não é culpa de nossa inépcia no assunto...

Qual a relação dos ideais anarquistas com o tema do livro?

O autor não deixa claro, principalmente com tão breves linhas, com sugestão de devaneio.

Para voltar ao tema, a discussão seguinte apresenta o embate de Marcuse com a filosofia freudiana e sua relação com os desejos.

Mais do que Freud, ele parece fazer frente a toda linha ideológica que culminou no senhor da psicanálise, partindo lá dos gregos.

Sua argumentação, em favor da menor sujeição do ser humano, paradoxalmente pode levar aos mesmos questionamentos de suas ideias.

Na continuação, um longo artigo que só se contextualiza ao final, discutindo as ideias iluministas e sua relação racionalista.

Entre o racional e o irracional, o desejo navega e causa o enjoo provocativo de discussão.

Parei na página 306
Avaliação : 2

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Desejo - p.260

O Falstaff, de Verdi, é analisado como a contraposição do desejo com a velhice e suas impossibilidades para seu exercício.

Curiosa coincidência com o momento de vida do compositor, octagenário à época, maduro e surpreendente.

Mostras também da singularidade da obra, dissonante em muitos aspectos à sisudez do século XIX.

Possíveis influências de Mozart, evocador dos desejos e alegrias, mesmo que sutis no pano de fundo das árias do italiano.

Para a próxima discussão, voltamos a Sade, figura sugestiva para o desenrolar do tema.

Discurso centrado em "A filosofia na alcova", observamos o desejo do saber e do corromper.

Subversão contínua das convenções, sua concepção dos motores humanos é capaz de rasgar o tecido social.

Dificilmente saberemos se desejava uma nova república ou simplesmente satisfazer seus anseios particulares, ficando o enigma para a posteridade.

Parei na página 260
Avaliação : 3

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O Desejo - p.234

Respostas e discussões das ideias presentes levam ao entendimento melhor da natureza dos impulsos humanos.

Seu desenvolvimento pode levar a evolução, ao amadurecimento, terminando com o conflito entre os bons e maus prazeres.

Depois encontramos a obra de Diderot e sua apresentação das paixões humanas no ambiente do século XVIII.

Nas relações entre os europeus daquela época vislumbramos a tensão e os dilemas motivados pelo desejo.

Em outra de sua obra, a exposição do modo de vida taitiano revela, ajuda, a busca pelas vontades no contexto universal da vida humana.

Parei na página 234
Avaliação : 3

O Desejo - p.213

Percorremos iluministas e libertinos em grande parte nos questionamentos impostos por Sade.

Aparentemente compatível com as ideias vigentes, ele acabando por se tornar questionador do próprio movimento, perventendo os princípios por eles mesmos.

O próximo texto desloca nossa atenção para o amor na idade média e sua relação com o desejo.

Em relatos de Abelardo e Heloísa ou na Divina Comédia, o confronto entre eros e agape revela os conflitos das motivações humanas.

Passamos a novo autor que logo de início lança seu fundamento: o desejo é fundado na carência.

Sendo assim, como pode algo se realizar com a força do vazio?

Hamlet e Pascal têm suas versões a responder, mas parecemos estars de volta ao ser, à consciência...

Parei na página 213
Avaliação : 3

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O Desejo - p.173

Seguimos com uma análise comparativa de Hegel e Marx e seus tratamentos do desejo, contraposição do idealismo e o naturalismo presente em suas obras.

Hegel discorre sobre o desejo e sua intrínseca ligação com a consciência humana, discurso repleto de universais e abstrações.

Marx não trata diretamente do tema, mas o autor realize minunciosa inspeção em seu trabalho, identificando as ideias relativas ao tema.

Acaba também por localizar semelhante vínculo dos anseios humanos com o legado da mesma consciência.

No texto seguinte, uma análise do conceito de liberdade e suas raízes.

Liberdade é ligada a autonomia, que por sua vez nos conduz aos motores do desejo, distinta característica humana na natureza.

Destaque para uma hermenêutica do "pecado original", lá pelo meio da conversa, apresentação magistral, daquelas que valem todo o resto da leitura.

Da liberdade à libertinagem, avançamos no próximo texto para a literatura iluminista e suas representações ou registros da cultura do prazer de sua época.

Entre altos e baixos, animação e monotonia, a leitura deste compêndio se torna instigante e animadora.

Parei na página 173
Avaliação : 3

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O Desejo - p.142

Uma extensa apresentação da obra platônica pretende destrinchar seu envolvimento com o conceito do desejo.

Diria que um pouco extensa demais, com desejo de menos, talvez pela complexidade necessária ao seu estudo.

Ficamos com a certeza de já se vai longo tempo com essa história de incômodo com os desejos e suas consequências.

Viajamos no próximo texto por uma discussão acerca da etimologia e sua expressão cultural.

Profundo e delicioso discurso sobre as raízes dos idiomas, signos e significantes.

Com relação ao tema da obra, uma divertida viagem nas origens das palavras desejo, amor e outras correlatas.

Parei na página 142
Avaliação : 4

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Desejo - p.101

Desejo ligado a saúde, ao bem viver fisicamente, ao ímpeto pela vida.

Visto assim ele assume condição de algo bom, mas por pouco tempo.

Como definir o bom, ou o bem, para distinguir entre os elevados e os mudanos prazeres?

Qual tipo pode ser justificado ou está intrínseco a alma humana?

No artigo seguinte, partimos da etimologia do desejo para relacioná-lo ao ar, ao etéreo, e recomeçar a dicotomia entre alma e corpo, sublime e mundano.

Ao avaliar a obra platônica "Fédron" resvalamos nas suas considerações sobre prazer e dor, bons e maus prazeres, significados do significante na vida.

Parei na página 101
Avaliação : 3

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O Desejo - p.77

Tão influentes e centrais são os desejos que um dia foram alvos e temas da medicina.

Interesse para filósofos, como Descartes e Espinosa, na discussão do desejo a buscar nossa essência humana.

Discutido e dissecado, chegamos ao desencatamento, tendência de pensamento influenciadora da modernidade.

O segundo artigo volta a atenção para os prazeres.

E lá vêm os gregos, Platão, Aristóteles e Epicuro, entre ideias sobre as benesses ou malefícios da satisfação dos desejos.

Entre neutralizá-los e intensificá-los, muitas discussões ainda serão sucitadas.

Parei na página 77
Avaliação : 3

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Desejo

Ideias e conceitos acerca do desejo e suas características dão o tom para uma introdução instigante.

Desejo, embriaguez, paixões, distanciamento, um universo de discursos por vir.

No primeiro artigo, as raízes do desejo no espírito humano, incrustrado em nossas estruturas psíquicas ou biológicas.

Contraposição de antagonismos, ora entendido como qualidade, ora entendido como doença avassaladora.

Reflexões a provocar questionamentos nas relações entre o corpo e alma, ou até mesmo sobre suas essências.

Parei na página 49
Avaliação : 3

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Capital da Solidão - p.560

Paulicéia é o nome associado a prosperidade de nossa cidade.

Prosperidade que acarretou problemas de grandes aglomerações, como o matadouro e seu grande volume de dejetos nos rios, acabando por emporcalhar as baixas do Tamanduateí.

Imigrantes superando os brasileiros em números, trazendo a pressão demográfica e suas consequências.

Italianos na sua maioria, o que ocasionou um movimento contrário a esse povo e sua nação, solucionado com muita política e um pouco de tensão.

A chegada ao novo século traz seu ícone, segundo o autor, o bonde elétrico.

Espanto com a novidade tecnológica, sentimento que a população iria se acostumar ao longo de sua trajetória.

Ruas São Bento, Direita e XV de Novembro são o triângulo orientador da geografia.

Em 1900, o panorama era bem diferente de nossos tempos atuais, transformado pela frenéticas intervenções que logo ocorreriam.

Tantas mudanças encobriram o incipiente surgimento de algo marcante para nosso cotidiano, o automóvel.

Chegamos ao final do livro com uma sensação de falta do algo mais.

A referência histórica é preciosa, muito bem mapeada nos índices remessivos ao final do livro, deliciosamente contada ao suave decorrer de páginas.

Porém, avalio que um pouco mais de personalidade, de alma paulistana, ficou em algum lugar ou não existe.

Terminei
Avaliação : 5

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Capital da Solidão - p.463

A república é proclamada com a influência, senão condução / dominância, da elite paulista.

Já naquela época o processo usou de tecnologia para a divulgação, o telégrafo.

Está certo que demorou um dia inteiro, com problemas associados às transmissões ou sabotagem.

Nossas ruas e lugares são rebatizados e começam a fazer menção aos novos tempos.

Segundo o autor, é o momento de dois marcos na nossa história e arquitetura: o viaduto do Chá e a avenida Paulista.

O viaduto como obra para facilitar a vida das pessoas, obra viária, que começou com cobrança de pedágio.

Como símbolo do poder e riqueza da elite, a concepção e construção de nossa avenida ícone.

Passamos também pela história de Ramos de Azevedo, o arquiteto-engenheiro mais influente e perpetuado de nossa urbe.

Relatos de estrangeiros, em especial de Henrique Raffard, mostram a diferença percebida de quem se ausentava pouco tempo de nossos horizontes.

Parei na página 463
Avaliação : 5

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Capital da Solidão - p.421

Ah, os bondes... E pensar que alguns mais velhos da minha família chegaram a usá-los, ainda puxados a burros.

A história chega ao período da crise na escravatura.

Seu ícone opositor é Luiz Gama, marcante abolicionista defensor da liberdade.

Surge a ideia de trazer os imigrantes europeus, e lá vêm eles em busca de grandes promessas.

Destacam-se os italianos, aptos nas mais diversas áreas, acabando por conquistar muitos dos mercados urbanos existentes, além das áreas rurais.

A república se aproxima, muito mais pelo desgaste da monarquia, quase caduquice, do que por aspirações áureas humanistas.

Republicanos apresentavam contradições em seu discurso, frutos dos interesses político-econômicos envolvidos.

Parei na página 421
Avaliação : 4

Capital da Solidão - p.373

Demorou, mas São Paulo ganhou seu primeiro cemitério, questão de saúde pública.

Já contava com jornais, teatro e outras tantas benesses da civilização.

Vem então a guerra do Paraguai, a despertar um surto patriótico no povo do Brasil.

Se bem que os métodos de recrutamento dos "voluntários" deixam dúvidas quanto a felicidade dos soldados.

O café desponta como outro promotor da arrancada paulista e mudança dos tempos.

Junto a ele, a primeira ferrovia impulsiona o desenvolvimento da região, seguida de outras tantas linhas férreas centralizadas na cidade.

Os tempos vindouros serão de intensa urbanização, contada em parte pela história do prefeito João Teodoro.

Parei na página 373
Avaliação : 4

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Capital da Solidão - p.340

Começa a ganhar "inutilidades" nossa cidade, prova de que havia o interesse em residir por aqui.

Entende-se que jardins, ou monumentos arquitetônicos, apenas têm a função de embelezar e agradar quem vivia por lá.

Época do marechal Arouche e os grandes fazendeiros do chá, a trazer riqueza para a cidade.

Nossa cidade ganha mais importância e passa sediar sua primeira academia, a faculdade de Direito.

Os estudantes mudam os ares daquela instância, influenciando hábitos e costumes.

Encontramos Álvares de Azevedo e suas amargas impressões sobre o local onde viveu.

D. Pedro II é nomeado e vem para visitar a ilustre cidade.

Estopim de muitas evoluções que semeiam a arrancada para seu grande destino.

Parei na página 340
Avaliação : 4

Capital da Solidão - p.296

Estamos quase chegando ao século XIX e estrangeiros já vem nos visitar para conhecer este novo mundo.

Tomamos contato com os relatos de um inglês e um francês, a descrever usos e costumes do povo paulista.

De comum, ambos se horrorizam com a falta de civilidade e educação daquelas pessoas.

Por outro lado, já desde aqueles tempos, se maravilham com as paisagens e a natureza.

Encontramos agora alguém célebre e presente nos livros escolares: José Bonifácio.

Assistimos os fulgores de rebeldia, o início do novo Brasil e a chegada do jovem D. Pedro I.

Talvez por ser história já conhecida, apesar dos detalhes não tão ufanistas, o autor dedica poucas páginas do período de chegada do príncipe regente até a nossa independência.

Parei na página 296
Avaliação : 5

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Capital da Solidão - p.258

Tantos são os nomes conhecidos a aparecer no livro que facilmente perdemos as contas.

Pedro Taques o grande narrador da história paulista e de suas pessoas.

Um legítimo trabalho ancestral da revista "Caras" que, brincadeiras à parte, registrou como poucos minúncias daquele cotidiano.

São Paulo crescia e ganhava mais estrutura em suas ruas, batizadas com nomes de memoráveis habitantes e de locais insígnes.

Tempo de nova perseguição aos jesuítas, mas também de nosso primeiro bispo, cadeia consolidada e estrutura patrimonial do poder público.

Com morgado de Mateus ganhamos nossos primeiros levantamentos demográficos e conhecemos melhor a formação de nosso povo.

Ele desejava mais civilização e civilidade àqueles rincões.

Bernardo José Lorena, o mais jovem governador da região, e o impulso urbanista nunca antes visto deixou sua marca em nossa cidade.

Tanta informação faz faltar até o fôlego!

Parei na página 258
Avaliação : 5

Capital da Solidão - p.208

Paulistas descobriram as futuras Minas Gerais, antes batizadas com vários nomes.

Novamente se viu esvaziada, em decorrência do interessse de seu povo pelas riquezas de outras paragens.

Rebelada como sempre, a São Paulo de antigamente discutiu até questões de câmbio da moeda.

Conseguia recusar e impedir as determinações até da coroa portuguesa, mesmo que a força.

Sua crescente importância a fez disputar o direito de capital, ou "cabeça", da capitania com São Vicente.

Tanto fez que até o título de cidade conseguiu receber, honraria reservada a poucas localidades naqueles tempos, como Salvador e Rio de Janeiro.

Só mesmo em um ambiente tão diferente do atual para imaginarmos um homem rico, grande empresário e frei franciscano!

Dos primeiros empresários (esse é o adjetivo mais próximo que imagino para suas atividades) que se tem registro, multifacetado e influente.

Parei na página 208
Avaliação : 4

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Capital da Solidão - p.192

Árduas disputas entre jesuístas e bandeirantes pelos indígenas.

Uns a desejar salvar suas almas, os outros a tentar capturá-los para comercializá-los.

No final, nenhum, nem outro, estava preocupado com a visão humana daqueles povos primitivos.

Os bandeirantes tiveram destaque e foram vitoriosos, iconizados pela figura de Raposo Tavares.

E pensar que alguém (com grande chance os espanhóis, ou por sua influência) pleiteou um reino São Paulo.

Com direito a rei, Amador Bueno, resignado vassalo que declinou reiteradamente da comenda.

Interessante conhecer também um pouco das características gastronômicas daquela época e o surgimento do primeiro estabelecimento para servir comida.

São Paulo era uma terra de disputas familiares, a destacar os Pires, os Camargos e os Buenos.

Disputas sangrentas e intermináveis, resistentes até ao poder da coroa.

O serenar coincide com a volta dos jesuístas, em condição bem diferente do início, mas ainda muitas agruras estariam por vir a todos.

Parei na página 192
Avaliação : 4

Capital da Solidão - p.148

Geografia e sociedade da São Paulo primitiva... Quanta diferença!

E pensar que a cidade foi cercada por um muro, ou quase isso.

Sem falar na complexa organização política, enrolada e burocrática, bem ao gosto de nossas raízes européias.

Origens diversas e bugres da população, para desgostar as estirpes imperiais.

Chegamos ao início das bandeiras, assim chamadas atualmente, e sua busca por tesouros e índios.

Começa também a empreitada pela produção de alimentos para exportação e provimento de outras regiões, sob o comando de Francisco de Sousa.

Muitas características para divergir do resto do Brasil e destacá-la em suas particularidades.

Vale notar que, até o momento, o livro trata bastante do ambiente geral do país àquela época e sua formação, com influência e reflexos naquela vila ancestral.

Parei na página 148
Avaliação : 4

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Capital da Solidão - p.116

Do vil metal à melhor moral...

Segue o curso da história sob o comando dos jesuístas, agora interessados nas questões de Deus e os cuidados com os gentios.

São personagens principais do período Manuel da Nóbrega e José de Anchieta.

O primeiro zeloso mantenedor das coisas da fé, buscando o interior para fundar nova comunidade mais cristã.

Já o segundo é o jovem entusiasta e letrado, interessado em dispor seu melhores dons ao serviço da fé.

Depois de áureos tempos, a vila de Piratininga beira a extinção, tomando novo fôlego ao assumir o lugar da antiga Santo André.

Outras tantas reviravoltas virão...

Parei na página 116
Avaliação : 5