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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

sábado, 29 de junho de 2013

A Revolta de Atlas (volume 2) - p.381

Entre idas e vindas da protagonista, nos frustramos com algumas de suas decisões (além de alguns de seus companheiros), torcíamos por sua aliança com Atlas, mas ela se isola continuamente, deixa de lado qualquer dos lados.

Com a queda das máscaras óbvias identidades misteriosas se confirmam, assim como justificam linhas inteiras de fatos ao acaso, meio dissimulados durante a narrativa.

Pelo menos uma boa novidade conhecemos, a mais provável origem de John Galt, ou ao menos pistas da identidade da quase onipresente entidade, tantas vezes mencionada, agora com valor aumentado.

Passado este bom tempo no universo de Rand, percebemos mais do que a afirmação de sua filosofia e a crítica aos saqueadores, soam ares de subliminar campanha anticomunista.

Chegamos ao fim com a mesma impressão de continuidade, certo marasmo, nenhuma grande chave descoberta, nenhum delineador claro do volume, apenas outro trecho na volumosa saga."

Cheguei ao final
Avaliação : 4

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Revolta de Atlas (volume 2) - p.263

O vórtice da derrocada da inépcia absurda parece sem fim, tamanha loucura num engraçado jogo de lógica torta e dissimulação mal feita, sem escrúpulos ou culpa alguma.

E pensar que estamos tantas vezes tão próximos deste absurdo na nossa concreta e sisuda realidade, esboçamos risos para não desaguarmos no choro da conscientização.

Vez ou outra, em um trecho ao acaso, tropeçamos em descrições mais alongadas, reflexões sem grande contribuição para o enredo, gordurinhas dispensáveis.

Universo quase completamente desconstruído, penúria por toda parte, ansiamos pelo momento do titã revelar e assumir a revolta em execução, talvez surja luz no fim do túnel, um lampejo de redenção.

Aliás, notas muito duras da autora pintam cenário sem nenhuma gota de piedade, possivelmente extremismo para chocar e remoermos mais algumas linhas de discussão.

Cheguei à página 263
Avaliação : 4

quarta-feira, 26 de junho de 2013

A Revolta de Atlas (volume 2) - p.175

Boa surpresa, com mais algum avanço na trama, a incongruência das personagens se transforma na mostra de sua humanidade, lhes garante mais valor e menos tons preto e branco.

Novos diálogos expostos escancaram a identidade do agente oculto, sem deixar dúvida alguma ou, quem sabe, a nos conduzir para algum despiste armado pela autora.

Astuta visão, guardadas as devidas proporções (ou não), as situações descritas estampam fielmente os insanos nós cotidianos da vida em grupo, jogo político e econômico, estejamos no Brasil, Argentina, Venezuela ou qualquer outro lugar.

Subitamente a narrativa ganha ritmo intenso, prazeroso de acompanhar e desenrolar, avalanche de consequências das estripulias dos assim chamados saqueadores a elevar as tensões.

Interesses leitores de volta, o envolvimento proporcionado aumenta e junto elevamos expectativas, sem falar na boa diversão das últimas páginas.

Cheguei à página 175
Avaliação : 4

terça-feira, 25 de junho de 2013

A Revolta de Atlas (volume 2)

Continuidade, sem grandes novidades, passar ao próximo volume se pareceu como apenas avançar uma página, como estava escrito.

Aos poucos se confirmam as suspeitas a respeito da identidade do principal ator oculto da trama, denotação clara de certa inocência autoral.

Pouco mistério e envolvimento a narrativa provoca, frequentemente se atém a dramas pessoais menores da protagonista, bem contrapostos à suas convicções.

Enquanto incoerências e individualismo sistematicamente surgem, vez ou outra uma frase, uma pequena ideia, se revela brilhante, a remar contra a maré intencional.

Foco da curiosidade alterado, como atravessaremos as páginas atuais, a caminho do próximo volume? Pelo andar da carruagem o andamento pode piorar? Expectativa pequena demais para os primeiros ímpetos inspirados lá do início da trilogia.

Cheguei à página 96
Avaliação : 3

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A Revolta de Atlas (volume 1) - p.352

Mais insistência na busca insensata, mais subterfúgio para correr do argumento principal, o principal incômodo se deve à falta de criatividade pela busca de solução.

Deixamos de ver a trilha pelo empenho, para vermos o depositar de esperança em algo espúrio, independente de planejamento e dedicação.

Não fosse por uma ou outra frase inspirada, boas para fomentar ideias ou simplesmente divertir, acabaríamos a leitura em maior decepção, traídos pelos bons augúrios do fôlego principal.

Devo confessar que alguns diálogos finais suscitam alguma esperança, quem sabe agradáveis surpresas futuras, ou talvez ilusão da boa vontade do leitor.

Ao fim a terrível constatação do primeiro volume nada encerrar, ser apenas fragmentação, uma sensação de divisão somente aleatória, somente um intervalo no arrastado discorrer da trilha perdida por uma revolta agora injustificada ou injustiçada.

No momento, a leitura dos próximos volumes se fará apenas por inércia, curiosidade ou pelo fato de já tê-los em mãos. Desanimador.

Cheguei à página 352
Avaliação : 2

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A Revolta de Atlas (volume 1) - p.305

As cenas se alongaram, sem grande motivação associada à trama, um jeito mais monótono de ambientar, descompassado às primeiras etapas da história, com ares de perda do passo.

Em determinado ápice, vencida etapa importante do jogo, as principais personagens enveredam por revelações de ignóbeis personalidades não condizentes com sua construção.

O já preto e branco do universo psicológico se tornou mais sem graça, uma rudeza descabida e desnecessária, com um peso enorme de individualismo sem contexto, inesperado, artificial.

Sabe-se lá quais as intenções da autora, ou quais provas deseja confirmar, mas degradou boa parte do ímpeto criativo e da boa sacada do tema.

Não fosse suficiente, surge um evento com tons de ficção científica, só que sem nenhuma fundamentação, despencando dos céus e atravessado, sem nunca ter nem flertado com intrincada lógica inicial da trama.

Algo se perdeu, nada pior para a tão boa expectativa gerada pela primeira parte da obra, situação a deixar um desagradável temor pelo seu final...

Cheguei à pagina 305
Avaliação : 3

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A Revolta de Atlas (volume 1) - p.230

Excelência e empenho contrapostos a estupidez e ignomínia se revelam motores centrais da trama, em tons bem contrastantes, um tanto exagerados, exagero meio inocente.

Questiono se a postura de alguns excelentes condiz com seus ideais, seus meios para seus fins honram sua percepção e sensibilidade, ou revelam apenas sacrifício.

Difícil apostar para qual lado a balança pesará, quais contornos seus rumos tomarão, somente nos restando a expectativa pela tal "revolta de Atlas".

Por enquanto Atlas permanece sujeitado, um ambiente kafkaniano, angustiante para quem conhece ou compartilha das desilusões na sustentação do cotidiano idealizado, um tanto sonhador.

Certamente nosso posicionamento no dia a dia, nossa realidade, nosso lado da torcida, definirá grandemente a apreciação do livro, mais do que os motivos óbvios sugeririam.

Nem precisaria mencionar outra vez a beleza da construção do texto, seu cativante envolvimento e sua quase assustadora simplicidade, mas me é mais forte...

Cheguei à página 230
Avaliação : 5

terça-feira, 18 de junho de 2013

A Revolta de Atlas (volume 1) - p.143

Simples e direto, impressiona o efeito, o impacto, de envolvimento causado pela leitura de suas páginas, certamente obtenção de sucesso na empreitada da escrita.

Personagens e posições bem definidos, já podemos escolher preferidos, nos afeiçoar por alguns perfis e começar a descobrir motivações, apesar da ainda obscuro mote principal.

O romance cativa até mesmo os não tão fãs do gênero, como eu, percebemos um toque magistral, um a mais, a transparência da excelência em sua construção.

Dramas e conflitos atemporais e sem fronteiras, nos espanta a universalidade de seus aspectos e psicologias, qualidades raras e para poucos, privilégio único poder conhecê-la.

Caldo começando a esquentar, quem sabe um olho de furacão surge no horizonte e, de repente, seremos surpreendidos por torrentes inesperadas de tensão...

Cheguei à página 143
Avaliação : 4

domingo, 16 de junho de 2013

Tudo Sobre Fotografia - p.319

Completamente integrada ao cotidiano, superada a técnica, a arte ganha onipresença em todos os recantos de nossa cultura, certamente um claro sinal de sua aderência aos nossos apegos.

Não há onde ela não representa ou testemunhe, da moda à guerra, em qualquer ponto do planeta, seus limites se diluem constantemente, mostras de sua perenidade.

Impecável como desde o início, o livro mantém sua diversidade em registros e relatos, esforço bem pensado em percorrer tão vasto assunto, sem leviandade com cada tema, mas sem exagerar na profundidade.

Trabalho de pesquisa hercúleo, admirável de sua concepção ao último acabamento, ficamos a refletir nos desafios de sua realização, páreo e paralelo com os fatos relatados.

Há tanto ainda por vir, mas os autores não permitem o apagar dos ânimos, seus textos e observações denotam que se divertem tanto quanto aqueles que os leem.

Cheguei à página 319
Avaliação : 5

sábado, 15 de junho de 2013

A Revolta de Atlas (volume 1)

Com narrativa fluída e saborosa de degustar, acabamos fisgados logo de início para acompanhar os rumos da história.

Apresentados aos primeiros personagens começamos a formar imagens, tecer opiniões, escolher lados, tomar partido para torcer por seus destinos.

Trama bem recheada, nos sentimos representados, parece que há algo do nosso cotidiano, do nosso dia a dia particular, presente nas situações e reflexões assistidas.

Há pouco saboreamos as primeiras páginas, mas apesar da inocência dos primeiros folheares, tudo indica bons momentos de leitura.

Além disso, fomos provocados e provavelmente a pergunta demorará a se calar: quem é John Galt?

Cheguei à página 65
Avaliação : 4

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A Nova Ordem Ecológica - p.256

Dos animais para a natureza, expansão irreversível de conceitos e fundamentos para abarcar todos os elementos naturais, mais componentes na fornalha da discussão.

Correntes e vertentes, as influências e contribuições no desenvolvimento da ecologia surgiram e surgem de onde menos esperamos.

O texto por vezes digressiona para além das questões ambientais, mostras da importância e relevância adquirida, contribuição em muitas áreas do pensamento.

Também salta aos olhos outras tantas observações do autor referentes a paralelos com o feminismo e com a contraposição de certas culturas e abordagens europeias.

Fim da viagem, número considerável de horizontes apontados, inegável perceber a centralidade desta nova ordem, assim com seu grande peso na desconstrução do androcentrismo.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A Nova Ordem Ecológica

Quem diria na história humana, lá na Idade Média, os animais recebiam representação jurídica como pessoas de direito, vestígios arqueológicos da ecologia!

A partir de fatos históricos, apenas uma pitada para dar gosto, o autor se lança no desvendar das raízes do movimento ambiental, ou melhor dizendo, da queda do antropocentrismo.

Observamos inicialmente as relações com os animais, na verdade a evolução de nossa diplomacia com as outras espécies e seus efeitos em nossa sociedade.

Como definir os valores absolutos para a tomada de decisão, quais os parâmetros para nortear a discussão? Sofrimento e prazer entram na fórmula e puxamos apenas o fio da meada.

Entre correntes filosóficas e variados autores, tateamos pelo desenvolvimento dos conceitos a cerca dos direitos dos não homo sapiens, ou quem sabe dos deveres da humanidade.

Cheguei à página 120
Avaliação : 4

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Pequeno Tratado das Grandes Virtudes - p.392

Da emoção à virtude, nesta última parte Comte-Sponville se dedica a mais nobre, o amor, para a qual todas encaminham e da qual todas dependem.

Caminho traçado, trilhamos de eros a philia, de lá para ágape, distinção clara dos modos e denotação justa do elemento mais vital, cerne do pequeno tratado construído no livro.

Pequeno em tamanho e abordagem, mas imenso em justa pretensão e sucesso, capaz de fazer um autor ateu citar e engrandecer a carta de são Paulo aos coríntios.

Obra insigne, inspirada e inspiradora, mantém nosso envolvimento em crescente intensidade, para desaguar em final magistralmente tecido.

Muito além de analisar e perscrutar as virtudes, nossa empreitada de algumas centenas de páginas nos conduz à auto-avaliação da própria virtuosidade de cada um.

Que nos resta senão assumir as revelações, constatações e nos prontificar à ação por mudanças?

Cheguei ao final
Avaliação : 5

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pequeno Tratado das Grandes Virtudes - p.232

Muito além de elencar as virtudes, o autor analisa suas essências, quais situações ou condições garantem sua legitimidade ou quando nos equivocamos na nossa avaliação.

Com ritmo e profundidade mantidos, permanecemos envoltos e envolvidos, em permanente conscientização diante de lúcidas e inesperadas visões de cada tema.

Acessível sem deixar de ser complexo, seu tratado caminha para a principal virtude, o amor, na construção de um sólido edifício de ideias e valores.

Em cada capítulo uma pequena aula, por vezes mais longa, por outras mais leve, mas sem negligenciar qualquer das discussões.

Impossível não suscitar reflexões constantes, ficamos nos equilibrando entre a continuação da leitura e a tentação de digressões decorrentes.

Pura satisfação!

Cheguei à página 232
Avaliação : 5

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Pequeno Tratado das Grandes Virtudes

Abrangente e instigante, o prólogo do livro já bastaria como tema de aula e matéria de prolífico debate, boa expectativa à vista.

Gradativamente adentramos no mundo das virtudes, ciceroneados pelo autor apreciamos algo como a genealogia destas ideias, a começar pela polidez, sua semente.

Distinguindo o conceito da mera característica, Comte-Sponville nos conduz a observar as diversas faces de cada elemento elencado, dentre as 18 escolhidas para seu estudo.

Não faltam ângulos de visão, com excelente discussão filosófica, tateamos por inúmeros afluentes de cada discussão, ainda que o missivista deseje realizar algo sintético.

Repleto em referências e fundado em diversos outros filósofos e correntes, seu ponto de vista se consolida a cada página, constrói um arcabouço respeitável de ferramentas dialéticas.

Pura imersão, viajar por suas páginas alimenta a alma e aguça o espírito, com ares de que o ritmo e intensidade permanecerão assim até o final.

Assim espero...

Cheguei à página 121
Avaliação : 5