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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O Que Einstein Disse a Seu Cozinheiro

Vasto tema da física na culinária, tratado de maneira pretensamente simples se revela um divertido passeio no reino da cozinha.

Estreamos com os essenciais açúcar, sal e gorduras, cheios de revelações e curiosidades, além de algumas utilidades.

Características do mascavo, mitos do sal, esclarecimentos sobre os ácidos graxos, constantemente enciclopédico, o livro consegue se fazer leve e agradável.

Passamos para a química (ou químicos) na produção de alimentos, estigmas contemporâneos constantes desnudados com clareza e precisão.

Resta a dúvida da acessibilidade dos assuntos aos não tão atentos às aulas de ciência básica da escola, mas Wolke não deixa de esmiúça-los na tentativa de proporcionar linhas mais palatáveis.

Com objetos de investigação mais centrais, básicos, cotidianos, este primeiro volume parece mais prazeroso e fácil do que seu segundo.

Aguardemos para ver como se sai até o final..."

Cheguei à página 110
Avaliação : 4

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Livro de Sonetos

Vinícius em sonetos, certamente das mais prazerosas versões do poeta, ainda que a totalidade destes textos não seja seu melhor.

Seja como for, encontrar dentre eles os exemplares mais célebres do gênero já produz satisfação incomparável.

Deleite para os olhos e pensamentos, seus ritmos, suas melodias, encantam do começo ao fim, provocam a inconstância das próximas páginas por vir.

Aliás, provar não somente maravilhas denota o quão humano o escritor se mostra, qualidade a enriquecer suas linhas e versos.

Passeio prazeroso de poucas horas, suas construções desnudam boa parte de sua alma, de sua época, de sua vida.

Terminei
Avaliação : 3

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Para viver um grande amor

Em prosa ou verso, Ler Vinícius soa como ouvir suas letras cantadas por vozes velhas conhecidas, harmonia fluída em texto grafado.

O livro agrega considerável universo de seus textos, descortina inúmeras arestas da alma do poeta.

Poeta que é, versa sobre tudo, dos céus ao cotidiano, afiadas versões de suas visões, deleite de leitura prazerosa.

Encanto para um dia, mal começamos já encontramos o final, não por exíguo conteúdo, antes por completo envolvimento.

Se desejar uma pequena amostra deste artista das ideias, certamente as páginas percorridas proporcionarão simpática visita, com despedidas para outros retornos.

Impossível não se deixar levar...

Terminei
Avaliação : 4

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O Natimorto

Fluído, ágil e criativo, o texto de Mutarelli nos transporta para uma viagem de ideias e cenários instigante, captura nosso fôlego sem pedir licença.

Situação nonsense, psicologias exacerbadas, talvez a realidade seja mais próximo do apresentado do que gostaríamos de admitir.

Associar as imagens de advertência dos maços de cigarro às cartas do Tarô, mote impagável e atraente, cobertura do bolo com sabor sensacional, fio condutor de surpreendente engenhosidade.

De construção meticulosa, suas linhas se expressam até mesmo na grafia, nos grafismos, mais poesia em sua prosa teatral, deleite para olhos mancomunados com o encéfalo alerta.

Em vórtice de insanidade cotidiana, sem nomes, apenas funções, as personagens estampam anseios e destemperos da alma humana, um toque meio kafkaniano.

Num crescente de emoções, chegamos ao final com uma surpreendente conclusão, carregada de sarcasmo e impasse, ótima para alçar a imaginação para voos ainda mais altos.

Diversão do começo ao fim, daquelas impossíveis de deixar para depois, a absorção em poucas horas de suas linhas nos provoca o desejo por mais exemplares desse tipo de devaneio fantástico.

Terminei
Avaliação : 5

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Adulthood Rites - p.304

Mais aprendizado e exploração na experiência de Akin fora do planeta, outra ocasião para sentir o incômodo de partilhar dois mundos.

Maturidade próxima, metamorfose em curso, as novas acepções do personagem parecem um tanto artificiais, implantadas.

Soa artificial também seu retorno, sua volta à Terra com ares messiânicos, mesmo considerando o tempo decorrido, demasiadamente bem acertado.

Marte como novo horizonte não brilha, na ficção outro qualquer se justificaria, dispensaria a semelhança com o planeta-água.

Em retrospecto, o enredo avançou bastante desde as primeiras páginas, desde o primeiro volume, porém continua sem o entusiasmo, sem o despertar de recompensa, mesmo considerando sua boa execução técnica.

Vejamos como a saga se encerrará no próximo volume, mas não imediatamente, afinal ainda não mereceu urgência ou prioridade.

Terminei
Avaliação : 3

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Adulthood Rites - p.229

A vida durante o sequestro se mostrou rica em novas experiências, em aprendizado, pelo menos do ponto de vista da personagem, pois para o leitor pouco parece agregar.

De maneira geral, quase sem novidades, no estilo ou na trama, apenas assistimos o leve amadurecimento de Akin, rumo à ocasião de sua metamorfose.

Bem construído, ainda que excessivamente técnico, quadrado, este volume contribui com alguma dúvida quanto aos possíveis mistérios existentes, às verdadeiras intenções...

Dúvida constante: encontraremos surpresas revolucionantes ou as expectativas excedem as possibilidades?

Reconduzido aos seus pares, o jovem humano-oankali precisa conciliar suas coletas, suas sensações, seu conhecimento acumulado, para seguir ao desfecho de sua jornada.

Vejamos aonde chega...

Cheguei à página 229
Avaliação : 3

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Adulthood Rites - p.172

Akin sequestrado, andanças pela nova Terra, exploração dos novos horizontes, novas vidas, novos costumes, uma pintura meio pós-apocalíptica, apesar da ajuda dos Oankalis.

Cotidiano hostil e rude, clima de razoável selvageria, chegaríamos a tamanha regressão, atingiríamos situação tão dramática em um eventual futuro com tais condições?

Reflexões à parte, o ritmo da trama permanece morno, descrições longas, eventos sobre eventos sem grande influência no desenrolar da história, falta aquele algo a mais...

Estilo contemplativo em demasia, apreciação contínua de cenários sem grande drama, ou talvez com um drama meio antigo, ultrapassado, passa longe de provocar curiosidade, anseio por descobertas ou emoções.

Continuamos a jornada, atentos apenas a boa construção e o interesse pelos desfechos arquitetados pela autora, mas certa e simplesmente propensos a apontar o próximo volume.

Cheguei à página 172
Avaliação : 3

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Adulthood Rites

De volta ao planeta, após algum tempo de adaptação, mais conflitos, mais perigos e menos definição, sentença definitiva de inviabilidade da espécie humana.

Cruzamentos alienígenas, seres construídos, geneticamente manipulados, novo ambiente a se descortinar neste futuro de recomeço, primeiros passos da nova era.

Ritmo inalterado em comparação ao volume anterior da trilogia, certas descrições e reflexões se alongam demasiadamente, com pouca contribuição para o enredo.

Lilith assume segundo plano, concede mais destaque para seu rebento Akin, sem deixar de marcar sua presença nos rumos da história e suas guinadas.

Apesar de todas as revelações, há ainda algo mal explicado, intencionalmente ou não, sobre as motivações e interesses reais dos Oankalis, quem sabe uma boa surpresa posterior, ou frustração inevitável para o leitor...

Cheguei à página 69
Avaliação : 3

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Os Haicais do Menino Maluquinho

Haicai de corpo e alma, inclusive na composição da obra como livro.

Uma rápida delícia para descontrair o dia!

Se esquecer o divertido tom do célebre Maluquinho..."

Comecei e terminei
Avaliação : 5

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Uma Aprendizagem Ou O Livro Dos Prazeres

Emoções intensas do começo ao fim, sem permitir fôlego ou hesitação, tremendo abalo em nossa calmaria cotidiana vindo das páginas encontradas.

Com estilo deslumbrante, turbilhões de ideias e filosofias, os parágrafos derramam cenas sem pedir permissão, arrastam-nos para viver junto com as personagens.

Universo complexo e particular de Lóri, talvez represente boa parte da psique feminina, ou boa parte de um extrato dela, irradiante em beleza, ternura e ansiedade incontida.

Nem pensar em determinar os tempos dos acontecimentos, as vivências extremamente pessoais da protagonista tem seu andar próprio, percebido em particular por ela.

Jornada de descobrimento e construção, a mulher das muitas elucubrações galga montanhas a cada página, em contínua evolução, desenvolvimento, realização.

Aventura do aprender a ser, topamos com a expressão máxima do desafio humano, da libertação, entendimento e aceitação do eu, simplesmente nomeado assim, "eu".

Ícone de nossa literatura, chego a me perguntar porque demorei tanto para conhecê-la, apesar agradecer o excelente momento, mais maduro, mais perceptivo, mais vívido.

Texto para olhos e almas atentas, dispostas a se deliciar com ritmos de ideias e frases caprichosamente elaboradas, prosa poética de pouquíssimos capazes.

Não conseguir deixar de terminar em uma levada só, único risco a se correr, além de essenciais, necessárias e inevitáveis novas visitas ou revisitas.

Comecei e terminei
Avaliação : 5