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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A filosofia da adúltera

Logo de início, para mostrar a que veio, Pondé se posiciona na contraposição, no desafio ao método, na bem-vinda e sólida provocação para abalar os bons mocismos.

Aliás, hercúlea tarefa só mesmo corajosos enfrentam: destilar Nelson Rodrigues para ajudar em alguma aproximação com a alma daquele filósofo selvagem, captar ao menos algum lampejo de sua luz.

Em capítulos curtos, sem papas na língua e com muita objetividade, ele nos solapa com as visões e interpretações do universo rodrigueano.

Como nó central, a escolha da adúltera e seus símbolos sustenta o gigantesco arranha-céu de ideias, instigantes e cruas, realistas até o último fio de cabelo.

Acabamos por descobrir um sem número de equívocos, umas tantas outras ilusões, para no mínimo nos olharmos, incomodarmo-nos e, quem sabe, procurar escapar um pouco da inércia do cotidiano e do status quo.

Unânime com o mestre, nas concepções nem de longe unânimes com os modernos tempos contemporâneos, delicia poder ler alguma posição contrária, observar a possibilidade de algum caminho diverso de toda a unanimidade presente.

Assaltados por esta avalanche de postulações, inferências e experiências, certamente muitos apenas torcerão o nariz, mas feliz daquele que no mínimo consiga inspirar algumas doses destes outros aromas.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

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