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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O Povo Brasileiro

Portugueses, índios e negros, pilares esboçados na introdução para erigir o ideário de Darcy sobre as origens de nosso povo, seus matizes e características.

Por sinal, também interessa o breve discurso sobre a concepção e construção da obra em questão, seus tempos e motivações, suas dúvidas e decisões, biografia do pensador embutida no trabalho.

Nesta primeira parte assistimos a história com atenção especial aos índios, os gentis primevos desta terra, com o cenário da sua vida à época do descobrimento.

Não poderiam ser deixados de lado os colonizadores, também ambientados para possibilitar a completa compreensão das relações que surgiriam.

Com grande destaque conhecemos o cunhadismo da cultura indígena daqueles tempos, um dos principais motores da miscigenação e integração daqueles povos.

Lutas culturais, religiosas, embates biológicos, inúmeros fatores descritos nos primórdios da nossa história, pequenas contribuições em uma extensa historiografia.

O estilo do autor tem suas idas e vindas, suas reentrâncias, diversas retomadas de assuntos já mencionados, quem sabe causadas pela longa cronologia da escrita do livro, mas sem influenciar em sua apreciação.

Árduo trabalho, árduo estudo, galgamos pequenos e iniciais passos, com imensos horizontes pela frente e muitas ideias a acolher.

Cheguei à página 105
Avaliação : 5

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Yoga Postural

Prático e direto, o autor deixa claras suas intenções na introdução, sem nos permitir grandes expectativas, ao menos para os iniciados na matéria.

Sucintamente apresenta conceitos da Yoga, suas relações com a dinâmica postural, mas grande entusiasmo, sem um convite mais enfático para a adesão ao estilo da prática.

Os capítulos desfilam suas tecnicidades, bem resumidos, um manual de instruções compacto para seguir orientações à risca, ainda que elas não tenham muitos detalhes.

Sem dúvida o livro cumpre seu objetivo, sendo bem acessível, bem simples, inclusive nas atividades propostas, com grau baixo de dificuldade na execução.

Silvio ainda arrisca um breve texto sobre pranayama e um desnecessário glossário dos nomes em sânscrito, apenas para concluir com o tom didático e minimalista, típico de um introdução ou pequeno excerto.

Cheguei ao final
Avaliação : 3

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A filosofia da adúltera

Logo de início, para mostrar a que veio, Pondé se posiciona na contraposição, no desafio ao método, na bem-vinda e sólida provocação para abalar os bons mocismos.

Aliás, hercúlea tarefa só mesmo corajosos enfrentam: destilar Nelson Rodrigues para ajudar em alguma aproximação com a alma daquele filósofo selvagem, captar ao menos algum lampejo de sua luz.

Em capítulos curtos, sem papas na língua e com muita objetividade, ele nos solapa com as visões e interpretações do universo rodrigueano.

Como nó central, a escolha da adúltera e seus símbolos sustenta o gigantesco arranha-céu de ideias, instigantes e cruas, realistas até o último fio de cabelo.

Acabamos por descobrir um sem número de equívocos, umas tantas outras ilusões, para no mínimo nos olharmos, incomodarmo-nos e, quem sabe, procurar escapar um pouco da inércia do cotidiano e do status quo.

Unânime com o mestre, nas concepções nem de longe unânimes com os modernos tempos contemporâneos, delicia poder ler alguma posição contrária, observar a possibilidade de algum caminho diverso de toda a unanimidade presente.

Assaltados por esta avalanche de postulações, inferências e experiências, certamente muitos apenas torcerão o nariz, mas feliz daquele que no mínimo consiga inspirar algumas doses destes outros aromas.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Ventre dos Filósofos

Diga-me o que comes e te direi o que pensas, talvez seja a melhor síntese da abordagem sugerida pelo autor em sua análise do pensamento filosófico.

Diógenes, Rousseau, Kant, Fourier, Nietzsche ou Sarte, seja qual for o pensador, bem poderia se qualquer um de nós e nossa expressão através dos gostos, o enfoque similar permite relativa apreciação das variadas vertentes.

Onfray relata o paralelo de suas dietas com suas ideias, descreve de alguns suas obras diretamente a tratar da dieta, percorre um caminho amplo, apesar de pouco se aprofundar nas discussões.

Em meio à diversidade de exemplos, se faz importante notar a constância na negação dos exageros quantitativos, uma parcimônia no trato, comum entre todos os filósofos visitados.

Porém, para nossa frustração, ele apenas discorre, apresenta, histórias e eventos, sínteses de teorias, sem propor teses ou procurar tecer soluções, pouco resta além do extenso relatório.

Sua conclusão se reveste de certa graça para resumir, agregar as diversas linhas, mas perde intensidade rapidamente, se apaga sutilmente legando referências e estímulos para novas buscas.

Definitivamente faltou tempero, um pouco mais de sal, quem sabe pela ousadia da empreitada, ou pelo estilo do missivista, para saciar nossa gula e provocar um gostinho de quero mais.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

As melhores histórias de Sherlock Holmes

Elegante, leve, bem-humorado e perspicaz, o conjunto de contos em questão deixa transparecer tais adjetivos, na personalidade de Holmes ou no excelente texto de Sir Conan Doyle.

Watson como narrador sempre impagável, representa eloquentemente algo como nossa participação, sem tantos dons, sem tanta inteligência, mas sempre com a fidelidade irrepreensível.

As cinco histórias congregam estilos variados, temas, cenários e abordagens bem sorteados, porém com a indefectível marca das aventuras do mestre de Baker Street, frutos da inventividade do autor londrino.

Em especial, devemos destacar o quarto conto, surpreendente e determinante, chega a nos deixar meio sem chão, desnorteados com seu inesperado desfecho de destino maligno.

Proveitosas horas de leitura repletas de deleite, o pequeno compêndio certamente agradará fãs e iniciantes egressos no universo da célebre dupla de destemidos investigadores.

Cheguei ao final
Avaliação : 5

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Histórias Extraordinárias - p.430

Expectativa frustrada, a ficção científica não virou nem ciência, nem terror, somente acrescentou mais ideias fantasiosas numa jornada bem descabida.

O terror e as sombras ficaram bem lá atrás, seguimos para obstinada caça ao tesouro, com lógica bem engendrada, divertida na medida e com planejadas surpresas pelo caminho.

Já não variassem o bastante os estilos, a história seguinte se apresenta como aventura marítima, com alguma apreensão, tensão na ação, mas muito curta para envolver.

Encerramos com outro conto soando a sci-fi, em torno de autômatos e os desafios da humanidade em aceitá-los, insistência em negar suas possibilidades e representações.

O livro nos apresenta um amplo panorama da produção de Poe, passível de apreciação de sua notória habilidade em contar história, elaborar enredos e personagens, sempre com regularidade patente.

Boa pedida para adentrar em seu universo, apreciar seus textos e descobrir muita luz além das suas famosas sombras e penumbras.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Histórias Extraordinárias - p.319

Mais um conto de mistério, porém sem o mesmo viço de seus antecessores, por sinal com muito menos, mais sem graça, mais discurso sem muitas emoções.

Depois contos de terror, cheios de presença do sobrenatural, para assustar os mais inocentes ou, quem sabe, algum mais crente nos poderes do outro mundo.

De repente linhas de tensão psicológica, parágrafos a remexer com medos ocultos, situados na Idade Média e seus assombros, uma solitária tortura com contornos bem definidos.

Para encerrar o trecho, uma história fantástica com ares de ficção científica, apesar da ciência ficar de lado e contar com muita, mas muita mesmo, imaginação.

Única permanência no decorrer do livro, a narrativa bem construída e envolvente brilha aos olhos, e à mente atenta, instigada e curiosa pela surpresas dos próximos folheares.

Cheguei à página 319
Avaliação : 4

sábado, 19 de outubro de 2013

Histórias Extraordinárias - p.208

Com certo alívio presenciamos uma guinada no estilo das histórias, agora com duas representantes dos contos de mistérios, cheios de engenhos e armadilhas de lógica.

Dignos de Poirot e Miss Marple, o desvendar dos casos segue uma trilha de pistas e deduções, tudo bem amarrado e surpreendente, em dois estilos bem diferentes.

Indiscutível a habilidade de Poe na narração, nos conduz com ritmo, clareza e precisão, prende a atenção a cada linha, a cada nova página.

Somemos ainda detalhes científicos na elaboração dos enredos, um jeitão CSI vindo lá do século XIX, para enriquecermos o cenário e intensificar a admiração por sua redação.

Esperamos que os contornos continuem com tais cores melhores, ainda que plenos na soturnidade devida, emocionantes thrillers a incutir tensão e expectativa, além de recuperar o ânimo para continuar a leitura.

Cheguei à página 208
Avaliação : 4

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Histórias Extraordinárias

Obscuro, tétrico, vil, assustador, por mais adjetivos que encontrássemos ainda talvez estivéssemos bem distantes em expressar todos o espanto com a expressão da alma do autor.

Até imaginávamos o tom soturno de seu discurso, mas surpreende a transparência em expor as ideias e situações mais sombrias, quase inimagináveis.

Tamanho baixo astral me fez pensar em desistir da leitura, evento raro, somente dissuadido pela curiosidade do ineditismo relativo a sua célebre obra.

Seu texto tem ritmo, força, clareza, características a intensificar o nó na garganta, o aperto no estômago, verdadeira torrente de imagens nebulosas, oriundas de algum recanto de sua psique há muito privada de luz.

Plausíveis ocorrências da mente humana ou desvios e devaneios do id perturbado de uma pessoa? Talvez descubramos mais nas próximas páginas, no tatear cuidadoso por estas incursões em terreno tão desagradável.

Cheguei à página 108
Avaliação : 4

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Novos horizontes no estudo da linguagem e da mente - p.364

Mente, cérebro e consciência, cernes da discussão a provocar muitas questões, mas poucas respostas definitivas, quem sabe acaso nem elas existam ou estejam sob grossas camadas a prospectar.

Chomsky discute intensamente o método científico, a obtenção de conhecimento em nossa cultura, compara áreas da ciência e sua evolução, porém pouco oferece em evidências de suas ideias, mesmo porque seu objeto de estudo não facilita tais prospecções.

Há certa persistência em torno de determinadas visões da filosofia da linguagem e seus paralelos no saber / exploração humanos, as linhas, os parágrafos e textos passam, porém se mantém a sensação de estar no mesmo lugar.

Vasta lista de exemplos e situações oferecidos propiciam considerável material para reflexão e ilustração, especulam minúcias e escavam os indícios a exaustão.

Conhecido o conjunto de artigos, bem poderíamos pinçar um ou outro para estudo isolado, sendo provavelmente suficiente para exploração com tênues ênfases distintas.

Certamente servem como rica referência para trabalhos na área de estudo, não muito recomendados para os incautos não iniciados, sujeitos a tropeços e íngremes caminhos a trilhar.

Ao final, apesar da proveitosa leitura, se mostra difícil a chegada em algum termo, assim como difícil se faz a distinção das nuances e sutilezas na expressão homo sapiens.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Novos horizontes no estudo da linguagem e da mente - p.192

Discussões densas, debates árduos, cruzamos a fronteira da mera divulgação científica e adentramos em questões acadêmicas bem específicas.

Primeiro abordamos o significado, significantes e a interpretação da linguagem, bastante filosofia para garimpar algum entendimento em regiões nebulosas.

Logo após, sem podermos tomar fôlego, travamos embate com as ideias sofre mente e cérebro, naturalismo e metafísica, pontos e divergências de difícil solução, capazes de acalorar antigas desavenças.

Interessante notar a capacidade de inferir a partir de análise gramaticais, estudo de comportamento e proposição de cenários e analogias.

Aliás, as linhas e parágrafos se enriquecem com diversos paralelos traçados com outras ciências, outras épocas, mostra inequívoca da universalidade e interdisciplinaridade dos temas e dilemas, das ânsias a resolver.

Caldo engrossado, atenção redobrada, esforço maior, o melhor aproveitamento de seus conteúdos certamente necessitará de outras leituras, outras visitas e muita reflexão.

Cheguei à página 192
Avaliação : 4

domingo, 13 de outubro de 2013

Tudo Sobre Fotografia - p.576

Término da jornada, uma epopeia acompanhada, chegamos muito próximos dos últimos anos e seus acontecimentos, mostra da atualidade e preocupação na cobertura do assunto na obra.

Diversa e dispersa, a permear todo cotidiano e expressão humana, apreciamos a evolução da arte fotográfica com requinte e primor no registro.

Espantosa amplitude encampada, seus pequenos textos não deixam de esmiuçar com a atenção devida cada autor, tendência, movimento ou estilo.

Para ler aos pedaços ou travar paulatina escalada cronológica, em velhas ou novas visitas, seja qual for a escolha, certamente aproveitaremos um delicioso passeio de instrução e deleite.

Aos amantes desta arte ou aos apenas curiosos de sua história, uma referência permanente, dedicada e merecida homenagem aos poetas e arquitetos da luz.

Cheguei ao final
Avaliação : 5

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Novos horizontes no estudo da linguagem e da mente

Bem recebidos por excelentes prefácio e introdução, recebemos um convite promissor com um belo panorama do interessante caminho a percorrer.

O primeiro capítulo/ensaio resume adequadamente as perspectivas trazidas por Chomsky, novas e antigas, para quem nunca contatou suas ideias ou mesmo para quem chega em mais uma visita.

Em seguida, em um viés mais acadêmico e iniciado, apreciamos os mecanismos do uso/construção da linguagem, muitas questões estimuladas, muitas postulações para refletir.

Universal, interdisciplinar, genial, o autor navega da filosofia à biologia, de forma acessível sem ser trivial, traduz conceitos complexos em linhas digeríveis aos pobres mortais.

Denso e instigante, galgamos pequenos degraus para na escalada das páginas do livro, a apreciar o conhecimento observado e produzido por este grande pensador.

Mal começamos e a expectativa já aponta para a estratosfera!

Cheguei à página 96
Avaliação : 5

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O Livro Branco


Justa homenagem ao Fab Four, mesmo não sendo a mais fantástica ou genial, os textos combinam variados estilos e enfoques para celebrar suas as canções.

Assim como a vasta antologia musical do grupo, os ânimos e emoções flutuam em vertentes bem ao passo das composições, de sua época ou inspiração.

Tão rico tesouro só podia gerar tão rica exploração, por vezes inusitada, inesperada, a nos conduzir em novas descobertas sobre seus significados.

Os autores apresentam mais ou menos intimidade com a obra dos Beatles, mas todos cumpriram com habilidade a tarefa de remixar em linhas suas melodias.

Fãs do quarteto certamente se empolgarão, se entusiasmarão a cada página virada, cada personagem apresentada, mesmo porque até os não iniciados acabam capturados pelo ímpeto e força da coletânea.

Experiência marcante em muitos aspectos, a imersão neste universo pode resultar apenas em curtição ou em mais referências e ganchos para outras empreitadas.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Rock Book - p.208

O rock ficou para trás, em algum momento desta segunda e última parte, esquecido pelos cantos das páginas, raramente lembrado e premiado com a devida importância.

Alguns contos até se mostraram interessantes, com certa verve, maturidade, outros nem contos talvez pudéssemos titulá-los, tal sua forma, estilo, comprimento ou enfoque.

No máximo, de maneira bem otimista, concordaríamos com a existência de certa atmosfera, certa pegada, mas apenas isso, bem pouco frente aos ímpetos iniciais.

Difícil teorizar os motivos de tamanha guinada, talento não parecia faltar, nem contribuições de reconhecido e premiado valor, promessas frustradas compensadas somente por esparsos lampejos de inspiração valiosa.

Cheguei ao final
Avaliação : 3

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Rock Book

Sinceramente, o organizador não convence muito em seu prefácio, apesar do claro entusiasmo, boa vontade e empenho demonstrado em suas palavras.

Felizmente os contos falam por si, mais alto, demonstram a maturidade de seus autores e a riqueza de seus universos, bem diversos, heterogêneos.

Alguns tratam da música propriamente dita, e suas referências, outros possuem apenas a atmosfera rock'n roll e ainda há aqueles com estilos, bandas e épocas como cenário.

Sortidos e engenhosos, mais curtos ou mais longos, o conjunto até o momento bem harmônico envolve e diverte, soa como um repertório de tema musical.

Com variada habilidade, por vezes com toques de genialidade, suas páginas, linhas e ideias formam um compêndio de contos distinto, de encher os olhos.

Pelo jeito, devemos aumentar o volume e curtir a jornada, quem sabe numa moto com jaqueta de couro...

Cheguei à página 68
Avaliação : 4