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Roy Tanck and Amanda Fazani

quarta-feira, 17 de abril de 2013

1984 - p.416

Destino ingrato, como não ceder às forças imensas do movimento dominante, não sucumbir à cruelmente imposta doutrina da situação?

Winston se rendeu, foi rendido ou acaso realmente se converteu? As incontáveis camadas de sua consciência deixam mais dúvidas do que certezas...

Difícil aceitar tal inevitabilidade da pequenez humana, da falta de tenacidade, altruísmo ou mesmo heroísmo, ao menos para os sonhadores de vôos maiores, Ícaros em busca de sol.

Ao final do texto, Orwell ainda se preocupa com um tratado sobre linguística da Novafala, curiosa necessidade de jogar foco nos meandros das intrincadas ideias envolvendo a expressão e o pensamento.

Nesta edição, no apagar de luzes do livro, recebemos três posfácios interesses, análises em diversos momentos do impacto e importância do texto, em parte a corroborar impressões e repassar algumas visões.

O primeiro e o terceiro bem quadradinhos, um bem próximo da publicação da história, sendo assim envolto e sensível ao contexto da época, reflete sobre as influências culturais sofridas e previsões propagadas, o outro um relato meio biográfico.

Já o segundo, pouco posterior ao fatídico ano de 1984, uma lúcida avaliação da obra literária em sua estrutura, acompanhada do destaque de pontos ideológicos bem contextualizados.

Entretenimento garantido, com bom nível de elaboração, mais do que criar metáforas para sistemas existentes no passado, ou passíveis de críticas do autor, a obra nos conduz à apreciação de imagens dos ímpetos e desejos da condição humana.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

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