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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

terça-feira, 30 de abril de 2013

Free: Grátis - p.269

Nada como uma forcinha da cultura vigente para melhor adaptação do Grátis em determinada região, como mostram exemplos bem apresentados pelo autor, da China e do Brasil.

Antes de terminar, a abertura do espaço para certo debate (ou melhor dizendo, defesa), com respostas de Anderson a questionamentos colhidos em diversas ocasiões e meios.

Uma conclusão sucinta sela ideias já bem consolidadas, quase uma revisão resumida para confirmar e protocolar, eliminar qualquer equívoco.

Não satisfeito, ainda que nos atos finais, Chris registra dez dicas para o completo aproveitamento desta onda avassaladora, sem se deixar atropelar, além de elencar cinquenta negócios possíveis em diversas modalidades.

Parafraseando a contracapa, uma obra brilhante, com poder de concisão e visão poucas vezes encontrado, capaz de inserir pessoas e empresas nos recentes movimentos da economia de grandes massas com custos infinitamente diluídos.

Depois dele, nos resta apenas começar a nos mexermos...

Cheguei ao final
Avaliação : 5

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Free: Grátis - p.201

Desmonetização, outro interessante conceito e a descoberta de novos valores para movimentar a sociedade, com ricos detalhes de como constituir este novo conhecimento.

Para novos valores, novos modelos de mídia, alguns consequência de eventos já estudados, outros interpretação recentes das forças do mercado.

Como bom físico, o autor investe em estimar o tamanho da economia do Grátis, através de argumentos palpáveis e surpreendendo mesmo com conservadorismo, expõe as proporções imensas desta nova riqueza.

Embalados nos movimentos provocados por sua economia, voltamos às raízes da própria (a economia) e observamos as sementes existentes no seu meio a brotar em tempos.

Chegamos às economias não monetárias, novo cenário para descortinar e perceber os rumos recentes das iniciativas humanas, principalmente nos meios digitais, o equilíbrio entre tempo, reputação e relevância.

Encerrando o trecho, uma bela reflexão sobre o desperdício e nossa aversão ao princípio, ainda que contrária à evidente tendência natural.

A viagem longa do livro percorre amplo território das ciências humanas, sem nos esgotar, mapeando ricamente a bela visão das propostas de Anderson.

Cheguei à página 201
Avaliação : 5

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Free: Grátis

Diluição astronômica no lugar de redução, baseada no acesso à escala gigantesca de consumidores contemporâneos, Chris Anderson logo nos movimentos inicias aponta a direção no estudo do Grátis (isso mesmo, com G maiúsculo).

Impulso inicial tomado, partimos para o entendimento do conceito, sua definição (até etimologicamente), história e psicologia, uma lista considerável de fatos e constatações constantemente desapercebidos.

Do âmbito geral para o mundo digital, aportamos onde os ecos dessa nova ideia chacoalham nossa vida com mais intensidade, sua tendência à aceleração, as "vontades" da informação e o desafio de competir no novo modelo.

Com textos claros e inteligentemente orquestrados, o autor nos conduz por suas observações com dose impressionante de conhecimento e propriedade.

Exemplos de todos os tipos, quadros explicativos extremamente ilustrativos, afora o bom conteúdo apreciamos um trabalho com elaboração excelente, fluído e leve de acompanhar.

Expectativas postas em alta, avançamos já cozinhando ideias e aplicações, além de inúmeras sugestões para pesquisa e possível complemento...

Cheguei à página 115
Avaliação : 5

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Bichos-papões anônimos

Surreal a beirar à realidade, os contos transmutam histórias fantásticas em reflexos da nossa psicologia na superfície do lago da vida.

Contrariar a própria natureza em busca de adequação, triste sina do bicho-papão protagonista, refém das tentativas racionais de se controlar.

Misógino a tentar torcer as pessoas para adequá-las às suas idiossincrasias (o químico do segundo enredo), proximidade perigosa de universos, restando apenas definir o perigo para quem.

Duas histórias magistralmente engendradas, brotos de visão sagaz e alternativa, jeitos divertidos de discutir certas mazelas humanas, por vezes com toques bem ásperos.

Texto agradável com ritmo prazeroso, mesmo em meio a asquerosas cenas nos pegamos distraídos, levados, sem nos notarmos os caminhos por onde enveredamos.

Divertida e instigante leitura, boa para sugerir e aguçar novas investidas na obra de Bruckner, sentimos apenas por sua brevidade, daquelas de deixar a vontade aguada.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

terça-feira, 23 de abril de 2013

Amor Líquido - p.190

Amor ao próximo, próxima parada para entendimento das bases da sociabilidade, implicações, dependências e valores na estrutura das relações humanas.

Do local, particular, regional para o mundo, o autor expõe e identifica nas expansões da sociedade, na globalização, as causas e agruras da liquidificação da vida.

Apesar de inúmeros apontamentos, da revelação de situações, da denúncia de problemas, Zygmunt pouco propõe de soluções, ou talvez não deseje fazê-lo, mas deixa pendente maior contribuição além da exposição.

Nos movimentos finais, em significativo volume de páginas, deságua em discussões sobre a segregação social até questões importantes sobre refugiados, com ênfase destoante em assuntos tratados anteriormente, torna tal ímpeto difícil de compreender.

Ideias e alertas relevantes subiram à tona, muitas reflexões insufladas pelo caminho, porém o amor e as relações pintaram apenas o cenário, talvez outros elementos os substituíssem sem causar grande nota.

Frustração inevitável gerada por possível estilo prolixo, as relevantes pontuações do livro mereceriam um tratamento mais objetivo, bem acabado e assertivo, capaz de provocar os cruciais despertares no gênero humano, tão frágil nos atuais tempos líquidos.

Cheguei ao final
Avaliação : 3

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Amor Líquido

Contrapondo líquido com sólido, configuração da consistência de algo, o autor expõe os princípios gerais de suas ideias sobre a liquidez da modernidade.

Equipara o amor à morte, assim com seu oposto o nascimento, para ajustar o grau de permanência do sentimento e relativizar com a pretensa perenidade atual.

A velocidade e fluidez da vida, assumidas em meio a grande ilusão, gerarão imenso conflito e ansiedade, alimentos para os grandes males da nossa vida contemporânea.

Acertadas as bases conceituais, partimos para a análise da sociabilidade neste contexto, com foco considerável nos aspectos sexuais do homo sapiens.

Discussão deveras solta, exposição de ideias entrecortadas, parágrafos longos sem liga suficiente, difícil captar as posições e opiniões do autor, isso se realmente ele está interessado em fazê-lo.

Interessante a utilização do celular (SMS e chamadas) e navegação na Internet para ilustrar a volatilidade e suas consequências... Imagina só se fosse pautado atualmente em smartphones, 3G e redes sociais!

Sementes instigantes lançadas, tomara que os cuidados com o cultivo completem seu potencial nas páginas por vir... Aguardemos.

Cheguei à página 76
Avaliação : 4

quarta-feira, 17 de abril de 2013

1984 - p.416

Destino ingrato, como não ceder às forças imensas do movimento dominante, não sucumbir à cruelmente imposta doutrina da situação?

Winston se rendeu, foi rendido ou acaso realmente se converteu? As incontáveis camadas de sua consciência deixam mais dúvidas do que certezas...

Difícil aceitar tal inevitabilidade da pequenez humana, da falta de tenacidade, altruísmo ou mesmo heroísmo, ao menos para os sonhadores de vôos maiores, Ícaros em busca de sol.

Ao final do texto, Orwell ainda se preocupa com um tratado sobre linguística da Novafala, curiosa necessidade de jogar foco nos meandros das intrincadas ideias envolvendo a expressão e o pensamento.

Nesta edição, no apagar de luzes do livro, recebemos três posfácios interesses, análises em diversos momentos do impacto e importância do texto, em parte a corroborar impressões e repassar algumas visões.

O primeiro e o terceiro bem quadradinhos, um bem próximo da publicação da história, sendo assim envolto e sensível ao contexto da época, reflete sobre as influências culturais sofridas e previsões propagadas, o outro um relato meio biográfico.

Já o segundo, pouco posterior ao fatídico ano de 1984, uma lúcida avaliação da obra literária em sua estrutura, acompanhada do destaque de pontos ideológicos bem contextualizados.

Entretenimento garantido, com bom nível de elaboração, mais do que criar metáforas para sistemas existentes no passado, ou passíveis de críticas do autor, a obra nos conduz à apreciação de imagens dos ímpetos e desejos da condição humana.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

terça-feira, 16 de abril de 2013

1984 - p.334

Descobrir as teias da realidade, penetrar os meandros do universo artificial elaborado pelo Partido, meios para a incursão de Winstom num vórtice frenético.

Do céu ao inferno, nosso protagonista mal pode desfrutar as benesses de um pouco mais de conhecimento e se depara com as estruturas mais rudes de sua sociedade.

Papeis desvendados, armadilhas identificadas, elementos para compor uma trama inimaginável, outro pesado fardo para a carga do já massacrado personagem.

Os diálogos insanos, como toda a situação proposta, remetem a insanidade de nosso cotidiano em extrapolação, como uma piada com nossas pequenas loucuras diárias.

Até mesmo os mecanismos repressivos guardam paralelo com torturas singelas do dia a dia, jogos de palavras e ideias para confrontar certezas e pontos de vista.

Vejamos se e como sobreviverá esta alma revolta e independente, deslocada em seu contexto e a procura de algum lugar para conforto...

Cheguei à página 334
Avaliação : 4

sábado, 13 de abril de 2013

Tudo Sobre Fotografia - p.207

Dos primórdios, da pré-história, em caminho para tempos mais modernos observamos a popularização da arte, com as discussões inerentes à sua entrada no cotidiano.

Aliás, embates a respeito da dicotomia arte e técnica, ferramenta ou expressão, conflitos comuns às novidades e desafios ao status quo.

Ritmo impressionante da evolução e adoção do registro de imagens, os apegos à memória parecem influenciar tremendamente o homo sapiens, atraem sua atenção em seus empreendimentos.

Registros pictóricos também viraram negócio, a intimidade provê mil faces para a nova área do conhecimento humano, extrapola seus movimentos inicias e conquista muitas outras funções.

Deixadas as tecnologias em segundo plano, em tempos mais modernos apreciamos os diversos movimentos de expressão, correntes de visões e manifestações culturais, gravados em papel e química.

Mundo vasto, passeio longo, mas sempre bem ilustrado e delicioso de acompanhar, repleto de análise assertivas, um prato cheio para os aficionados!

Cheguei à página 207
Avaliação : 5

sexta-feira, 12 de abril de 2013

1984 - p.213

Tamanha vigilância, tantos olhos em tantos cantos, qualquer movimento cotidiano se transforma em ato pesado, sofrível, temível, cheio de precauções.

Encontrar alguém para dividir opiniões, alguém do mesmo lado, traz certa paz, novos ares, mas um pouco mais de peso com as preocupações.

Winston começa a subverter, vislumbrar novas possibilidades e aventar caminhos plausíveis, para algum destino diferente, ao menos nos explorar de ideias e sabores.

Curiosamente as recentes revelações ensinam um pouco do recheio de sua sociedade, apresentam indícios de quantas aparências acaso contribuem para a construção de seu simulacro, tecem uma película sobre a realidade.

Tudo indica que o protagonista tateia uma escolha sem volta, daquelas para toda vida, repleta de realização.

Cheguei à página 213
Avaliação : 4

quinta-feira, 11 de abril de 2013

1984

Um mecanismo tão elaborado de controle, um estado totalitário em doses impensáveis, formulação certamente fruto de imaginação única e expressão de anseios inúmeros.

Orwell tece sua visão de futuro com os elementos de atenção de sua época, mas magistralmente remodelados num castelo milimetricamente equilibrado.

Ações em ideias, ebulição de questionamentos, Winston remói seu cotidiano sem deixar de participá-lo, enfrentá-lo a sua maneira, sempre sob a observação do Grande Irmão.

Medo constante, vigilância ubíqua, simulacros por todos os lados, armadilhas para esgotamento da alma ou alienação completa.

Nosso protagonista pouco agiu ainda, ensaia movimentos de ruptura, quem sabe se desencadeados em breve por eventos de maior pressão.

Por hora nosso solidarizamos com ele, por vezes nos auto comiseramos frente aos seus reflexos em nosso cotidiano, começamos a nos preocupar o quanto de suas linhas representam apenas ficção.

Cheguei à página 109
Avaliação : 4

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Miguel e os Demônios

Frenesi, intensidade cadenciada, Miguel mal se apresenta em suas primeiras páginas e se envolve numa ciranda sombria, cheia de entornos, quase alucinante.

Tons escuríssimos permeiam a narrativa, fardo pesado e sofrido para o protagonista, sem grandes alternativas e entregue a sua realidade.

Mutarelli constrói esse universo amargo com maestria, tece parágrafos e páginas com linhas diretas e sintéticas, sem floreios, certamente para nos deixar sem muito fôlego.

Elementos recheados de tabus se somam a cada cena, materializam tal densidade, tal aspereza, transmutam ideias em algo meio indigesto, mas impossível de abandonar.

Resultados inesperados encerram a passagem da personagem ao encontro dos demônios, porém outros tantos deixados para trás cobrarão sua quinhão.

Tecido não para todos, corajosos com desejo de arriscar, lerão.

Cheguei ao final
Avaliação : 5

terça-feira, 9 de abril de 2013

Édipo Rei

Clássico, direto, típica tragédia grega com a subjugação da humanidade pela vontade divina, ainda que seja difícil entender sua motivação.

Os segredos se mostram inocentes no desenvolvimento da história, talvez pelo nosso conhecimento prévio da trama, talvez por sua brevidade, mas sem enfraquecer as reflexões oriundas dos diálogos.

Aliás, a clareza das cenas, as situações e lógicas magistralmente encadeadas, revelam a beleza de contatar tais texto e cultura tão ancestrais.

Milhares de anos passados, continuamos a procurar quem nos mostre prova contrária da inevitabilidade do destino e nossa falta de controle da vida.

Cheguei ao final
Avaliação : 3

Space Opera - p.272

Nada como ter as expectativas superadas, principalmente depois do desânimo inicial e a sombra da incógnita de um caminho suspeito.

Os dois últimos contos fecham com chave de ouro o compêndio, garantem diversão e deleite para os fãs da área, fortemente concentrados no estilo space opera.

Mesmo sendo mais morno, o primeiro deles contextualiza muito bem a disputa por um raríssimo elemento, a água, aproveita discussões contemporâneas para extrapolar nosso futuro.

Melhor vinho servido no final, o conto "Pendão da Esperança" propõe um thriller espacial, meio Star Trek, com enigma intrincado, lógica elaborada e solução impagável!

Imperdível, principalmente no envolvimento de dois símbolos nacionais, a bandeira e o jeitinho brasileiros, sublimados com as melhores de suas qualidades e características nunca antes observadas.

Apesar de seus altos e baixos, todos os contos com qualidade admirável denotam a possibilidade e consistência de uma legítima ficção científica com inspirações tupiniquins.

Cheguei ao final
Avaliação : 5

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Space Opera - p.180

Grata surpresa, as magias e feitiços se justificaram ao final do conto, por mais estranho que possa parecer, de maneira bem encaixada ainda que não genial.

Nas histórias seguintes as batalhas estelares continuam a imperar, com conflitos e tecnologias sob medida, cada qual com sua variação no enfoque, no ângulo de observação.

Destaque entre elas para um conto premiado, de situação e lógica muito bem sacada, divertido e pontual, a nos presentear com sagaz reflexão ao término.

Enfim, fechamos esta última empreitada com um texto na linha MIB, exploração de ideais de outros lugares, mas bem trabalhada e munida de ação empolgante.

Nada como ser contrariado na expectativa, para melhor, animado sem empolgação desmedida, curioso pelos rumos das próximas escolhas da coletânea.

Cheguei à página 180
Avaliação : 4

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Space Opera

Introdução receptiva, motivação instigante, a coletânea começa bem, com um conto bem space opera, em torno de batalhas galácticas e alienígenas, mistura dos mais saborosos itens do gênero.

O conto seguinte segue a mesma linha, mas pende um pouco para fantasia, apesar do mesmo mote, com a diferença considerável do tipo de estigma e participação da humanidade.

Porém, ahhh porém, o terceiro texto surge com pitadas de tecnologia e espaço, mas repleto de bruxarias, poderes e conspiração medieval, uma típica confusão nas coletâneas encontradas no mercado, um claro distanciamento da expressão "científica".

Textos bons, bens escritos e empolgantes, não fosse a expectativa inicial nos sentiríamos mais confortáveis, ao menos com a opção de escolha de acordo com as preferências pessoais.

Vejamos como segue suas próximas páginas, ainda que seja difícil desconsiderar experiências anteriores frustrantes, e quem sabe Asimov e Gibson possam de alguma forma se orgulhar...

Cheguei à página 92
Avaliação : 3

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Google - A Biografia - p.464

Google China e como os googlers sambaram para a adequação à cultura e sistema social vigente, desbravamento de ambiente praticamente alienígena, sempre a posicionar a empresa frente a paradoxos.

Difícil definir se superaram os dilemas e desafios encontrados, mas certamente aprenderam mais um pouco das lições da grandeza estrutural.

Outra grande lição reside no relacionamento com o governo, seja na colaboração, seja no confrontamento com a representação dos interesses do povo.

Por um lado, a proximidade de ideias com o governo Obama, por outro a contenda com as precauções referentes a truste, defesa de mercado, dentre outras.

Acompanhar o nascimento, evolução e maturidade deste ícone tecnológico nos provoca a revisão de muitos mitos, preconceitos e avaliações, além de colaborar mais um tanto na admiração por sua singularidade.

Com abrangência impressionante, o livro aborda em detalhes bem dosados essa aventura quase nerd em busca de um mundo melhor, mais acessível, democrático e armazenado digitalmente, uma visão e um ímpeto para poucos corajosos desbravadores.

Terminei
Avaliação : 5