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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

sábado, 29 de setembro de 2012

A Morte da Luz

Acolhido sem grandes expectativas e com minhas referências sobre R. R. Martin, eu jamais imaginaria se tratar de um romance intergaláctico, em mundos e futuros bem distantes.

Com ritmo envolvente, discurso cheio de detalhes, desembarcamos neste planeta um tanto estranho, apresentados a seus personagens de perfis elaborados, mas cheios de dúvidas das trilhas pela frente.

Diferenças culturais e históricas entre povos, foco principal do enredo, seu desenvolvimento exigiu considerável volume de explicações, de qualquer forma bem adequado e dosado.

Por enquanto ficamos nessa, sem desenrolares mais significativos, paulatinamente ganhando gostos, definindo lados e costurando apostas sobre as próximas páginas.

Cheguei à página 107
Avaliação : 4

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Futuro Começou - p.470

Haveria pouco a acrescentar, porém a capacidade de variação sempre exacerbada produz como nunca nos compêndios de Asimov.

Fácil notar nos últimos contos a influência do período de doutoramento do escritor (na sua área de pesquisas, não na ficção :)), provocando-o a tecer até mesmo uma tese ficticiamente publicada.

Além das cintilações de "Fundação", apreciamos nestes términos alguns ensaios dos conceitos da psico-história, outro de seus trunfos tão adorados e intrigantes.

O livro se confirmou um excelente trabalho para iniciação na obra do mestre, mesmo sendo somente um ligeirinho gostinho do seu intenso universo ficcional.

Ótima pedida para os primeiros passeios por suas linhas, ainda que lá o futuro estivesse apenas começando.

Terminei
Avaliação : 5

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Futuro Começou - p.370

Rica e variada, a produção de Isaac nos legou vasta, e suspeito às vezes interminável, gama de experiências ficcionais para estímulo dos pensares e alegria da alma.

A obra continua com seu delicioso ritmo, com mais sequências, mais fatos biográficos, uma Asimovlândia para os fãs e um tesouro a descobrir para não iniciados.

Talvez um pouco extenso além da conta, a densidade de ideias, informações e quebra-cabeças chega a nos deixar exaustos, consumidos por tão proveitosa leitura.

Provavelmente, eis o motivo para outras de suas publicações do gênero contarem com menor número de páginas, deixar sempre o gostinho dos próximos encontros por vir.

Conhecer suas inúmeras vertentes e história reafirma sua maestria e o dom na área dos robôs e no tema da "Fundação", seus filhos mais ilustres.

As últimas amostrar denotam seu estilo mais apurado e maduro, consoam nos melhores tons do apreciado filão de causos mestre.

Haja empolgação...

Cheguei à página 370
Avaliação : 5

domingo, 23 de setembro de 2012

O Futuro Começou - p.274

Sequências, histórias em torno de um enredo conhecido e publicado anteriormente, mal podíamos imaginar surgir tão cedo nas iniciativas do autor.

Nos últimos textos encontramos inclusive um fantástico (no estilo, não na genialidade), amostra das incursões de Asimov em áreas além da ficção científica.

Crescente maturidade avistamos, aprimoramento de suas mordazes visões, sinais de ardis futuram e magistralmente explorados pelo missivista.

Biografia misturada à leitura de seus contos intensifica a diversão proporcionada, especialmente neste exemplar, bem mais do que nos posteriores compêndios (já lidos ao mero acaso). Que sorte!

Resta a curiosidade de quando foi o momento do nascer da linha robótica, o suprassumo de sua obra e toque inigualável...

Cheguei à pagina 274
Avaliação : 5

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O Futuro Começou - p.175

Inegável e contínua evolução podemos observar na sequência de contos apresentados, mais uma excelente visão do autor na escolha dos textos.

Envolvidos progressivamente, entusiasmam os contos e os causos, num cadenciar de fatos relembrados com lucidez incrível e considerável dose de auto-análise.

As recusas e fracassos surgem mais frequentemente do que imaginaríamos em princípio, mostras da humanidade do grande mestre, lapidada ao longo de décadas.

Nas últimas páginas um refulgir incipiente de suas marcas mais fortes, quase como um nascimento das primeiras luzes de seu brilhantismo, notamos nas linhas engendradas.

Tema espacial, guerras galácticas, centelhas de sua grande obra, "Fundação", em tempos nos quais mal se pensava em televisão!

Cheguei à página 175
Avaliação : 5

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Futuro Começou

Grata surpresa inicial, Asimov nos revela na introdução uma obra com seus primeiros passos na aventura da escrita de ficção científica, o futuro sabiamente a começar.

Com viés altamente autobiográfico, riquíssimo em detalhes, nada parece capaz de escapar da vista do autor, mesmo os textos menos significativos, mas propícios à retrospectiva.

Interessantíssimo descobrir seu insucesso um dia, apesar da posterior notoriedade, as pedras e encalços pelo caminho, assim como os bons mapas descobertos.

Os primeiros contos nitidamente manifestações de um iniciante, mas com o brilho enviesado da maestria escondida, pronta a aflorar com experiência e maturidade.

Divertida admiração do senhor das suíças, os causos iniciais sugerem volumoso aprendizado pela frente, bastando um leitor disposto e atento.

Cheguei à página 83
Avaliação : 4

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Autoperfeição com Hatha Yoga - p.448

Inegável a emanação de sabedoria proveniente das páginas grafadas pelo professor Hermógenes, repletas dos melhores preceitos do Yoga.

Neste final de jornada, a obra encerra os últimos passos pelo vasto assunto, na sua forma resumida, mas precisa e consistente, se confirma como excelente material para iniciantes ou iniciados.

O sincretismo com o pensamento ocidental insiste em mostrar sua face, desagrada por seu caráter dispensável, mas volta e meia invocado para apoio pelo autor.

Referência indiscutível, de qualquer forma a importância do livro se sobrepõe aos seus "senões", reafirma o bom caminho inerente aos praticantes.

Nem o ponto de vista prático se deixou de lado, com um bom apanhado de receitas, para as práticas ou gastronômicas, orientação firme de um mestre cuidadoso e atento.

Indispensável para qualquer desejoso ou seguidor deste caminho ancestral de benesses.

Terminei
Avaliação : 4

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Autoperfeição com Hatha Yoga - p.303

Conciso, prático e objetivo compêndio de ásanas apresentado, ganhamos um bem explicado conjunto de posturas possíveis para todos os níveis, além do incentivo permanente do mestre em nunca desistir.

Por outro lado, a apresentação das kryas cobrindo do cotidiano ao mais controverso dos métodos, talvez indisponha os menos aculturados.

Questões alimentares trazem de volta algumas abordagens equivocadas, apoiadas em mitos e com tons de fundamentação científica, melhor surgiriam se pautadas no âmbito prânico, do que em miríades de especulações evolutivas de nossos maxilares, por exemplo.

Descortinar deste trecho, analisamos as questões do repouso e da fadiga, fortemente guiados pelo conceito de não-violência, mas ainda em apresentação repleta de sincretismos, viés a esmorecer parte da força e beleza das tradições da prática.

Cheguei à página 303
Avaliação : 4

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Autoperfeição com Hatha Yoga

Fácil esperar um tratado impecável, tamanha a dimensão do nome envolvido, mas somos pegos no início, de supetão, com certo tom de auto-ajuda, cheio de testemunhos.

Outro viés comum ao gênero, a incomodar nas suas pretensões, se refere à insistência em apresentar conceitos científicos ocidentais para fundamentar alguns argumentos.

Felizmente o tropeço fica pelas pedras do início, apoio desnecessário para experiência e vivência da tal envergadura, quem sabe passível de remoção em futuras edições.

Ao adentrarmos a área de domínio, transborda conhecimento e autoridade, num texto simpático, preciso e extremamente acessível.

Após um pouco de conceituação geral, voltamos a atenção ao pranayama, em excelente orientação. Impossível de resistir a alguma experimentação, onde estivermos, verdadeiro exercício de propriocepção.

Iniciados seguimos para o reino das ásanas, cautela onipresente e detalhada descrição, com instruções passo a passo, para novatos executarem os primeiros passos e mais experientes reverem e absorverem com bastante satisfação.

Cheguei à página 12
Avaliação : 4

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Júpiter à Venda - p.230

Sem dúvida não atinge o melhor de seus exemplares, mas progrediu muito nesta segunda parte, principalmente quando investiu em seu humor refinado, meio sarcasmo, e as bem boladas encruzilhadas nos enredos.

Diversão mais empolgante, sem preocupações sisudas com ciências, mais focado em envolventes dilemas a procura de soluções, voamos mais soltos, descontraídos.

Seja como for, sempre prazerosa leitura, apreciamos inúmeros reluzes de ideias, perspectivas e desejos de outros tempos, numa era bem distante da Internet.

Uma volta ao passado, com duas ou três histórias mais relevantes, encerrada com maestria por uma fábula final sobre robôs, para aproveitar o suprassumo de sua verve.

Terminei
Avaliação : 4

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Júpiter à Venda

Definitivamente, o domínio do mestre Asimov reina sobre o tema robôs, infelizmente não sendo a preocupação da obra em questão.

Cortesia e simpatia persistem como em outras coletâneas suas, com seus comentários cheios de curiosidades a interligar os contos.

Neste caso, assistimos história com especulações científicas, situações extremas ou catalisadoras, com algumas poucas centelhas de sua genialidade a escapar.

Por exemplo, o último conto desta toada versa sobre evolução, alienígenas e exploração interplanetária, numa boa mistura intrincada para quebrar a cabeça e nos divertir.

Leve de levar, nosso aspecto literário, proporciona até o momento leitura despretensiosa e ilustrativa, uma daquelas pequenas facetas deste profícuo tecedor de causos bacanas de apreciar.

Cheguei à página 116
Avaliação : 3

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Para ler como um escritor - p.320

Numa guinada de estilo, deixamos a catedrática análise para passarmos a uma leitura pessoal de Francine, primeiro sobre um favorito autor, depois sobre o ímpeto pelo ato de ler e suas necessidades.

Sem a força inicial, concluímos nossa viagem em sua companhia com um vento morno, dissonante do tecnicismo a permear o restante, afastando-a de sua melhor vertente.

O complemento, uma lista de obras recomendadas para leitura, pouca acrescenta, afinal não comentada soa como pura obrigação ou lembrete de última hora.

Não bastasse o estranhamento final, nos deparamos com um posfácio de Moriconi, meio com ares de interpretação das páginas precedentes, com pitadas de regionalização para ambientes e autores tupiniquins. Desnecessário...

Aliás, mais desnecessário ainda o enxerto final de uma entrevista com a autora, sobre o próprio livro e seu tema, um apêndice desconectado para fechar com chave de "latão".

Apesar dos pesares, se nos atermos ao principal da obra, sua força inicial prevalece e a entrega de preciosas ferramentas e visões para a apreciação de boas leituras, ou boas escritas, para quem desejar arriscar.

Terminei
Avaliação : 4

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Para ler como um escritor - p.227

Didaticamente avançamos pelos personagens, os diálogos, os detalhes e os gestos, sempre fieis ao método de análise de clássicos, em destaques ao gosto da autora.

Incomoda ainda bastante a atribuição de intenções aos autores analisados, a poda de sua simples expressões, manifestações culturais e ambientais próprias de cada indivíduo.

Vale pela ênfase concedida a cada aspecto, a provocar nossa reflexão e nossa alma de escritor ou leitor, só dependendo do lado da página onde estamos.

Nos últimos temas se percebe maior dedicação à reprodução dos trechos para análise, mais do que o discorrer de conceitos e avaliações, tornando o acompanhar ligeiramente tedioso.

Seguimos firmes e entusiasmados, semeados com pontuações e dicas valiosas, prontas a florescer nas próximas incursões no mundo literário.

Cheguei à página 227
Avaliação : 4

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Para ler como um escritor

Expressar ideias apoiadas na própria experiência, trunfo da autora apresentado nos primeiros movimentos, reforço bem construído para o castelo a desvendar.

Por falar em construção, iniciamos desconstruindo a estrutura dos livros, palavras, frases, parágrafos e narração, elementos sempre exemplificados com trechos de ícones clássicos da literatura mundial.

Destaque para a ênfase na narrativa, especificamente em seu foco, guinado para o público-alvo no lugar da atenção para a voz do texto, ou personalidade do escritor.

Linhas e conceitos bem claros, páginas leves de acompanhar, sem deixar de tocar firmemente em nossa consciência, provocá-la à reflexão de escolhas, desejos e anseios.

Ampla abordagem, estilos e gostos diversos, há certo ar de tecnicismo no discurso de Francine, mas sem abandonar o prazer pelas letras, mais uma questão de gosto, estilo de leitor.

Por outro lado, tal direcionamento pesa a mão na atribuição de intenções aos criadores, remove o crédito de sua expressão espontânea e irrefletida.

Cheguei à página 114
Avaliação : 4