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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

sexta-feira, 28 de março de 2014

Essa História Está Diferente - p.264

A situação só piorou com o texto seguinte, mais desconectado do que todos os outros, extenso e sem rumo, um prenúncio de ingratas surpresas pela frente.

Felizmente nos enganos muitas vezes e nos pegamos resgatados por textos diametralmente opostos, com merecido destaque para mestres como Luís Fernando Veríssimo e Mia Couto, a atingir em cheio os objetivos do compêndio.

Condição melhorada, prazer da leitura resgatado, mas ainda com altos e baixos, entre linhas medianas e outras excepcionais, continuamos apreciando as possibilidades ocasionais pelo caminho.

Do mencionado Chico assistimos algo, homenageado à altura de sua poesia somente em um ou dois casos, uma oportunidade perdida ou outra boa intenção de projeto de difícil execução.

Cheguei ao final
Avaliação : 3

quinta-feira, 27 de março de 2014

Essa História Está Diferente

A tarefa de agrupar diversificados autores imbuídos em explorar a obra de outro célebre e grande colega parece impossível de atingir a excelência do homenageado.

Como em outros títulos, com o mesmo mote, a boa intenção da iniciativa deságua insuficiente para atender as expectativas, quem sabe pela distância da genialidade do muso, quem sabe pela heterogeneidade dos participantes.

Bons textos, ousadias estilísticas, mas por vezes fica a impressão de coadjuvação do tema, com contos a se estender demasiadamente, com ares de desejar destaque além do fim proposto.

Vale a experiência, das boas ideias, das boas tramas intrincadas, das esquetes do cotidiano, só que sem grandes empolgações, sem muita ansiedade por descobrir novas páginas.

Cheguei à página 123
Avaliação : 3

quarta-feira, 26 de março de 2014

O Saci

Um grande privilégio poder apreciar uma história de Monteiro Lobato, atemporal apesar de todos os indícios e aspectos textuais próprios de sua época.

Singelo e envolvente, suas linhas nos remetem à infância, aos aprendizados mais essenciais da maneira mais natural, ao crescer com o olhar prazeroso das aventuras da vida.

Na história em questão, contatamos muito mais do que o lendário saci, corremos de e espiamos um panteão enorme de mitos nacionais.

Isso tudo apenas para acompanhar o fio principal e rechear nossa leitura de mais informações deliciosas de degustar, momentos de calma contemplação.

Para crianças ou adultos saudosos, o volume deixa um convite tentador para avançarmos no universo do Sítio do Pica Pau Amarelo e curtimos outras tantas descobertas desta querida turminha.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

sexta-feira, 21 de março de 2014

A Nova Era Digital - p.320

A conversa definitivamente enroscou em conflitos, terrorismo e guerras, um peso extenuante em considerações sobre políticas internas e externas em situações extremas.

Infelizmente não visitamos outros aspectos da tal nova era, e mesmo por onde andamos esbarramos em quase lugares comuns, sem acréscimos à nossa compreensão do tema, sem novas chaves para discussão.

Como seria bom vislumbramos caminhos alternativos, outras realidades possíveis, sem o apego aos dilemas atuais, porém certamente passageiros, superáveis em condições diferentes.

Talvez se editado alguns anos antes o livro causaria impacto maior, mas perdeu o passo, não deixou marcas, apesar do time notável de pessoas consultadas, em abrangência geopolítica para poucos.

Fica a prova, acesso e ilustração sozinhos não garantem sucesso, o mundo binário se apresenta como parte da equação ou reflexo das rotas percorridas, sem falar em momento e boa vontade.

Esforços e expectativas à parte, parece que os autores, homens de outra época e círculos bem particulares, acabaram vítimas do seu próprio tema, da propalada nova era digital.

Cheguei ao final
Avaliação : 2

quinta-feira, 20 de março de 2014

A Nova Era Digital - p.173

Em nada se alterou o tom monocórdio da apresentação dos autores, um relato incansável e um tanto cansativo de evidências e tendências do mundo digital atual.

Curiosamente, neste último trecho percebemos ênfase significativa em conflitos, ao invés de encontrarmos ideias onde a tecnologia poderia até evitá-los, em que propiciasse ambientes com sua presença muito reduzida.

Novamente essa característica sugere o viés viciado das observações de Eric e Jared, o ângulo extraído de certa posição específica de empresários americanos, embora visionários e presentes na maior máquina de revolução digital existente.

Aliás, as revoluções descritas em pouco se assemelham à própria revolução de que participam em sua empreitada profissional, seus relatos destacam mais ainda as imensas desigualdades ocorrendo pelo planeta apesar de todo o esforço de mudança dos desbravadores dos bits.

Cheguei à página 173
Avaliação : 3

quarta-feira, 19 de março de 2014

A Nova Era Digital

Confesso que esperava bem mais do discurso de autores com tais patentes, bem mais do que aquilo que praticamente já quase se insere no senso comum, afinal a discussão assola qualquer ser humano atento cotidianamente.

Sua argumentação clara, suas exposições sólidas, trazem pouca novidade, servem mais como consolidação de ideias, compilação das revoluções a olhos vistos, mais presente do que futuro.

Aliás, o futuro descrito, já também extensivamente propagado pelas mídias, ganha o olhar particular de suas visões, porém pouco universais, ou com certos preceitos particulares bem subliminares.

Além de requerem critério, de leitura atenta, carregam um pouco de impraticabilidade, precisam de filtro e certamente se transformarão / adaptarão até seu acontecimento.

Começamos a análise pelos cenários vindouros, depois analisamos a informação quanto à segurança e a privacidade, para explorarmos suas consequências nos governos, nas empresas, nas relações sociais.

Roteiro um tanto previsível, ao menos pescamos aqui e ali temas para reflexão, remoemos assuntos eminentes e nos dispomos à preparação do por vir.

Cheguei à página 100
Avaliação : 3

terça-feira, 18 de março de 2014

Como se não houvesse amanhã - p.160

Passado o entusiasmo inicial, o ritmo monótono dos contos, repetitivos em estilos e enredos, murcha o ímpeto de continuar ou ansiar por outras histórias.

As bem escritas linhas acabaram sendo insuficientes, meio técnicas, negaram vida à altura da poesia da Legião, do seu drama emocional, de sua revolução de ideias e costumes.

Reside neste ponto a dificuldade maior a vencer, superar o complexo universo poético de Renato Russo e companhia, mais do que simplesmente usá-lo como apoio para tentar fundar suas composições.

Boa tentativa, mas ficamos só na boa intenção e no sincero esforço de homenagear a banda, externar toda sua admiração e procurar reproduzir sua verve e intensidade.

Cheguei ao final
Avaliação : 3

domingo, 16 de março de 2014

Os Zeróis - p.256

Um grande barato poder apreciar mais essa faceta do grande Ziraldo, com todo seu humor, sua simplicidade e pontaria certeira nas observações mais reveladoras, mesmo estando em frente aos olhos.

Conhecida por muitos, mas certamente ignorada por muitos mais, discorrer sobre quadrinhos em terras tupiniquins (e além-mar também) exige exposição às linhas, curvas e cores dos Zeróis.

Do cartunista a pintor, podemos assistir também em seus personagens, nas várias ilustrações, o amadurecimento do pensador, a consolidação do desenhista, a fertilização da mente do escritor.

Quantos autores destacaram as essenciais onomatopeias e lhes deram o devido protagonismo com a maestria do Menino Quadradinho (como ele mesmo se intitulou)?

O traço inconfundível, as cores particulares, as ideias às avessas, nos deparamos com todas as suas características com Z maiúsculo, para um delicioso passeio em seu universo heróico-infantil.

Cheio de graça, mas pleno em crítica, consegue provocar com simpatia, promove discussão produtiva, em conjunto, concilia para mudar, não são apenas desenhos (ou bastam ser).

Cheguei ao final
Avaliação : 5

sexta-feira, 14 de março de 2014

Como se não houvesse amanhã

Da janela do Senado à poeira pra todo lado, há referências por todo canto, ou melhor, por todo conto, ares inspirados pela poesia e o clima da banda de Brasília a nos carregar para outras paragens.

Ares densos, secos do cerrado, bem ao gosto de Renato, frequentemente amargos, ásperos e remoídos, legítimas releituras dos temas musicadas, cada qual em seu ritmo.

Chegam uniformes, em porção e melodia, frutos de fãs fiéis às ideias, aos sons, aos cenários, zelosos em compor um tributo a altura dos ídolos, a perpetuar estilos e bandeiras.

Não chegam a empolgar com veemência, a não ser quando versam numa ou noutra letra da preferência do leitor, mas cumprem seu papel de narrar faroestes caboclos, países em ebulição, carregados de nostalgia típica, tocante a quem conheceu aqueles anos de rebeldia mais de perto.

Cheguei à página 80
Avaliação : 4

quinta-feira, 13 de março de 2014

MDA Destilada

Não fosse suficiente destilar a MDA, os autores se preocuparam em produzir um sintético e abrangente histórico da arquitetura de software, sua evolução, no prefácio do livro.

Nitidamente tratamos de análise, arquitetura, observamos modelos bem abstratos, transições entre tais abstrações e ângulos diversos de registro de soluções e problemas.

Sem dúvida a recebemos destilada, mas a destilação produziu gotas grandes, por vezes de deglutição mais difícil, com sensível contribuição de sua distância do olhar concreto, das obviedades do cotidiano.

Após muitas diretrizes e orientações, boas práticas e técnicas esmiuçadas, sobram reflexões e anotações para por em execução, experimentar e comprovar, tentar assentar as ideias com sua utilização.

O forte teor dessa destilada pode provocar mudanças radicais, assim como difícil será o desafio da mudança cultural nas organizações e a aceitação das evidências em favor de seus princípios.

Cheguei ao final
Avaliação : 3

quarta-feira, 12 de março de 2014

Linguagem e Mente

Já no prefácio aproveitamos um considerável resumo do pensamento de Chomsky, ótima orientação para apreciar o texto com olhos mais atentos, instigados e rememorados.

Como em outros títulos sobre o pensador, iniciamos com apresentações mais gerais, ideias pilares, sedimentais, responsáveis em grande parte pelo cruzares de ares do conhecimento.

Depois, na transcrição da segunda palestra, assistimos à especialização do assunto, o aprofundamento nas particularidades da linguística, maravilhas aos olhos e mentes no contato com material tão denso, abrangente e universal.

Outro importante destaque, as perguntas e respostas coletadas e reproduzidas, ampliam o entendimento e permitem um contato com observações do próprio palestrante, um olhar mais próximo de seu raciocínio.

Sucinto, sem deixar de ser amplo, objetivo, o livro certamente agrada iniciados e curiosos, fomenta pesquisas e caminhos para futuras investigações ou, no mínimo, lega uma senhora síntese das teorias do ilustre professor.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

segunda-feira, 10 de março de 2014

Chéri à Paris

Entre reminiscências do cotidiano estrangeiro e observações perspicazes de hábitos e costumes, o autor nos presenteia com um bem humorado relato de sua experiência.

Felizmente Daniel não absorveu o mau humor francês, tantas vezes mencionado em seu texto, se mantendo imune à nuvem negra dos ares parisienses e aproveitando para enriquecer suas vivências oferecidas pela situação.

Descontraídas e variadas, suas crônicas abordam os mais variados temas, aspectos profissionais, pessoais e filosóficos, autoterapia de um brasileiro em meio a ambiente tão diferente dos seus dias ensolarados em terras tupiniquins.

Com conteúdo organizado de forma bem pensada, somos convidados, conduzidos, a acompanhá-lo por esse passeio, nos divertir com seus bons e maus momentos, a compartilhar algumas de suas temporárias mazelas.

Certamente restaram mais que biquinhos e ares blasés, mais do que aromas de baguetes e cafés, um ângulo simpático de encarar os desafios do dia a dia, divido e estendido com os leitores, estejam onde estiverem.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

sexta-feira, 7 de março de 2014

Próxima Parada: Marte - p.280

Ninguém supõe que seja fácil, ou trivial, desafiar as limitações naturais para galgar o universo, mas dificilmente chegaríamos perto de acertar o grau de dificuldade.

A autora consegue ilustrar bem os percalços, e a graça envolvida, mesmo sem uma verve maior, um arranjo mais elaborado para construir sua narrativa.

Exemplo dos tortuosos caminhos da exposição, logo após bastante escatologia, assistimos detalhes sobre alimentação, para depois terminar sem grande cerimônia.

O número de informações históricas, por sinal um levantamento portentoso e de complicado acesso, além das curiosidades científicas, valem o esforço de acompanhar os capítulos do texto, arrastados principalmente no início do livro.

Mais do que explorar as árduas trilhas de conquistar um sonho, Mary desnuda nossa pequenez e inadequação para um ambiente inóspito, uma banho de água fria em qualquer sonho de viagens interplanetárias, um grande ponto de interrogação nos mais ousados desejos infantis de ser astronauta.

Cheguei ao final
Avaliação : 3

quinta-feira, 6 de março de 2014

Próxima Parada: Marte - p.217

O emaranhado de informações e curiosidades sobre voos espaciais ganha mais corpo, mais coesão, mas ainda não cativa, não empolga, em parte pela narração, em parte pelo foco.

Em alguns poucos momentos, com certo tom hilário, nos divertimos com as inusitadas situações e soluções encontradas pelos pesquisadores e engenheiros, jeitinhos especiais para ultrapassar barreiras.

Exploramos questões de segurança a psicológicas, comportamentais a fisiológicas, com direito a um trecho escatológica às voltas de excreções e outros inconvenientes impostos pela natureza.

Hora de tomarmos um fôlego final e liquidarmos com as últimas páginas, sem grande expectativa ou esperança, um pouco como deve ser o cotidiano em gravidade zero...

Cheguei à página 217
Avaliação : 3

quarta-feira, 5 de março de 2014

Os Zeróis

Satírico, muito bem-humorado e inteligente, alguns adjetivos possíveis de elencar para descrever o trabalho resultante de tantos anos, durável, permanente, mesmo depois de envelhecer.

Ao acompanharmos as historietas acabamos acompanhando a evolução do artista, além da própria história nacional, e de quebra a mundial, passeio delicioso com inúmeras possibilidades.

Excelente a preocupação na reedição de algumas imagens, assim como a publicação dos originais, lado a lado, registro impecável e imperdível desta parte da obra de Ziraldo.

Basta sentar e apreciar, do jogo de palavras ao duelo de cenas, a diversão garantida surge em cada folhear, em cada pausa para admirar traços e intenções.

Cheguei à página 177
Avaliação : 5