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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mistério de Natal - p.263

Mágico e real se revelou o final do livro e o desvendar do mistério perseguido pelas personagens.

Como pano de fundo para um envolvente enredo, uma bela e rápida revisão da vida de Cristo, com o requinte de ser apresentada de trás para frente.

Nesta obra o autor não chega a provocar o mesmo encanto do "A Garota das Laranjas", mas a singeleza e suavidade são bem próximas.

Deve ser resultado da dureza por trás da surpreendente história de Elisabet, ainda que meio fantástica.

Somos arrancados da mesmice para refletir e reviver o Advento, sendo certamente possível repetir a peregrinação todos os anos.

Excelente presente para pais com filhos pequenos, ou até quem sabe para famílias um pouco mais velhinhas, mas com vontade de reavivar o espírito verdadeiro natalino.

Terminamos as últimas páginas como quem abriu a última janelinha do seu calendário de Natal.

Terminei
Avaliação : 4

Mistério de Natal - p.219

Não bastasse viajar pelos continentes e pelo tempo, a trupe se arrisca a explicar o nosso contemporâneo conceito de espaço-tempo.

Lá pelas entrelinhas, é certo, mas com uma sutileza capaz de instruir com muita facilidade até o menos acadêmico dos mortais...

Arriscaria dizer se tratar de quase um Heisenberg para crianças, uma introdução à física moderna, com lápis de cor e giz de cera.

Continuamos assim a jornada, repletos de informações, cada vez mais associadas à história cristã, na medida em que nos aproximamos do nascimento de Jesus, assim como da cidade de Belém.

Catecismo suave, pintado com paisagens belas e pueris, a percorrer os principais pontos da doutrina, fatos e personagens marcantes, além de alguma reflexão ideológica.

Criatividade nas situações, bem ao gosto infantil, surge por todos os cantos e linhas, regando o ambiente com magia cativante e terna.

Estamos bem perto do Natal e, tal qual o pequeno protagonista, já sinto uma angústia por chegar ao fim.

Parei na página 219
Avaliação : 4

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mistério de Natal - p.154

De fábula a trilha de enigmas, a história se desenvolve e nos envolve continuamente.

Aqui e acolá pitadas de filosofia, como uma bem tratada discussão sobre o infinito, pautada na eternidade.

Com linguagem extremamente simples, desfia um dos mais complexos assuntos do pensamento humano.

Tenho dificuldade em discernir qual o segredo da leveza no texto do autor, como ele é capaz de por tanta poesia em sua prosa.

Repleto da inocência infantil e suas descobertas, faz do singelo algo perenemente sublime.

De certa forma, a obra assume a forma de seu assunto, se transforma aos pouquinhos num daqueles calendários natalinos.

Imagino o dia que poderei compartilhar tão belo texto com minha filha, em algum tempo do advento...

Parei na página 154
Avaliação : 4

Mistério de Natal

Jeitão de histórias de mãe na hora de dormir, simpatia do texto do autor, elementos para nos deleitar logo de início no livro.

Verdadeira fábula natalina, a história foi certamente escrita para ser sorvida, dia a dia, durante a espera do Natal.

De lambuja descobri o significado desse calendário com figurinhas, item recebido num remoto mês de dezembro, enfeitando certo disco com músicas natalinas.

E o presente só faz uns 35 anos...

Descrições cheias de poesia e filosofia, vindas dos pensamentos de uma criança, permeiam as etapas da jornada rumo a Belém.

Bem ao estilo de Gaarder, as linhas leves e fluídas nos conduzem por descobertas e reflexões.

Olha que estamos apenas no começo...

Parei na página 84
Avaliação : 4

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Neuromancer - p.304

Revelados os principais atores da trama, descobrimos serem estes mais poderosos do que podíamos imaginar.

Algum dia encontraremos existências tão onipotentes como Wintermute e Neuromancer?

Definitivamente, são as alternâncias entre o mundo virtual, as viagens alucinógenas de Case e a realidade cyberpunk do futuro que tornam a narrativa difusa.

Ao menos, depois de entendidos alguns objetivos, o caminho para acompanhar o enredo fica mais suave.

Terminamos com uma história não tão excepcional, mas com conceitos certamente surpreendentes, principalmente à época de sua publicação.

Passear pela suas páginas foi como assistir outro episódio de "Matrix", quase uma pré-história da narrativa apresentada nos cinemas.

A história no livro em questão é diferente da trama cinematográfica, mas claramente possui todas as bases de seus elementos.

Em meio a tantas considerações, se torna difícil digerir os sentimentos em relação às suas páginas.

Seja como for, acho que continuarei a leitura da trilogia, pois valeram as linhas lidas e curtidas.

Terminei
Avaliação : 4

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Neuromancer - p.195

"Turvas demais" seria uma boa definição para as cenas desenvolvidas na história.

Pode ser efeito das incursões na matrix, ou do uso contínuo de alucinógenos pelo personagem.

Alternam-se situações sem que nos demos conta, exigindo atenção redobrada à leitura, sem falar no recorrer ao glossário.

Permanece o enigma das operações realizadas pela equipe, nos diversos ambientes por onde viajam.

Ao menos o nome de algo, ou alguém, surge recorrentemente e vem se fixando: Wintermute.

É divertidíssimo ver inúmeros conceitos desenvolvidos que foram posteriormente usados no cinema, sendo quase arqueológico...

Parei na página 195
Avaliação : 3

terça-feira, 17 de maio de 2011

Neuromancer - p.110

Alguma coisa no estilo, no jeitão da narrativa, impede meu envolvimento maior com a trama.

Às vezes penso no excesso do vocabulário próprio, talvez o volume de ganchos do enredo, mas não consigo definir.

As ideias e conceitos são fascinantes, apesar de ficar um certo clima de passado, como se já tivesse ocorrido e soubéssemos ser pouco plausível.

Na época de sua publicação, o livro deve ter causado mais impacto, afinal inaugurou (e possivelmente por isso) a estética tecnologia de nossa ficção atual.

Case, o protagonista, continua envolto na aura de mistério das motivações de seus empregadores.

Pouco podemos especular das razões e posicionamento de Molly, assim como seu envolvimento com o cowboy.

Somente nos resta continuar e ver onde isso vai dar...

Parei na página 110
Avaliação : 4

domingo, 15 de maio de 2011

Neuromancer

Um prefácio do autor após 25 anos de lançamento do livro, com história de imenso sucesso, poucas vezes temos oportunidade de presenciar.

A contextualização produzida, suas influências na cultura contemporânea, estão apresentadas nas páginas introdutórias, construindo boa expectativa e apoio às páginas por vir.

Fiz questão de conhecer o glossário, como recomendado, e fui muito útil já logo no começo, ampliando o entendimento do texto.

Cenários e personagens do cyberpunk se apresentam imediatamente, nas primeiras linhas, lançando um universo de visões em nossa imaginação.

As tramas começam a surgir, as motivações a esquentar e somos envolvidos por esse mundo de matrix, computação e psicologia, com seu estilo bem particular.

Leitura assim promete bastante...

Parei na página 49
Avaliação : 5

sábado, 14 de maio de 2011

Ubik - p.238

Revelações feitas, mais revelações sobre revelações ocorrem, mantendo certo grau de incerteza.

Apesar do bem elaborado jogo, o desvendar dos mistérios poderia ser mais intrincado, ou guardar melhor as surpresas.

Em muitos trechos, sinais evidentes dos resultados são entregues com algumas páginas de antecedência, minimizando o efeito das descobertas.

Em verdade, sentimo-nos em meio a uma ficção um tanto adolescente, com ares de Sessão da Tarde.

É bem certo que no final o autor tenta provocar uma reviravolta, quase demonstrar que estamos errados, mas me pareceu meio forçado, artificial.

Apesar destes pequenos pesares, as situações e visões propostas nos permitem extrapolar ideias, refletir sobre nossa sensibilidade do real, sobre nossos desejos e rumos, nossa humanidade tão humana.

Terminei
Avaliação : 4

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ubik - p.186

Percebe-se nítido freio no ritmo da narrativa, no desenrolar do enredo, nas últimas páginas lidas.

Quase nada se avança no conhecimento das ocorrências, as personagens ficam apenas ruminando os efeitos de suas vivências.

Em alguns momentos, enfadonho...

Seria uma estratégia do autor para nos obrigar a questionar e repensar os mistérios sobre muitos e diferentes ângulos?

A paisagem é recorrentemente pessimista, seja na percepção vivida ou nas possibilidades do futuro construído na história.

Algumas revelações mais para o final deste trecho soam como cortina de fumaça, estando lá apenas para confundir.

Suspeito que a revelação está mais próxima, e as respostas bem à frente de nosso nariz, com alguns resultados que arrisco postular.

Qual será a verdade sobre Ubik, a meia-vida e a degeneração?

Parei na página 186
Avaliação : 4

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Ubik - p.139

O evento transformador da história altera a ação dos personagens completamente, muda o foco da narrativa e suas ênfases.

Entramos numa fase mais psicológica, quase um thriller, sob a pressão e urgência de certas ocorrências.

Em meio ao percurso, detalhes notados retomam o questionamento da realidade, ao menos da percepção dos envolvidos.

O que está ocorrendo de fato? A visão está alterada ou nunca foi objetiva e concreta?

Terminamos esta etapa com uma revelação que pode explicar muitos acontecimentos, desnudaria até demais o enredo.

Seria ela outra armadilha dos sentidos, ou da mente?

Com uma narrativa envolvente, o autor nos conduz e induz por páginas e mais páginas, numa aventura divertidíssima de acompanhar.

Parei na página 139
Avaliação : 5

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ubik - p.86

Após poucas páginas, notamos o foco no enredo na história das disputas psíquicas, com cada corrente a literalmente combater seus oponentes.

Um futuro dominado pela exploração de capacidades hoje sobrehumanas.

Ou acaso teria a tecnologia desenvolvido, ou tornado possíveis, tais habilidades extremas?

Alguns personagens se destacam, mas resta sempre uma dúvida quanto às suas verdades...

Ao fim deste trecho, uma reviravolta nos acontecimentos pode transformar completamente os rumos da aventura.

Assim como descrito na sinopse, continuamente somos testados sobre as certezas, é difícil precisar o que é real ou não.

Parei na página 86
Avaliação : 5

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ubik

Cenário e narrativa envolventes iniciam a história, num futuro nem um pouco familiar ao nosso cotidiano.

O enredo com os meias-vidas, psis, antipsis e precorgs anuncia novidades e muita diversão pelas páginas vindouras.

Quem conhece "Minority Report" perceberá certa consistência de caracteres e ideias, apontando um universo comum entre as obras, quem sabe um projeto mais amplo do autor.

Em poucas páginas somos questionados de muitas de nossos anseios (fantasias?): eternidade, controle do destino, telepatia.

Com texto fluido e ritmado, somos apreendidos pela narração, fazendo-nos não perceber o transcorrer das páginas.

Ainda estamos conhecendo o terreno, mas pequenos pontos de conflito já começam a pipocar, incipientes mais promissores.

Entro na aventura, curioso e entusiasmado!

Parei na página 49
Avaliação : 5

Histórias de ficção científica - p.160

Neste segundo e último trecho de leitura fomos presenteados com outros excelentes e não tão óbvios autores, ao menos para o grande público.

Os brasileiros Scavone e Calife apresentam a promissora corrente de FC brasileira, com notáveis contos, bem ao gosto dos clássicos.

Um enredo parecido com o filme "Inteligência Artificial" reforça alguns contornos de nosso convívio com as ditas "máquinas".

Em seguida, uma história sobre viagens interplanetárias parece refletir aspectos sociais da vida do escritor argentino, em tempos de ditadura.

Vindo do Canadá, outro curtíssimo (sem deixar de ser excelente) conto discute nossos preconceitos em meio ao novo mundo do desequilíbrio ambiental.

Intrigante conhecer também outra visão de invasão alienígena, quando nós somos completamente ignorados.

Por fim, o último autor nos brinda com um mundo pós-humano, se é que podemos concebê-lo.

O livro se encerra com instrutiva e didática sinopse da história da ficção científica, lá pelo mundo e por aqui, em terras tupiniquins.

Outro livro para guardar na seleta coleção da área, referência para muitas viagens e inspirações!

Terminei
Avaliação : 4

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Histórias de ficção científica

Deve sempre ser um desafio coletar trabalhos para publicar uma coletânea de ficção científica...

Dois textos são excelentes contos, de Edgar Allan Poe e Millor Fernandes, mas apenas resvalam na área, têm algo levemente científico na narrativa.

H.G. Wells, Isaac Asimov e Arthur C. Clarke são "hors concours", mas sempre fascinantes de reler, rever, reviver, impossíveis de deixar de curtir.

Pinçar um conto célebre de cada um certamente foi daquelas tarefas árduas, felizmente culminando em excelentes opções.

As surpresas vieram de autores menos óbvios, menos explorados, divertidos de experimentar.

André Carneiro surgiu com um rapidíssimo conto, sobre vida alienígena, genial em sua visão e concisão.

Já o espanhol Miguel de Unano ecoa, lá do distante ano de 1913, apresentando uma história com certa cidade das máquinas.

Robótica e inteligência artificial, em tempos de cinema mudo, não são para qualquer um!

Tolos aqueles que supunham ser o filme Matrix completamente inédito...

Parei na página 101
Avaliação : 4