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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

domingo, 10 de abril de 2011

A Garota das Laranjas - p.132

Logo depois do início da revelação do mistério, ocorre a descoberta do principal segredo da garota das laranjas.

O óbvio foi apresentado, mas de maneira tão meiga e poética que se torna surpreendente.

Um tapa na cara dos soberbos em afirmar já serem cientes dos rumos seguidos.

Daí para frente o desenrolar da narrativa toma um ritmo muito diferente, impossível de interromper.

Cada linha lida compensa o esforço de destrinchar as vagarosas divagações até aquele momento.

Como em outros trabalhos do autor, a morte é grande propulsora das inquietações e reflexões.

Pensando bem, ela é a grande propulsora da filosofia, ou melhor, a nossa consciência da finitude o é.

Com o passar das páginas, o fato do livro ser ficcionalmente um retrabalho do texto do pai, com inserções da personagem, é literatura das mais bem pensadas, muito bem elaborada em sua forma.

A filosofia sutilmente disposta nos recantos, nas pequenas curvas desta fábula moderna, nos encanta continuamente.

Por sinal, o grande testamento do pai, o legado entregue ao seu filho, é esse amor ao saber, essa poesia para ver a vida.

Quem poderia desejar melhor herança?

Como li estes dias por aqui, quem dera pudesse abrir novamente esse livro como se nunca o tivesse feito...

Terminei
Avaliação : 5

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