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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

As Duas Faces do Destino

Direto, objetivo e empolgante, com narrativa ágil o livro nos envolve e arrasta para uma jornada recheada de descobertas e aventuras cheias de nós.

O mistério inicial deixa margens às apostas quase certeiras, sem permitir a perda da curiosidade, sem amenizar a magia, uma busca por confirmações de desenvolvimentos cheios de expectativa.

Descrições de cenários alternados e linhas narrativas paralelas concedem um toque especial, contribuição pela torcida para o protagonista, estímulo para desvendar as próximas páginas.

Em pouco tempo as coisas se esclarecem para, em seguida, surgirem outros personagens em atuação cruzada, em outras cenas, mas claramente conectados na trama principal.

Com inúmeros componentes da mais autêntica ficção científica, seguimos viagem a apreciar este universo moldado sob medida para os fãs do gênero, entusiasmados em testemunhar os próximos acontecimentos.

Cheguei à página 102
Avaliação : 4

sábado, 21 de dezembro de 2013

Ciência x Espiritualidade - p.336

O debate entre antagonistas deixou bastante a desejar, afinal a proposta do título enseja, especula, mais progresso, mais enriquecimento, do que obtiveram os autores.

Enquanto o cientista amplia seus horizontes, abrange áreas e filosofias diversas, procura conciliar visões, o espiritualista insiste num combate vazio, sem profundidade, sem volume, sem peso.

Perdemos todos pela insistência de um, ganhamos um pouco pela boa disposição e lucidez do outro a pintar um belo cenário do conhecimento humano.

Talvez a discussão, ou o acordo, seja mesmo impraticável, apesar do esforço despendido, pois os âmbitos não se cruzam, não são conciliáveis, se tratam de áreas e abordagens definitivamente distintas, independentemente da boa vontade empenhada.

Cheguei ao final
Avaliação : 3

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Ciência x Espiritualidade - p.193

Não há como esperar uma mudança no rumo da conversa, mesmo depois de tantos temas, as posições e abordagens continuam idênticas.

De um lado o matemático, com sua postura madura, sua elaboração pautada em fatos e evidências, construindo um elaborado arcabouço teórico.

Do outro o espiritualista, sem ser religioso, a se apropriar de conceitos ocidentais, misturados num caldeirão de senso comum, a não apresentar nenhuma ideia ou proposta factível.

Discutiram os assuntos mais espinhosos, de relação mente-cérebro a inteligência artificial, do livre-arbítrio à evolução darwiniana, sempre com muito respeito, mas sem enriquecer o debate.

A responsabilidade pela pouca agregação pesa sobre Deepak, arraigado em seus ideais, sem acrescentar elementos, sem usar as mesmas regras do jogo científico (apesar de querer soar como), sem ao menos tentar o caminho do meio.

Vale o prazer de acompanhar as descrições acessíveis e trabalhadas de Leonard, a ilustrar as melhores soluções possíveis da ciência para as grandes dúvidas do ser humano.

Cheguei à página 193
Avaliação : 4

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Ciência x Espiritualidade

Nada melhor do que o debate, a contraposição de ideias, principalmente entre dois expoentes tão antagônicos, imbuídos em exercitar o melhor da dialética.

Excelente escolha a produção de textos, distintos, separados, sobre o mesmo tema, para não incorrer na intromissão e na carência de tempo para reflexão.

Os missivistas iniciam pelo mais intrincados mistérios da natureza (origem do Universo, sentido da realidade, vida), sem receio da extensão, dispostos a colocar muitas cartas na mesa.

Leonard discursa mais sensato, pautado nas sólidas e fundamentadas teorias ocidentais, apresenta conhecimento rico de maneira acessível.

Deepak se preocupa em combater, parece constantemente interessado em desconstruir, apesar de recorrer intensamente ao outro conhecimento, ao invés de apresentar alternativa, uma visão própria e isenta.

Cada leitor poderá avaliar por si, mas acho difícil negar a sobriedade, leveza e propriedade do primeiro, frente ao falatório vazio do segundo, a não ser que seja algum partidário fundamentalista da espiritualidade.

Cheguei à página 94
Avaliação : 4

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Shikasta - p.452

De maneira natural, meio imperceptível, os fatos nos conduziram a um final apocalíptico, mas com tom bem esperançoso, cheio de confiança no futuro, ainda que incerto.

Acabamos com uma sensação dúbia, entre o desagrado com o texto arrastado, alongado ao limite da nossa persistência, e a maravilha pelo poder da representação da cronologia de uma civilização.

Parece que conseguimos tocar e compreender um pouco da maestria que trouxa a autora à notoriedade, além de perceber influências de sua biografia no texto. Inegavelmente fomos expostos a uma experiência diferente, um estilo particular, cativante e rico em seus maneirismos e abordagens.

Resta a dúvida se ousaremos percorrer as continuações existentes, provavelmente outros caminhos árduos, afinal, por hora, se faz necessário algum distanciamento e repouso reflexivo.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Shikasta - p.314

Sinceramente parece cada vez mais difícil enxergar algum objetivo para os rumos do livro, a não ser o relato direto dos acontecimentos históricos da narrativa.

Claramente a evolução dos fatos demonstra a degradação de um elaborado plano de colonização frustrado.

Com surpresa observamos que os avançados seres planejadores se menosprezaram ou não previram a força da seleção natural, acompanhada de eventos caóticos.

De qualquer forma, a beleza do texto bem composto se mostra incapaz de combater a monotonia do extenso desfilar de registros, um constate folhear de páginas levemente conexas.

Sem outra opção, persistentes, ou teimosos, seguimos sem esperar novidades ou reviravoltas daqui ao final...

Cheguei à página 314
Avaliação : 3

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Shikasta - p.211

Não há mais dúvidas quanto ao lugar onde a história ocorre ou com relação aos povos monitorados pela civilização intergaláctica.

Aliás, por vezes a menção se faz explícita e, com o passar das páginas, continuamente a referência se torna direta, com todas as letras.

Atingimos um estágio de leitura, um momento no avanço das linhas, impossível de não se incomodar com a falta de conflito, do gatilho para motivar as ações e a evolução dos fatos.

Descrições e mais descrições, de cenários e personagens, análise sem fim, a narrativa parece uma coletânea enciclopédica sem grandes motivos, somente preocupada em relatar.

Com um mote tão bem sacado, espero sinceramente que o livro não se resuma aos relatórios, à pintura de cenas e ambientes, com alguma psicologia envolvida e crítica social.

Não pode ficar para trás o esforço de construir um enredo com tão extensa cobertura de tempo, se bem que essa pode ser a armadilha a amarrar a contação dos causo.

Cheguei à página 211
Avaliação : 3

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Shikasta

Ideia sensacional, narrativa meio confusa, adentramos numa trama espacial com ares das melhores, recheada de colonização interplanetária, civilizações distantes e outras especulações saborosas.

Um considerável volume de informações do cenário se apresenta, num ritmo meio confuso e complicado de situar, mas capaz de nos encher de expectativa.

O conflito, o mote, exposto sem mistérios desenha as margens da aventura e impulsiona as personagens, aparentemente um tanto desorientadas como o próprio leitor.

Somente depois de bastante caminhada e significativo espaço de tempo narrativo vislumbramos alguém com ares de protagonista, meio nebuloso, começando a dar as caras.

As indefinições e o estilo da escrita provocam certa aspereza na leitura, mas conseguem cativar, apoiados no fio condutor da história nos fazem prosseguir com curiosidade em busca dos descortinares das próximas páginas.

Cheguei à página 104
Avaliação : 4

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Freakonomics - p.254

Nem mesmo a escolha do nome de filhos escapou do olhar crítico do freakonomista, pronto a tecer teses e testá-las com seu ferramental sólido e dominado.

E assim encerra sua apresentação, sem grandes desfechos, sem grandes enlaces, apenas algumas palavras finais de simpática despedida.

Na edição em questão, um complemento de textos meio desnecessários, hora para ovacionar, hora para defender, além de transcrições de seu blog para remoer alguns assuntos.

Inegável a originalidade de sua abordagem, assim como as polêmicas em determinadas afirmações, conjunto impactante e forte de belas construções para explicar a realidade observada.

O lado oculto termina um pouco mais revelado, um estalo para nos despertar a desconfiança em nossas análises do universo que nos afeta, uma gota a menos de inocência para aceitar certas verdades.

Cheguei ao final
Avaliação : 4

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Freakonomics - p.134

Coragem não falta ao autor, investiga temas espinhosos com afinco, sem temer tocar em aspectos sensíveis do cotidiano, desde que rendam boas conclusões a respeito do comportamento humano e melhorem sua compreensão.

Numa primeira etapa, dados de criminalidade, tráfico de drogas e inusitadas correlações identificadas, sempre fundamentadas em levantamentos consistentes e passíveis de análise.

Em seguida, a educação dos filhos, as influências possíveis dos pais no rumo das vidas das crianças, outra avalanche de surpresas bem distantes das opiniões do dia a dia.

Seja qual for a área, Steven esbarra em preconceitos e tece teses de difícil digestão para grande parte das pessoas, ideias um tanto ásperas para aceitar, apesar das evidências relevantes.

Seguimos assim, neste pé atrás, ariscos com as extensões das inferências construídas, das consequências possíveis, ainda que a economia e a estatística balizem cada passo dado na discussão.

Cheguei à página 134
Avaliação : 4

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Freakonomics

Desvendar os mistérios da nossa natureza sempre rende um bom enredo, empreitada que Steven não deixou por menos, com propriedade e em formato extremamente acessível.

Como ferramentas, economia e matemática dos fatos, uma tradução lógica e estudada das cenas ocultas aos olhos do senso comum.

Partimos com a análise da motivação humana e sua influência nas relações, seu poder de converter até os mais honestos, mesmo sem que percebam.

Em outra abordagem, seguimos com o peso do controle da informação e a utilização do medo na indução de comportamentos ou como armas nos jogos do cotidiano, artifícios poderosos nem sempre conscientes.

As análises do autor sempre fundamentadas, aliadas ao texto agradável, convencem sem grande esforço, mas nunca é demais ficar atento às possíveis falácias de tanta certeza e inferência.

De olhos bem abertos continuamos entusiasmados em descobrir quais cantos ele ainda descortinará...

Cheguei à página 68
Avaliação : 4

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Eu Amo Café - p.280

Célebre e cultuado, o espresso chega para encerrar com a devida glória a jornada de experimentação, capítulo a parte para iniciados e motivo de bastante estudo.

Além de suas características e histórias, apreciamos um pouco da arte do barista e seus truques, simples à primeira vista, certamente pedregosos na primeira execução.

Encerramos com um desfilar de receitas, das mais variadas, para todos os gostos, contato para aguçar a imaginação e plantar o ímpeto de mal poder esperar para testar.

Não fosse suficiente, ainda recebemos pistas e orientações do uso de caldas e cremes, sem falar em outras experiências inusitadas em fórmulas geladas, congeladas, alcoólicas ou exóticas.

Findo o passeio, agora nos resta estudar e praticar apoiados neste sólido manual para extração dos melhores sabores e aromas deste néctar tão apreciado por aqui em nossas paragens.

Cheguei ao final
Avaliação : 4