Bem-vindo(a)!

Verifique seu Flash plug-in!

Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Homem Bicentenário - p.237

Certamente as histórias seguintes não conseguiriam superar o último conto, merecedor da referência no título do livro, mas a variedade de temas e abordagens permanece fascinante.

Neurociência e música em tratamentos futuristas, perspectiva atual ditada há muito anos atrás, possível fruto apenas de extrapolação.

Outro conto cósmico, repleto de informações científicas bem explicadas, situação crítica com buracos negros e afins, misto de imaginação e conhecimento com um pouco de aventura.

Depois outro complô, mais robôs pela frente e uma teoria da conspiração sutilmente elaborada, desafio com tons de quebra-cabeça e espírito investigativo aguçado, provocantes linhas a nossa curiosidade.

Para fechar, viagem no tempo e brincadeira bem humorada com seu primeiro editor, um esquete leve para um último suspiro de diversão, acabamento caprichado para tão seleto compêndio.

Uma pena terminar, conhecemos outro excelente exemplar de coletânea preparada pelo autor, sempre com muito senso estético e coesão, a formar releitura preciosa de sua própria obra.

Páginas fascinantes, cuidadosa e inteligentemente aglutinadas, um deleite para fãs (ou mesmo para qualquer pessoa), turbilhão de ideias e emoções para guardar, repensar e reviver.

Terminei
Avaliação : 5

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Homem Bicentenário - p.196

Um computador autista envolvido em pesquisas interplanetárias, discussão de neurociência a fomentar ficção científica e gerar metáforas ampliadoras do entendimento.

O desafio do domínio das máquinas sobre o homem e um bem elaborado complô para combatê-las, digno de Matrix e congêneres, oriundos de épocas bem anteriores.

Voltamos então às discussões filosóficas, ambientalismo e inúmeras considerações éticas, despertar de questionamentos por pura ficção, com propostas de soluções maquiavelicamente intrincadas.

Temas de entrada, construção de ambientes e conceitos para o prato principal, o célebre conto "O Homem Bicentenário", pérola do autor e da sci-fi, robusto composto de ideias e sentimentos.

Impressiona o poder de uma história, envolvente, comovente e magnética em todas as leituras, em todas as repetidas visitas às suas linhas bem conhecidas.

A estrutura do livro, os comentários de encadeamento, as conexões entre os enredos, um presente do mestre Asimov aos seus fãs e à literatura universal.

Extasiante!

Cheguei à página 196
Avaliação : 5

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Homem Bicentenário - p.102

Quem imaginaria um conto entre céus e mares desaguar numa discussão ambiental, bem visionária para seu tempo, além de um jogo de política, poder e dinheiro, com direito a complôs e altos conflitos?

Em seguida, uma sublime história de robôs a discutir as três leis, além de propor alternativas para aceitação da sua espécie pelos humanos, com direito a revisita de antigos temas e personagens.

Só mesmo o grande mestre Asimov para jogar magistralmente com as peças de nossos anseios e medos, transfigurados em objetos futuristas e inovadores, texto repleto de discussões, teses e apresentações.

Em meio às emocionantes historietas, causos de sua carreira no mundo sci-fi, tempero pontual para fomentar a curiosidade e o culto ao autor, esquetes de outros tempos de fatos reais bem vividos.

Puro encanto e diversão, no melhor de seu tema, estilo e ritmo, páginas de contemplação para dificultar a pausa e pedir novas aventuras e tomos.

Cheguei à página 102
Avaliação : 5

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O Homem Bicentenário

Recebidos e ciceroneados pelo próprio mestre, cada texto mereceu atenciosa introdução, com a devida ambientação e posicionamento, cenário agradável e simpático para acompanhar a leitura.

Começamos com uma história de robôs e a aparição da célebre Susan Calvin, ótima retomada da personagem tão presente em outras obras, com fundamental participação no desenrolar da trama.

Enredo pleno de significados e reflexos, típicas páginas de questionamento da natureza humana, tão espelhada nos temores e amores pelas máquinas e suas limitações e desafios.

Na história seguinte encontramos a união do céu com o mar, aventura de relações de lunares com submarinos, bem sacada percepção das similaridades das diversas faces da aventura desbravadora do homo sapiens.

Apenas demos os primeiros passos, a segunda incursão nem terminou, mas o ânimo e as perspectivas são animadoras, prenúncio de muita diversão e viagens fantásticas pelo imaginário de Asimov.

Cheguei à página 61
Avaliação : 5

O Maníaco do Olho Verde - p.128

Nenhuma mudança no tom ou no tema aconteceu, as linhas desconexas, um tanto descabidas, mantiveram a sensação de estranheza, quem sabe resultado de certa artificialidade nas abordagens.

Claramente as linhas traçadas, o estilo do texto, a escolha da narrativa, provêm de um hábil autor, fazem jus ao seu renome como grande escritor, mas apenas técnica se mostra insuficiente para sustentar o prazer na leitura.

Por sinal, a amostra provoca dúvidas relativas ao potencial do restante de sua obra, quais as origens de seu destaque, quem sabe fruto de sua excentricidade, ou a má experiência resulta somente de infelicidade ocasional.

Talvez um futuro encontro, com outro exemplar do trabalho de Trevisan, mudará a perspectiva encontrada, mas tal evento não deverá ocorrer tão cedo, melhor deixar o tempo afastar o desagrado.

Terminei
Avaliação : 3

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Maníaco do Olho Verde

Sem prefácio, introdução ou sinopse, os textos começam com toda sua crueza, de supetão, estampando uma realidade áspera e mordaz.

Contos curtíssimos, com ares de crônica, em linguagem simples e direta, tons de Nelson Rodrigues e seu cotidiano, surgem agressivos a nos deslocar.

Narrados em primeira pessoa, a força de seu discurso soa como testemunho pessoal, autênticos e vividos em sua mais plena intensidade.

Orações entrecortadas, raciocínios relâmpagos, seu estilo marcante se destaca, mas algumas prosas poéticas enxertadas destoam do conjunto, forçam a torção de nossos narizes.

De proposta, tema ou gosto duvidosos, suas linhas causam certa estranheza, talvez a objetivem, seguimos sem elevados horizontes a procura de uma perspectiva ou sentido melhores.

Cheguei à página 60
Avaliação : 3