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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Breve História de Quase Tudo - p.377

A origem da vida e sua exclusividade, só para lembrarmos novamente quão sortudos somos, quão gratos ao acaso devemos ser.

Ainda assim, quanta diversidade, tanta a ponto de tornar difícil sua classificação e promover debates extensos.

Apesar de toda casualidade, das inúmeras forças contrárias, seu motor persiste, propaga, insiste em prosseguir.

E o ser humano tentando explicar, inferindo e extrapolando, juntando migalhas para resolver esse imenso quebra-cabeças, encontrar e se encontrar com mais razões.

Nenhuma resposta, ou pouca, surgiu até agora, reafirmando o enfoque do autor em demonstrar a névoa sobre o conhecimento humano.

Essa contradição com os propósitos iniciais de Bryson no livro soa meio entediante, não fosse pela boas descrições e explicações, volumosas até demais para concisão.

Cheguei à página 377
Avaliação : 4

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Breve História de Quase Tudo - p.292

Terremotos, vulcões e outras catástrofes, inúmeros exemplos de desastres possíveis, que apesar da raridade o autor apresenta com tom alarmista, como se eminentes, apesar de ressaltar a excêntrica sazonalidade, logo em seguida.

Depois relata nossa inóspita convivência com as químicas do mundo, para comentar a complexa cadeia de coincidências viabilizadora de nosso surgimento.

Mergulhamos então nas profundezas dos mares e das águas, novamente a martelar a sina de excentricidade do homo sapiens, tendo como pano de fundo um ambiente tão próximo, mas tão desconhecido.

Permanece o tom de descrédito, certo sarcasmo, observando a existência e suas características sem muito deslumbramento, algo que esperaríamos acontecer e com mais entusiasmo.

Respostas foram poucas, até o momento, ainda que no prefácio sugeria uma constância maior de indagações e desvelamentos.

Nem a linguagem soa como a proposta inicial, se rebusca diversas vezes, deixa dúvidas da sua acessibilidade aos pobres mortais sem iniciação científica ou com noções básicas de estatística.

Aguardemos por quais caminhos o texto nos levará...

Cheguei à página 292
Avaliação : 4

sábado, 24 de setembro de 2011

Breve História de Quase Tudo - p.203

Continuando a busca por entender nossa casa no cosmos, mais especificamente descobrir sua idade, seguimos pela química para depois entrarmos na era atômica, além de relatividade e mais cosmologia.

O texto parece perder ligeiramente o rumo, difícil de de enxergar o horizonte a frente, desconexo no desenrolar dos assuntos e suas conexões, se assemelhando a um amontoado de historietas.

Começa a irritar o persistente tom jocoso usado pelo autor, mais atento em quase debochar das idiossincrasias e esquisitices de personalidades científicas, ou de trapalhadas e desavenças em episódio do progresso da ciência.

Pior que seu objetivo, tão autenticamente apresentado, pouco se atinge, afinal ainda carecemos de muitas respostas apesar das inúmeras páginas percorridas.

Acaba por denotar a enormidade de dúvidas presente no pensamento acadêmico, suas dificuldades em solucioná-las ou a naturalidade da contínua sobreposição de questões.

Aguardo cauteloso a continuação da leitura, torcendo para uma melhora no ritmo e no contexto, pois devia estar sendo mais divertido...

Cheguei à página 203
Avaliação : 4

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Breve História de Quase Tudo

Simples, divertida, sem ser óbvia, assim se inicia a introdução do livro, o resultado da investigação de um jornalista cheio de por quês.

Ao que parece, sua motivação é bem comum a muitas pessoas, mas quase ninguém realiza tamanho esforço para obtenção de respostas.

A primeira parte do texto, dedicada ao cosmos, põe nas mesas as cartas a que o autor veio.

Em linguagem bem acessível expõe infindáveis conhecimentos humanos a respeito do universo e suas origens.

Como boa parte dos textos de divulgação nessa área, centra a discussão no improvável acaso para nosso surgimento.

Na parte seguinte, começamos a visitar o planeta água, amada e querida Terra, desconhecida apesar de tão próxima.

Lemos sobre geologia e paleontologia, sem muitas respostas, mais com relatos da aventura científica nos primórdios da ciência ocidental moderna.

Lá o foco se volta para os insucessos, tropeços, desavenças e intrigas vividas por grandes nomes, tudo com um ar um tanto pastelão.

Em ritmos um tanto oscilantes, mas sempre com linhas bem-humoradas (humor inglês, é bom frisar), vamos engrenando nestas páginas repletas de curiosidades.

Cheguei à página 105
Avaliação : 4

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Muito Além do Nosso Eu - p.552

Voltamos às trajetórias e inspirações do autor na escolha por suas opções acadêmicas.

Em seguida, após uma metáfora futebolística das bem elaboradas, conhecemos suas conclusões finais a respeito do funcionamento do cérebro de maneira caótica e populacional.

Chegada a hora de apresentar sua visão dos mecanismos por trás das maravilhas neurais e sua afirmação final em favor da corrente distribucionista.

Seu relato de divulgação documenta resumidamente anos do árduo trabalho científico, servindo certamente como apoio até para outros pesquisadores em atividade.

Por fim, Nicolelis se permite registrar especulações do futuro que nos aguarda e alguns desdobramentos, desabafo de anos de rigor metodológico.

E que especulações...

Objetivamente, suas intenções befeniciarão indivíduos acometidos dos mais diversos males neurais e motores, sendo promessa de grande esperança.

Indo um pouco mais além, se suas previsões se confirmarem, experimentaremos num não tão distante amanhã certo universo muito além do nosso eu.

Terminei
Avaliação : 5

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Muito Além do Nosso Eu - p.396

Evidências da capacidade humana de assimilação de ferramentas qualquer um de nós pode vivenciar.

Excepcional o caminho criado pelos pesquisadores para identificar tais evidências em meio às sinapses de um cérebro vivo.

Qual a a abrangência de nossa capacidade, até onde conseguimos nos estender através de instrumentos, quão além do nosso eu?

Na etapa seguinte, o autor apresenta sua proposta mais ousada, a construção de uma interface cérebro-cérebro.

Seu ímpeto e ousadia parece não conhecer limites, almeja nos levar praticamente a um mundo de "Matrix".

Após alguns relatos de experimentos com controle de um ser vivo através de suas sinapses, Miguel antecipa e descreve algumas de suas propostas para verificações das suas intrincadas teorias.

Fluído, mesmo às vezes sendo bem pesado, o texto do autor não se cansa de surpreender... ou seria sua jornada?

Cheguei à página 396
Avaliação : 5

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Muito Além do Nosso Eu - p.337

Engenhosidade, colaboração, inovação e inventividade unidos para proporcionar o suprassumo da tecnologia neuro robótica.

Num empolgante relato, Miguel conta a impressionante evolução em seus desenvolvimentos das interfaces cérebro-máquina, com ápices de expressões de verdadeiro júbilo.

Se um ratinho controlar algum mecanismo através de "pensamentos" já é algo surpreendente, imagine só a complexidade da conexão de um primata com um braço robô para execução de elaborados movimentos através de suas sinapses.

Com a participação da misteriosa e geniosa colaboradora Aurora, o autor nos acompanha na descrição detalhada de seus experimentos e conclusões.

Volume de informações para tirar o fôlego de qualquer um, preenchendo, em seguida, nossa cabeça com milhares de ideias.

Essa equipe multinacional, liderada por aquele brazuca de gema, galgou degraus, chegou a lugares em que nenhum homem jamais esteve.

Difícil não ansiar por ver o dia em que neuro próteses resgatarão à vida tantas pessoas condenadas por males neurodegenerativos ou motores.

Nas últimas páginas desta parte, Nicolelis relata a história de Santos Dumont para nos introduzir às capacidades humanas para estender o corpo através de suas ferramentas.

É só o começo para vislumbrarmos como se processa esse magnífico mecanismo humano que tanto nos distingue.

Cheguei à página 337
Avaliação : 5

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Muito Além do Nosso Eu - p.222

Explorando as terapias para o membro fantasma, espiamos os padrões de funcionamento da noção representação sensorial, os mapas cerebrais e algumas pistas do mistério do encéfalo.

Assistimos a apresentação da evolução das técnicas experimentais, muitas das quais com a participação direta de Nicolelis, na contínua investigação do colosso de informações sinápticas.

Método cientifico, inúmeras evidências e ele nos relata as disputas entre as duas principais correntes teóricas vigentes.

Entrando nestas searas mais específicas o discurso se tornou mais denso, menos digerível, possível de acompanhar somente com algum esforço.

Pouco depois começa o segredo de Aurora, uma misteriosa colaboradora da equipe do cientista, num relato um tanto desconexo, meio fora de contexto, com certo ar de gracinha.

Salvo se revelar essencial na história, coisa que parece que será, seriam dispensáveis as páginas discorridas com tom de molecagem.

Até o momento, desponta evidente, sem dúvida alguma, o protagonismo e a influência deste palmeirense no desenvolvimento de sua área de pesquisa, a transformar ficção-científica em realidade tecnológica e ciência.

Cheguei à página 222
Avaliação : 4

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Muito Além do Nosso Eu

Qual a relação do movimento Diretas-Já com funcionamento de nosso cérebro?

Com analogias acessíveis e claras o autor descreve complexos temas da neurociência, desvendando mistérios de nosso eu.

Logo de início, volta ao passado de sua carreira para contar sua motivação inicial, seu encanto com seu mestre a dragar sua vida pelos rumos da academia.

Nas páginas seguintes apresenta os primórdios de sua área, ideias inicias, nomes célebres e correntes de pesquisa, uma bela introdução dos desafios a explorar.

Depois de apresentados aos conceitos do funcionamento populacional dos neurônios, nos embrenhamos no árduo tema do "membro fantasma", começo de nossa exploração dos difíceis aspectos da construção de nossa percepção.

Bem-humorado, leve, fluído, assim é o estilo do autor, excelente na divulgação científica, transformando de maneira simpática teorias elaboradíssimas em leitura palatável.

Linhas promissoras, empolgantes e viciantes...

Cheguei à página 118
Avaliação : 5

domingo, 11 de setembro de 2011

Sensitivos - p.368

Ainda que seja um texto ficcional, alguns eventos no último trecho vão além da conta, principalmente por sua desconexão e irrelevância na trama principal.

Chegamos ao final do mistério com o descortinar de segredos antigos e terríveis, impensáveis situações tétricas, com o pior do gênero humano, se é que assim podemos rotular (humano).

Densas e pesadas, a natureza e a temática escolhida para as motivações do serial killer tornam difícil a digestão, sugerem algumas considerações na escolha do público leitor.

Elaborado com muito critério e precisão, o desfecho da história transcorre freneticamente, bem adequado ao estilo de um intenso romance policial.

Sem dúvida alguma, valeria muito a utilização das ideias da obra, seus personagens e situações, na elaboração de uma série de TV, com todo sua ambientação brazuca.

Um ótimo livro para não deixar de ler, mas com a alerta de preparar o estômago para crueza de seus fatos e a intensidade de seus acontecimentos.

Terminei
Avaliação : 4

sábado, 10 de setembro de 2011

Sensitivos - p.263

Preciso confessar, apesar da implicância inicial com alguns aspectos do texto, acabei completamente envolvido com a história.

O ritmo empolgante da narrativa nos faz desejar não parar de ler, degustar ininterruptamente cada revelação pelo caminho.

Entre casos envolvendo o serial killer, e outros a ilustrar os métodos e capacidades do sensitivos, o enredo ganha corpo contínua e rapidamente.

As vidas particulares das personagens seguem em paralelo, em seus dramas totalmente humanos e cotidianos, completando o desenvolvimento de seus rumos.

Algumas descobertas sugerem certos destinos, mas serão os verdadeiros ou nossa atenção apenas se desvia propositalmente?

Cheguei à página 263
Avaliação : 5

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sensitivos

Thriller policial, cheio de personagens paranormais, o texto começa repleto de informações e cenários para ambientação.

Curioso caso de história que relata outra história, a primeira baseada na experiência da autora.

Confuso, não?

De construção bem elaborada, a narrativa evolui claramente, permite ao leitor compreensão e clareza, se faz suave e receptivo.

Incomoda um pouco uma mal dissimulada "propaganda", uma tentativa tênue de apresentar a ficção como possível realidade, mesmo que em pequenos aspectos.

Falando em ficção, nesse caso bem no terreno da fantástica, o enredo lembra algumas séries de televisão, com ares de CSI e Supernatural.

Assistimos nesse primeiro terço da obra ao encontro dos sensitivos, a constituição de seu instituto e os primeiros contatos com a trilha deixada pelo assassino serial.

Leitura agradável, apesar das cenas fortes, sanguinolentas e tórridas, mantém alta a expectativa pelos próximos desenrolares do mistério.

Cheguei à página 123
Avaliação : 4

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Coisas de Homem e Coisas de Mulher

Simpático e inocente, dois adjetivos bem adequados na definição do livro em questão.

Com seu estilo breve, por vezes breve até demais, as tramas do autor não chegam a tramar contra o cotidiano.

Repleto de lugares comuns, com raros, bem raros mesmo, momentos inspirados, tece sua crônicas com olhar óbvio, mesmo quando deseja contrariar o status quo.

Não deixa de ser uma expressão natural, legítima e bem composta, mas sem o gancho para arrastar e empolgar, nos levar.

Pelas páginas percorridas se percebe a insistência com certos temas, conjugada ao título desajustado, aumentando uma carga de preconceito a nos fazer torcer o nariz.

Crônicas de um rascunho de parte da vida como ele acha que ela é.

Terminei
Avaliação : 2