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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mona Lisa Overdrive - p.320

Por toda a obra o estilo se manteve consistente, os mesmos ritmos, a mesma cadência na condução da trama.

O encontro dos enredos paralelos soou lógico, bem arranjado, mas não muito empolgante, principalmente após tanta espera.

Em suas conclusões, diversas explicações, tudo revelado, cada peça bem encaixada no imenso quebra-cabeça, porém com um caldo meio ralo.

Desconectada talvez fosse a melhor definição para a grande chave, o mote por trás do enredo, revelada apenas na última página, completamente alheia a todo contexto da trilogia.

Como história se mostrou apenas mediana, boa de acompanhar, até poderia ser mais curta, quem sabe um único volume.

Valeu o contato com tantos cenários visionários, com essa sua estética inusitada, marco inicial de legião de autores, de uma cultura tecnológica, praticamente ubíqua atualmente.

Terminei
Avaliação : 4

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Mona Lisa Overdrive - p.213

Estilo de narrativa já conhecido e mantido constante ajuda bastante na facilidade de compreensão.

Também, depois de tamanho contato, estava na hora de se sentir confortável neste universo, ainda que incomodado com os rumos da trama.

Alternar entre fios narrativos impede a monotonia, impele à constante revisão dos meandros construídos na história.

Sutilmente, em cada segmento da história, aparecem alguns indícios de suas relações, embora as personagens ainda não se esbarraram, nem mesmo se conhecem em alguns casos.

O complô condutor soa mais claro, ganha nitidez a cada passo, demonstrando poder ser grandioso o desfecho final.

Expectativas à parte, continua divertido assistir o desenrolar deste thriller de FC inovador em seu devido tempo.

Cheguei à página 213
Avaliação : 4

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mona Lisa Overdrive

Chegamos à última etapa desta aventura...

O estilo continua, cenários difusos, desconexos, inúmeros circuitos paralelos seguindo juntos, aparentemente alheios.

Não esqueçamos do ar psicodélico, psicotropicamente falando, a densa penumbra sempre presente nos ambientes e na alma das pessoas, um tanto depressivo.

Para quem leu os dois primeiros títulos, o começo deste é mais confortável, as personagens reaparecem, com mais alguns poucos novatos.

Fico a imaginar qual será a conexão final de todas as tramas...

Motivações obscuras ainda, na verdade nem parecem existir, seus mundos são o completo acaso, excetuando-se seu passado recente já conhecido.

Demos os primeiros passos nessa viagem, por enquanto basta curtir o visual e se encantar com seus detalhes e futurismos.

Cheguei à página 105
Avaliação : 5

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Alex no País dos Números - p.490

Chegamos à região das probabilidades e sua aplicação no mundo dos jogos, seguros e mercado financeiro, com ênfase quase total no primeiro assunto.

De grande utilidade para o entendimento do assunto seguinte, as formas normais e sua presença na natureza, na vida, no ser humano.

Por fim, adentramos no último capítulo em tema bem mais avançado, superfícies hiperbólicas e topologia, de digestão para poucos.

Para fechar com chave ouro, o autor encerra seu livro com Cantor e seus infinitos, a mudar nossa percepção do real.

Demais!

Completam a obra glossário, demonstrações de alguns exemplos tratados anteriormente e bibliografia ricamente comentada, para aguçar um pouco mais o nosso interesse.

Longe de ser fácil, Bellos nos acompanha por esse delicioso passeio pela terra dos números, num belo extrato desta vasta área do conhecimento.

Indispensável para os apaixonados pelas ciências ou admiradores da linguagem das contas.

Terminei
Avaliação : 5

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Alex no País dos Números - p.315

Nada como uma boa brincadeira para ganharmos mais alguma intimidade com o mundo dos números.

Não fomos em nada poupados pelo autor e a lista se estendeu por todos os cantos: tangram, sudoku, cubo mágico e outras diversões com motores matemáticos.

Seguimos com séries, verdadeiros quebra-cabeças, outra forma lúdica de exercitarmos as operações em nossos neurônios.

Detalhadas em seus mecanismos e segredos, elas surgem de todas as partes do planeta, sendo carinhosamente tratadas por legiões de aficionados.

Lá pelo meio do caminho, páginas com fotografias ilustrando personagens mencionados e a mencionar, maneira concreta de nos aproximarmos mais dos relatos.

Há poucas páginas adentramos a região da proporção áurea e suas correlações, prometendo mais revelações e descobertas.

Fico em dúvida da reação de não-iniciados ao conteúdo do livro, mas para quem conhece e curte parece um poço sem fim, misturando lembranças de estudos e novidades.

Cheguei à página 315
Avaliação : 5

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Alex no País dos Números - p.218

Viajamos à Índia para encontrar toda a ancestralidade da matemática, visitar um dos lugares reconhecidos da origem do zero e da notação posicional.

Partimos então para o pi e seu próprio mundo dentro do país dos números, sua história e riqueza, contada em verso e prosa.

Do número irracional para a álgebra, evolução na lida com as contas, expansão de nossa abstração e visão do universo.

Encontramos uma velha amiga, a régua de cálculo, objeto misterioso de colecionador, desvendado um pouquinho apenas por curtição.

Jornada conduzida com leveza e bom humor pelo autor, deslocando-nos no tempo, perdemos noção do quanto ficamos entretidos com as paisagens apresentadas.

Sinto como se assistisse um programa de viagens, bem turístico, plantando a vontade de outras voltas por estas paragens, nem que seja só para relaxar.

Cheguei à página 218
Avaliação : 5

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Alex no País dos Números - p.137

Mais algumas questões de representação e chegamos a rever o ábaco e similares, como suas técnicas modificam nossa visão dos números.

Das representações passamos às ferramentas matemáticas, em especial a geometria, em toda sua beleza na descrição da natureza e suas simetrias.

De Pitágoras a Euler, as demonstrações elaboradíssimas exercitam nossa abstração e percepção, revelam a magia das contas além dos algarismos.

Mundo dos ângulos e retas, o autor nos encaminha até o origami e seu desdobrar engenhoso, assunto atual para muitos acadêmicos procurarem entendimento maior do mundo dos números.

Nas últimas páginas tomamos contato com o nada, o zero, o vazio, sua complexa descoberta e tortuosa elaboração na cultura.

Maremoto contínuo, o livro deixa pouco tempo para o fôlego, nos inunda de referências e faz não querer parar.

Cheguei à página 137
Avaliação : 5

Alex no País dos Números

Em uma introdução envolvente, somos convidados pelo autor a acompanhá-lo na sua visita ao país dos números, terra inóspita e distante para muitas pessoas.

Nada mais adequado, afinal teremos como guia um jornalista, formado em matemática, com experiência internacional, sendo agora nosso correspondente direto do mundo das contas.

No primeiro capítulo somos apresentados aos aspectos neurológicos que nos permitem calcular e contar, suas influências e implicações na formação sociocultural, assim como o de algumas outras espécies de animais, ao menos para nos imitar nessa área.

O capítulo seguinte trata da representação numérica criada pelo homo sapiens e seus diversos sistemas e bases, com interessante contextualização social e histórica.

Em tão inicial contato já fomos expostos a um sem número de informações, um verdadeiro mar de ideais, um turbilhão de demorada adaptação, certamente capaz de consumir alguns dias de assimilação.

Nem é preciso mencionar a empolgação gerada por tão rico conteúdo...

Cheguei à página 71
Avaliação : 5

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Teoria do Conto

Como descrever o conto ou, se preferir, como conto um conto?

Em busca da resposta a autora envereda por diversos caminhos, varia visões, ângulos.

Inicialmente caminha pelo mais técnico, história das histórias, etimologia dos títulos, pinça algumas pistas.

Na dificuldade de única verdade, numa mudança de rumo, apresenta rapidamente teorias de vários autores.

Particularmente, gostaria de registrar duas de meu maior agrado.

De Edgar A. Poe, propondo o conto como algo de um baque só, uma lufada envolvente, cativante, conciso sem deixar de ser grande.

A outra de Cortázar, contrapondo romance/cinema com conto/fotografia, boa metáfora para dizer muito com pouco.

Ao fim, uma pincelada sobre a versão contista de Machado de Assis, sua beleza e amplitude, para instigar futuras investigações.

Como brinde, uma considerável bibliografia comentada, além de um resumido vocabulário crítico.

Ótima obra de referência, principalmente para plantar a semente nos desejosos de boas colheitas.

Terminei
Avaliação : 5

Odisséia no Mar - p.231

Franklin encontrou definitivamente, nas profundezas do mar sem fim, seu novo ambiente, seu habitat.

Carreira envolvente, dedicação e destino compatível com seu potencial, realização de todas as esperanças.

Tantas visões futuras o autor conseguiu arriscar, com surpreendente acerto como podemos confirmar atualmente.

Curiosamente, Clarke arrisca duas previsões, em apenas duas páginas, no que concerne a data exata dos relatos e a população do planeta neste hipotético futuro.

Não deve ter resistido a fazê-lo...

Descoberta das riquezas marinhas, conflito religioso e ascensão do Oriente, palpites bem elegidos a enriquecer a narrativa.

Acompanhar a odisseia de uma vida, como assim é toda e qualquer vida, foi um prazer e constatação da realidade.

Filhos, heranças, trabalho, história, fatores latentes na existência dos homo sapiens a explorar as marés da sua experiência diária.

Terminei
Avaliação : 4

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Odisséia no Mar - p.174

Fim da ousada missão, começo da ascensão de nosso protagonista na estrutura da organização, com notável desenvoltura.

Assistimos sua passagem por diversas níveis da hierarquia, sempre associada a relatos de ocorrências marcantes.

Nada surpreendente, apenas a confirmação das confianças depositadas em seu brilhantismo, capaz de superar muitos obstáculos.

Vida pessoal também impulsionada, as cicatrizes parecem esquecidas, suas marcas suavizadas.

A narrativa anda meio morna por estas páginas, sem muito ímpeto, sem muitos gatilhos, sem muito drama.

Cheguei à página 174
Avaliação : 4

Odisséia no Mar - p.131

Emergir de sua reclusão provocou reviravoltas na psicologia de Franklin, com resultados turbulentos.

Recuperado, reintegrado, nosso personagem parece ganhar prumo e reconquistar um lugar na existência, um novo lugar, com semelhanças ao seu antigo ofício.

Em grande parte, o sucesso da empreitada de recuperação se deve ao seu mentor Don, frequentemente até mais do que apenas mentor, e ao envolvente ambiente de seus trabalhos.

Passada alguma rotina de sentinela, o enredo esquenta com uma missão mais ousada e enigmática, com ares de Júlio Verne e Moby Dick.

Entre altos e baixos do ritmo, a história se desenvolve de maneira agradável e interessante, garantindo bons momentos de diversão.

Cheguei à página 131
Avaliação : 4

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Odisséia no Mar

Profundezas oceânicas formam um cenário inusitado na obra do autor, algo como o inverso de tantos céus em outros livros apresentados.

Nosso introspectivo personagem provoca curiosidade quanto a sua história, suas motivações, seus temores e todo o cuidado dispensado a ele.

Atividades detalhadas, cotidiano e treinamento descritos, movem a narrativa para nos ambientar, apresentar os participantes e seus papéis, sendo boa parte do trabalho referente à preservação ambiental.

Bem romanceado, a ficção científica serve como pano de fundo, não faz parte do mote principal da história, figura coadjuvante.

Ao final deste trecho, revelações, desdobramentos e novos rumos apontam no horizonte, começam a agitar nossa viagem por essa odisseia submarina.

Cheguei à pagina 79
Avaliação : 4

domingo, 7 de agosto de 2011

As Crônicas Marcianas - p.210

Organizar uma coletânea de contos, dispostos com apreciável lógica, cronológica e narrativa, já é tarefa árdua.

Conseguir resultar num caldo que melhora com o avanço das páginas, culminando num ápice de qualidade, só mesmo para grandes mestres.

Nos últimos textos, além da FC esmerada, encontramos poesia e filosofia, com toques sutis e delicados.

Reverência memorável aos seus leitores, extraindo o melhor de seus frutos para nosso deleite.

Marcantes referências a guerras e solidão, males modernos considerados àquela época, diagnóstico de nossa incorrigível condição humana.

Apesar da simplicidade de suas linhas, nos fala com tamanha profundidade, merecendo seu lugar no panteão dos ilustres autores da área.

Terminei
Avaliação : 5

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

As Crônicas Marcianas - p.153

Em se tratando de alma humana, alguns assuntos acabariam marcando presença, como religião e segregação racial, mesmo num futuro "tão distante".

Conquistar ecoa como mote das expedições e com a conquista a salvação, a remissão dos pecados dos selvagens marcianos, semelhança guardada com alguma história esquecida.

Expedições para reconhecimento, de novas terras ou dos exploradores, em busca dele para registro de seus nomes para a posteridade.

Escolha o ambiente, o cenário, ou o mundo, lá estaremos para reproduzir nossos erros e nossa história, sina homo sapiens duvidosa de seu êxito.

Condenamos a existência humana a um ciclo autodestrutivo, predador das próprias fontes e riquezas, travestidos de gafanhotos do universo?

Na simplicidade dos textos somos confrontados com inúmeros de nossos fantasmas...

Cheguei à página 153
Avaliação : 5

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

As Crônicas Marcianas - p.102

Ah, a inocência da década de 50, quão fácil elaborar as aventuras no planeta vermelho, quando ainda nem à lua havíamos chegado...

Após um início de histórias cronologicamente encadeadas, começamos a tomar contato com os mais variados estilos.

Curtos e longos, descritivos ou reflexivos, aproveitamos o cenário da FC para exercitarmos as ideias à cerca do gênero humano.

Sempre bem bolados, os contos revelam a maestria de Bradbury em propor civilização, cultura e tecnologia, sutilmente, deleite para seus leitores.

O autor não poupa assuntos a tratar, explorar magnificamente seus parágrafos e teorias, com ritmo estimulante.

Até a aqui a obra vem se revelando daquelas para não parar de ler, de não desejarmos o final, mesmo sabendo que ele virá.

Cheguei à página 102
Avaliação : 5

As Crônicas Marcianas

Quem diria, um dia, o ano de 1999 fora um futuro meio longínquo, propício para o cenário de explorações espaciais.

Como imaginar a chegada do homem a Marte, com grande enfoque do ponto de vista marciano?

Bem ambientadas situações, com certo ar jocoso, dignas de Douglas Adams, conduzem nossa atenção pela descoberta desta civilização telepática.

Por sinal, estratégico elemento adicionado esta tal telepatia, proponente de lógicas reflexivas engenhosas.

Até o momento, três tentativas de chegada e contato, sem grande sucesso, mas repletas de reviravoltas e revelações.

Sem falar na boa e velha ficção científica, com viagens interplanetárias, repletas de imaginação e referências científicas.

Oba!

Cheguei à página 51
Avaliação : 5

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Contos da Taberna - p.180

Exagerar se tornou um vício contumaz para nosso protagonista, incessante além dos limites, mesmo para os mais desencanados.

Os últimos contos enviesam pela ficção fantástica, nada têm de ciência ou relações humanas, se perdem sem resgate.

Nosso estimado autor parece ter perdido a mão, esgotado sua inspiração para conceber este conjunto de textos, meio como os personagens que também foram se cansando.

Valeu pelo contato com essa empreitada aventureira e marota de Clarke, com um viés e proposta diferenciados.

Terminei
Avaliação : 3

Contos da Taberna - p.140

Harry Purvis, personagem causista dos melhores, discorre sobre os mais abrangentes temas, da geologia à química, incluindo até biologia.

Surreal sua capacidade de testemunhar tantos eventos únicos, cheios de segredos e descobertas, plantando a desconfiança entre todos à mesa.

Suas histórias vão nos entretendo, sempre com boas sacadas e bom humor, de um jeito até displicente, de certo modo.

Diversão descompromissada, o livro se revela autêntica pulp fiction, passatempo leve para bons momentos de relax.

Cheguei à página 140
Avaliação : 4