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Blogumulus by
Roy Tanck and Amanda Fazani

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Olhar - p.366

Fernando Pessoa, com suas muitas faces e identidades, possuía também distintos olhares.

Independentemente da personalidade a discursar, o olhar foi tema recorrente em sua obra, cada alterego com sua ótica.

Multiplicidade de visões que sugerem conseguir abarcar todas as possibilidades da percepção humana, da mais sombria a mais clara.

Continuando, somos apresentados a um texto com compilações de ideias a respeito do tema.

Não fica muito claro o motivo da opção desta construção, revelada um tanto desconexa, após a leitura.

Resvala sobre a relação do viajante e o olhar, sua similaridade na inconstância do deslocamento.

Para terminar, uma excelente apresentação das características do olhar contemporâneo e seus ciclos.

As repetições de ícones culturais uniformizam nossa visão, despersonalizam e removem detalhes.

Somente o olhar do estrangeiro é capaz de enxergar outros ângulos, outros cantos e revelar alguma novidade, se é que há.

Como manifestação deste fenômeno, é citado o cinema, expressão imagética das reinvenções, ou recompilações, do cotidiano uniforme.

Parei na página 366
Avaliação : 3

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Olhar - p.326

Um longo dia, com muita espera, muitas filas, muito transporte público, ao menos permite um considerável avanço no livro.

Primeiro artigo, arquitetura e o simulacro da civilização, nos mostra seu lado além da visão, tátil.

Se concentra no movimento moderno, com foco especial no expoente veneziano e seus participantes.

É bem interessante a contextualização vinculada a W. Benjamin e Baudrillard, inclusive com a citação do conceito da arquitetura obscena.

Em seguida, o tema são os visionários, aqueles com visão ampliada, muito além.

Sejam eles sacro profetas gregos ou entorpecidos filósofos modernos, todos têm sua observação deslocada no tempo.

Curiosamente o texto inicia com um foco na visão mística, inspirada e filosófica, mas termina concentrada na visão alterada pelos alucinógenos.

Depois, o próximo texto apresenta a visão na obra de Pe. Antonio Vieira, com toda sua importância e significado.

Visão humana, carregada de culpa, pecado, tentação constante à alma humana.

Ou então, a visão divina, sublime em olhar para sua criação e correspondê-la.

Enfim, ao término do trecho de hoje, a visão existencial narrada na Divina Comédia.

Dante e Virgílio delegam-nos sua percepção dos caminhos da vida e morte, seus valores e sua ética.

Foram diversas materializações do olhar, em diversas vertentes e épocas, demonstrando a imensa extensão possível do assunto.

Parei na página 326
Avaliação : 4

domingo, 21 de novembro de 2010

O Olhar - p.256

Ferreira Gullar, com toda poesia em seu discurso, conversou sobre o barroco e suas características.

De maneira descontraída conduziu os ouvintes em uma reflexão sobre as ideias do movimento e suas motivações.

Caminha até concluir sua opinião da representação do barroco em Niemeyer e sua obra.

Vai além, afirma que o próprio brasileiro é barroco em sua essência.

Jeito descontraído e divertido de discutir um assunto que poderia ser sisudo, sem perder a profundidade.

O texto seguinte descreve e analisa a obra de Manet.

Suas marcas cromáticas, sua técnica e visão da pintura, expressões do impressionismo da época.

Somos apresentados também à sua relação e intersecção com o pensamento de Baudelaire.

Finalmente, no terceiro artigo, conhecemos um pouco sobre o movimento impressionista, com foco especial em Seurat.

Reflexos da mudança comportamental e cultural advindas com a ilustração.
Parei na página 256
Avaliação : 4

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Olhar - p.216

Percepção ligada à criação é apresentada em um texto a destilar o entendimento das artes.

Pautado na pintura e na arquitetura, o articulista descreve sua observação de inúmeras obras, ensinando-nos um pouco sobre como olhar, avaliar, apreciar a expressão artística.

Contextualiza a observação com o momento cultural e histórico de cada criador, comparando frequentemente temas idênticos representados por autores de épocas distintas.

Delicioso passeio pela história das tintas e cinzéis, transmitindo significativamente o prazer do autor do texto pela contemplação das obras de arte.

Em contraponto, o texto seguinte trata praticamente do mesmo tema, a análise crítica das belas artes, porém com um viés muito mais sisudo e acadêmico.

Apresenta a disputa das diversas correntes entre cor, luz e desenho, com suas referências e autores.

Rico e detalhado, o texto acaba bem mais enfadonho, ao menos para não-iniciados nestas áreas da academia, como eu.

Parei na página 216
Avaliação : 4

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Olhar - p.164

Partindo da distinção entre Ilustração e Iluminismo, o texto seguinte apresenta o olhar do movimento da razão.

Busca identificar universais deste movimento, ou nos cíclicos movimentos ocorridos em nossa cultura.

Luz necessária para maior clareza e entendimento de nossa condição existencial.

"O que vê e o que é visto", "é preciso olhar corretamente o que se quer ver", manifestações da compreensão sobre a função do observar.

Para a discussão seguinte, o olhar e a mão, relação das expressões concretas de nossa visão.

Mãos que transformam ideias em objetos palpáveis, tocáveis, acessíveis ao nosso desprestigiado tato.

Observando as artes da tapeçaria e pintura, discutimos as muitas visões grafadas pelos artistas.

Jogos de luzes, tons e texturas, além de ícones culturais, que cantam as experiências e opiniões através das artes plásticas.

Parei na página 164
Avaliação : 4

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Olhar - p.124

Somos surpreendidos por um breve e raso resumo de uma palestra.

Em linhas gerais, mais uma apresentação da história evolutiva do conceito de olhar, com foco na concretização do objeto de observação.

Em seguida, a discussão se move para a memória, nossa olhar através do tempo, um rever contínuo.

Somos feitos e pautados por nossos lembranças, em especial aquelas dos lugares em que vivemos.

A argumentação segue sobre a importância de seu cultivo e influência mesmo dos objetos presentes nos locais de nossas recordações.

Observamos a relevância de nossas cidades, ou equivalentes, na constituição da cultura humana.

Pena que o articulista termine em uma infrutífera manifestação anti-McDonalds.

Parei na página 124
Avaliação : 2

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Olhar - p.88

O olhar influenciando nossa formação do conhecimento, nossa acepção do mundo e evolução.

Reflexão revelada na cor, na forma, na luz, perceptível manifestação do mundo ao redor.

No artigo seguinte tomamos contato com mais uma revisão da presença do tema olhar na história do pensamento humano.

No início do texto há um comentário interessante, uma referência sobre certa dependência anatômica humana da visão, fruto de sua evolução orgânica.

Até o momento, o livro apresenta certo remoer do tema, com pequenas nuances de perspectiva, denso, de digestão lenta.

Parei na página 88
Avaliação : 4